Não aguentei ver todas as cenas. Duro, dolorido, mas uma história que precisava ser contada para que não se repita. Entretanto, se repete todos os dias em uma sociedade que continua sexualizando a mulher negra, e portanto objetificando-a e ignorando sua humanidade e sua existência. Sabemos que essa realidade não está distante quando ainda existe Globeleza, quando ainda existe blackface em tv aberta, quando até 1980 partes do corpo de Saartji ainda eram expostos em museus. Se foi pesado assistir, só posso imaginar o que é ocupar esse lugar. Se como mulher já sou objetificada e sexualizada, só posso imaginar a dor que deva ser sentir isso de forma potencializada pelo racismo, onde além de tudo a mulher negra é marginalizada. Yahima Torres (Saartji) foi sensacional e muito forte.
Mulheres negras sobre o assunto: No Blogueiras Negras: Venus de Hotentote em qualquer lugar: a exotização da mulher negra No youtube: JEAN PAUL GOUDE & THE HOTTENTOT VENUS
Um abordagem bem introspectiva que me lembrou algumas vezes Into the Wild, só que diferente do Chris (protagonista do outro filme), as ambições de Cheryl eram mais palpáveis e transponíveis à nossa realidade.Ela não buscava elevação espiritual, uma vida de um monge, uma exclusão da sociedade, mas sim um auto conhecimento, talvez até uma certa auto-punição. Filmes com essa temática - conhecimento de si - me agradam muito. E esse, além de ter acertado no tema ainda é cuidadosamente belo ao mostrar as lembranças - não em ordem cronológica para melhor entendimento - mas sim como realmente funcionam nossas lembranças: desordenadas, desorganizadas, com uma dose de rancor, ressentimento, saudade e arrependimento. E para mim a Reese conseguiu provar muita coisa como atriz neste filme. Não que ela necessariamente precisasse. Enfim, filme lindo.
A forma como o Honoré retrata personagens com sintomas de depressão já tinha me surpreendido em "Non Ma Fille, Tu N'iras Pas Danser" e ainda mais agora com essa representação com a personagem Raul. É de uma sensibilidade tamanha. Percepções e diálogos tocantes.
Um filme sobre um caso de bullying. Não dá lição de moral. Não tenta passar uma mensagem. Não apresenta solução. Não te faz se sentir melhor. Apenas conta a história de forma nua e crua, sem pudor e sem intenções. O único objetivo é expor e chocar. Uma forma de fazer filmes que é irreverente desde o modo como a história é abordada, a reação dos personagens, a fotografia e o posicionamento da câmera. Excelente.
Fantástico! O jeito como o filme aborda questões sociais pela visão da mulher oriental me lembrou muito os filmes de Nadine Labaki, igualmente excelentes. Mas esse aborda o tema de uma forma mais crua, e portanto, mais pesada. Machismo, violência e opressão. Leila mostra à todos nós que a culpa não é da religião muçulmana, e sim da cultura opressora e machista, que infelizmente ainda persiste em todo mundo, e não só no oriente. Cenas belíssimas e atuações tocantes.
Como querem me convencer que o Zezé é pobre, do interior, e desnutrido com esse ator bem alimentado, corado, loirinho do cabelo liso e comprido? Caracterização dos personagens é SIM importante! O filme foi uma adaptação muito bobinha de um livro que é muito cru e quase pesado. Li há anos atrás e não posso comentar sobre a adaptação porque não lembro detalhes, mas sei que a emoção que eu senti e a marca que esse livro criou em mim não foi nem um pouco representada nesse filme. Sem contar os erros cronológicos, que me passaram despercebidos, mas alguém comentou abaixo. O carro é dos anos 50 (?), as brincadeiras são antigas, mas existe CD e a nota é o real. Terrível! Achei completamente decepcionante, diferente de todos os comentários aqui, pelo jeito.
Como produção cinematográfica, excelente. Performances fantásticas, produção e caracterização fidedigna, enredo envolvente. Como biografia, creio que deixa a desejar. Quando vão produzir uma cinebiografia, deve-se pensar se vão querer adaptá-la de modo que fique uma história interessante, ou um relato fiel com características próximas de documentário, até. Esse filme opta pela história interessante e resumida. Se é bom ou ruim, vai da visão de cada um.
Achei resumido, enredo apressado (mesmo sendo um filme longo) e com uma produção meio amadora. Não sou oposicionista e admiro toda a luta contra o imperialismo americano e pela autossuficiência cubana (e latina!) e os ideais revolucionários, antes que digam que minha crítica é ideológica. O filme consegue situar o espectador historicamente mas o modo como é contado é simplista. E os diálogos inglês são frustrantes. Não há aprofundamento nos personagens, os cenários pecam, os diálogos são romanceados. Mas como eu disse anteriormente, cumpre o papel de filme biográfico ao expor os pontos importantes da ascensão de Fidel e da Revolução Cubana.
Resolvi ler o livro antes do filme e acho que fiz bem. Se assistisse primeiro, acho que a história não me cativaria. O enrendo em si (do livro) me pareceu uma crítica inteligente à uma sociedade repressiva, à manipulação, à cultura de reality shows e à uma mídia sanguinolenta. Mas o filme, para atender ao público teen, preferiu apelar para personagens lindos, loiros de olhos azuis, que não parecem ter garra, e sim sorte, quando eles deveriam expressar a extrema pobreza do Distrito e sua sede por sobrevivência. Esse futurismo exagerado é também muito irritante. No livro, aparecem sinais dessa estranheza da rica Capital, mas acho que no filme a produção e os figurinos foram bem infelizes. Talvez uma solução para o problema seria abordar a história pela visão da Katniss, como é feito no livro. Assim ficaria claro toda a interpretação que ela tivera das coisas, a raiva que sentia do Peeta por achar que ele era tão esperto que inventou uma história de amor; a loucura em que ela ficou submetida após passar frio, sede e fome desesperadoras. Afinal, é um jogo onde crianças são obrigadas a se digladiarem até a MORTE e no filme isso não choca tanto o público quanto deveria. (O público real, nós). A minha decepção foi por ter uma história que poderia ser tanto e foi tão pouco.
Esse falso moralismo que condena o sexo do cinema nacional me deixa perplexa. Vejo filmes de várias nacionalidades e não sinto diferença na quantidade de cenas sexuais, mas mesmo assim o cenário do Brasil é o mais criticado. E essa implicância (preconceituosa!) com o nosso cinema chega até aqui neste filme, onde o sexo é quase poético, com sentimento e beleza e em nenhum momento vulgar. E mesmo que fosse! Tenho uma queda por filmes visuais. No começo, achei que este filme fosse apenas um deles. Título bonito, visualmente bonito, paisagens bonitas, fotografia bonita e com citações poéticas. Mas esse filme vai além. Esse filme tem história e tem mensagem. Tem atuações primorosas. Tem sentimento. Tem contestações. Achei uma obra fantástica!
Que tipo de depressão imposta era essa que a Lena sentia? Por que era era tão mal resolvida consigo mesma e com os outros? Acho que esse dramalhão todo que ela criou para si mesma foi gerado pelas sucessivas frustrações na sua vida. Ela se enfiou em tantas situações desastrosas que não sabia mais por onde continuar. Ficou desnorteada. Acho que pude absorver a história porque passei por uma situação parecida com minha mãe. Muitas vezes me vi no lugar do Anton, tentando sempre apoiar a mãe mesmo se magoando e muitas vezes sem entendê-la. Achei a história desse filme preciosa. O enredo pode sim ser cansativo e o desenvolvimento morno, mas não acho que tinha como transmitir essa história de outra forma. Qualquer outro jeito soaria exagerado.
Tanta gente que 'paga pau' para dubstep e hip hop americano (por exemplo) e vem falar cheio de preconceito sobre a qualidade musical do nosso funk, como se esses estilos musicais fossem muito mais elaborados. Ninguém é obrigado a gostar desse estilo musical, mas respeitar algo da nossa cultura é essencial. Acho que a diretora quis mostrar, por mais que superficialmente, que o funk é um estilo musical de um grupo oprimido socialmente que achou algum jeito de sobressair. Aí você vê um monte de "defensores do rock" argumentar contra a vulgaridade sem olhar o próprio umbigo. Rammstein pode ter uma música chamada Pussy, mas a Valesca não pode falar quer "quer dar". Achei interessante ela mostrar também que o espaço do funk é um espaço onde o preconceito não tem espaço. É triste ver os relatos indignados das meninas que foram chamadas de faveladas pelo pessoal da zona sul. Eu não sei o que essas pessoas tem em mente para achar que são superiores às outra, que um estilo musical é certo e outro é errado, que o seu melhor e o outro não. Pelo que eu vi ali, eles (os funkeiros, "os favelados") não estão pedindo nada mais do que respeito.
No começo, vi que a imagem do Dean que eu criei lendo o livro era completamente diferente do Dean do filme, mas tirei isso da cabeça pois queria ver sem fazer comparações chatas e sem preconceito. Mas não dá. Esse Dean não nos dá aquela vontade de sair por aí e descobrir a vida, não tem aquela afobação do Dean Moriarty de Jack Kerouac, aquelas alucinações divertidas. O filme peca ao preferir focar nas drogas ao em vez das ideologias dos personagens. Não tenho problema com a apologia às drogas mas esse foi um ponto que só a versão cinematográfica escancarou e os deixou parecendo fúteis, jovens idiotas.
Impressionante com nossa cultura é moldada para aceitar o estupro como natural e impor o sentimento de culpa sobre a vítima. O modo como as vítimas foram punidas, tanto autopunição (depressão, suicidio) quanto a punição pelo exército e como os estupradores saíram ILESOS é extremamente revoltante. Eu realmente espero que esse documentário tenha uma repercussão e mostre alguns resultados; mas é sempre importante frisar que o problema NÃO é apenas com o exército americano e sim com esse sentimento de poder que nossa cultura machista dá a esses criminosos. E pra solucionar, ainda aconselham as mulheres a não andarem sozinhas a noite, porque lógico, a solução é esconder a raiz do problema e amedrontar ainda mais as mulheres!! Conceitos precisam ser mudados. A culpa nunca é da vítima. Não importa o quão curta seja sua saia, o quão bebada ela esteja ou se ela estava andando sozinha numa rua escura.
"Clinging to nonviolent ideals isn't easy when death is all around."
Documentário que detalha a posição de covardia em que o exército se posiciona contra o povo palestino. O fato de ser amador prejudica um pouco o desenvolvimento do projeto como um filme, já que é arrastado e repetitivo, mas cumpre sua função de documentário ao nos propiciar uma oportunidade única de vivenciar o cotidiano dos povos que vivem em conflito. Mereceu o reconhecimento, tamanha coragem de Emad.
Vênus Negra
4.0 159Não aguentei ver todas as cenas. Duro, dolorido, mas uma história que precisava ser contada para que não se repita. Entretanto, se repete todos os dias em uma sociedade que continua sexualizando a mulher negra, e portanto objetificando-a e ignorando sua humanidade e sua existência.
Sabemos que essa realidade não está distante quando ainda existe Globeleza, quando ainda existe blackface em tv aberta, quando até 1980 partes do corpo de Saartji ainda eram expostos em museus.
Se foi pesado assistir, só posso imaginar o que é ocupar esse lugar. Se como mulher já sou objetificada e sexualizada, só posso imaginar a dor que deva ser sentir isso de forma potencializada pelo racismo, onde além de tudo a mulher negra é marginalizada.
Yahima Torres (Saartji) foi sensacional e muito forte.
Mulheres negras sobre o assunto:
No Blogueiras Negras: Venus de Hotentote em qualquer lugar: a exotização da mulher negra
No youtube: JEAN PAUL GOUDE & THE HOTTENTOT VENUS
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraUm abordagem bem introspectiva que me lembrou algumas vezes Into the Wild, só que diferente do Chris (protagonista do outro filme), as ambições de Cheryl eram mais palpáveis e transponíveis à nossa realidade.Ela não buscava elevação espiritual, uma vida de um monge, uma exclusão da sociedade, mas sim um auto conhecimento, talvez até uma certa auto-punição. Filmes com essa temática - conhecimento de si - me agradam muito. E esse, além de ter acertado no tema ainda é cuidadosamente belo ao mostrar as lembranças - não em ordem cronológica para melhor entendimento - mas sim como realmente funcionam nossas lembranças: desordenadas, desorganizadas, com uma dose de rancor, ressentimento, saudade e arrependimento.
E para mim a Reese conseguiu provar muita coisa como atriz neste filme. Não que ela necessariamente precisasse.
Enfim, filme lindo.
Laurence Anyways
4.1 553 Assista AgoraDolan, eu te amo.
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraTudo que eu detesto em uma única produção cinematográfica. Propaganda gratuita e patriotária à "brilhante" atuação americana no Oriente Médio.
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KE esse elenco inacreditável? <3
Em Paris
3.7 252A forma como o Honoré retrata personagens com sintomas de depressão já tinha me surpreendido em "Non Ma Fille, Tu N'iras Pas Danser" e ainda mais agora com essa representação com a personagem Raul. É de uma sensibilidade tamanha. Percepções e diálogos tocantes.
Depois de Lúcia
3.8 1,1KPode conter spoilers.
Um filme sobre um caso de bullying. Não dá lição de moral. Não tenta passar uma mensagem. Não apresenta solução. Não te faz se sentir melhor. Apenas conta a história de forma nua e crua, sem pudor e sem intenções. O único objetivo é expor e chocar.
Uma forma de fazer filmes que é irreverente desde o modo como a história é abordada, a reação dos personagens, a fotografia e o posicionamento da câmera.
Excelente.
Um Dia
3.9 3,5K Assista AgoraI love you, Dex, so much. I just don't like you anymore.
A Fonte das Mulheres
4.2 128Fantástico! O jeito como o filme aborda questões sociais pela visão da mulher oriental me lembrou muito os filmes de Nadine Labaki, igualmente excelentes. Mas esse aborda o tema de uma forma mais crua, e portanto, mais pesada. Machismo, violência e opressão. Leila mostra à todos nós que a culpa não é da religião muçulmana, e sim da cultura opressora e machista, que infelizmente ainda persiste em todo mundo, e não só no oriente. Cenas belíssimas e atuações tocantes.
La source des femmes c'est l'amour.
Lisbela e o Prisioneiro
3.8 1,2KO amor é filme! Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama.
A Palestina Ainda é a Questão
4.0 5Um ponto de vista contrário ao midiático pró-sionista e imperialista. Cruel e real. John Pilger é muito bom.
Meu Pé de Laranja Lima
3.9 343Como querem me convencer que o Zezé é pobre, do interior, e desnutrido com esse ator bem alimentado, corado, loirinho do cabelo liso e comprido? Caracterização dos personagens é SIM importante!
O filme foi uma adaptação muito bobinha de um livro que é muito cru e quase pesado. Li há anos atrás e não posso comentar sobre a adaptação porque não lembro detalhes, mas sei que a emoção que eu senti e a marca que esse livro criou em mim não foi nem um pouco representada nesse filme. Sem contar os erros cronológicos, que me passaram despercebidos, mas alguém comentou abaixo. O carro é dos anos 50 (?), as brincadeiras são antigas, mas existe CD e a nota é o real. Terrível!
Achei completamente decepcionante, diferente de todos os comentários aqui, pelo jeito.
Frida
4.1 1,2K Assista AgoraComo produção cinematográfica, excelente. Performances fantásticas, produção e caracterização fidedigna, enredo envolvente. Como biografia, creio que deixa a desejar. Quando vão produzir uma cinebiografia, deve-se pensar se vão querer adaptá-la de modo que fique uma história interessante, ou um relato fiel com características próximas de documentário, até. Esse filme opta pela história interessante e resumida. Se é bom ou ruim, vai da visão de cada um.
Fidel
3.9 14Achei resumido, enredo apressado (mesmo sendo um filme longo) e com uma produção meio amadora. Não sou oposicionista e admiro toda a luta contra o imperialismo americano e pela autossuficiência cubana (e latina!) e os ideais revolucionários, antes que digam que minha crítica é ideológica. O filme consegue situar o espectador historicamente mas o modo como é contado é simplista. E os diálogos inglês são frustrantes. Não há aprofundamento nos personagens, os cenários pecam, os diálogos são romanceados. Mas como eu disse anteriormente, cumpre o papel de filme biográfico ao expor os pontos importantes da ascensão de Fidel e da Revolução Cubana.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraResolvi ler o livro antes do filme e acho que fiz bem. Se assistisse primeiro, acho que a história não me cativaria. O enrendo em si (do livro) me pareceu uma crítica inteligente à uma sociedade repressiva, à manipulação, à cultura de reality shows e à uma mídia sanguinolenta. Mas o filme, para atender ao público teen, preferiu apelar para personagens lindos, loiros de olhos azuis, que não parecem ter garra, e sim sorte, quando eles deveriam expressar a extrema pobreza do Distrito e sua sede por sobrevivência.
Esse futurismo exagerado é também muito irritante. No livro, aparecem sinais dessa estranheza da rica Capital, mas acho que no filme a produção e os figurinos foram bem infelizes.
Talvez uma solução para o problema seria abordar a história pela visão da Katniss, como é feito no livro. Assim ficaria claro toda a interpretação que ela tivera das coisas, a raiva que sentia do Peeta por achar que ele era tão esperto que inventou uma história de amor; a loucura em que ela ficou submetida após passar frio, sede e fome desesperadoras. Afinal, é um jogo onde crianças são obrigadas a se digladiarem até a MORTE e no filme isso não choca tanto o público quanto deveria. (O público real, nós).
A minha decepção foi por ter uma história que poderia ser tanto e foi tão pouco.
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios
3.5 554 Assista AgoraEsse falso moralismo que condena o sexo do cinema nacional me deixa perplexa. Vejo filmes de várias nacionalidades e não sinto diferença na quantidade de cenas sexuais, mas mesmo assim o cenário do Brasil é o mais criticado. E essa implicância (preconceituosa!) com o nosso cinema chega até aqui neste filme, onde o sexo é quase poético, com sentimento e beleza e em nenhum momento vulgar. E mesmo que fosse!
Tenho uma queda por filmes visuais. No começo, achei que este filme fosse apenas um deles. Título bonito, visualmente bonito, paisagens bonitas, fotografia bonita e com citações poéticas.
Mas esse filme vai além. Esse filme tem história e tem mensagem. Tem atuações primorosas. Tem sentimento. Tem contestações.
Achei uma obra fantástica!
Não Minha Filha, Você Não Irá Dançar
3.3 94Que tipo de depressão imposta era essa que a Lena sentia? Por que era era tão mal resolvida consigo mesma e com os outros? Acho que esse dramalhão todo que ela criou para si mesma foi gerado pelas sucessivas frustrações na sua vida. Ela se enfiou em tantas situações desastrosas que não sabia mais por onde continuar. Ficou desnorteada.
Acho que pude absorver a história porque passei por uma situação parecida com minha mãe. Muitas vezes me vi no lugar do Anton, tentando sempre apoiar a mãe mesmo se magoando e muitas vezes sem entendê-la.
Achei a história desse filme preciosa. O enredo pode sim ser cansativo e o desenvolvimento morno, mas não acho que tinha como transmitir essa história de outra forma. Qualquer outro jeito soaria exagerado.
Sou Feia, Mas Tô na Moda
3.6 35Tanta gente que 'paga pau' para dubstep e hip hop americano (por exemplo) e vem falar cheio de preconceito sobre a qualidade musical do nosso funk, como se esses estilos musicais fossem muito mais elaborados. Ninguém é obrigado a gostar desse estilo musical, mas respeitar algo da nossa cultura é essencial. Acho que a diretora quis mostrar, por mais que superficialmente, que o funk é um estilo musical de um grupo oprimido socialmente que achou algum jeito de sobressair. Aí você vê um monte de "defensores do rock" argumentar contra a vulgaridade sem olhar o próprio umbigo. Rammstein pode ter uma música chamada Pussy, mas a Valesca não pode falar quer "quer dar".
Achei interessante ela mostrar também que o espaço do funk é um espaço onde o preconceito não tem espaço. É triste ver os relatos indignados das meninas que foram chamadas de faveladas pelo pessoal da zona sul. Eu não sei o que essas pessoas tem em mente para achar que são superiores às outra, que um estilo musical é certo e outro é errado, que o seu melhor e o outro não. Pelo que eu vi ali, eles (os funkeiros, "os favelados") não estão pedindo nada mais do que respeito.
O Quarteto
3.8 147Old age isn't for sissies!
Bem Amadas
3.5 254Je peux vivre sans toi, tu sais. Le seul problème mon amour c'est que je ne peux vivre sans t'aimer ♥
Na Estrada
3.3 1,9KNo começo, vi que a imagem do Dean que eu criei lendo o livro era completamente diferente do Dean do filme, mas tirei isso da cabeça pois queria ver sem fazer comparações chatas e sem preconceito. Mas não dá. Esse Dean não nos dá aquela vontade de sair por aí e descobrir a vida, não tem aquela afobação do Dean Moriarty de Jack Kerouac, aquelas alucinações divertidas. O filme peca ao preferir focar nas drogas ao em vez das ideologias dos personagens. Não tenho problema com a apologia às drogas mas esse foi um ponto que só a versão cinematográfica escancarou e os deixou parecendo fúteis, jovens idiotas.
Como Sobreviver a uma Praga
4.2 22Alguém pode me informar onde posso encontrar esse filme?
A Guerra Invisível
4.3 69Impressionante com nossa cultura é moldada para aceitar o estupro como natural e impor o sentimento de culpa sobre a vítima. O modo como as vítimas foram punidas, tanto autopunição (depressão, suicidio) quanto a punição pelo exército e como os estupradores saíram ILESOS é extremamente revoltante.
Eu realmente espero que esse documentário tenha uma repercussão e mostre alguns resultados; mas é sempre importante frisar que o problema NÃO é apenas com o exército americano e sim com esse sentimento de poder que nossa cultura machista dá a esses criminosos. E pra solucionar, ainda aconselham as mulheres a não andarem sozinhas a noite, porque lógico, a solução é esconder a raiz do problema e amedrontar ainda mais as mulheres!!
Conceitos precisam ser mudados. A culpa nunca é da vítima. Não importa o quão curta seja sua saia, o quão bebada ela esteja ou se ela estava andando sozinha numa rua escura.
Cinco Câmeras Quebradas
4.5 58"Clinging to nonviolent ideals isn't easy when death is all around."
Documentário que detalha a posição de covardia em que o exército se posiciona contra o povo palestino. O fato de ser amador prejudica um pouco o desenvolvimento do projeto como um filme, já que é arrastado e repetitivo, mas cumpre sua função de documentário ao nos propiciar uma oportunidade única de vivenciar o cotidiano dos povos que vivem em conflito. Mereceu o reconhecimento, tamanha coragem de Emad.