Últimas opiniões enviadas
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Roma
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A obra é uma grande metalinguagem [/spoiler] visto que, temos como temática central o filme falando, justamente, sobre o produzir cinema.
Partindo deste princípio é possível identificar personagens e suas representações: a professora de Hana como o Estado, que censura, enquanto, Hana ocupa o lugar de alter ego de Panahi, no seu significado literal do "o outro eu", onde, Panahi reflete consigo sobre o produzir cinema.
Assim, todo o filme é construído pelos encontros e reencontros, trazendo constantemente, o cinema a tona, distribuído como mercadoria pelo vendedor, censurado pelo Estado, enquanto instrumento político, refletindo constantemente também sobre o processo de criação e distribuição.
Trazendo também uma ácida crítica ao sistema capitalista, através do menino que encontra o dinheiro perdido pelo noivo e o trabalhador da loja de sucos, que também é um assaltante, retratar os excluídos do sistema que se submetem a sub-empregos, garantindo dessa forma lucros aos empregadores (talvez o futuro do menino) numa contraposição há a figura do assaltante, tendo os delitos como opção de ir contra o circuito de exploração, ambos produtos do sistema capitalista. [/spoiler] Considero muito interessante a construção do filme tendo a câmera sempre acompanhando quem considero o personagem principal do filme, o táxi.
Últimos recados
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Filmow
O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!
Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)
Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
Boa sorte! :)* Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/
O filme traz uma proposta narrativa que não se empenha em retratar grandes desenvolvimentos explosivos, mas, sim, desenvolvimentos do cotidiano e das forças que atravessam cada pessoa, família, cidade, etc. entretanto se engana quem acredita que por retratar o cotidiano não hajam cenas impactantes,
como é sem dúvidas a cena do parto de Cléo, a morte apresentada de foma crua e violenta. O enredo é todo o tempo atravessado por questões de classe e gênero, de classe ao retratar o cotidiano de várias pessoas tendo como pano de fundo seus papéis, patrões e empregadas, mas há momentos em que isso se dissolve, não há classe e os que une as personagens são as identificações de gênero, onde Cléo e a patroa são, simplesmente, mulheres abandonadas por seus companheiros, que sofrem.