Decepcionante. Particularmente nunca gostei de séries desse tipo, que ficam inventando casos para poder se prolongar: o risco de se perderem no roteiro é enorme - e foi o que aconteceu. Começou como uma ideia genial: o diabo vindo passar um tempo em L.A. Tinha tudo para ser uma história e tanto, mas acabou virando mais uma série policial, que misturou muitas mitologias e conseguiu terminar de forma quase caricata.
Antes de tudo: PRÊMIO PARA A ATUAÇÃO DE SAMANTHA SLOYAN, no papel de Bev Keane, a vilã mais odiada do ano! Que atuação perfeita!
Aliás, esse é um dos pontos fortes dessa produção: todas as atuações são memoráveis! Destaque também para a trilha sonora excelente e a fotografia maravilhosa! Só essas coisas já fazem valer a pena assistir!
Não sei se outros repararam, mas a história tem muitas semelhanças com "A tempestade do século" (comunidade de ilhéus, segredinhos sujos, o xerife é dono de um mercadinho, a delegacia fica atrás do mercadinho,
Particularmente gosto muito desse tipo de receita e acho que já foram feitas excelentes produções seguindo essa mesma fórmula e esta não é exceção. Vi que muitos reclamaram de que a minisérie é longa demais ou que tem partes monótonas, mas eu acho que isso deixa a gente ainda mais no clima sobre como deve ser viver numa ilha...
Sobre a história em si, acho que tem as mesmas virtudes e os mesmos defeitos de Bly e Hill: personagens muito bem contruídos, diálogos inteligentes, fotografia linda, trilha sonora bem cuidada, uma trama que desperta a curiosidade e prende o expectador, mas... uma explicação sem pé e nem cabeça para o que aconteceu e uma guinada à la stuffy movie no fim.
Parece que um roterista escreveu a primeira metade e outro escreveu a segunda... E é só por isso que eu acho que não merece 5 estrelas.
Ainda assim, adorei e acho que valeu muito a pena ter assistido. Os diálogos sobre a morte são uma obra prima à parte. Se existisse o livro, adoraria ler!
É uma boa ideia mal desenvolvida. O enredo é pretensioso demais, há muitos núcleos absolutamente inúteis, que não acrescentam nenhuma informação relevante à história em si. Tem umas sacadas inteligentes, como a questão de
mostrar céu e inferno como um tempo e não como um lugar
e poderia ter um resultado melhor se focasse nisso. Mas são muitas idas e vindas e o enredo acaba se perdendo. Como suspense também não funciona, porque o expectador
não tem a chance de desvendar o mistério, já que tudo se baseia numa segunda história que no fim se revela ser a história principal, embora essa informação seja omitida ao longo da série.
Toda a história do Henry é inútil para o enredo, assim como a história do noivo da Danny.
Enfim, jogam para o expectador uma série de informações irrelevantes e ocultam aquilo que realmente poderia justificar a história toda. Uma pena. Ainda assim vale a pena como distração, nada mais.
Perfeição. Essa é a palavra que melhor descreve Stranger Things. Excelente temporada, com uma evolução muito natural, tanto da história, quanto dos personagens e das relações entre eles. Ambientação perfeita, caprichadíssima, ótima trilha sonora e com um ritmo excelente. Espero apenas que tenham o bom senso de não prolongar a série excessivamente.
CALMA, pessoal! Lembrem-se de Lost e de como uma série que tenta inventar demais pode acabar se perdendo em si mesma... Uma história não pode ser feita só de reviravoltas, só de coisas imprevisíveis e inimagináveis... não tem como ser assim, ok? Tudo bem que nessa temporada houve algumas coisas que não funcionaram bem, mas são detalhes e não a primeira trombeta do apocalipse... Martin sempre surpreendeu e vai fazer isso de novo. É justamente por isso que está induzindo o público a pensar que GOT se tornou previsível. Ele precisava jogar a isca e esta 7ª temporada serviu pra isso. Mas vou concordar com 2 colegas que postaram aí: 1) Chamar de "Dany" foi, no mínimo, ridículo; 2) O personagem Euron tá mesmo sobrando na história, parece um desses caras que foi indicado por um patrocinador para fazer uma pontinha na série.... Agora é achar outras coisas para assistir até chegar a finale.
Maluca demais para dizer que é "boa". Sempre fico com o pé atrás com essas séries que querem ser muito diferentonas. A ideia de uma pessoa aproximar 5 estranhos e cada um deles acabar tendo um certo propósito na vida do outro é interessantíssima. Mas a parte pseudocientífica da história corre o risco de colocar tudo a perder. Parece ter vindo na esteira de Stranger Things, mas não chega nem perto daquela. O melhor dessa série, por enquanto, é a construção de personagens e a relação entre eles, mas o mote da história em si, tem tudo para acabar se perdendo em si mesmo, ficando num limbo entre o suspense e a ficção, sem ser boa nem numa coisa, nem noutra.
Embora o argumento da série não seja original e já se tenha tentado filmar essa história inúmeras vezes, essa versão tem um diferencial importante: o dedo da NETFLIX a partir da 2ª temporada, já confirmada.
O mais legal dessa primeira temporada é que eles não dedicam muito tempo a tentar explicar o motivo de todas essas pessoas terem retornado, mas sim à questão de que o mundo e a vida para os quais voltaram não são mais o mundo e a vida que deixaram!
Este é um ponto interessantíssimo, meio na linha filosófica de que não se pode entrar 2 vezes no mesmo rio. A ideia de "voltar" da morte é fascinante apenas na medida em que se acredita que será possível retomar a vida que você tinha antes... Mas... e se não houvesse mais nada para o qual voltar?
A ideia é muito boa, acho legal sair do eixo EUA-Europa, a primeira temporada, embora tenha falhas na execução, consegue prender a atenção, apesar de parecer mais um piloto do que uma temporada propriamente dita, já que é muito curta.
No fim das contas, para quem se interessa pelo tema, essa série é muito mais interessante do que as infindáveis e repetitivas histórias sobre zumbis.
E tem tudo que uma boa história precisa: uma cidade pequena, um policial resignado, personagens enigmáticos e segredinhos sujos. Vale a experiência.
Simplesmente não há estrelas suficientes no Filmow para fazer a justa avaliação dessa incrível produção da NetFlix. Há muito tempo não surgia uma série capaz de fazer frente ao sucesso das consagradas Game of Thrones e Breaking Bad. A 1ª temporada já está com uma cotação maior do que a 1ª de Breaking Bad e apenas 0,1 estrelas atrás de GOT. O sucesso é tão grande, que já tem mais de 8 mil avaliações em apenas 2 semanas (GOT tem 38 mil avaliações, embora tenha sido lançada há 6 anos). E não é de admirar que Stranger Things seja um fenômeno. A ambientação e a atmosfera são tão perfeitamente anos 80, que a gente chega a esquecer que a produção é de 2016. Desnecessário citar todas as inúmeras referências à filmes, livros, músicas, que enriquecem muito a série, bem como o surpreendente talento do elenco mirim. Vale a pena você procurar pelos vídeos de Millie Bobby Brown cantando Amy, Adele e muito mais! Essa garotada é 100% talento e, apesar do sucesso mundial, é no Brasil que eles encontraram uma das mais calorosas recepções, chegando inclusive a gravar depoimentos em português, agradecendo aos fãs brasileiros. Stranger Things vale cada segundo e transporta o expectador de volta aos anos 80, mas seus méritos vão muito além da nostalgia: atuação perfeita do elenco inteiro, com destaque, é claro, para o elenco mirim; trilha sonora perfeita; e um roteiro ágil e bem amarrado. As crianças tem cara de criança, jeito de criança, voz de criança e um carisma que eu nunca tinha visto em série alguma! Atuam com tanta naturalidade, que não parecem estar atuando! Pra quem gostou de Conta Comigo, Os Goonies, Twin Peaks, E.T., Viagem ao Mundo dos Sonhos, Amazing Stories, A Tempestade do Século, dentre tantas outras produções icônicas da década de 80, Stranger Things, apesar do nome quase impronunciável para a maioria dos brasileiros, será um prato cheio, para devorar em um dia e já reassistir no dia seguinte. É diversão garantida e de altíssima qualidade.
Embora o argumento seja muito interessante, e o personagem central seja muito bem construído (Lúcifer é inspirado num personagem de quadrinhos, criado por Mike Carey) o fato é que é mais uma série policial, que segue a velha fórmula cara-charmoso-encontra-policial-durona. É simplesmente mais do mesmo que vemos em White Collar, Bones ou em outras dezenas de séries policiais: a cada semana, um novo caso para investigar, enquanto a tensão sexual entre os protagonistas vai sendo resolvida a conta-gotas. É impressionante a obsessão que os americanos têm por séries policiais e violência de um modo geral. Tom Ellis leva a série nas costas, graças à sua impecável atuação como Lúcifer, mas nem mesmo um pacto com o diabo é capaz de salvar um roteiro que anda em círculos. Ainda que a 2ª temporada já tenha sido confirmada, dificilmente vai conseguir segurar a audiência se continuar nesse chove-e-não-molha. O destaque fica mesmo com o protagonista e com a proposta de apresentar o diabo não como alguém que pratica o mal, mas, pelo contrário: como alguém que pune aqueles que o praticam, revelando-se, assim, como uma espécie de vingador e, paradoxalmente, como um promotor da justiça – e não como alguém gratuitamente maligno. A história poderia render muito, se conseguisse se libertar dessa fórmula sonolenta, que é uma colcha de retalhos de episódios avulsos e fadados a serem cada vez mais desconexos. Realmente uma pena.
Continua sendo uma ótima série, mas essa foi a mais fraca das 4 temporadas, com certeza. Além de a temporada ter sido muito curta, a história está começando a perder o ritmo. São muitas histórias paralelas, a ponto de que sequer conseguem conciliá-las todas num único episódio. Há tramas que ficam ausentes da série durante 2, 3 ou até mais episódios. Estão confundindo complexidade com confusão (erro fatal cometido em Lost, que podia ter sido uma das melhores séries da história e acabou virando uma piada). Além disso, aumentou muito a presença de elementos mágicos, o que acaba levando a série para outros rumos, a exemplo do que se vê em Senhor dos Anéis, Harry Potter e outras produções do gênero. Vai acabar ficando longa demais, porque está rendendo uma fortuna para os produtores. É uma pena. Mas vamos aguardar pela 5ª temporada, prevista para abril de 2015.
Bem, parece que o Emílio de Mello conseguiu crescer um pouco dentro do personagem e melhorou em relação aos primeiros episódios. Ainda assim, pode melhorar mais. Outros usuários já perceberam que o ponto fraco da série são mesmo as atuações, a maioria com um quê de amadorismo: falas gramaticalmente impecáveis (e que soam invariavelmente artificiais). Também acho que existe um pouco de exagero na dose de transtornos que são despejados a cada episódio. Fico com a nítida impressão de que estão tentando impressionar o público e aí a história acaba ficando menos convincente. O próprio Contardo já disse que tudo o que é retratado na história está baseado em coisas que ele realmente já viu no consultório, mas certamente não viu todas essas coisas num espaço tão curto de tempo... Há momentos em que as falas do Antonini são colocadas forçosamente na história. Daí surgem frases feitas que não têm conexão nenhuma com o que está acontecendo e acaba ficando artificial demais. O roteiro também acaba deixando muitas pontas soltas ao mesmo tempo e isso dá a impressão de que os roteiristas estão meio perdidos. Acho que está faltando ajustar a fórmula, seguindo um roteiro um pouco mais parecido com o das séries norte-americanas: apenas um núcleo de ação (nesse caso, o consultório), com pinceladas nas histórias paralelas. Do jeito que está, acaba seguindo o modelo das novelas brasileiras, com inúmeras coisas acontecendo ao mesmo tempo, antes mesmo de haver uma construção mais sólida dos personagens. Lembra muito o que se via em Mandrake, com o Marcos Palmeira. Penso que deveriam ter começado com uma história mais focada e ir abrindo a trama aos poucos, na medida em que o mote principal começasse a perder fôlego. Assim, jogaram todas as cartas na mesa e provavelmente vão ter de inventar situações cada vez mais absurdas para manter esse ritmo alucinado. Entretanto, a série tem um potencial enorme e estou torcendo para que corrijam essas falhas. Os aspectos da psicanálise propriamente dita são interessantíssimos e trazem para as telas um tratamento incomumente profundo para temas que, via de regra, são discutidos apenas na superficialidade - e esse é o grande mérito dessa produção. É uma pena que não haja uma comunidade organizada pela HBO para que os produtores pudessem ter um feedback dos expectadores. Enfim, a série tem potencial. Agora é esperar pela 2ª temporada.
1) A série se aventura a explorar alguns aspectos menos óbvios do comportamento homossexual (como os mecanismos psicológicos que podem definir os papéis de ativo ou passivo de cada parceiro, a relação com as mães, os conflitos de classe, os preconceitos com a idade etc);
2) Os personagens Patrick e Richie estão sendo muito bem construídos e carregaram essa primeira temporada praticamente sozinhos;
3) Coragem de focar num grupo etário mais velho.
Aspectos negativos:
1) É pouco realista e descreve a cidade de San Francisco como se fosse uma cidade exclusivamente de homossexuais;
2) É muito fechada no universo homossexual e tudo na história gira exclusivamente em torno disso (os caras só têm amigos gays, só frequentam lugares gays, só falam de macho, de pinto, de foda... todo mundo é gay...kkkk);
3) Exagera um pouco no sentimentalismo. D.R. de casal hétero já um saco; de casal gay, então, pior ainda...
Algumas pessoas têm dito que falta sexo, outros acham que está na medida certa, mas acho que poucos se deram conta de que parte da estranheza que esta série causa se deve ao fato de estar focada num grupo etário mais velho, acima dos 30 anos, quando a maioria das histórias sobre homossexuais focam-se em garotões sarados. Nesse sentido, a série é muito corajosa, mas está pagando o preço: audiências pífias, no Brasil e nos EUA (cerca de 350 mil expectadores por episódio). A despeito disso, parece que foi bem recebida pela crítica e por esse pequeno público, tanto é que a HBO já confirmou a produção da 2ª temporada. Entretanto, série tem de dar audiência para poder se manter no ar e, se eles não deixarem a história um pouco mais dinâmica, duvido muito que haja continuidade da produção. Apostaria numa 2ª temporada mais picante, com introdução de novos personagens, dando mais espaço para pessoas mais jovens e deixando os diálogos menos afetados. E, se não fizerem isso, podem pendurar a chuteira, porque não vai rolar 3ª temporada.
Já sou fã! Espero apenas que o Emílio de Mello continue crescendo dentro do personagem, pois parece que o ator ainda tem mais para oferecer. Não gostei muito dos trejeitos que ele está usando, pois me lembram muito aquele personagem que ele fez em Cazuza - O tempo não para. Ele parece meio afetado, mas sei lá, tudo está sendo supervisionado pelo próprio Contardo Calligaris (que, aliás, é um cara genial, que a gente ouve durante horas...). De toda forma, tudo ainda é muito incipiente e temos de dar tempo para a série e os personagens amadurecerem. O destaque fica para Bianca Vedovato (Marina) e Raul Barreto (Severino). Acho que a série promete - e com uma vantagem adicional: cada episódio é uma verdadeira aula sobre a mente humana.
A série é legal, prende bem a atenção e tem alguns personagens muito interessantes, com destaque para Dean Norris, que vive o Big Jim. A ideia de universos particulares sempre me fascinou. Infelizmente, algo me diz que vai seguir o mesmo rumo de Lost, que começou com a promessa de ser a melhor história de mistério de todos os tempos (com direito a ser capa da SuperInteressante...), mas acabou mais perdida do que sapo em cancha de bocha...kkkk. Mas essa aqui é assinada por ninguém menos que Stephen King e, até hoje, o que essa cara fez de pior já é melhor do que o melhor de muita gente...kkk. Ainda assim, a fórmula é velha e é copiada do próprio Stephen King, do excelente "A tempestade do século", que considero o melhor filme de terror que eu já vi: cidade pequena, isolamento por alguma questão fora do controle dos habitantes, um político falastrão, um(a) xerife incorruptível, objetos misteriosos, personagens com segredinhos sujos e por aí vai... Ou seja, são os mesmos personagens, num contexto diferente. Isso não quer dizer que seja ruim, mas o jeito é esperar pra ver.
Bem, aumentei minha avaliação de 3,5 na 1ª temporada, para 4 nessa. Isso por causa de uma coisa especificamente: o roteiro. Essa série tem um roteiro linear, muito bem amarrado. Não ficam pontas soltas, não há episódios avulsos, tão comuns em outras produções. Tudo está perfeitamente conectado. Na verdade, a série tem uma estrutura muito mais parecida com uma novela do que uma série típica. As atuações continuam fantásticas, então, sem dúvida, é um excelente entretenimento. A história tem explorado bem a questão de "causa e consequência" e mostra, de um jeito muito interessante, as guinadas que a vida dá.
Por ironia, quanto mais o Walt faz para preservar sua família, mais ele a perde e se distancia dela.
E o que dizer do Jesse? É o traficante mais grotesco do mundo... Excelente personagem! Entretanto, não tenho como dar mais do que 4 estrelas, porque realmente falta o encanto, falta aquele magnetismo de um personagem, faltam os diálogos inteligentes. A série é tecnicamente perfeita, mas falta um componente artístico, simplesmente falta algo.
Ok, terminei de assistir à 1ª temporada e confesso que, apesar de o roteiro ser bem engendrado (uma mistura de elementos de drama com série policial / suspense, sem deixar pontas soltas), ainda não senti esse arrebatamento de que os fãs da série tanto falam. Não estou dizendo que seja ruim, tanto é que vou assistir à 2ª temporada, mas realmente ainda não vi a tal "genialidade". O Walt é uma mistura de "Um dia de fúria", "MacGyver" e "O professor aloprado" ("Caralho, como estou ficando velho", já dizia o mestre Humberto Gessinger). De toda forma, o personagem é bem construído, as interpretações são excelentes, trama interessante. Fiquei na dúvida sobre a situação do Walt Jr.
Eles dizem que ele quebrou a perna jogando futebol, mas ele fala de um jeito tão afetado, que até parece que sofreu um AVC ou tem mesmo algum comprometimento mental.
Enfim, vou assistir à 2ª temporada para poder ter uma ideia mais completa. Destaque para a abordagem não maniqueísta, mostrando que, dependendo das circunstâncias, qualquer um é capaz de qualquer coisa. Por enquanto, não posso dar mais do que 3,5.
Olha, realmente não entendi por que o pessoal gosta tanto dessa série. Eu até gosto de histórias de vampiros e tals, e fiquei bem empolgado quando soube que essa aqui era baseado em livros e que por isso tinha um roteiro linear. Um cara comparou True Blood com Game of Thrones, uma série que eu adoro, então resolvi assistir...Gente, que coisa mais sem noção! Chega a ser ridícula! E os atores são uma desgraça também! Não quero iniciar uma guerra aqui, respeito muito quem gosta, tudo bem. Mas realmente não podia deixar de dizer o quanto eu achei ruim essa série. Não recomendo.
Cada um de nós pode reclamar sobre o que quiser dessa série, mas ninguém pode dizer que ela não é surpreendente e imprevisível! Não se trata de gostar ou não gostar do rumo da história, que na vida real também não nos dão essa chance. Gostando ou não gostando, a gente vai vivendo, dia a dia. Na vida real, coisas ruins acontecem para pessoas boas...o tempo todo.
No dia em que eu conseguir prever o que vai acontecer em GOT, já posso parar de assistir, porque terá perdido seu maior mérito: a imprevisibilidade, tão real quanto a própria vida. Quando meu pai morreu, sabem onde eu estava? Num bar, me divertindo com os meus amigos. Foi justo eu não ter tido a chance de dizer adeus? Não. Acontece que a vida é assim mesmo. E o que eu fiz? O que todos nós fazemos: segui em frente. Também fiquei com um mal-estar depois do 3x09. E o que eu fiz? Segui em frente e assisti o 3x10.
Mas agora falando dos aspectos práticos, achei que o pessoal pegou pesado na violência nessa 3ª temporada. Meu medo era que eles começassem a exagerar na magia e a série acabasse virando um Harry Potter para adultos. Ao invés disso, exageraram na violência e nesse ritmo vai acabar virando uma Sexta-feira 13 da vida. Não chegou a comprometer a temporada como um todo, mas espero mesmo que eles deem uma pisada no freio nesse aspecto, porque senão começa a virar apelação, bem no estilo de Premonição e outros stuff movies.
Parece que o autor tem uma obsessão por emasculação, castração, incesto, estupro e tortura. Sei que a Idade Média foi um período muito violento (embora não se possa dizer que nosso tempo não seja...), mas é uma questão de ênfase. Gosto quando a série enfatiza os dramas pessoais dos personagens, a dualidade de suas humanas personalidades, gosto das tramas ardilosas, da perversão, do egoísmo e sei que a violência permeia todas essas coisas. Apenas não gosto quando a ênfase é na violência em si, porque daí tudo vira pretexto para mostrar mais sangue - e isso não é digno de uma história tão grandiosa quanto Game of Thrones.
Ainda assim, continua sendo uma série maravilhosa, que prende a atenção e a gente assiste a 4, 5 episódios consecutivamente, sem sentir o tempo passar. Poucas séries tem essa capacidade de envolver tanto o expectador.
Destaque para os persongens Khaleesi, Tywin Lannister, Jamie Lannister, Tyrion Lannister e Arya.
Confesso que antes de começar a assistir a série, achava que seria uma história pouco atraente para alguém da minha idade (tenho 35), mais voltada pra esse pessoal que curte andar por aí vestido como Harry Potter e jogando videogame (nada contra quem gosta disso, ok?). NÃO PODERIA ESTAR MAIS ENGANADO. Que bom que venci meu preconceito e comecei a assistir a série. Hoje sou um fã incondicional. Mas vamos considerar alguns pontos relevantes (podem ler sem medo, spoilers devidamente marcados):
1)Vamos começar por 2 aspectos negativos, mas que não chegam a comprometer:
retomada de Winterfell e do acordo entre os Lannisters e os Tyrell, coisas que não ficaram bem claras
, mas nada que comprometa o conjunto. Sei que algumas coisas precisam ser suprimidas na adaptação.
b)Percebi um aumento da presença do elemento "magia", o que realmente me preocupa um pouco. Acho que isso é fundamental para adicionar um pouco de fantasia, porque a proposta é realmente transpor o expectador para um mundo mais interessante do que o mundo real, então, até aí, tudo bem. Apenas espero que eles não exagerem nessa parte, para não acabar virando um Harry Potter para adultos.
2)Pra quem curte história, é interessante notar como eles usam o sistema feudal como base para a construção das relações políticas e, nesse sentido, a série é muito fidedigna.
3)Li um comentário aí, criticando a história, por ela parecer shakespeariana. De fato, é, mas, pra mim, esse é um aspecto positivo. Se não me engano, Shakespeare é considerado um dramaturgo bem relevante....kkkk....Estranho alguém comparar uma coisa com uma obra de Shakespeare, na intenção de fazer uma crítica...kkkk. Assim como Shakespeare fazia, o autor usa um grande número de personagens, todos muito bem construídos e cria uma trama realmente intrigante, repleta de traições e reviravoltas...Como alguém pode achar isso ruim? Mas vá lá, respeito quem não gosta de Shakespeare, afinal nenhum de nós é obrigado a gostar de nada.
4)Tenho refletido sobre o apelo que histórias épicas e / ou fantásticas têm para homens e mulheres, considerando o sucesso de O Senhor dos Aneis, Harry Potter, Crepúsculo e Game of Thrones. Antes que alguém reclame, não estou comparando as obras, ok? Entretanto, acredito que o apelo desse tipo de literatura / filme / série, embora diferente para homens e mulheres, tem uma mesma natureza. Para os homens, acho que o apelo reside na percepção de que houve ou poderia haver uma época em, quando se queria algo, era possível simplesmente tomá-lo e cada um carregava a lei na cintura, porque a espada era a lei. Acho que essa ideia de poder, de dominação, de uso da força exerce um certo fascínio sobre os homens, o que explicaria o fato de tantos serem devotos desse tipo de história. Já para as mulheres, acredito que o encantamento esteja no resgate do conceito de cavaleiros e donzelas, com uma distinção clara de gêneros. Homens que prezavam a honra e que exalavam virilidade; e mulheres que preservavam sua feminilidade, apesar de terem de usar toda a sua força para sobreviver numa sociedade machista. Em outras palavras, acho que o segredo de tantos de nós gostarmos tanto de Game fo Thrones, reside no fato de que é uma história que, com todo respeito, retrata homens mais masculinos e mulheres mais femininas do que normalmente se vê numa sociedade que caminha no sentido oposto a este, com homens cada vez mais metrossexuais e mulheres cada vez mais masculinizadas. Digo isso com todo o respeito, não sou sexista nem homofóbico, pelo contrário, faço parte dessa nova geração de homens, que usa cosméticos e fala sobre seus sentimentos, mas há algo em mim que admira esse aspecto mais selvagem, mais animalesco. Reparem na quantidade de reality shows de TV de sobrevivência na selva! Todos são um sucesso de audiência! Estamos todos cada vez mais distantes de nossos instintos mais básicos, estamos urbanizados demais. Somem-se a tudo isso alguns toques de magia e fantasia, uma história bem escrita e uma produção bem cuidada e aí está o segredo do sucesso de Game of Thrones, uma das melhores séries de todos os tempos!
Parece que eu encontrei a primeira unanimidade do Filmow... A série é realmente excelente! Eu não sou um grande fã de histórias sobre espada e magia, porque as acho repetitivas e muito menos sou um grande fã de histórias contadas a conta-gotas, só para aumentar os lucros. Ainda assim, tive de me render a Game of Thrones. Há alguns aspectos interessantes, que gostaria de destacar (podem ler sem medo, nada de spoilers...):
1)Pra quem é fã de séries, sabe como esse mercado funciona: o que determina a duração de uma série é a audiência, de modo que, quando a série está indo bem, os reteiristas têm de se virar para ficar prolongando a história e renovando o interesse do público. Quando a série perde audiência, os caras mandam encerrar, bem no meio de uma temporada qualquer. Essa lógica mercantilista já estragou grandes histórias, que por conta desse sistema ficam criando situações cada vez mais absurdas (como em House e Supernatural, por exemplo) e, quando terminam, acabam deixando muitas pontas soltas, de tantas maluquices que os roteiristas tiveram de inventar.
2)Não sou um expert em séries, mas, até onde eu saiba, essa é a primeira que é uma adaptação de livros que também foram escritos em série. Já tínhamos visto isso (coincidentemente acerca de outras histórias sobre espada e magia) em O senhor dos aneis, Harry Potter e Crepúsculo, mas, nesses casos, viraram filmes e não séries. Pra mim, essa é a verdadeira vantagem de Game of Thrones: ao contrário das séries convencionais, eles não ficam inventando a história na medida em que ela se desenrola; a história já está escrita e, portanto, tem início, meio e um dia, espero, terá um fim - decente e digno da grandeza dessa história.
3)Na verdade, Game of Thrones é o que temos de mais próximo das telenovelas brasileiras, é mais uma novela do que uma série: é preciso acompanhar a história desde o começo para poder entender o que está acontecendo. Numa série comum, bastam uns 2 ou 3 episódios para o cara se situar, porque as séries comuns são feitas para audiências flutuantes.
4)Reparem que, desde o início, a série já apresenta uma quantidade enorme de personagens e ainda vai introduzindo outros, na medida em que eles se fazem necessários. Isso é muito diferente de uma série que começa com um núcleo de 6 ou 8 personagens, que vão se renovando de tempos em tempos. Além disso, numa série comum, a história se desenrola num único ambiente (um hospital, uma escola, etc). Game of Thrones é muito dinâmica, é mesmo um livro em forma de série.
5)E o que dizer das atuações impecáveis? Nikolaj Coster-Waldau me lembra muito o Sawyer de Lost, tanto na aparência, quanto na interpretação e características do personagem. Fotografia? Perfeita. Trilha sonora, abertura, tudo.
6)E claro, não poderia deixar de citar aquele que, pra mim, é um dos pares mais perfeitos de todas as séries que eu já vi: Drogo e Khalesee (sei lá como se escrevem esses nomes...kkkk).
Enfim, a construção dos personagens é muito rica, os diálogos são inteligentes, excelentes cenas de ação e cenas de sexo muito picantes também...Vale muito a pena e é viciante. Eu não li os livros...ainda...
É a única sitcom que eu assisto, e é simplesmente fantástica. O elenco todo é fabuloso, mas Jim Parsons e Simon Helberg são impagáveis. Essa temporada teve uns episódios fraquinhos, mas o episódio sobre o Professor Próton é de morrer de rir! Atualmente é o programa não-esportivo mais assistido nos EUA, com audiência recorde nessa 6ª temporada. Quem acredita que Jim Parsons completou 40 anos!!! Destaque também para as atuações de Kaley Cuoco e Mayim Bialik, cada vez melhores. Sabem o que eu adoraria ver? Um encontro de Jim Parsons e Hugh Laurie, dois titãs da TV americana...
Ainda é a minha série preferida, mas deixou muito a desejar. Para nós, que somos fãs, as séries parecem apenas entretenimento, mas a gente acaba esquecendo que elas são, antes de tudo, um negócio milionário nos Estados Unidos. Isso faz toda a diferença, porque as séries precisam ficar no ar enquanto forem lucrativas. É justamente por isso que quase todas as grandes séries já produzidas acabaram se prolongando além do que seria artisticamente necessário. House poderia ter acabado em grande estilo 2 ou 3 anos antes, ao invés de se tornar quase (e eu disse quase) decadente. Chega um ponto em que, para dar seguimento à história, sem deixar perder o ritmo, os roteiristas se obrigam a criar situações cada vez mais bizarras, cada vez menos verossímeis - e isso prejudica a identidade da história e dos personagens, sem falar que torna cada vez difícil criar um fim decente, que amarre todas essas pontas. As últimas temporadas já começavam a apresentar sinais de desgaste, repletas de situações exageradas, que acabaram saindo do surpreendente e caindo no caricato. Tenho a impressão de que
entra-e-sai de médicos, um constante contrata-demite
e aí os exageros começaram. A coisa mais legal sobre o personagem House é que ele faz aquilo que qualquer um de nós poderia e gostaria de fazer, sem se deixar deter pelo medo. Soma-se a isso um brilhantismo excepcional e uma vida amargurada e está criado o personagem perfeito. Mas quando ele começou a fazer coisas impossíveis
o que aconteceu com a Cuddy (uma das personagens principais da série e que foi simplesmente ignorada na 8ª temporada); forçaram a barra com as alucinações do House, vendo o Kutner (com quem ele nem tinha uma relação tão intensa) e a Amber (de novo!) e, no entanto, a Cuddy ele não viu!; não explicaram quem era, afinal de contas, o pai biológico dele (uma das bizarrices da série); não resolveram a tensão sexual (outra bizarrice) entre o Chase e a Parker; não explicaram o papel da Adams; não exploraram o vazio interior do Foreman. O House ter forjado a própria morte foi uma boa ideia, mas não explicaram como ele fez isso ("troquei os registros dentários..."). Até na trilha sonora foram relapsos.
Enfim, esperava mais, muito mais. Para mim, o fim ideal seria o seguinte:
ao invés de forjar a própria morte, o House deveria simplesmente pedir demissão, passar os últimos meses com o Wilson, na esperança de que alguma coisa fosse mudar. Depois fariam o enterro do Wilson, com o House observando à distância e voltando para sua "miserable life", trabalhando em outro hospital, morando em outro apartamento, mas igualmente atormentado e solitário (people don't change). O Foreman seria o diretor do hospital, mas com uma vida pessoal nula (nova Cuddy); o Chase seria o chefe do departamento, mas não teria se recuperado totalmente da paralisia e precisaria de bengala (novo House). E finalmente mostraria os minutos finais da vida do próprio House, morrendo sozinho, em busca de uma verdade que ninguém jamais será capaz de alcançar.
Lucifer (6ª Temporada)
3.8 107 Assista AgoraDecepcionante. Particularmente nunca gostei de séries desse tipo, que ficam inventando casos para poder se prolongar: o risco de se perderem no roteiro é enorme - e foi o que aconteceu. Começou como uma ideia genial: o diabo vindo passar um tempo em L.A. Tinha tudo para ser uma história e tanto, mas acabou virando mais uma série policial, que misturou muitas mitologias e conseguiu terminar de forma quase caricata.
Missa da Meia-Noite
3.9 730Antes de tudo: PRÊMIO PARA A ATUAÇÃO DE SAMANTHA SLOYAN, no papel de Bev Keane, a vilã mais odiada do ano! Que atuação perfeita!
Aliás, esse é um dos pontos fortes dessa produção: todas as atuações são memoráveis! Destaque também para a trilha sonora excelente e a fotografia maravilhosa! Só essas coisas já fazem valer a pena assistir!
Não sei se outros repararam, mas a história tem muitas semelhanças com "A tempestade do século" (comunidade de ilhéus, segredinhos sujos, o xerife é dono de um mercadinho, a delegacia fica atrás do mercadinho,
entidade sobrenatural
Particularmente gosto muito desse tipo de receita e acho que já foram feitas excelentes produções seguindo essa mesma fórmula e esta não é exceção. Vi que muitos reclamaram de que a minisérie é longa demais ou que tem partes monótonas, mas eu acho que isso deixa a gente ainda mais no clima sobre como deve ser viver numa ilha...
Sobre a história em si, acho que tem as mesmas virtudes e os mesmos defeitos de Bly e Hill: personagens muito bem contruídos, diálogos inteligentes, fotografia linda, trilha sonora bem cuidada, uma trama que desperta a curiosidade e prende o expectador, mas... uma explicação sem pé e nem cabeça para o que aconteceu e uma guinada à la stuffy movie no fim.
Parece que um roterista escreveu a primeira metade e outro escreveu a segunda... E é só por isso que eu acho que não merece 5 estrelas.
Ainda assim, adorei e acho que valeu muito a pena ter assistido. Os diálogos sobre a morte são uma obra prima à parte. Se existisse o livro, adoraria ler!
A Maldição da Mansão Bly
3.9 922 Assista AgoraÉ uma boa ideia mal desenvolvida. O enredo é pretensioso demais, há muitos núcleos absolutamente inúteis, que não acrescentam nenhuma informação relevante à história em si. Tem umas sacadas inteligentes, como a questão de
mostrar céu e inferno como um tempo e não como um lugar
não tem a chance de desvendar o mistério, já que tudo se baseia numa segunda história que no fim se revela ser a história principal, embora essa informação seja omitida ao longo da série.
Toda a história do Henry é inútil para o enredo, assim como a história do noivo da Danny.
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KPerfeição. Essa é a palavra que melhor descreve Stranger Things. Excelente temporada, com uma evolução muito natural, tanto da história, quanto dos personagens e das relações entre eles. Ambientação perfeita, caprichadíssima, ótima trilha sonora e com um ritmo excelente. Espero apenas que tenham o bom senso de não prolongar a série excessivamente.
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraCALMA, pessoal! Lembrem-se de Lost e de como uma série que tenta inventar demais pode acabar se perdendo em si mesma... Uma história não pode ser feita só de reviravoltas, só de coisas imprevisíveis e inimagináveis... não tem como ser assim, ok? Tudo bem que nessa temporada houve algumas coisas que não funcionaram bem, mas são detalhes e não a primeira trombeta do apocalipse... Martin sempre surpreendeu e vai fazer isso de novo. É justamente por isso que está induzindo o público a pensar que GOT se tornou previsível. Ele precisava jogar a isca e esta 7ª temporada serviu pra isso. Mas vou concordar com 2 colegas que postaram aí: 1) Chamar de "Dany" foi, no mínimo, ridículo; 2) O personagem Euron tá mesmo sobrando na história, parece um desses caras que foi indicado por um patrocinador para fazer uma pontinha na série.... Agora é achar outras coisas para assistir até chegar a finale.
The OA (Parte 1)
4.1 981 Assista AgoraMaluca demais para dizer que é "boa". Sempre fico com o pé atrás com essas séries que querem ser muito diferentonas. A ideia de uma pessoa aproximar 5 estranhos e cada um deles acabar tendo um certo propósito na vida do outro é interessantíssima. Mas a parte pseudocientífica da história corre o risco de colocar tudo a perder. Parece ter vindo na esteira de Stranger Things, mas não chega nem perto daquela. O melhor dessa série, por enquanto, é a construção de personagens e a relação entre eles, mas o mote da história em si, tem tudo para acabar se perdendo em si mesmo, ficando num limbo entre o suspense e a ficção, sem ser boa nem numa coisa, nem noutra.
Glitch (1ª Temporada)
3.6 123 Assista AgoraEmbora o argumento da série não seja original e já se tenha tentado filmar essa história inúmeras vezes, essa versão tem um diferencial importante: o dedo da NETFLIX a partir da 2ª temporada, já confirmada.
O mais legal dessa primeira temporada é que eles não dedicam muito tempo a tentar explicar o motivo de todas essas pessoas terem retornado, mas sim à questão de que o mundo e a vida para os quais voltaram não são mais o mundo e a vida que deixaram!
Este é um ponto interessantíssimo, meio na linha filosófica de que não se pode entrar 2 vezes no mesmo rio. A ideia de "voltar" da morte é fascinante apenas na medida em que se acredita que será possível retomar a vida que você tinha antes... Mas... e se não houvesse mais nada para o qual voltar?
A ideia é muito boa, acho legal sair do eixo EUA-Europa, a primeira temporada, embora tenha falhas na execução, consegue prender a atenção, apesar de parecer mais um piloto do que uma temporada propriamente dita, já que é muito curta.
No fim das contas, para quem se interessa pelo tema, essa série é muito mais interessante do que as infindáveis e repetitivas histórias sobre zumbis.
E tem tudo que uma boa história precisa: uma cidade pequena, um policial resignado, personagens enigmáticos e segredinhos sujos. Vale a experiência.
Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraSimplesmente não há estrelas suficientes no Filmow para fazer a justa avaliação dessa incrível produção da NetFlix. Há muito tempo não surgia uma série capaz de fazer frente ao sucesso das consagradas Game of Thrones e Breaking Bad. A 1ª temporada já está com uma cotação maior do que a 1ª de Breaking Bad e apenas 0,1 estrelas atrás de GOT. O sucesso é tão grande, que já tem mais de 8 mil avaliações em apenas 2 semanas (GOT tem 38 mil avaliações, embora tenha sido lançada há 6 anos). E não é de admirar que Stranger Things seja um fenômeno. A ambientação e a atmosfera são tão perfeitamente anos 80, que a gente chega a esquecer que a produção é de 2016. Desnecessário citar todas as inúmeras referências à filmes, livros, músicas, que enriquecem muito a série, bem como o surpreendente talento do elenco mirim. Vale a pena você procurar pelos vídeos de Millie Bobby Brown cantando Amy, Adele e muito mais! Essa garotada é 100% talento e, apesar do sucesso mundial, é no Brasil que eles encontraram uma das mais calorosas recepções, chegando inclusive a gravar depoimentos em português, agradecendo aos fãs brasileiros. Stranger Things vale cada segundo e transporta o expectador de volta aos anos 80, mas seus méritos vão muito além da nostalgia: atuação perfeita do elenco inteiro, com destaque, é claro, para o elenco mirim; trilha sonora perfeita; e um roteiro ágil e bem amarrado. As crianças tem cara de criança, jeito de criança, voz de criança e um carisma que eu nunca tinha visto em série alguma! Atuam com tanta naturalidade, que não parecem estar atuando! Pra quem gostou de Conta Comigo, Os Goonies, Twin Peaks, E.T., Viagem ao Mundo dos Sonhos, Amazing Stories, A Tempestade do Século, dentre tantas outras produções icônicas da década de 80, Stranger Things, apesar do nome quase impronunciável para a maioria dos brasileiros, será um prato cheio, para devorar em um dia e já reassistir no dia seguinte. É diversão garantida e de altíssima qualidade.
Lucifer (1ª Temporada)
4.0 427 Assista AgoraEmbora o argumento seja muito interessante, e o personagem central seja muito bem construído (Lúcifer é inspirado num personagem de quadrinhos, criado por Mike Carey) o fato é que é mais uma série policial, que segue a velha fórmula cara-charmoso-encontra-policial-durona. É simplesmente mais do mesmo que vemos em White Collar, Bones ou em outras dezenas de séries policiais: a cada semana, um novo caso para investigar, enquanto a tensão sexual entre os protagonistas vai sendo resolvida a conta-gotas. É impressionante a obsessão que os americanos têm por séries policiais e violência de um modo geral. Tom Ellis leva a série nas costas, graças à sua impecável atuação como Lúcifer, mas nem mesmo um pacto com o diabo é capaz de salvar um roteiro que anda em círculos. Ainda que a 2ª temporada já tenha sido confirmada, dificilmente vai conseguir segurar a audiência se continuar nesse chove-e-não-molha. O destaque fica mesmo com o protagonista e com a proposta de apresentar o diabo não como alguém que pratica o mal, mas, pelo contrário: como alguém que pune aqueles que o praticam, revelando-se, assim, como uma espécie de vingador e, paradoxalmente, como um promotor da justiça – e não como alguém gratuitamente maligno. A história poderia render muito, se conseguisse se libertar dessa fórmula sonolenta, que é uma colcha de retalhos de episódios avulsos e fadados a serem cada vez mais desconexos. Realmente uma pena.
Lucifer (1ª Temporada)
4.0 427 Assista AgoraTem potencial, mas to com medo que seja apenas mais uma versão de séries como Psych e White Collar.
Game of Thrones (4ª Temporada)
4.6 1,5K Assista AgoraContinua sendo uma ótima série, mas essa foi a mais fraca das 4 temporadas, com certeza. Além de a temporada ter sido muito curta, a história está começando a perder o ritmo. São muitas histórias paralelas, a ponto de que sequer conseguem conciliá-las todas num único episódio. Há tramas que ficam ausentes da série durante 2, 3 ou até mais episódios. Estão confundindo complexidade com confusão (erro fatal cometido em Lost, que podia ter sido uma das melhores séries da história e acabou virando uma piada). Além disso, aumentou muito a presença de elementos mágicos, o que acaba levando a série para outros rumos, a exemplo do que se vê em Senhor dos Anéis, Harry Potter e outras produções do gênero. Vai acabar ficando longa demais, porque está rendendo uma fortuna para os produtores. É uma pena. Mas vamos aguardar pela 5ª temporada, prevista para abril de 2015.
Psi (1ª Temporada)
4.3 81Bem, parece que o Emílio de Mello conseguiu crescer um pouco dentro do personagem e melhorou em relação aos primeiros episódios. Ainda assim, pode melhorar mais. Outros usuários já perceberam que o ponto fraco da série são mesmo as atuações, a maioria com um quê de amadorismo: falas gramaticalmente impecáveis (e que soam invariavelmente artificiais). Também acho que existe um pouco de exagero na dose de transtornos que são despejados a cada episódio. Fico com a nítida impressão de que estão tentando impressionar o público e aí a história acaba ficando menos convincente. O próprio Contardo já disse que tudo o que é retratado na história está baseado em coisas que ele realmente já viu no consultório, mas certamente não viu todas essas coisas num espaço tão curto de tempo... Há momentos em que as falas do Antonini são colocadas forçosamente na história. Daí surgem frases feitas que não têm conexão nenhuma com o que está acontecendo e acaba ficando artificial demais. O roteiro também acaba deixando muitas pontas soltas ao mesmo tempo e isso dá a impressão de que os roteiristas estão meio perdidos. Acho que está faltando ajustar a fórmula, seguindo um roteiro um pouco mais parecido com o das séries norte-americanas: apenas um núcleo de ação (nesse caso, o consultório), com pinceladas nas histórias paralelas. Do jeito que está, acaba seguindo o modelo das novelas brasileiras, com inúmeras coisas acontecendo ao mesmo tempo, antes mesmo de haver uma construção mais sólida dos personagens. Lembra muito o que se via em Mandrake, com o Marcos Palmeira. Penso que deveriam ter começado com uma história mais focada e ir abrindo a trama aos poucos, na medida em que o mote principal começasse a perder fôlego. Assim, jogaram todas as cartas na mesa e provavelmente vão ter de inventar situações cada vez mais absurdas para manter esse ritmo alucinado. Entretanto, a série tem um potencial enorme e estou torcendo para que corrijam essas falhas. Os aspectos da psicanálise propriamente dita são interessantíssimos e trazem para as telas um tratamento incomumente profundo para temas que, via de regra, são discutidos apenas na superficialidade - e esse é o grande mérito dessa produção. É uma pena que não haja uma comunidade organizada pela HBO para que os produtores pudessem ter um feedback dos expectadores. Enfim, a série tem potencial. Agora é esperar pela 2ª temporada.
Looking (1ª Temporada)
4.0 378 Assista AgoraAspectos positivos:
1) A série se aventura a explorar alguns aspectos menos óbvios do comportamento homossexual (como os mecanismos psicológicos que podem definir os papéis de ativo ou passivo de cada parceiro, a relação com as mães, os conflitos de classe, os preconceitos com a idade etc);
2) Os personagens Patrick e Richie estão sendo muito bem construídos e carregaram essa primeira temporada praticamente sozinhos;
3) Coragem de focar num grupo etário mais velho.
Aspectos negativos:
1) É pouco realista e descreve a cidade de San Francisco como se fosse uma cidade exclusivamente de homossexuais;
2) É muito fechada no universo homossexual e tudo na história gira exclusivamente em torno disso (os caras só têm amigos gays, só frequentam lugares gays, só falam de macho, de pinto, de foda... todo mundo é gay...kkkk);
3) Exagera um pouco no sentimentalismo. D.R. de casal hétero já um saco; de casal gay, então, pior ainda...
Algumas pessoas têm dito que falta sexo, outros acham que está na medida certa, mas acho que poucos se deram conta de que parte da estranheza que esta série causa se deve ao fato de estar focada num grupo etário mais velho, acima dos 30 anos, quando a maioria das histórias sobre homossexuais focam-se em garotões sarados. Nesse sentido, a série é muito corajosa, mas está pagando o preço: audiências pífias, no Brasil e nos EUA (cerca de 350 mil expectadores por episódio). A despeito disso, parece que foi bem recebida pela crítica e por esse pequeno público, tanto é que a HBO já confirmou a produção da 2ª temporada. Entretanto, série tem de dar audiência para poder se manter no ar e, se eles não deixarem a história um pouco mais dinâmica, duvido muito que haja continuidade da produção. Apostaria numa 2ª temporada mais picante, com introdução de novos personagens, dando mais espaço para pessoas mais jovens e deixando os diálogos menos afetados. E, se não fizerem isso, podem pendurar a chuteira, porque não vai rolar 3ª temporada.
Psi (1ª Temporada)
4.3 81Já sou fã! Espero apenas que o Emílio de Mello continue crescendo dentro do personagem, pois parece que o ator ainda tem mais para oferecer. Não gostei muito dos trejeitos que ele está usando, pois me lembram muito aquele personagem que ele fez em Cazuza - O tempo não para. Ele parece meio afetado, mas sei lá, tudo está sendo supervisionado pelo próprio Contardo Calligaris (que, aliás, é um cara genial, que a gente ouve durante horas...). De toda forma, tudo ainda é muito incipiente e temos de dar tempo para a série e os personagens amadurecerem. O destaque fica para Bianca Vedovato (Marina) e Raul Barreto (Severino). Acho que a série promete - e com uma vantagem adicional: cada episódio é uma verdadeira aula sobre a mente humana.
Under the Dome: Prisão Invisível (1ª Temporada)
3.7 674A série é legal, prende bem a atenção e tem alguns personagens muito interessantes, com destaque para Dean Norris, que vive o Big Jim. A ideia de universos particulares sempre me fascinou. Infelizmente, algo me diz que vai seguir o mesmo rumo de Lost, que começou com a promessa de ser a melhor história de mistério de todos os tempos (com direito a ser capa da SuperInteressante...), mas acabou mais perdida do que sapo em cancha de bocha...kkkk. Mas essa aqui é assinada por ninguém menos que Stephen King e, até hoje, o que essa cara fez de pior já é melhor do que o melhor de muita gente...kkk. Ainda assim, a fórmula é velha e é copiada do próprio Stephen King, do excelente "A tempestade do século", que considero o melhor filme de terror que eu já vi: cidade pequena, isolamento por alguma questão fora do controle dos habitantes, um político falastrão, um(a) xerife incorruptível, objetos misteriosos, personagens com segredinhos sujos e por aí vai... Ou seja, são os mesmos personagens, num contexto diferente. Isso não quer dizer que seja ruim, mas o jeito é esperar pra ver.
Breaking Bad (2ª Temporada)
4.5 773Bem, aumentei minha avaliação de 3,5 na 1ª temporada, para 4 nessa. Isso por causa de uma coisa especificamente: o roteiro. Essa série tem um roteiro linear, muito bem amarrado. Não ficam pontas soltas, não há episódios avulsos, tão comuns em outras produções. Tudo está perfeitamente conectado. Na verdade, a série tem uma estrutura muito mais parecida com uma novela do que uma série típica. As atuações continuam fantásticas, então, sem dúvida, é um excelente entretenimento. A história tem explorado bem a questão de "causa e consequência" e mostra, de um jeito muito interessante, as guinadas que a vida dá.
Por ironia, quanto mais o Walt faz para preservar sua família, mais ele a perde e se distancia dela.
Breaking Bad (1ª Temporada)
4.5 1,4K Assista AgoraOk, terminei de assistir à 1ª temporada e confesso que, apesar de o roteiro ser bem engendrado (uma mistura de elementos de drama com série policial / suspense, sem deixar pontas soltas), ainda não senti esse arrebatamento de que os fãs da série tanto falam. Não estou dizendo que seja ruim, tanto é que vou assistir à 2ª temporada, mas realmente ainda não vi a tal "genialidade". O Walt é uma mistura de "Um dia de fúria", "MacGyver" e "O professor aloprado" ("Caralho, como estou ficando velho", já dizia o mestre Humberto Gessinger). De toda forma, o personagem é bem construído, as interpretações são excelentes, trama interessante. Fiquei na dúvida sobre a situação do Walt Jr.
Eles dizem que ele quebrou a perna jogando futebol, mas ele fala de um jeito tão afetado, que até parece que sofreu um AVC ou tem mesmo algum comprometimento mental.
True Blood (1ª Temporada)
4.2 592 Assista AgoraOlha, realmente não entendi por que o pessoal gosta tanto dessa série. Eu até gosto de histórias de vampiros e tals, e fiquei bem empolgado quando soube que essa aqui era baseado em livros e que por isso tinha um roteiro linear. Um cara comparou True Blood com Game of Thrones, uma série que eu adoro, então resolvi assistir...Gente, que coisa mais sem noção! Chega a ser ridícula! E os atores são uma desgraça também! Não quero iniciar uma guerra aqui, respeito muito quem gosta, tudo bem. Mas realmente não podia deixar de dizer o quanto eu achei ruim essa série. Não recomendo.
Game of Thrones (3ª Temporada)
4.6 1,8K Assista AgoraCada um de nós pode reclamar sobre o que quiser dessa série, mas ninguém pode dizer que ela não é surpreendente e imprevisível! Não se trata de gostar ou não gostar do rumo da história, que na vida real também não nos dão essa chance. Gostando ou não gostando, a gente vai vivendo, dia a dia. Na vida real, coisas ruins acontecem para pessoas boas...o tempo todo.
No dia em que eu conseguir prever o que vai acontecer em GOT, já posso parar de assistir, porque terá perdido seu maior mérito: a imprevisibilidade, tão real quanto a própria vida. Quando meu pai morreu, sabem onde eu estava? Num bar, me divertindo com os meus amigos. Foi justo eu não ter tido a chance de dizer adeus? Não. Acontece que a vida é assim mesmo. E o que eu fiz? O que todos nós fazemos: segui em frente. Também fiquei com um mal-estar depois do 3x09. E o que eu fiz? Segui em frente e assisti o 3x10.
Mas agora falando dos aspectos práticos, achei que o pessoal pegou pesado na violência nessa 3ª temporada. Meu medo era que eles começassem a exagerar na magia e a série acabasse virando um Harry Potter para adultos. Ao invés disso, exageraram na violência e nesse ritmo vai acabar virando uma Sexta-feira 13 da vida. Não chegou a comprometer a temporada como um todo, mas espero mesmo que eles deem uma pisada no freio nesse aspecto, porque senão começa a virar apelação, bem no estilo de Premonição e outros stuff movies.
Parece que o autor tem uma obsessão por emasculação, castração, incesto, estupro e tortura. Sei que a Idade Média foi um período muito violento (embora não se possa dizer que nosso tempo não seja...), mas é uma questão de ênfase. Gosto quando a série enfatiza os dramas pessoais dos personagens, a dualidade de suas humanas personalidades, gosto das tramas ardilosas, da perversão, do egoísmo e sei que a violência permeia todas essas coisas. Apenas não gosto quando a ênfase é na violência em si, porque daí tudo vira pretexto para mostrar mais sangue - e isso não é digno de uma história tão grandiosa quanto Game of Thrones.
Ainda assim, continua sendo uma série maravilhosa, que prende a atenção e a gente assiste a 4, 5 episódios consecutivamente, sem sentir o tempo passar. Poucas séries tem essa capacidade de envolver tanto o expectador.
Destaque para os persongens Khaleesi, Tywin Lannister, Jamie Lannister, Tyrion Lannister e Arya.
Game of Thrones (2ª Temporada)
4.6 1,6K Assista AgoraO SEGREDO DO SUCESSO DE GAME OF THRONES
Confesso que antes de começar a assistir a série, achava que seria uma história pouco atraente para alguém da minha idade (tenho 35), mais voltada pra esse pessoal que curte andar por aí vestido como Harry Potter e jogando videogame (nada contra quem gosta disso, ok?). NÃO PODERIA ESTAR MAIS ENGANADO. Que bom que venci meu preconceito e comecei a assistir a série. Hoje sou um fã incondicional. Mas vamos considerar alguns pontos relevantes (podem ler sem medo, spoilers devidamente marcados):
1)Vamos começar por 2 aspectos negativos, mas que não chegam a comprometer:
a)Notei algumas lacunas, como na questão da
retomada de Winterfell e do acordo entre os Lannisters e os Tyrell, coisas que não ficaram bem claras
b)Percebi um aumento da presença do elemento "magia", o que realmente me preocupa um pouco. Acho que isso é fundamental para adicionar um pouco de fantasia, porque a proposta é realmente transpor o expectador para um mundo mais interessante do que o mundo real, então, até aí, tudo bem. Apenas espero que eles não exagerem nessa parte, para não acabar virando um Harry Potter para adultos.
2)Pra quem curte história, é interessante notar como eles usam o sistema feudal como base para a construção das relações políticas e, nesse sentido, a série é muito fidedigna.
3)Li um comentário aí, criticando a história, por ela parecer shakespeariana. De fato, é, mas, pra mim, esse é um aspecto positivo. Se não me engano, Shakespeare é considerado um dramaturgo bem relevante....kkkk....Estranho alguém comparar uma coisa com uma obra de Shakespeare, na intenção de fazer uma crítica...kkkk. Assim como Shakespeare fazia, o autor usa um grande número de personagens, todos muito bem construídos e cria uma trama realmente intrigante, repleta de traições e reviravoltas...Como alguém pode achar isso ruim? Mas vá lá, respeito quem não gosta de Shakespeare, afinal nenhum de nós é obrigado a gostar de nada.
4)Tenho refletido sobre o apelo que histórias épicas e / ou fantásticas têm para homens e mulheres, considerando o sucesso de O Senhor dos Aneis, Harry Potter, Crepúsculo e Game of Thrones. Antes que alguém reclame, não estou comparando as obras, ok? Entretanto, acredito que o apelo desse tipo de literatura / filme / série, embora diferente para homens e mulheres, tem uma mesma natureza. Para os homens, acho que o apelo reside na percepção de que houve ou poderia haver uma época em, quando se queria algo, era possível simplesmente tomá-lo e cada um carregava a lei na cintura, porque a espada era a lei. Acho que essa ideia de poder, de dominação, de uso da força exerce um certo fascínio sobre os homens, o que explicaria o fato de tantos serem devotos desse tipo de história. Já para as mulheres, acredito que o encantamento esteja no resgate do conceito de cavaleiros e donzelas, com uma distinção clara de gêneros. Homens que prezavam a honra e que exalavam virilidade; e mulheres que preservavam sua feminilidade, apesar de terem de usar toda a sua força para sobreviver numa sociedade machista. Em outras palavras, acho que o segredo de tantos de nós gostarmos tanto de Game fo Thrones, reside no fato de que é uma história que, com todo respeito, retrata homens mais masculinos e mulheres mais femininas do que normalmente se vê numa sociedade que caminha no sentido oposto a este, com homens cada vez mais metrossexuais e mulheres cada vez mais masculinizadas. Digo isso com todo o respeito, não sou sexista nem homofóbico, pelo contrário, faço parte dessa nova geração de homens, que usa cosméticos e fala sobre seus sentimentos, mas há algo em mim que admira esse aspecto mais selvagem, mais animalesco. Reparem na quantidade de reality shows de TV de sobrevivência na selva! Todos são um sucesso de audiência! Estamos todos cada vez mais distantes de nossos instintos mais básicos, estamos urbanizados demais. Somem-se a tudo isso alguns toques de magia e fantasia, uma história bem escrita e uma produção bem cuidada e aí está o segredo do sucesso de Game of Thrones, uma das melhores séries de todos os tempos!
Game of Thrones (1ª Temporada)
4.6 2,3K Assista AgoraParece que eu encontrei a primeira unanimidade do Filmow... A série é realmente excelente! Eu não sou um grande fã de histórias sobre espada e magia, porque as acho repetitivas e muito menos sou um grande fã de histórias contadas a conta-gotas, só para aumentar os lucros. Ainda assim, tive de me render a Game of Thrones. Há alguns aspectos interessantes, que gostaria de destacar (podem ler sem medo, nada de spoilers...):
1)Pra quem é fã de séries, sabe como esse mercado funciona: o que determina a duração de uma série é a audiência, de modo que, quando a série está indo bem, os reteiristas têm de se virar para ficar prolongando a história e renovando o interesse do público. Quando a série perde audiência, os caras mandam encerrar, bem no meio de uma temporada qualquer. Essa lógica mercantilista já estragou grandes histórias, que por conta desse sistema ficam criando situações cada vez mais absurdas (como em House e Supernatural, por exemplo) e, quando terminam, acabam deixando muitas pontas soltas, de tantas maluquices que os roteiristas tiveram de inventar.
2)Não sou um expert em séries, mas, até onde eu saiba, essa é a primeira que é uma adaptação de livros que também foram escritos em série. Já tínhamos visto isso (coincidentemente acerca de outras histórias sobre espada e magia) em O senhor dos aneis, Harry Potter e Crepúsculo, mas, nesses casos, viraram filmes e não séries. Pra mim, essa é a verdadeira vantagem de Game of Thrones: ao contrário das séries convencionais, eles não ficam inventando a história na medida em que ela se desenrola; a história já está escrita e, portanto, tem início, meio e um dia, espero, terá um fim - decente e digno da grandeza dessa história.
3)Na verdade, Game of Thrones é o que temos de mais próximo das telenovelas brasileiras, é mais uma novela do que uma série: é preciso acompanhar a história desde o começo para poder entender o que está acontecendo. Numa série comum, bastam uns 2 ou 3 episódios para o cara se situar, porque as séries comuns são feitas para audiências flutuantes.
4)Reparem que, desde o início, a série já apresenta uma quantidade enorme de personagens e ainda vai introduzindo outros, na medida em que eles se fazem necessários. Isso é muito diferente de uma série que começa com um núcleo de 6 ou 8 personagens, que vão se renovando de tempos em tempos. Além disso, numa série comum, a história se desenrola num único ambiente (um hospital, uma escola, etc). Game of Thrones é muito dinâmica, é mesmo um livro em forma de série.
5)E o que dizer das atuações impecáveis? Nikolaj Coster-Waldau me lembra muito o Sawyer de Lost, tanto na aparência, quanto na interpretação e características do personagem. Fotografia? Perfeita. Trilha sonora, abertura, tudo.
6)E claro, não poderia deixar de citar aquele que, pra mim, é um dos pares mais perfeitos de todas as séries que eu já vi: Drogo e Khalesee (sei lá como se escrevem esses nomes...kkkk).
Enfim, a construção dos personagens é muito rica, os diálogos são inteligentes, excelentes cenas de ação e cenas de sexo muito picantes também...Vale muito a pena e é viciante. Eu não li os livros...ainda...
Big Bang: A Teoria (6ª Temporada)
4.4 384 Assista AgoraÉ a única sitcom que eu assisto, e é simplesmente fantástica. O elenco todo é fabuloso, mas Jim Parsons e Simon Helberg são impagáveis. Essa temporada teve uns episódios fraquinhos, mas o episódio sobre o Professor Próton é de morrer de rir! Atualmente é o programa não-esportivo mais assistido nos EUA, com audiência recorde nessa 6ª temporada. Quem acredita que Jim Parsons completou 40 anos!!! Destaque também para as atuações de Kaley Cuoco e Mayim Bialik, cada vez melhores. Sabem o que eu adoraria ver? Um encontro de Jim Parsons e Hugh Laurie, dois titãs da TV americana...
Dr. House (8ª Temporada)
4.4 436 Assista AgoraAinda é a minha série preferida, mas deixou muito a desejar. Para nós, que somos fãs, as séries parecem apenas entretenimento, mas a gente acaba esquecendo que elas são, antes de tudo, um negócio milionário nos Estados Unidos. Isso faz toda a diferença, porque as séries precisam ficar no ar enquanto forem lucrativas. É justamente por isso que quase todas as grandes séries já produzidas acabaram se prolongando além do que seria artisticamente necessário. House poderia ter acabado em grande estilo 2 ou 3 anos antes, ao invés de se tornar quase (e eu disse quase) decadente. Chega um ponto em que, para dar seguimento à história, sem deixar perder o ritmo, os roteiristas se obrigam a criar situações cada vez mais bizarras, cada vez menos verossímeis - e isso prejudica a identidade da história e dos personagens, sem falar que torna cada vez difícil criar um fim decente, que amarre todas essas pontas. As últimas temporadas já começavam a apresentar sinais de desgaste, repletas de situações exageradas, que acabaram saindo do surpreendente e caindo no caricato. Tenho a impressão de que
a subsituição da equipe original foi precipitada.
entra-e-sai de médicos, um constante contrata-demite
(como deduzir o conteúdo dos sonhos eróticos de sua equipe)
o que aconteceu com a Cuddy (uma das personagens principais da série e que foi simplesmente ignorada na 8ª temporada); forçaram a barra com as alucinações do House, vendo o Kutner (com quem ele nem tinha uma relação tão intensa) e a Amber (de novo!) e, no entanto, a Cuddy ele não viu!; não explicaram quem era, afinal de contas, o pai biológico dele (uma das bizarrices da série); não resolveram a tensão sexual (outra bizarrice) entre o Chase e a Parker; não explicaram o papel da Adams; não exploraram o vazio interior do Foreman. O House ter forjado a própria morte foi uma boa ideia, mas não explicaram como ele fez isso ("troquei os registros dentários..."). Até na trilha sonora foram relapsos.
ao invés de forjar a própria morte, o House deveria simplesmente pedir demissão, passar os últimos meses com o Wilson, na esperança de que alguma coisa fosse mudar. Depois fariam o enterro do Wilson, com o House observando à distância e voltando para sua "miserable life", trabalhando em outro hospital, morando em outro apartamento, mas igualmente atormentado e solitário (people don't change). O Foreman seria o diretor do hospital, mas com uma vida pessoal nula (nova Cuddy); o Chase seria o chefe do departamento, mas não teria se recuperado totalmente da paralisia e precisaria de bengala (novo House). E finalmente mostraria os minutos finais da vida do próprio House, morrendo sozinho, em busca de uma verdade que ninguém jamais será capaz de alcançar.