Últimas opiniões enviadas
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A pretensão é grande. O desejo de fazer uma obra-prima é tanto, que o filme sufoca-se em sua própria ambição. A fotografia, esteticamente, é bem construída - seria ainda melhor se não abusassem do contraluz quando na verdade não há nenhuma intenção narrativa por detrás disso; é estético demais. As três histórias, construídas em paralelo, não foram de fato contadas; pouco sabemos das motivações daquelas mulheres. O desfecho, por consequência, perde toda sua dramaticidade e chega a ser cômico toda a encenação do personagem de Irandhir Santos, que não cabe receber tanto destaque - ou cabe, né? O filme tenta ser poético... E é, até demais.
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As fronteiras entre ficção e documentário são estreitas. A artificialização potencializa o real encenado, atribuindo valores ambíguos - acredito ser essa a potência do filme. A vida torna-se espetáculo e as imagens cotidianas passam a ganhar novos sentidos. A periferia vem ao palco fazendo com que jovens periféricos se vejam representados no cinema, como tigres formando uma alcateia.