"Casa Grande" é o primeiro longa de Fellipe Barbosa. O filme é uma das melhores surpresa da nova safra de filmes brasileiros-autorais, mas, ainda assim, deixa a desejar em vários aspectos. O problema é sempre ele, o roteiro, o "calcanhar de Aquiles" da cinematografia brasileira. A historia em si é instigante. Temos Jean, um adolescente prestes a prestar vestibular, aluno de uma das escolas mais elitistas do Rio de Janeiro, o Colégio São Bento - uma das únicas escolas católicas exclusivas para meninos - e filho de um casal da alta burguesia carioca. O pai, Hugo, é um economista/empresário "a la Eike Batista", que esta indo a falência e faz o possível e o impossível para esconder o fato dos dois filhos adolescentes e da esposa. Eles vivem em uma monumental mansão na Barra da Tijuca, a "Casa Grande" do titulo, que, por sua vez remete ao icônico livro de Gilberto Freyre, "Casa Grande e Senzala". O filme é magistral enquanto se mantém na Casa Grande, onde o jovem Jean se sente mais a vontade fazendo visitas noturnas ao quarto da empregada. Alias, a "senzala" dessa "Casa Grande" é um caso à parte. A família tem duas empregadas e um motorista. Com o motorista, que conduz o garoto todos os dias à escola, Jean se abre mais do que com o próprio pai. Foi ele que o acompanhou em sua primeira experiência sexual na Vila Mimosa e é com ele que Jean pede conselhos íntimos. Hugo, o pai, é uma figura austera, opressora e rígida, que mais distancia do que aproxima os filhos. Tudo muito interessante até que o filme inicia uma fixação : o assunto sobre o sistema de cotas raciais, que acaba se personificando na figura de Luiza, a namoradinha de Jean, que ele conhece quando passa a usar pela primeira vez na vida o transporte publico, depois que Hugo demite o motorista dizendo aos filhos que o mesmo "foi de férias", no inicio da derrocada financeira. Luiza é o antípoda de Jean : estudante de uma escola publica, afrodescendente e, na visão preconceituosa inicial do garoto, moradora da favela da Rocinha. O apice da derrocada do filme é justamente um churrasco na Casa Grande onde é levantada a discussão sobre cotas envolvendo Luiza. Tal cena é totalmente fora do tom e sai totalmente da linha naturalista do filme e o que vemos a seguir é um show de superficialidade, forçação de barra e clichês que beiram o amadorismo. Ali, era um roteiro sendo lido e não um fluxo-continuo de fatos e acontecimentos. Uma pena. Sem isso, o filme teria fluido orgânicamente de forma magistral. Fellipe se sai melhor mostrando os problemas sociais do que colocando discurso na boca de seus interessantíssimos personagens. Alias, é assim que deve ser em qualquer filme que se preze. Mostrar a ação ao invés de "falar sobre ela". A impressão que passa é que ha uma necessidade de um gigantesco "mea-culpa" burguês que soa falso, muito falso. Ainda assim "Casa Grande" é muito mais bem resolvido estética, estilística e cinematograficamente falando do que outro filme desse novo sub-genero favorito do atual cinema autoral brasileiro, que é o politico-social, a saber"O Som Ao Redor" de Kleber Mendonça Filho. Outro problema é a forma muito binaria de colocar os personagens ricos e pobres lado a lado. Os patrões geram antipatia e distancia, enquanto os empregados "fofinhos" são os bons e simpáticos. Essa forma complacente e paternalista com a qual o roteiro e a câmera de Fellipe trabalham esses personagens acaba por prejudica-los, uma vez que a parte fluida e dinâmica, ou seja, o protagonismo em si, acaba sendo dos personagens ricos (assim como nos acostumamos a ver ha 50 anos nas telenovelas brasileiras). Mas no geral "Casa Grande" é um bom filme, bem acima da média e um bom começo para um jovem diretor-autoral. Destaque para as atuações de Thales Cavalcanti (uma grata surpresa), Marcelo Novais (impressionantemente ótimo em sua atuação contida no papel do pai) e da atriz que faz a empregada acolhedora, que, alem de ultra carismática, é sensacional.
Obra-prima argentina ganhadora do prêmio de melhor filme no Festival de Mar del Plata. 115 minutos de plano sequencia em um único quadro magistralmente conduzidos por Adriano Salgado. Direção impecável, atuações perfeitas das duas atrizes, Maria Ucedo (maravilhosa) e Yanina Gruden, roteiro inacreditavelmente sagaz e redondo e direção de arte espetacular. Sem contar no som e trilha sonora que também compõem partes importantes dessa genial narrativa. Tive o privilegio de ver a premiere brasileira na mostra competitiva do BIFF - Festival Internacional de Cinema de Brasília e tenho certeza que levara os prêmios de melhor diretor e melhor roteiro, no minimo. Um dos filmes mais geniais que vi nos últimos anos e com certeza entrou para o meu TOP 10 junto com filmes de Almodovar, Tarantino, Fellini, Pasolini entre outros. Que maravilha é esse cinema argentino. Adriano Salgado, guardem esse nome! Contando os dias para que estreie nos cinemas brasileiros. Nota 1000.
Lembra as primeiras incursões de Lars Von Trier e cia no movimento Dogma 94. A historia da professora de um curso de empreendedorismo voltado para jovens desempregados na Suécia, que, levada pela atração que sente pelo mais promissor deles, arma um passeio na floresta onde tudo da errado, é, no mínimo, interessante. Boas atuações e suspense na medida certa.
Emocionante! Que lindo ver o desabrochar desses jovens...sem essa experiência a vida deles teria tomado o rumo medíocre que assalta a maioria, infelizmente. O poder da arte é algo realmente incomensurável! Viva Pina!
Maravilhosa pesquisa sobre um dos mais belos, perturbadores e intrigantes filmes ja realizado. "O Ultimo Tango em Paris" é uma obra-prima surgida do caos e ninguém saiu ileso. Lindo poder ver Maria Schneider, a "maior vitima", falando sobre o filme. Apesar de tudo, ficou claro que ela, ao final, se redimiu a tanta magoa. Lindo de ver o amor sem precedentes de Bertolucci pelo cinema, que, nesse caso, não mediu consequências, assim como os depoimentos do fotografo Vittorio Storaro e toda a equipe. So senti falta de Gato Barbieri, o autor da trilha maravilhosa dessa obra-prima do cinema. Documentário obrigatório
Maravilhoso! Ótima narrativa conduzida com segurança, roteiro e brilhantes atuações. A gente se sente parte daquele grupo, nos identificamos com seus medos, inseguranças, egotrips e pequenas mentiras. Destaque para a pequena, porém magnética atuação de Jean Dujardin, que abre o filme esplendoroso em um dos mais impressionantes planos sequência já feitos. So por esse feito o filme merece ser visto. O ótimo François Cluzet rouba a cena na pele do estressadíssimo Max e Marion Cotillard, linda como sempre, é o coração do filme. Mas todo o elenco é maravilhoso, destaques para o pai de família em duvida sobre sua sexualidade interpretado por Benoit Magimel e para Gilles Lellouche e Laurent Lattife como o obcecado Antoine. As 2 horas e meia fluem e no final você quer mais, mais e mais dramas e confusões daquele grupo de gente como a gente naquela idílica paisagem de Cap-Ferret. Guillaume Canet arrasou em seu terceiro filme. Vou correr para ver os dois anteriores.
Tarantino dah um passo atras no tempo e mais uma vez subverte a ordem das coisas. As agruras tenebrosas sofridas pelos escravos no sul racista americano do século 19 (as vesperas da guerra civil) ganharam toda a influência do melhor do gênero "western spaghetti" com contornos pos-modernos da cultura "hip-hop" na forma, na trilha-sonora e na condução da saga vingativa e sanguinolenta do escravo liberto, Django, e do caçador de recompensas alemão, Schultz. Muito sangue, muito tiro, a palavra "nigger" proferida umas 150 vezes, muita exposição sem pudores do "holocausto negro" sofrido lah ( e cah tb, vale lembrar) e Samuel L. Jackson FUDEROSO roubando a cena de GERAL no odiodo papel do "servo" traidor de seu povo. Não entendi como ele não esta concorrendo ao Oscar de melhor ator coadjuvante. Faço a mesma pergunta para Leonardo DiCaprio, que é a propria alma sebosa em pessoa nessa fita. Ainda estou pensando em tudo o que vi, mas uma coisa é certa : essa tematica esta no "Zeitgeist" atual de varios filmes fodas lançados ultimamente, cada qual a sua maneira e a seu tempo (vide o marvilhoso "O Som Ao Redor" e "Lincoln") e eu acho isso muito, muito bom mesmo.
E enfim o centro nevralgico do pos-colonialismo brasileiro e suas sequelas racistas/fascistas contemporaneas finalmente teve as suas carnes expostas ao sol com sal grosso e poesia no cinema brasileiro. Salve, Kleber Mendonça Filho. Salve, "O Som Ao Redor". O melhor filme BRASILEIRO de todos os tempos. VAH E VEJA!
O cinema francês conseguiu! Sim, eles deram ao mundo o FILME PERFEITO. Poderia me estender aqui em 10, 20, 30 laudas comentando cada detalhe maravilhoso desse filme e até mesmo de suas (raras e poucas) fraquezas, que, de tão insgnificantes perto da magnitude da obra como um todo, se tornaram qualidades. Mas o filme é tão perfeito e absoluto que nem vale a pena ficar confabulando sobre o obvio. Vai levar o Oscar de melhor filme estrangeiro? Vai! Vai levar o Oscar de melhor direção? Vai! E eu vou fazer toda a corrente positiva possivel e imaginavel para que a MEGAESTRELA de Omar Sy brilhe na potência maxima! E que ele saia da cerimônia com sua estatueta de melhor ator em mãos e aquele sorrisão Kolgate ultrasuper. Harvey Weinstein, produtor dos filmes de Tarantino, se incubiu da doce tarefa de lançar esse filme maravilhoso nos EUA e é ele quem esta por traz do superlobby para bombar o filme em indicações para o Oscar 2013. Por mim levaria tudo.
Carmen Maura, Chus Lampreave e Veronica Forque. Ah, e Almodovar fazendo um "camel" em duo-musical com Fabio McNamara travestido de mulher. O que mais você quer da vida?
Esse "Romeu e Julieta" de Franco Zefirelli é a melhor e definitiva versão cinematografia para o classico texto de William Shakespeare. E ponto. Não tem versão "MTV" com Leonardo DiCaprio certa! Aqui, Zefirelli, cuja filmografia é bem irregular, acertou na mosca de tal modo que chega a ser assustador. Não foi a toa que esse se tornou o seu maior sucesso comercial, assim como continua sendo a adaptação shakesperiana para o cinema mais bem sucedida até os dias de hoje. Tudo é perfeito! Elenco, locações, atuações, figurino, direção de arte, trilha sonora, fotografia...mas o melhor é mesmo o deslumbrante e absolutamente inexperiente casal de adolescentes protagonistas, Leonard Whiting (17 anos) e Olivia Hussey (15 anos), que, além de absurdamente lindos de morrer (o casal DiCaprio/Danes nem de longe chega aos pés da beleza e sex-appeal de Whiting/Hussey!), esbanjam tesão por todos os poros, ficando, assim, evidente que eles DE FATO estavam apaixonados um pelo outro durante as filmagens (Eles namoraram nessa epoca e durante a promoção mundial do filme). E quem poderia culpa-los? Todavia, apesar de toda a quimica, quem brilha mesmo é o Romeu de Whiting, que a cada apariçao evoca força, desejo, simpatia e cumplicidade para com o espectador, além de iluminar a tela com seu rosto perfeito. (E meu cu para Zac Efron!). A falta de experiencia aqui é substituida pela forma madura como ele interpreta o texto original, além de sua pronuncia perfeita, seu gestual elegante, a força da paixão desenfreada que ele consegue expressar com maestria, o embasbacamento e o olhar intenso e apaixonado toda vez que seus lindos olhos azuis avistam a belissima Julieta. Todo esse conjunto são de um convencimento sem igual. Não tem como não se apaixonar por esse Romeu. Jah a Julieta da deslumbrante Olivia é pura, doce, mas ao mesmo tempo lasciva e cabeça-dura, quase infantil...mas ela soa um tantinho artificial em algumas (muitas) cenas, principalmente as de choro, e seu texto as vezes deixa um pouco a desejar, ao contrario de Whiting...Mesmo assim a quimica entre os dois é uma das mais poderosas da historia do cinema jah vista. O Theobaldo de Michael York quase, eu disse quase, roubou a cena dos protagonistas. York esta simplesmente perfeito como o arrogante, petulante e violento primo de Julieta. Resumindo,"Romeu e Julieta" de Zefirelli é um desses filmes que jah nasceram acima do bem e do mal e entraram instantaneamente para a historia do cinema mundial como um dos maiores classicos de todos os tempos. Não tem como não se apaixonar por essa emocionante e triste historia de Julieta e seu Romeu.
Crooklyn é sobre crescer, amadurecer, como aquela musica dos Pet Shop Boys "Being Boring" que diz: "Nunca estávamos sendo chatos/Tínhamos tempo demais para decidirmos a nosso favor". Eh um filme triste.
Casa Grande
3.5 575 Assista Agora"Casa Grande" é o primeiro longa de Fellipe Barbosa. O filme é uma das melhores surpresa da nova safra de filmes brasileiros-autorais, mas, ainda assim, deixa a desejar em vários aspectos. O problema é sempre ele, o roteiro, o "calcanhar de Aquiles" da cinematografia brasileira. A historia em si é instigante. Temos Jean, um adolescente prestes a prestar vestibular, aluno de uma das escolas mais elitistas do Rio de Janeiro, o Colégio São Bento - uma das únicas escolas católicas exclusivas para meninos - e filho de um casal da alta burguesia carioca. O pai, Hugo, é um economista/empresário "a la Eike Batista", que esta indo a falência e faz o possível e o impossível para esconder o fato dos dois filhos adolescentes e da esposa. Eles vivem em uma monumental mansão na Barra da Tijuca, a "Casa Grande" do titulo, que, por sua vez remete ao icônico livro de Gilberto Freyre, "Casa Grande e Senzala". O filme é magistral enquanto se mantém na Casa Grande, onde o jovem Jean se sente mais a vontade fazendo visitas noturnas ao quarto da empregada. Alias, a "senzala" dessa "Casa Grande" é um caso à parte. A família tem duas empregadas e um motorista. Com o motorista, que conduz o garoto todos os dias à escola, Jean se abre mais do que com o próprio pai. Foi ele que o acompanhou em sua primeira experiência sexual na Vila Mimosa e é com ele que Jean pede conselhos íntimos. Hugo, o pai, é uma figura austera, opressora e rígida, que mais distancia do que aproxima os filhos. Tudo muito interessante até que o filme inicia uma fixação : o assunto sobre o sistema de cotas raciais, que acaba se personificando na figura de Luiza, a namoradinha de Jean, que ele conhece quando passa a usar pela primeira vez na vida o transporte publico, depois que Hugo demite o motorista dizendo aos filhos que o mesmo "foi de férias", no inicio da derrocada financeira. Luiza é o antípoda de Jean : estudante de uma escola publica, afrodescendente e, na visão preconceituosa inicial do garoto, moradora da favela da Rocinha. O apice da derrocada do filme é justamente um churrasco na Casa Grande onde é levantada a discussão sobre cotas envolvendo Luiza. Tal cena é totalmente fora do tom e sai totalmente da linha naturalista do filme e o que vemos a seguir é um show de superficialidade, forçação de barra e clichês que beiram o amadorismo. Ali, era um roteiro sendo lido e não um fluxo-continuo de fatos e acontecimentos. Uma pena. Sem isso, o filme teria fluido orgânicamente de forma magistral. Fellipe se sai melhor mostrando os problemas sociais do que colocando discurso na boca de seus interessantíssimos personagens. Alias, é assim que deve ser em qualquer filme que se preze. Mostrar a ação ao invés de "falar sobre ela". A impressão que passa é que ha uma necessidade de um gigantesco "mea-culpa" burguês que soa falso, muito falso. Ainda assim "Casa Grande" é muito mais bem resolvido estética, estilística e cinematograficamente falando do que outro filme desse novo sub-genero favorito do atual cinema autoral brasileiro, que é o politico-social, a saber"O Som Ao Redor" de Kleber Mendonça Filho. Outro problema é a forma muito binaria de colocar os personagens ricos e pobres lado a lado. Os patrões geram antipatia e distancia, enquanto os empregados "fofinhos" são os bons e simpáticos. Essa forma complacente e paternalista com a qual o roteiro e a câmera de Fellipe trabalham esses personagens acaba por prejudica-los, uma vez que a parte fluida e dinâmica, ou seja, o protagonismo em si, acaba sendo dos personagens ricos (assim como nos acostumamos a ver ha 50 anos nas telenovelas brasileiras). Mas no geral "Casa Grande" é um bom filme, bem acima da média e um bom começo para um jovem diretor-autoral. Destaque para as atuações de Thales Cavalcanti (uma grata surpresa), Marcelo Novais (impressionantemente ótimo em sua atuação contida no papel do pai) e da atriz que faz a empregada acolhedora, que, alem de ultra carismática, é sensacional.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraO melhor filme dos últimos tempos. Cinema argentino dando um banho e se superando (se é que isso é possível). GENIAL!
Mãe, Eu Te Amo
3.2 3Encheção de linguiça a la sessão da tarde.
A utilidade de um revisteiro
4.5 1Obra-prima argentina ganhadora do prêmio de melhor filme no Festival de Mar del Plata. 115 minutos de plano sequencia em um único quadro magistralmente conduzidos por Adriano Salgado. Direção impecável, atuações perfeitas das duas atrizes, Maria Ucedo (maravilhosa) e Yanina Gruden, roteiro inacreditavelmente sagaz e redondo e direção de arte espetacular. Sem contar no som e trilha sonora que também compõem partes importantes dessa genial narrativa. Tive o privilegio de ver a premiere brasileira na mostra competitiva do BIFF - Festival Internacional de Cinema de Brasília e tenho certeza que levara os prêmios de melhor diretor e melhor roteiro, no minimo. Um dos filmes mais geniais que vi nos últimos anos e com certeza entrou para o meu TOP 10 junto com filmes de Almodovar, Tarantino, Fellini, Pasolini entre outros. Que maravilha é esse cinema argentino. Adriano Salgado, guardem esse nome! Contando os dias para que estreie nos cinemas brasileiros. Nota 1000.
Os Perdedores
2.9 2Lembra as primeiras incursões de Lars Von Trier e cia no movimento Dogma 94. A historia da professora de um curso de empreendedorismo voltado para jovens desempregados na Suécia, que, levada pela atração que sente pelo mais promissor deles, arma um passeio na floresta onde tudo da errado, é, no mínimo, interessante. Boas atuações e suspense na medida certa.
Sonhos em Movimento
4.0 15 Assista AgoraEmocionante! Que lindo ver o desabrochar desses jovens...sem essa experiência a vida deles teria tomado o rumo medíocre que assalta a maioria, infelizmente. O poder da arte é algo realmente incomensurável! Viva Pina!
Era uma vez... Último Tango em Paris
3.9 4Maravilhosa pesquisa sobre um dos mais belos, perturbadores e intrigantes filmes ja realizado. "O Ultimo Tango em Paris" é uma obra-prima surgida do caos e ninguém saiu ileso. Lindo poder ver Maria Schneider, a "maior vitima", falando sobre o filme. Apesar de tudo, ficou claro que ela, ao final, se redimiu a tanta magoa. Lindo de ver o amor sem precedentes de Bertolucci pelo cinema, que, nesse caso, não mediu consequências, assim como os depoimentos do fotografo Vittorio Storaro e toda a equipe. So senti falta de Gato Barbieri, o autor da trilha maravilhosa dessa obra-prima do cinema. Documentário obrigatório
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista AgoraFilme lindo. Difícil até escrever sobre...O filme fala de solidão e medo basicamente.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraRespiração.
Até a Eternidade
4.0 277Maravilhoso! Ótima narrativa conduzida com segurança, roteiro e brilhantes atuações. A gente se sente parte daquele grupo, nos identificamos com seus medos, inseguranças, egotrips e pequenas mentiras. Destaque para a pequena, porém magnética atuação de Jean Dujardin, que abre o filme esplendoroso em um dos mais impressionantes planos sequência já feitos. So por esse feito o filme merece ser visto. O ótimo François Cluzet rouba a cena na pele do estressadíssimo Max e Marion Cotillard, linda como sempre, é o coração do filme. Mas todo o elenco é maravilhoso, destaques para o pai de família em duvida sobre sua sexualidade interpretado por Benoit Magimel e para Gilles Lellouche e Laurent Lattife como o obcecado Antoine. As 2 horas e meia fluem e no final você quer mais, mais e mais dramas e confusões daquele grupo de gente como a gente naquela idílica paisagem de Cap-Ferret. Guillaume Canet arrasou em seu terceiro filme. Vou correr para ver os dois anteriores.
Dirigindo no Escuro
3.6 209 Assista Agora"Graças a Deus que os franceses existem!"
Para Roma Com Amor
3.4 1,3K Assista Agoralinda homenagem a roma e ao cinema italiano!
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
4.3 5,0K Assista AgoraLindo, encantador! A direção de arte é magnifica e Paris nunca esteve tão bela...
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraTarantino dah um passo atras no tempo e mais uma vez subverte a ordem das coisas. As agruras tenebrosas sofridas pelos escravos no sul racista americano do século 19 (as vesperas da guerra civil) ganharam toda a influência do melhor do gênero "western spaghetti" com contornos pos-modernos da cultura "hip-hop" na forma, na trilha-sonora e na condução da saga vingativa e sanguinolenta do escravo liberto, Django, e do caçador de recompensas alemão, Schultz. Muito sangue, muito tiro, a palavra "nigger" proferida umas 150 vezes, muita exposição sem pudores do "holocausto negro" sofrido lah ( e cah tb, vale lembrar) e Samuel L. Jackson FUDEROSO roubando a cena de GERAL no odiodo papel do "servo" traidor de seu povo. Não entendi como ele não esta concorrendo ao Oscar de melhor ator coadjuvante. Faço a mesma pergunta para Leonardo DiCaprio, que é a propria alma sebosa em pessoa nessa fita. Ainda estou pensando em tudo o que vi, mas uma coisa é certa : essa tematica esta no "Zeitgeist" atual de varios filmes fodas lançados ultimamente, cada qual a sua maneira e a seu tempo (vide o marvilhoso "O Som Ao Redor" e "Lincoln") e eu acho isso muito, muito bom mesmo.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraE enfim o centro nevralgico do pos-colonialismo brasileiro e suas sequelas racistas/fascistas contemporaneas finalmente teve as suas carnes expostas ao sol com sal grosso e poesia no cinema brasileiro. Salve, Kleber Mendonça Filho. Salve, "O Som Ao Redor". O melhor filme BRASILEIRO de todos os tempos. VAH E VEJA!
Intocáveis
4.4 4,1K Assista AgoraO cinema francês conseguiu! Sim, eles deram ao mundo o FILME PERFEITO. Poderia me estender aqui em 10, 20, 30 laudas comentando cada detalhe maravilhoso desse filme e até mesmo de suas (raras e poucas) fraquezas, que, de tão insgnificantes perto da magnitude da obra como um todo, se tornaram qualidades. Mas o filme é tão perfeito e absoluto que nem vale a pena ficar confabulando sobre o obvio. Vai levar o Oscar de melhor filme estrangeiro? Vai! Vai levar o Oscar de melhor direção? Vai! E eu vou fazer toda a corrente positiva possivel e imaginavel para que a MEGAESTRELA de Omar Sy brilhe na potência maxima! E que ele saia da cerimônia com sua estatueta de melhor ator em mãos e aquele sorrisão Kolgate ultrasuper. Harvey Weinstein, produtor dos filmes de Tarantino, se incubiu da doce tarefa de lançar esse filme maravilhoso nos EUA e é ele quem esta por traz do superlobby para bombar o filme em indicações para o Oscar 2013. Por mim levaria tudo.
Ricky
2.8 181Estranhamente adoravel!
O Que Eu Fiz Para Merecer Isto?
3.7 126 Assista AgoraCarmen Maura, Chus Lampreave e Veronica Forque. Ah, e Almodovar fazendo um "camel" em duo-musical com Fabio McNamara travestido de mulher. O que mais você quer da vida?
Romeu e Julieta
4.1 269 Assista AgoraEsse "Romeu e Julieta" de Franco Zefirelli é a melhor e definitiva versão cinematografia para o classico texto de William Shakespeare. E ponto. Não tem versão "MTV" com Leonardo DiCaprio certa! Aqui, Zefirelli, cuja filmografia é bem irregular, acertou na mosca de tal modo que chega a ser assustador. Não foi a toa que esse se tornou o seu maior sucesso comercial, assim como continua sendo a adaptação shakesperiana para o cinema mais bem sucedida até os dias de hoje. Tudo é perfeito! Elenco, locações, atuações, figurino, direção de arte, trilha sonora, fotografia...mas o melhor é mesmo o deslumbrante e absolutamente inexperiente casal de adolescentes protagonistas, Leonard Whiting (17 anos) e Olivia Hussey (15 anos), que, além de absurdamente lindos de morrer (o casal DiCaprio/Danes nem de longe chega aos pés da beleza e sex-appeal de Whiting/Hussey!), esbanjam tesão por todos os poros, ficando, assim, evidente que eles DE FATO estavam apaixonados um pelo outro durante as filmagens (Eles namoraram nessa epoca e durante a promoção mundial do filme). E quem poderia culpa-los? Todavia, apesar de toda a quimica, quem brilha mesmo é o Romeu de Whiting, que a cada apariçao evoca força, desejo, simpatia e cumplicidade para com o espectador, além de iluminar a tela com seu rosto perfeito. (E meu cu para Zac Efron!). A falta de experiencia aqui é substituida pela forma madura como ele interpreta o texto original, além de sua pronuncia perfeita, seu gestual elegante, a força da paixão desenfreada que ele consegue expressar com maestria, o embasbacamento e o olhar intenso e apaixonado toda vez que seus lindos olhos azuis avistam a belissima Julieta. Todo esse conjunto são de um convencimento sem igual. Não tem como não se apaixonar por esse Romeu. Jah a Julieta da deslumbrante Olivia é pura, doce, mas ao mesmo tempo lasciva e cabeça-dura, quase infantil...mas ela soa um tantinho artificial em algumas (muitas) cenas, principalmente as de choro, e seu texto as vezes deixa um pouco a desejar, ao contrario de Whiting...Mesmo assim a quimica entre os dois é uma das mais poderosas da historia do cinema jah vista. O Theobaldo de Michael York quase, eu disse quase, roubou a cena dos protagonistas. York esta simplesmente perfeito como o arrogante, petulante e violento primo de Julieta. Resumindo,"Romeu e Julieta" de Zefirelli é um desses filmes que jah nasceram acima do bem e do mal e entraram instantaneamente para a historia do cinema mundial como um dos maiores classicos de todos os tempos. Não tem como não se apaixonar por essa emocionante e triste historia de Julieta e seu Romeu.
Crooklyn - Uma Família de Pernas pro Ar
3.8 36 Assista AgoraCrooklyn é sobre crescer, amadurecer, como aquela musica dos Pet Shop Boys "Being Boring" que diz: "Nunca estávamos sendo chatos/Tínhamos tempo demais para decidirmos a nosso favor". Eh um filme triste.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraO mais foda! O maior! O melhor! O mais completo filme sobre a mais antiga das angustias humanas: quem sou eu e para onde vou? ABSOLUTO!
Maus Hábitos
3.6 185Irmã Rata de Esgoto! Salve Chus Lampreave!
Kika
3.5 359 Assista AgoraFUEDA!
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
4.0 550 Assista AgoraABSURDO!!!!!!!!! E ainda, de brinde, temos a MARAVILHOSA La Lupe cantando "Puro Teatro" do fundo de seu amago, nos créditos finais. OBRA-MAESTRA!