Vinha tentando terminar esse filme desde 2017 e só consegui agora. Bem, tenho certeza de que dificilmente voltarei a assistir o Duna do Lynch novamente. É uma obra com roteiro que oscila entre arrastado e confuso. Possui um visual incrível em algumas cenas, principalmente quando apresentam o Shai Hulud. A fotografia é linda e brilha ao construir um universo sombrio, meio industrial futurista. Outro ponto positivo é a trilha sonora, com trabalhos notáveis da banda Toto e do músico Brian Eno. Claro que há muito para se apreciar no quesito técnico, mas ainda assim é uma experiência difícil.
Simplesmente fantástico! Não tive a oportunidade de ler a revista Heavy Metal ainda, mas esse filme parece uma boa porta para adentrar nesse universo caótico. Mescla de steampunk com espada e feitiçaria, todas as histórias da antologia trazem um humor cáustico, altas doses de erotismo e sangue, e claro, muito rock. As sequências pecam em profundidade narrativa, apresentando personagens esquecíveis e absurdamente estereotipados. Entretanto, é impossível não se render ao espetáculo visual e sonoro proporcionado em Heavy Metal.
A cena em que o Godzilla caminha sobre uma cidade engolida pelas chamas é de um impacto inesperado. Em seguida ouvimos um lamento na forma de um hino ao mesmo tempo que a câmera passeia entre mortos e feridos – vemos crianças contaminadas com radiação –, tudo imerso numa bela fotografia em preto e branco. Essas sequências provam que Godzilla é muito mais que um "filme antigão de monstro".
Forbidden Planet tem todos os elementos que estamos acostumados a ver no gênero da ficção científica. Considere que O dia em que a Terra parou (1951) já demonstrava o amadurecimento de temas filosóficos, bem como de uma linguagem científica que era desconhecida pelo público da época. Planeta Proibido segue esse processo de evolução. A caracterização do planeta Altair IV – do deserto às tecnológicas instalações subterrâneas da civilização Krell – é simplesmente maravilhosa. O problema da produção reside no roteiro que faz dos momentos de exploração do planeta uma oportunidade para inserir diálogos expositivos. Além disso, a personagem vivida por Anne Francis exerce uma função quase nula na narrativa. Em suma, é uma obra que possui problemas, mas extremamente valiosa para compreender como o gênero Sci-fi evoluiu.
Hellbound: Hellraiser II é aquela típica sequência que investe no lema "mais e melhor". O grande trunfo do roteiro (cheio de furos, verdade seja dita) foi ter explorado mais elementos do inferno cenobita. O cenário labiríntico, de cores frias e mal iluminado é um show por si só. O body horror ainda impressiona, mas é para quem tem apreço por esse tipo de produção.
Bom filme com a assinatura do Wes Craven na produção. O Djinn tem um design convicente. Os efeitos práticos envelheceram bem. A sequência dentro do talismã parece ter uma clara inspiração no universo dos cenobitas visto em Hellraiser (1987). É uma obra despretensiosa que diverte se você comprar a ideia.
O Neil Jordan exibe uma imensa sensibilidade artística nesse filme. Não posso dizer que vai ser do agrado daquela pessoa que procura apenas uma narrativa leve para se distrair. A estrutura de um filme dentro do filme nos conduz para uma série de imagens surrealistas e sombrias. Foi um período fértil para o cinema de fantasia que explorava o amadurecimento se considerarmos produções como A lenda (1985), Labirinto (1986) e Alice (1988).
Aquele tipo de filme que injustamente ninguém viu ou pelo menos ouviu falar. Pumpkinhead segue a linha de filmes que sofreram limitações devido o seu baixo orçamento na produção, mas que têm um conceito com muito potencial (vide as franquias Evil Dead e Mad Max). A fotografia, os cenários sinistros e o design da criatura são os pontos fortes dessa película. A direção realmente se esforçou para reproduzir um clima de conto macabro.
A acidez do filme mais tresloucado do Verhoeven (Robocop). A subversão e violência do divino Kubrick e seus drugues (Laranja Mecânica). A estrutura de uma pulp fiction completamente nonsense. Vingança e romance. Mussorgsky na trilha sonora. Misture tudo e temos a fórmula de uma obra-prima.
Ah, anos 80 e suas tranqueiras divertidas... Via o comercial desse filme no SBT com frequência (isso lá pelos anos 2000), mas nunca tinha assistido. Achei um trabalho interessante do Tobe Hopper, mas o resultado é mediano. Fato: o título brasileiro é melhor que o original.
"As pessoas subestimam o poder da nostalgia. A nostalgia é realmente uma das maiores fraquezas humanas..." - Dwight Schrute
É uma obra prima? Nem de longe, mas o nível de bizarrice presente nesse filme é que o torna tão delicioso de se assistir. As atuações são caricatas (para não dizer sofríveis) e o roteiro muito mirabolante, mas não vejo como um desperdício de tempo. Pelo contrário, esse filme sugere boas reflexões sobre o dogmatismo religioso, além de flertar com o tema da sexualidade (e vampirismo, é claro). Uma união de Bosch, Carmilla e satanismo muito bizarra e alucinante.
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Duna
2.9 412 Assista AgoraVinha tentando terminar esse filme desde 2017 e só consegui agora. Bem, tenho certeza de que dificilmente voltarei a assistir o Duna do Lynch novamente. É uma obra com roteiro que oscila entre arrastado e confuso. Possui um visual incrível em algumas cenas, principalmente quando apresentam o Shai Hulud. A fotografia é linda e brilha ao construir um universo sombrio, meio industrial futurista. Outro ponto positivo é a trilha sonora, com trabalhos notáveis da banda Toto e do músico Brian Eno. Claro que há muito para se apreciar no quesito técnico, mas ainda assim é uma experiência difícil.
Heavy Metal: Universo em Fantasia
3.6 119Simplesmente fantástico! Não tive a oportunidade de ler a revista Heavy Metal ainda, mas esse filme parece uma boa porta para adentrar nesse universo caótico. Mescla de steampunk com espada e feitiçaria, todas as histórias da antologia trazem um humor cáustico, altas doses de erotismo e sangue, e claro, muito rock. As sequências pecam em profundidade narrativa, apresentando personagens esquecíveis e absurdamente estereotipados. Entretanto, é impossível não se render ao espetáculo visual e sonoro proporcionado em Heavy Metal.
Godzilla
3.8 124 Assista AgoraA cena em que o Godzilla caminha sobre uma cidade engolida pelas chamas é de um impacto inesperado. Em seguida ouvimos um lamento na forma de um hino ao mesmo tempo que a câmera passeia entre mortos e feridos – vemos crianças contaminadas com radiação –, tudo imerso numa bela fotografia em preto e branco. Essas sequências provam que Godzilla é muito mais que um "filme antigão de monstro".
Planeta Proibido
3.7 114 Assista AgoraForbidden Planet tem todos os elementos que estamos acostumados a ver no gênero da ficção científica. Considere que O dia em que a Terra parou (1951) já demonstrava o amadurecimento de temas filosóficos, bem como de uma linguagem científica que era desconhecida pelo público da época. Planeta Proibido segue esse processo de evolução.
A caracterização do planeta Altair IV – do deserto às tecnológicas instalações subterrâneas da civilização Krell – é simplesmente maravilhosa. O problema da produção reside no roteiro que faz dos momentos de exploração do planeta uma oportunidade para inserir diálogos expositivos. Além disso, a personagem vivida por Anne Francis exerce uma função quase nula na narrativa. Em suma, é uma obra que possui problemas, mas extremamente valiosa para compreender como o gênero Sci-fi evoluiu.
"Anne Francis stars in Forbidden Planet".
Hellraiser II: Renascido das Trevas
3.4 303 Assista AgoraHellbound: Hellraiser II é aquela típica sequência que investe no lema "mais e melhor". O grande trunfo do roteiro (cheio de furos, verdade seja dita) foi ter explorado mais elementos do inferno cenobita. O cenário labiríntico, de cores frias e mal iluminado é um show por si só. O body horror ainda impressiona, mas é para quem tem apreço por esse tipo de produção.
O Mestre dos Desejos
3.1 249 Assista AgoraBom filme com a assinatura do Wes Craven na produção. O Djinn tem um design convicente. Os efeitos práticos envelheceram bem. A sequência dentro do talismã parece ter uma clara inspiração no universo dos cenobitas visto em Hellraiser (1987). É uma obra despretensiosa que diverte se você comprar a ideia.
A Companhia dos Lobos
3.6 131 Assista AgoraO Neil Jordan exibe uma imensa sensibilidade artística nesse filme. Não posso dizer que vai ser do agrado daquela pessoa que procura apenas uma narrativa leve para se distrair. A estrutura de um filme dentro do filme nos conduz para uma série de imagens surrealistas e sombrias. Foi um período fértil para o cinema de fantasia que explorava o amadurecimento se considerarmos produções como A lenda (1985), Labirinto (1986) e Alice (1988).
A Vingança do Diabo
3.3 103Aquele tipo de filme que injustamente ninguém viu ou pelo menos ouviu falar. Pumpkinhead segue a linha de filmes que sofreram limitações devido o seu baixo orçamento na produção, mas que têm um conceito com muito potencial (vide as franquias Evil Dead e Mad Max). A fotografia, os cenários sinistros e o design da criatura são os pontos fortes dessa película. A direção realmente se esforçou para reproduzir um clima de conto macabro.
O Vingador Tóxico
3.7 214A acidez do filme mais tresloucado do Verhoeven (Robocop). A subversão e violência do divino Kubrick e seus drugues (Laranja Mecânica). A estrutura de uma pulp fiction completamente nonsense. Vingança e romance. Mussorgsky na trilha sonora. Misture tudo e temos a fórmula de uma obra-prima.
Pague Para Entrar, Reze Para Sair
3.1 345Ah, anos 80 e suas tranqueiras divertidas... Via o comercial desse filme no SBT com frequência (isso lá pelos anos 2000), mas nunca tinha assistido. Achei um trabalho interessante do Tobe Hopper, mas o resultado é mediano. Fato: o título brasileiro é melhor que o original.
"As pessoas subestimam o poder da nostalgia. A nostalgia é realmente uma das maiores fraquezas humanas..." - Dwight Schrute
Alucarda
3.5 217 Assista AgoraÉ uma obra prima? Nem de longe, mas o nível de bizarrice presente nesse filme é que o torna tão delicioso de se assistir. As atuações são caricatas (para não dizer sofríveis) e o roteiro muito mirabolante, mas não vejo como um desperdício de tempo. Pelo contrário, esse filme sugere boas reflexões sobre o dogmatismo religioso, além de flertar com o tema da sexualidade (e vampirismo, é claro). Uma união de Bosch, Carmilla e satanismo muito bizarra e alucinante.