O planeta Terra continuava aquecendo e pra amenizar o clima foi solta no ar uma substância que prometia não só parar o aquecimento global, como também diminuir a temperatura para algo aceitável para a população. Infelizmente a tentava foi frustrada e o planeta inteiro congelou, matando toda forma de vida. Apenas sobreviveu quem comprou ingressos pra Locomotiva de Wilford, auto sustentável e que nunca pára.
O filme começa mostrando a realidade da “classe econômica” da locomotiva. Vivendo na miséria absoluta, totalmente dominados e passivos encontram esperança em mais uma rebelião, mas dessa vez eles têm um plano melhor e um líder disposto a tudo pra mudar a realidade.
As cenas são escuras e em tons de cinza, tudo triste e com um toque de poesia nas imagens e à medida que avançam os vagões as cores vão mudando. O contraste entre fora e dentro da locomotiva é vivo. Aquele determinado momento em que bate um feixe de luz, o sangue ganhando destaque, o terror nos olhos que se arregalam. A luta combatida pela classe inferior, dia após dia, subindo os degraus vagões da locomotiva em busca de quê?
No começo o objetivo era dominar a locomotiva a fim de terem uma vida melhor, mas com o avançar dos vagões e as mortes, os poucos que restam no final tem objetivos bem diferentes, como vingança e liberdade, que fecham o filme com chave de ouro.
Destaque especial pra Tilda Swinton que se transformou na personagem e realmente dá agonia vê-la falar e se mexer. Em uma das cenas mais tensas ela diz a frase mais marcante pra mim:
“Você usaria um sapato em sua cabeça? É claro que não. Um sapato pertence aos seus pés. Um chapéu pertence a sua cabeça. Eu sou um chapéu. Você é um sapato. Eu pertenço à cabeça. Você pertence aos pés.”
Kyung-pyo Hong foi responsável pela fotografia que me encantou. Ele incluiu em cada cena um significado, como por exemplo o “herói” sempre ser filmado de perfil da esquerda dando intenção de andamento, avanço, evolução.
Um filme incrível pra se assistir várias vezes, cheio de contrastes sociais e de cores. Faz a gente pensar. Incrível!
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Expresso do Amanhã
3.5 1,3K Assista grátisO planeta Terra continuava aquecendo e pra amenizar o clima foi solta no ar uma substância que prometia não só parar o aquecimento global, como também diminuir a temperatura para algo aceitável para a população. Infelizmente a tentava foi frustrada e o planeta inteiro congelou, matando toda forma de vida. Apenas sobreviveu quem comprou ingressos pra Locomotiva de Wilford, auto sustentável e que nunca pára.
O filme começa mostrando a realidade da “classe econômica” da locomotiva. Vivendo na miséria absoluta, totalmente dominados e passivos encontram esperança em mais uma rebelião, mas dessa vez eles têm um plano melhor e um líder disposto a tudo pra mudar a realidade.
As cenas são escuras e em tons de cinza, tudo triste e com um toque de poesia nas imagens e à medida que avançam os vagões as cores vão mudando. O contraste entre fora e dentro da locomotiva é vivo. Aquele determinado momento em que bate um feixe de luz, o sangue ganhando destaque, o terror nos olhos que se arregalam. A luta combatida pela classe inferior, dia após dia, subindo os degraus vagões da locomotiva em busca de quê?
No começo o objetivo era dominar a locomotiva a fim de terem uma vida melhor, mas com o avançar dos vagões e as mortes, os poucos que restam no final tem objetivos bem diferentes, como vingança e liberdade, que fecham o filme com chave de ouro.
Destaque especial pra Tilda Swinton que se transformou na personagem e realmente dá agonia vê-la falar e se mexer. Em uma das cenas mais tensas ela diz a frase mais marcante pra mim:
“Você usaria um sapato em sua cabeça? É claro que não. Um sapato pertence aos seus pés. Um chapéu pertence a sua cabeça. Eu sou um chapéu. Você é um sapato. Eu pertenço à cabeça. Você pertence aos pés.”
Kyung-pyo Hong foi responsável pela fotografia que me encantou. Ele incluiu em cada cena um significado, como por exemplo o “herói” sempre ser filmado de perfil da esquerda dando intenção de andamento, avanço, evolução.
Um filme incrível pra se assistir várias vezes, cheio de contrastes sociais e de cores. Faz a gente pensar. Incrível!