A gente acompanha Bella Baxter se desenvolver como um bebê, por conta do cérebro, num corpo crescido. E mesmo nos corpos de bebês com cérebros de bebês, é o que acontece: a gente se atrai pelo mundo, tenta entender, tenta comunicar, e começa a seguir aquele fluxo que nos é imposto, ensinado. Em dado momento começamos a questionar os motivos. Por que não posso sair de casa? Sou prisioneira? E ações a partir disso, como deixar Duncan dormindo no quarto e ir conhecer o mundo, sem pudor, sem imaginar perigos, sem preconceitos (como crianças na forma mais pura). Entendo os descontentamentos a respeito da relação com a prostituição apresentada no filme. Mas sinto que a entrada nesse "mundo" por Bella Baxter não era precedida de nenhuma possibilidade de algo ruim. Inclusive ela traz questionamentos de como tornar aquele lugar mais interessante: por que é que não são as mulheres que escolhem os homens para os quais vão trabalhar? E sem nenhum feminismo ditado ou regrado, mas pela simples lógica de que pode ser mais vantajoso para ambas as partes. Quando Bella sai da prostituição, sai como outra pessoa, com outras ideias. Já tinha "lido" a mulher dona daquilo tudo, já tinha entendido que ela as tratava bem e levava chocolate na cama porque tinha interesses, como quando se entende que as pessoas não fazem boas ações simplesmente por gostar de fazê-las. Enfim. Fiquei pensando que num primeiro momento, a prostituição talvez nem tenha como foco a prostituição em si. Mas entendo que isso possa gerar desdobramentos e leituras simplórias demais que esqueçam toda a problemática dessa "indústria" assustadora na qual o corpo é usado para saciar desejos de homens que querem dominar mulheres.
Também me destacou aos olhos o fato de Bella Baxter ter tantos embates com homens durante o filme. Homens que querem manipulá-la, trancá-la em torres, viver a vida dela por ela própria. E são poucas as mulheres que aparecem na vida de Bella e estão bem em encontrá-la. Várias a detestam, ou a invejam, ou não a querem por perto, como uma competição.
Muito legal perceber que as "Pobres Criaturas" não são Bella Baxter e suas semelhantes. São os outros.
Que presente ver esse filme! Ainda digerindo, mas impressionante como passei o filme todo com a impressão de deja vu, de que já tinha assistido antes. Talvez porque me lembre tantos outros filmes, mas ao mesmo tempo nenhum deles.
Viver depois de Mr Nobody é pensar e repensar as decisões que tomamos e como cada uma delas é certa, porque foi escolhida no ali e agora, e se fosse outra nos levaria a outras vidas possiveis (que tambem sao certas e passiveis de existencia).
O começo do filme é interessante, o ápice no meio é bem forte, mas o final foi pra onde? Sinto que contaram que a família morreu na hora errada, pois tirou a credibilidade da Anna, e ok, faz com que possivelmente o plot do assassino seja maior, mas não é o que acontece. Quando vi que era o Ethan fiquei tipo: ah sério? Não achei previsível mas não fui surpreendida. A fotografia e direção de arte são muito bonitas e criam suspense só pelo enquadramento. Em compensação, a cena na escada entre David, Ethan e Anna achei que teve uma má direção pois ficou bastante falso. E meio que é isso... Acho que só consegui me apegar na Anna porque ela aparece em todas as fucking cenas, mas acabei não me apegando a outros personagens... David já achava estranho desde o começo, o policial/delegado não me convence duvidando de Anna (então não me convence quando pede desculpas a ela)... Pode ser por isso que o Ethan não me surpreenda sendo o assassino, ainda não tinha criado empatia por ele.
PS: Ai, e a cena do rastelo na cara dela? Poxa vida heim kkkk
o protagonista (pai da menina) simplesmente CALA o norte-americano dizendo algo como "parem de tirar nossa voz, deixem a gente ser ouvido". Pra mim, claramente uma alegoria à relação do cinema e a não-cultura de consumir filmes coreanos. De que a gente, pelo menos no Ocidente, consome absurdamente os filmes dos Estados Unidos há anos e não tem o hábito de dar voz e conhecimento a filmes de outros lugares. INCLUSIVE mal assistimos as nossas produções nacionais.
extremamente interessante um filme em que nenhum dos personagens principais são cativantes... são todos "mornos", meio-termo, e honestamente não consegui me afeiçoar por nenhum deles (e o interesse vem aí, em um filme onde se busca a aproximação com o público, mas que não usa dos protagonistas pra isso). E já pegando o gancho, ousada a ideia de usar personagens com os reais nomes dos atores. Cria um vínculo com nossa realidade fora do filme, pra que questionemos "queremos ser outra pessoa mesmo?" ou "há pessoas dentro da minha cabeça?".
Acho curioso também o fato de que a Maxine é a única personagem relevante que não entra na mente de Malkovich. Mal sei como ela pode acreditar no negócio que estabeleceu com Craig porque a priori ela não não dava moral pra tal ideia.
As metáforas ligadas a manipulação, marionete, e subconsciente são ótimas, e muito curioso como o personagem mais manipulado e manipulável - apesar de manipulador - é o próprio Craig.
direção de arte maravilhosa de bonita. lindo tbm ver as minas se transformando com o passar do tempo: as mesmas atrizes fazendo adolescentes e adultas perto de seus 40 anos, em média. e o fato de cada cena ser um tiro de questões levantadas...
queria dizer que amei a cena da eurídice indo até a borda da piscina. por um momento, me desliguei do cinema, e parecia que estava ali, observando ela de longe. quando me liguei que era um filme, foi surreal. uma cena de distância que te traz pra perto da realidade. insano.
Agora com mais calma observei novas coisas. 1 - Dependendo da quantidade de vezes que se assiste e talvez até da ordem vista, alguns diálogos mudam. (ex: "nós já tivemos essa conversa antes, você vai me recomendar remédios etc etc", ou quando Stefan atende a ligação do dono da empresa e responde "sim, no fim do dia" já respondendo a ele sobre a finalização do game, perguntada em outra versão do final); 2 - Alguns dos finais após matar o pai, Stefan recebeu visitas. Numa das vezes, recebeu visita da Kitty, em outra recebeu visita do Colin, e numa outra recebeu visita do dono da empresa de jogos; 3 - Numa única vez que assisti, apareceu um cara de cabelo longo (um cara que aparece no trailer, aliás) e ele enfia uma faca em Stefan, que acorda e vai para o computador se questionar "ohhh céus quem será que está me controlando". QUEM É ESSE CARA??? No trailer ele aparece dando risada, não consegui essa cena em nenhuma versão! Alguém sabe quem é e qual o caminho para surgir? 4 - Um lindo easter egg: quando Stefan vai à psicóloga, a placa do lado de fora traz a escrita "Saint Juniper's Medical Practice" fazendo referência ao episódio San Junipero da série; 5 - E mais um easter egg (além do cartaz relacionado a Metalhead): no final em que há uma programadora da Netflix que resolveu reformular o jogo, vemos que o nome dela é Pearl, o mesmo nome da filha de Colin, ou seja... <3 E enfim, após tantos finais, me questiono se não tem alguma combinação de finais escondidos, um número de telefone que vai levar a outra pessoa atender, etc. Só mais alguns pensamentos pra acrescentar à série de teorias da conspiração em Black Mirror.
Existe a questão de você supostamente escolher o final, e na verdade você é direcionado para certas coisas, é bizarro. Acho genial o "venha assitir um filme que você decide o caminho" e na real algumas das decisões não são exatamente suas: uma ou duas vezes passei por trechos em que só havia uma opção a se escolher. Até que ponto decidimos o que fazemos de fato (no filme e na vida)? Até que ponto somos condicionados a tomar falsas decisões e as intitulamos de nossas decisões? Pra mim, a produção vale só pela concepção da ideia brilhante, de nos colocar num ponto de reflexão e de nos colocar como participantes e responsáveis pelo que acontece no filme e nas nossas vidas (ou não).
Enxergo a personagem de Letícia Lima não como a última que Bruno vê, mas como a primeira. A primeira cena do filme mostra Bruno em sua "despedida de casado" e então ela anota o telefone dela na testa dele para que ele entre em contato e dividam um apartamento. Isso representa a "nova fase", "nova vida" que Bruno entra após o término do casamento. Assim, no fim do filme, após não enxergar mais ninguém, a personagem reaparece para Bruno, e é a primeira que ele pode contatar. Ou seja: ela representa seu novo começo desde o início.
Nós somos os pombos do título. Nós somos os pombos repousando num sofá/cama/lugar, em frente a um aparelho que reproduza este filme, que nos faz refletir
Escrevi muita coisa depois que assisti o filme. Senti necessidade de colocar muita coisa pra fora depois de assisti-lo. Mas nada que se compare a intensidade que o filme propõe. A fotografia vai além de "bonita": é uma fotografia difícil. E é bastante sensível. Os diálogos são ótimos, e alguns são tão incríveis que nem utilizam falas. Ainda não sei muito como me expressar. É um filme que, de uma forma ou de outra, faz as pessoas sentirem e entenderem o que se passou. Mesmo que elas não saibam explicar como.
Apesar do subtítulo estranho, como muitos comentaram, foi o que me chamou atenção pra assisti-lo ("ué, que estranho, vou assistir") hahaha. Mas o filme é muito bacana, traz à tona diversas questões na vida de Nigel e um dos pontos que me deixou meio em dúvida
foi a maneira como o pai dele morreu. Na hora que assisti a cena, pensei "foi ela". E logo em seguida Nigel fala "foi você", ou coisa assim. Acabei tendo a impressão de que ela matou ele possivelmente de duas maneiras: envenenado, e/ou pelo acúmulo de seu tratamento para com ele, fazer tantos pratos de comida durante o dia, o modo mesmo como ela o tratava. Afinal, conquista-se um homem pelo estômago. E pelo jeito, mata-o da mesma maneira.
Me fez lembrar do episódio "Prometeu pós-moderno" da série Arquivo X. É um filme realmente incrível. Assisti sem muita expectativa e com certeza superaria se eu tivesse criado alguma.
Só queria ressaltar a importância da catedral feita por John Merrick. Ela representa, talvez, a questão emocional de John. Quando Merrick começa a se sentir parte do meio em que vive, se sentir acolhido pelas pessoas que estão frequentemente com ele, ele começa a construir a catedral. Até brinca que precisa usar a imaginação para montar a parte que ele não vê a partir daquele quarto. E então quando a catedral está quase pronta, seu quarto é invadido e sua catedral e seu emocional são destruídos. Ao retornar para seu lar ("It is my home?"), enquanto conversa com Dr. Frederick Treves, podemos ver a catedral reerguida sobre a mesa. E na cena final, quando seu emocional está inteiramente construído, chega a hora de partir.
faltarem dois pecados a serem "apresentados" e os policiais principais serem dois. Por isso comecei a fantasiar um final e na verdade fui surpreendida. Não esperava pelo final, não da maneira que foi. Sobre a obra não ter sido finalizada de maneira certa (?), ou completa como vi em alguns comentários, acredito que o plano de John foi genial. Ele sentia inveja de Mills e como punia os pecadores, deveria punir a si próprio. Para isso, "matava dois coelhos com uma cajadada": provocava a ira de Mills, que com certeza o mataria. E John sabia disso. No carro de polícia afirmara que num quarto sem janelas, Mills bateria nele à vontade sem ser punido. E assim a obra se completara.
Vi muitas críticas sobre o filme ser muito tedioso ou inferior aos outros. Pra quem leu a trilogia, percebe que sim: Jogos Vorazes é ótimo, o ápice acontece em Em chamas, e A esperança é bom-médio. Nos filmes, acontece a mesma coisa (inclusive, A Esperança parte 1 é bem mais agitado do que de fato é no livro, enfim). Mas não por uma questão de uma história ruim ou má produção. Percebam o ambiente das histórias, a cena, como estão os distritos. Em A esperança as coisas não estão das melhores, o clima é pesado, é triste, e a história fica com esse clima ruim consequentemente. O final é de fato esquisito (?) mas porque a relação entre as personagens já não é mais a do primeiro filme.
e logo que o Vicente estava na maca eu já tinha me ligado quanto ao que era a cirurgia, o que fez com que infelizmente não fosse uma surpresa, pra mim, quando Robert conta pra ele sobre a mudança
mas é um filme maravilhoso, muito bem executado e possui uma história interessante.
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraNa minha (pobre) concepção, Poor Things é um grande ensaio ou analogia sobre o conhecimento:
A gente acompanha Bella Baxter se desenvolver como um bebê, por conta do cérebro, num corpo crescido. E mesmo nos corpos de bebês com cérebros de bebês, é o que acontece: a gente se atrai pelo mundo, tenta entender, tenta comunicar, e começa a seguir aquele fluxo que nos é imposto, ensinado. Em dado momento começamos a questionar os motivos. Por que não posso sair de casa? Sou prisioneira? E ações a partir disso, como deixar Duncan dormindo no quarto e ir conhecer o mundo, sem pudor, sem imaginar perigos, sem preconceitos (como crianças na forma mais pura). Entendo os descontentamentos a respeito da relação com a prostituição apresentada no filme. Mas sinto que a entrada nesse "mundo" por Bella Baxter não era precedida de nenhuma possibilidade de algo ruim. Inclusive ela traz questionamentos de como tornar aquele lugar mais interessante: por que é que não são as mulheres que escolhem os homens para os quais vão trabalhar? E sem nenhum feminismo ditado ou regrado, mas pela simples lógica de que pode ser mais vantajoso para ambas as partes. Quando Bella sai da prostituição, sai como outra pessoa, com outras ideias. Já tinha "lido" a mulher dona daquilo tudo, já tinha entendido que ela as tratava bem e levava chocolate na cama porque tinha interesses, como quando se entende que as pessoas não fazem boas ações simplesmente por gostar de fazê-las. Enfim. Fiquei pensando que num primeiro momento, a prostituição talvez nem tenha como foco a prostituição em si. Mas entendo que isso possa gerar desdobramentos e leituras simplórias demais que esqueçam toda a problemática dessa "indústria" assustadora na qual o corpo é usado para saciar desejos de homens que querem dominar mulheres.
Também me destacou aos olhos o fato de Bella Baxter ter tantos embates com homens durante o filme. Homens que querem manipulá-la, trancá-la em torres, viver a vida dela por ela própria. E são poucas as mulheres que aparecem na vida de Bella e estão bem em encontrá-la. Várias a detestam, ou a invejam, ou não a querem por perto, como uma competição.
Muito legal perceber que as "Pobres Criaturas" não são Bella Baxter e suas semelhantes. São os outros.
Sr. Ninguém
4.3 2,7KQue presente ver esse filme! Ainda digerindo, mas impressionante como passei o filme todo com a impressão de deja vu, de que já tinha assistido antes. Talvez porque me lembre tantos outros filmes, mas ao mesmo tempo nenhum deles.
Viver depois de Mr Nobody é pensar e repensar as decisões que tomamos e como cada uma delas é certa, porque foi escolhida no ali e agora, e se fosse outra nos levaria a outras vidas possiveis (que tambem sao certas e passiveis de existencia).
A Mulher na Janela
3.0 1,1K Assista AgoraRelatos de uma pessoa com alta expectativa sobre o filme após assistir ao trailer:
O começo do filme é interessante, o ápice no meio é bem forte, mas o final foi pra onde? Sinto que contaram que a família morreu na hora errada, pois tirou a credibilidade da Anna, e ok, faz com que possivelmente o plot do assassino seja maior, mas não é o que acontece. Quando vi que era o Ethan fiquei tipo: ah sério? Não achei previsível mas não fui surpreendida. A fotografia e direção de arte são muito bonitas e criam suspense só pelo enquadramento. Em compensação, a cena na escada entre David, Ethan e Anna achei que teve uma má direção pois ficou bastante falso. E meio que é isso... Acho que só consegui me apegar na Anna porque ela aparece em todas as fucking cenas, mas acabei não me apegando a outros personagens... David já achava estranho desde o começo, o policial/delegado não me convence duvidando de Anna (então não me convence quando pede desculpas a ela)... Pode ser por isso que o Ethan não me surpreenda sendo o assassino, ainda não tinha criado empatia por ele.
PS: Ai, e a cena do rastelo na cara dela? Poxa vida heim kkkk
O Hospedeiro
3.6 550 Assista Agoraeu AMEI a parte que
o protagonista (pai da menina) simplesmente CALA o norte-americano dizendo algo como "parem de tirar nossa voz, deixem a gente ser ouvido". Pra mim, claramente uma alegoria à relação do cinema e a não-cultura de consumir filmes coreanos. De que a gente, pelo menos no Ocidente, consome absurdamente os filmes dos Estados Unidos há anos e não tem o hábito de dar voz e conhecimento a filmes de outros lugares. INCLUSIVE mal assistimos as nossas produções nacionais.
Quero Ser John Malkovich
4.0 1,4K Assista AgoraAinda digerindo o filme todo, mas o que posso dizer até agora é
extremamente interessante um filme em que nenhum dos personagens principais são cativantes... são todos "mornos", meio-termo, e honestamente não consegui me afeiçoar por nenhum deles (e o interesse vem aí, em um filme onde se busca a aproximação com o público, mas que não usa dos protagonistas pra isso). E já pegando o gancho, ousada a ideia de usar personagens com os reais nomes dos atores. Cria um vínculo com nossa realidade fora do filme, pra que questionemos "queremos ser outra pessoa mesmo?" ou "há pessoas dentro da minha cabeça?".
Acho curioso também o fato de que a Maxine é a única personagem relevante que não entra na mente de Malkovich. Mal sei como ela pode acreditar no negócio que estabeleceu com Craig porque a priori ela não não dava moral pra tal ideia.
As metáforas ligadas a manipulação, marionete, e subconsciente são ótimas, e muito curioso como o personagem mais manipulado e manipulável - apesar de manipulador - é o próprio Craig.
A Vida Invisível
4.3 642deixo aqui dois momentos fortes de texto:
(sobre o bebê de guida, diálogo com filó)
"- é o que?"
"- é homem né"
"- sorte dele"
e
"ela disse que você era a melhor pianista do mundo"
A Vida Invisível
4.3 642direção de arte maravilhosa de bonita. lindo tbm ver as minas se transformando com o passar do tempo: as mesmas atrizes fazendo adolescentes e adultas perto de seus 40 anos, em média. e o fato de cada cena ser um tiro de questões levantadas...
desde maternidade indesejada, ao abuso patriarcal, enfim
queria dizer que amei a cena da eurídice indo até a borda da piscina. por um momento, me desliguei do cinema, e parecia que estava ali, observando ela de longe. quando me liguei que era um filme, foi surreal. uma cena de distância que te traz pra perto da realidade. insano.
um filme sobre a vida.
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KAlguns adendos à primeira vez que assisti:
Agora com mais calma observei novas coisas.
1 - Dependendo da quantidade de vezes que se assiste e talvez até da ordem vista, alguns diálogos mudam. (ex: "nós já tivemos essa conversa antes, você vai me recomendar remédios etc etc", ou quando Stefan atende a ligação do dono da empresa e responde "sim, no fim do dia" já respondendo a ele sobre a finalização do game, perguntada em outra versão do final);
2 - Alguns dos finais após matar o pai, Stefan recebeu visitas. Numa das vezes, recebeu visita da Kitty, em outra recebeu visita do Colin, e numa outra recebeu visita do dono da empresa de jogos;
3 - Numa única vez que assisti, apareceu um cara de cabelo longo (um cara que aparece no trailer, aliás) e ele enfia uma faca em Stefan, que acorda e vai para o computador se questionar "ohhh céus quem será que está me controlando". QUEM É ESSE CARA??? No trailer ele aparece dando risada, não consegui essa cena em nenhuma versão! Alguém sabe quem é e qual o caminho para surgir?
4 - Um lindo easter egg: quando Stefan vai à psicóloga, a placa do lado de fora traz a escrita "Saint Juniper's Medical Practice" fazendo referência ao episódio San Junipero da série;
5 - E mais um easter egg (além do cartaz relacionado a Metalhead): no final em que há uma programadora da Netflix que resolveu reformular o jogo, vemos que o nome dela é Pearl, o mesmo nome da filha de Colin, ou seja... <3
E enfim, após tantos finais, me questiono se não tem alguma combinação de finais escondidos, um número de telefone que vai levar a outra pessoa atender, etc. Só mais alguns pensamentos pra acrescentar à série de teorias da conspiração em Black Mirror.
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KNão achei os finais a parte mais interessante do filme, mas o decorrer do filme, a ideia de jogo, e principalmente a metalinguagem estabelecida...
Existe a questão de você supostamente escolher o final, e na verdade você é direcionado para certas coisas, é bizarro. Acho genial o "venha assitir um filme que você decide o caminho" e na real algumas das decisões não são exatamente suas: uma ou duas vezes passei por trechos em que só havia uma opção a se escolher. Até que ponto decidimos o que fazemos de fato (no filme e na vida)? Até que ponto somos condicionados a tomar falsas decisões e as intitulamos de nossas decisões? Pra mim, a produção vale só pela concepção da ideia brilhante, de nos colocar num ponto de reflexão e de nos colocar como participantes e responsáveis pelo que acontece no filme e nas nossas vidas (ou não).
Se Eu Ficar
3.5 1,9K Assista Agora"Sacrifício. É o que fazemos para as pessoas que amamos."
Malu de Bicicleta
2.9 218a paranoia do protagonista me fez lembrar de dom casmurro!
Entre Abelhas
3.4 830Enxergo a personagem de Letícia Lima não como a última que Bruno vê, mas como a primeira. A primeira cena do filme mostra Bruno em sua "despedida de casado" e então ela anota o telefone dela na testa dele para que ele entre em contato e dividam um apartamento. Isso representa a "nova fase", "nova vida" que Bruno entra após o término do casamento. Assim, no fim do filme, após não enxergar mais ninguém, a personagem reaparece para Bruno, e é a primeira que ele pode contatar. Ou seja: ela representa seu novo começo desde o início.
A Fantástica Fábrica de Chocolate
3.7 2,2K Assista Agorabom dia estrelinhas, a Terra diz olá!!
Um Pombo Pousou Num Galho Refletindo Sobre a Existência
3.6 267 Assista AgoraNo decorrer do filme pensei milhares de coisas (sim, refleti, já que o filme nos permite isso) e a respeito do título:
Nós somos os pombos do título. Nós somos os pombos repousando num sofá/cama/lugar, em frente a um aparelho que reproduza este filme, que nos faz refletir
Os Famosos e os Duendes da Morte
3.7 670 Assista AgoraEscrevi muita coisa depois que assisti o filme. Senti necessidade de colocar muita coisa pra fora depois de assisti-lo. Mas nada que se compare a intensidade que o filme propõe. A fotografia vai além de "bonita": é uma fotografia difícil. E é bastante sensível. Os diálogos são ótimos, e alguns são tão incríveis que nem utilizam falas. Ainda não sei muito como me expressar. É um filme que, de uma forma ou de outra, faz as pessoas sentirem e entenderem o que se passou. Mesmo que elas não saibam explicar como.
Toast: A História de uma Criança com Fome
3.6 503 Assista AgoraApesar do subtítulo estranho, como muitos comentaram, foi o que me chamou atenção pra assisti-lo ("ué, que estranho, vou assistir") hahaha. Mas o filme é muito bacana, traz à tona diversas questões na vida de Nigel e um dos pontos que me deixou meio em dúvida
foi a maneira como o pai dele morreu. Na hora que assisti a cena, pensei "foi ela". E logo em seguida Nigel fala "foi você", ou coisa assim. Acabei tendo a impressão de que ela matou ele possivelmente de duas maneiras: envenenado, e/ou pelo acúmulo de seu tratamento para com ele, fazer tantos pratos de comida durante o dia, o modo mesmo como ela o tratava. Afinal, conquista-se um homem pelo estômago. E pelo jeito, mata-o da mesma maneira.
O Homem Elefante
4.4 1,0K Assista AgoraMe fez lembrar do episódio "Prometeu pós-moderno" da série Arquivo X. É um filme realmente incrível. Assisti sem muita expectativa e com certeza superaria se eu tivesse criado alguma.
Só queria ressaltar a importância da catedral feita por John Merrick. Ela representa, talvez, a questão emocional de John. Quando Merrick começa a se sentir parte do meio em que vive, se sentir acolhido pelas pessoas que estão frequentemente com ele, ele começa a construir a catedral. Até brinca que precisa usar a imaginação para montar a parte que ele não vê a partir daquele quarto. E então quando a catedral está quase pronta, seu quarto é invadido e sua catedral e seu emocional são destruídos. Ao retornar para seu lar ("It is my home?"), enquanto conversa com Dr. Frederick Treves, podemos ver a catedral reerguida sobre a mesa. E na cena final, quando seu emocional está inteiramente construído, chega a hora de partir.
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraMe deixou intrigada o fato de
faltarem dois pecados a serem "apresentados" e os policiais principais serem dois. Por isso comecei a fantasiar um final e na verdade fui surpreendida. Não esperava pelo final, não da maneira que foi. Sobre a obra não ter sido finalizada de maneira certa (?), ou completa como vi em alguns comentários, acredito que o plano de John foi genial. Ele sentia inveja de Mills e como punia os pecadores, deveria punir a si próprio. Para isso, "matava dois coelhos com uma cajadada": provocava a ira de Mills, que com certeza o mataria. E John sabia disso. No carro de polícia afirmara que num quarto sem janelas, Mills bateria nele à vontade sem ser punido. E assim a obra se completara.
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista AgoraVi muitas críticas sobre o filme ser muito tedioso ou inferior aos outros. Pra quem leu a trilogia, percebe que sim: Jogos Vorazes é ótimo, o ápice acontece em Em chamas, e A esperança é bom-médio. Nos filmes, acontece a mesma coisa (inclusive, A Esperança parte 1 é bem mais agitado do que de fato é no livro, enfim). Mas não por uma questão de uma história ruim ou má produção. Percebam o ambiente das histórias, a cena, como estão os distritos. Em A esperança as coisas não estão das melhores, o clima é pesado, é triste, e a história fica com esse clima ruim consequentemente. O final é de fato esquisito (?) mas porque a relação entre as personagens já não é mais a do primeiro filme.
Moulin Rouge: Amor em Vermelho
4.1 1,8K Assista AgoraE eu achando que o filme era "bom"...
É maravilhoso!
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraDescobri que subestimei muito o filme e a própria época em que foi feito. É muito mais do que parece ser, com certeza
Mesmo se Nada der Certo
4.0 1,9K Assista AgoraUma gracinha de filme, trilha sonora muito amor, e o Adam Levine... ah...
lindíssimo, mas teve um tapa merecido hahahah
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraNão tão perturbador quanto eu esperava
e logo que o Vicente estava na maca eu já tinha me ligado quanto ao que era a cirurgia, o que fez com que infelizmente não fosse uma surpresa, pra mim, quando Robert conta pra ele sobre a mudança
mas é um filme maravilhoso, muito bem executado e possui uma história interessante.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraMuito bom e com uma história bem original. Superou minhas expectativas, com certeza!