Li algumas coisas negativas antes de assistir e já fui sem muitas expectativas, mas poxa, o filme me surpreendeu positivamente. A trilha sonora está muito legal! O Spike Lee tem estilo, mas parece que esse estilo não agrada muito a academia. Uma pena... Outra coisa que não deixei de notar, foi que este filme soou muito como uma despedida do Chadwick Boseman (Pantera Negra).
gostei muito filme, apesar de sentir que ele poderia ter sido um pouco mais curto visto o desenrolar da história, mas entendo que se tudo tivesse transcorrido mais rápido poderíamos vir a reclamar do mesmo jeito, acontece. O filme, por seus dois protagonistas e pela história em si, me lembrou muito Lua de Papel (1973) e Alice nas cidades (1974), e ainda Bravura Indômita (2010). A fotografia e a direção de arte (design de produção) estão realmente muito bons, e inclusive, a estampa daquela manta que a Johanna usa para se cobrir lembra muito os padrões da estampa do figurino do Clint Eastwood em Por um punhado de dólares (1964), ou seja, é inegável que o diretor de Relatos do mundo bebeu de inúmeras e boas fontes e isso é maravilhoso! Sinto que não fui muito tocada pela trilha sonora, como muitos aqui disseram e foi o que me fez correr para ver o filme. Sobre isso e mais seus concorrentes a melhor som e trilha sonora, senti que minha experiência foi melhor com os outros filmes que vi até o momento. No mais, é um bom filme e vale a pena!
Sobre os títulos Sound of metal ou o Som do silêncio, acho que ambos conseguem passar a ideia do filme, cabe a nós escolher qual dos lados dessa ideia acatar, e ficar com ambas também não é ruim. Como já disseram aqui, achei as reações das pessoas que se relacionaram com o personagem Ruben muito empáticas e o tratamento da condição que este personagem vivenciava foi muito cuidadosa e sensível.
O começo foi bem angustiante, com todas as etapas de percepção da perda da audição sendo vivenciadas também por nós, quando o som se fazia subjetivo e não apenas ilustrativo, o que eu chamaria de boa representação de um ponto de escuta, uma analogia com ponto de vista. A frustração com o tipo de som que o aparelho instalado fornecia foi mesmo aterradora, coisa que o ator nos diz com olhos de coruja, assim como quando no início ele arregalava os olhos como se isso o fizesse escutar melhor.
Em alguns momentos me peguei sentindo medo de vivenciar uma experiência semelhante, pois eu adoro experiências imersivas tanto visuais quanto sonoras e imaginei como seria perturbador para alguém que toca um instrumento perder justamente o sentido que lhe é necessário para isso. Esse tipo de história não é mesmo nova, vide o grande gênio Beethoven, que passou por essa vivência perturbadora da perda da audição... mas mesmo não sendo uma história nova, a experiência proporcionada pelo filme é realmente tocante. Me vi focada na história, tentando acompanhar todos os momentos vividos pelo personagem, que está sempre em cena e o filme tem um ritmo assertivo, realmente válido, nada arrastado. Se fosse mais longo correria o risco de enfadar.
O som do filme está realmente bom e ter assistido com fones de ouvido, com pouca interferência de sons externos, me pareceu uma boa escolha para fruir melhor o filme. Vale muito a pena!
Eu, muito particularmente, achei Mank um bom filme, senti que foi uma história triste, já que se trata dos créditos reais do roteiro de um filme que foi "negado" ao seu escritor, aqui no caso Cidadão Kane, que vi há muitos anos e não revi para ver Mank. O mundo estava uma loucura com a grande depressão, muitas questões políticas e a ascensão do nazismo, depois com a segunda guerra mundial, então é preciso ficar bem atento aos diálogos do filme para não perder informações, coisa que pode torná-lo chato. No entanto, achei a metalinguagem das cenas retratadas com títulos de descrição de roteiro, a trilha sonora, som e edição do filme muito dinâmicas e até vívidas, com uma ótima coreografia de encenação dos muitos atores em cena, embora esse ritmo diminua com o decorrer do filme. Portanto, diria que temos aqui, sim, uma boa direção... Senti que em muito momentos houve em mim certo encantamento pelas imagens que via, mérito de um bom design de produção e bela fotografia, o que conta pontos para quem gosta de experimentar prazeres visuais que as vezes faz até você esquecer do que mesmo eles estavam falando... enfim, um bom filme.
Assim, quem espera um filme de fantasia do tipo Disney, não vai encontrar isso aqui. Eu já comecei o filme sabendo que era um filme italiano, então, para se ter uma ideia: na minha cabeça a primeira palavra do filme seria um "Bom dia!", já que tem o Roberto Benigni, e aquela imagem dele gritando "Buongiorno, principessa!" não me sai da lembrança! Sem contar que adoro o Fellini, então não sei se forçadamente, vi muita coisa felliniana na história, o ritmo, a trilha sonora, a atmosfera, a melancolia nos olhos da fada azul, até o nonsense meio alice no país das maravilhas, mas é isso, tudo num ritmo e num jeito bem italiano...
tem uma fotografia linda, uma boa maquiagem e um design de produção maravilhoso, eu gostei muito, merece um abraço! rs
Achei fantástica a citação ao Leopardo, no fim do relacionamento do editor com a amante, logo depois de uma discussão sobre o presente e o futuro do livro e do mercado editorial: "tudo dever mudar para que tudo continue como está", algo assim, porque o filme/livro O Leopardo fala justamente de um período melancólico de transição na Itália e na vida do Príncipe de Salina.
E ainda ri com alguns diálogos, acho que valeu a pena!
olha, eu não li nenhum dos dois contos da hilda hilst que levaram à criação deste filme, embora conheça outras obras da escritora e goste muito dela. Sabendo disso, algumas percepções do filme foram pouco influenciadas pela aura da hilda, mas foi em alguma medida e acho até que essa aura fica aparente durante o filme. Ele é propositalmente lento e com planos muito bonitos, o que me fez lembrar dos filmes do Terrence Malick e em alguns momentos do Abbas Kiarostami, acredito que isso seja louvável para o cinema brasileiro, pena que o tipo de público para esse tipo de filme seja restrito.
eu demorei um bom tempo para ver esse filme e não tinha grandes expectativas quanto a ele, mas confesso que fiquei um pouco confusa durante boa parte dele e no fim acabei gostando muito, principalmente depois que li a análise psicanalítica de um dos comentários abaixo, que para mim faz muito sentido. Muitas vezes, a experiência do filme persiste após o término, como uma espécie de tempo de elaboração quando a história ou a experiência mesmo não se resolve de pronto durante a exibição do filme, e isso não é nem bom nem ruim. Mesmo com a boa parte em que fiquei confusa, depois daquele plot final foi como se tudo se tornasse claro. deu pra entender bem o primeiro diálogo do filme, logo no início.
algo como isso, pois não me lembro na íntegra: - você está triste? - triste? não. estou sozinha.
Ainda, senti que esse é o tipo de filme para ser ver dentro da sala de cinema, pois seus planos funcionam como um registro da entidade "natureza", que telas de tv e de computador não dão conta de transpassar (eu vi na tv) e a trilha sonora é muito imersiva e minuciosa.
fiquei pensando comigo mesma: se esse filme é de 1996 e a série de livros de harry Potter é de 1998, o primeiro livro, será possível que a JK Rowling tenha se inspirado na pequena parte desse filme para a ideia das fotografias que se movem, como a fotografia da mãe da Sarah já no fim? Enfim, apenas um pensamento que veio...
Senhor, eu praticamente nem senti o tempo passar de impactada que fiquei com cada imagem que se mostrava e junto a uma trilha sonora arrebatadora que envolve completamente a gente numa coisa que parece um devaneio. Outra, não associei imediatamente, mas a personagem Alice ter esse nome, provavelmente tem ligação com a Alice da história nonsense de Lewis Carroll, e como não li nada sobre, obviamente que já deve existir alguma análise nesse sentido por aí. Eu simplesmente adorei e quero rever quantas vezes for possível!
Poxa, quase desisti de ver por causa de muitas críticas negativas. O filme é longo, em alguns momentos, se você estiver ansioso por ver uma trama dinâmica, ele parece arrastado, arrastado mesmo. Algumas cenas parecem que se demoram demais e, como não li o livro, acredito que isso pode ter sido uma escolha poética do diretor com o objetivo de mostrar o desalento do menino Théo; alguns cortes me incomodaram, pareceram meio abruptos e secos demais, que fizeram parecer que não havia uma real conexão de um plano para o seguinte, em outros me pareceram uma tentativa rítmica, tipo aquelas cenas com planos curtíssimos e ritmados de "Réquiem para um sonho". Mas sim, a história é interessante, na minha opinião, mais pela questão do quadro
quando apareceu o senhor dizendo que sabia quem era ele e sobre querer barganhar a obra de arte, do que pela perda da mãe, que parece que o luto não foi bem elaborado em parte por estar sendo jogado de um lugar a outro: primeiro a casa da N. Kidman, depois o pai ausente que só queria roubar o dinheiro da poupança dele, depois a fuga para a casa do vendedor de antiguidades
A trilha sonora ficou maravilhosa desde o início, embora eu fique meio assim sempre que tocam o Radiohead em momentos muito melancólicos, e funciona. Aliás funcionou bem tbm
no momento do balanço, quando ele embarca na viagem alucinógenas lá
Enfim, queria dar 4 das cinco estrelas, porque a fotografia também está muito boa, mas fiquei um pouco mesmo cansada (subjetividades), e o final também me impactou muito, achei ótimo!
eu gostei, achei realmente um bom filme. o ritmo estava ótimo, sempre com um pouco de "calmaria" misturada com tensão como prelúdio de cada desabafo, e pareceu que ambos tiveram o mesmo tempo de discurso, com diálogos que nos faziam pensar se aquilo tudo demonstrava qual lado da moeda amor/ódio, culpa e ressentimento; os silêncios e os olhares muito expressivos e uma trilha sonora que deixou tudo muito envolvente. os planos, nossa, lindíssimos, com uma locação que valorizava cada movimento de encenação [os espaços percorridos] ou de câmera, uma fotografia charmosa em preto e branco, com iluminações e contrastes bem equilibrados. as atuações também foram maravilhosas, ondulando entre a agressividade verborrágica e a intimidade sensual. as afirmações sobre a crítica e os conhecimentos de cinema também são válidos em muitos níveis.
mas acredito que quem esteja desatento a tudo isso ou espere algo mais fantasioso dentro do que é uma dr romântica, talvez fique meio alheio e ache o filme chato.
no mais, achei um dos últimos desabafos da marie sobre todas as coisas que o malcolm poderia ser grato tão parecido com o final de 10 coisas que odeio em você, rs. e isso não é ruim.
Realmente, como já disseram aqui, se você perder algum diálogo, as coisas podem ficar confusas. O filme também não é dos melhores do aclamado diretor, mas tem umas das cenas mais espetaculares que já vi em 12 dos seus filmes que já assiti até agora, que é a última vez em que vemos a Juanita de Córdoba.
A Juanita aparece na cena de despedida do agente francês com um belíssimo vestido roxo, sinal de algo vai acontecer, e durante todo os momentos em que ela está em cena, existe este suspense. Logo depois da partida do agente francês, seu também amante cubano entra em cena e descobre que o envolvimento de Juanita em conspiração com o Devereaux é real e agora ela corre risco de vida. Ouve -se um tiro e a câmera dá um close no rosto da Juanita, segurando o suspense, até cortar para uma câmera de cima, em plongee, filmando a Juanita nos braços do cubano, depois caindo sobre um chão xadrez, com seu vestido roxo se espalhando pelo chão lentamente e então, seu corpo cai. Meu Deus, que cena maravilhosa!
Nossa, esse primeiro filme da Agnes Varda me surpreendeu, achei-o melhor do que eu esperava. Não é monótono, os diálogos são bons e a questão da crise romântica é intercalada pelo cotidiano das pessoas do lugar; o que me deixou surpresa foi o fato de alguns planos que eu julgava serem característicos do Godard, ou até do Bergman, em Persona, como já disseram aqui, como os dos closes nos rostos do casal formando um só rosto, aparecem já aqui em 1955, na obra da Varda. E isso diz muito sobre o lugar que ela ocupa como uma mulher "integrante" da nouvelle vague. De repente, foi como se despertasse o sentimento de que uma grande genialidade se encontrava mesmo em Agnes Varda já aqui. Então, que bom que ela partiu já reconhecida pelo seu trabalho talentoso!
Achei aquela parte em que eles entram na parte de baixo de um barco abandonado tão Pinóquio/Jonas na barriga da baleia! E assim como nas histórias de Pinóquio/Jonas, é o momento em que ela se dá conta de que há algo de bom na relação deles que valha a pena...achei isso interessante, não sei se faz sentido...
Af, que tocante! A trama é muito envolvente e deixa a gente na expectativa de cada atitude, junto com uma trilha sonora que encaminha muito bem cada sensação. Simplesmente, amei esse filme! Assisti logo após o Não matarás, que é bem tenso também. Mas este aqui, também tendo sua tensão, nos leva por um caminho da sedução pela situação de voyeurismo e pela dissolução de algumas expectativas, fazendo com que nos compadeçamos da situação do moço, que se deixou levar por todo sentimento, talvez pela inexperiência e imaturidade.
De uma certa forma, esse filme sozinho, carrega um pouco de cada filme da trilogia das cores, que é do mesmo diretor: a liberdade é azul, a igualdade é branca e a fraternidade é vermelha, tanto pela direção de arte e fotografia, quanto pelas situações retratadas.
Uau! Foram tantas as sensações que me ocorreram que não vejo porquê não considerar este filme realmente digno de ser chamado obra de arte; queria ter estudado ele na disciplina de história da arte contemporânea, porque isso aqui é um prato recheadíssimo para a arte conceitual ou psicomágica, como disseram. Me lembrou muito a obra de René Magritte, a traição das imagens, conhecida principalmente pela frase "isso não é um cachimbo", então, acho que é mais ou menos isso que o Jodorowsky faz quando diz
é uma história cativante. eu geralmente evito filmes sobre esses temas, porque alguns dos que já vi na vida eram muito apelativos e emotivos em excesso, às vezes apelando muito para o lado religioso tbm, da culpabilização, aquela coisa de "oh, o que fiz para merecer isto?" ou uma redenção por meio da conversão religiosa, mas não. apesar do tema da história ser, sim, muito tocante, tudo foi direcionado de uma forma espirituosa e leve,
mesmo quando tentou mostrar um conflito complicado sobre os limites de decisão humana entre a vida e a morte (nessa parte a leveza esteve em não se aprofundar muito nela)...
o filme é curto, teve seu tempo certo, sem muita lamentação e desespero... a escolha pela escrita do caderno para lembranças futuras do filho foi uma forma que ela, a Marie, encontrou de, enfim, sublimar seu sofrimento.
Destacamento Blood
3.8 448 Assista AgoraLi algumas coisas negativas antes de assistir e já fui sem muitas expectativas, mas poxa, o filme me surpreendeu positivamente. A trilha sonora está muito legal! O Spike Lee tem estilo, mas parece que esse estilo não agrada muito a academia. Uma pena... Outra coisa que não deixei de notar, foi que este filme soou muito como uma despedida do Chadwick Boseman (Pantera Negra).
Rosa e Momo
3.7 302 Assista AgoraQue se dane a razão, a crítica! Sophia Loren, Elza Soares e Laura Pausini e idioma italiano ganham meu coração! E acho que isso basta!
Relatos do Mundo
3.5 316 Assista Agoragostei muito filme, apesar de sentir que ele poderia ter sido um pouco mais curto visto o desenrolar da história, mas entendo que se tudo tivesse transcorrido mais rápido poderíamos vir a reclamar do mesmo jeito, acontece. O filme, por seus dois protagonistas e pela história em si, me lembrou muito Lua de Papel (1973) e Alice nas cidades (1974), e ainda Bravura Indômita (2010). A fotografia e a direção de arte (design de produção) estão realmente muito bons, e inclusive, a estampa daquela manta que a Johanna usa para se cobrir lembra muito os padrões da estampa do figurino do Clint Eastwood em Por um punhado de dólares (1964), ou seja, é inegável que o diretor de Relatos do mundo bebeu de inúmeras e boas fontes e isso é maravilhoso! Sinto que não fui muito tocada pela trilha sonora, como muitos aqui disseram e foi o que me fez correr para ver o filme. Sobre isso e mais seus concorrentes a melhor som e trilha sonora, senti que minha experiência foi melhor com os outros filmes que vi até o momento. No mais, é um bom filme e vale a pena!
O Som do Silêncio
4.1 987 Assista AgoraSobre os títulos Sound of metal ou o Som do silêncio, acho que ambos conseguem passar a ideia do filme, cabe a nós escolher qual dos lados dessa ideia acatar, e ficar com ambas também não é ruim. Como já disseram aqui, achei as reações das pessoas que se relacionaram com o personagem Ruben muito empáticas e o tratamento da condição que este personagem vivenciava foi muito cuidadosa e sensível.
O começo foi bem angustiante, com todas as etapas de percepção da perda da audição sendo vivenciadas também por nós, quando o som se fazia subjetivo e não apenas ilustrativo, o que eu chamaria de boa representação de um ponto de escuta, uma analogia com ponto de vista. A frustração com o tipo de som que o aparelho instalado fornecia foi mesmo aterradora, coisa que o ator nos diz com olhos de coruja, assim como
quando no início ele arregalava os olhos como se isso o fizesse escutar melhor.
Em alguns momentos me peguei sentindo medo de vivenciar uma experiência semelhante, pois eu adoro experiências imersivas tanto visuais quanto sonoras e imaginei como seria perturbador para alguém que toca um instrumento perder justamente o sentido que lhe é necessário para isso. Esse tipo de história não é mesmo nova, vide o grande gênio Beethoven, que passou por essa vivência perturbadora da perda da audição... mas mesmo não sendo uma história nova, a experiência proporcionada pelo filme é realmente tocante. Me vi focada na história, tentando acompanhar todos os momentos vividos pelo personagem, que está sempre em cena e o filme tem um ritmo assertivo, realmente válido, nada arrastado. Se fosse mais longo correria o risco de enfadar.
O som do filme está realmente bom e ter assistido com fones de ouvido, com pouca interferência de sons externos, me pareceu uma boa escolha para fruir melhor o filme. Vale muito a pena!
Mank
3.2 462 Assista AgoraEu, muito particularmente, achei Mank um bom filme, senti que foi uma história triste, já que se trata dos créditos reais do roteiro de um filme que foi "negado" ao seu escritor, aqui no caso Cidadão Kane, que vi há muitos anos e não revi para ver Mank. O mundo estava uma loucura com a grande depressão, muitas questões políticas e a ascensão do nazismo, depois com a segunda guerra mundial, então é preciso ficar bem atento aos diálogos do filme para não perder informações, coisa que pode torná-lo chato. No entanto, achei a metalinguagem das cenas retratadas com títulos de descrição de roteiro, a trilha sonora, som e edição do filme muito dinâmicas e até vívidas, com uma ótima coreografia de encenação dos muitos atores em cena, embora esse ritmo diminua com o decorrer do filme. Portanto, diria que temos aqui, sim, uma boa direção... Senti que em muito momentos houve em mim certo encantamento pelas imagens que via, mérito de um bom design de produção e bela fotografia, o que conta pontos para quem gosta de experimentar prazeres visuais que as vezes faz até você esquecer do que mesmo eles estavam falando... enfim, um bom filme.
Pinóquio
3.1 229 Assista AgoraAssim, quem espera um filme de fantasia do tipo Disney, não vai encontrar isso aqui. Eu já comecei o filme sabendo que era um filme italiano, então, para se ter uma ideia: na minha cabeça a primeira palavra do filme seria um "Bom dia!", já que tem o Roberto Benigni, e aquela imagem dele gritando "Buongiorno, principessa!" não me sai da lembrança! Sem contar que adoro o Fellini, então não sei se forçadamente, vi muita coisa felliniana na história, o ritmo, a trilha sonora, a atmosfera, a melancolia nos olhos da fada azul, até o nonsense meio alice no país das maravilhas, mas é isso, tudo num ritmo e num jeito bem italiano...
tem uma fotografia linda, uma boa maquiagem e um design de produção maravilhoso, eu gostei muito, merece um abraço! rs
Vidas Duplas
3.2 37 Assista AgoraGostei muito, apesar de ter esperado mais a participação da Juliette Binoche.
Achei fantástica a citação ao Leopardo, no fim do relacionamento do editor com a amante, logo depois de uma discussão sobre o presente e o futuro do livro e do mercado editorial: "tudo dever mudar para que tudo continue como está", algo assim, porque o filme/livro O Leopardo fala justamente de um período melancólico de transição na Itália e na vida do Príncipe de Salina.
E ainda ri com alguns diálogos, acho que valeu a pena!
Unicórnio
3.0 51olha, eu não li nenhum dos dois contos da hilda hilst que levaram à criação deste filme, embora conheça outras obras da escritora e goste muito dela. Sabendo disso, algumas percepções do filme foram pouco influenciadas pela aura da hilda, mas foi em alguma medida e acho até que essa aura fica aparente durante o filme. Ele é propositalmente lento e com planos muito bonitos, o que me fez lembrar dos filmes do Terrence Malick e em alguns momentos do Abbas Kiarostami, acredito que isso seja louvável para o cinema brasileiro, pena que o tipo de público para esse tipo de filme seja restrito.
eu demorei um bom tempo para ver esse filme e não tinha grandes expectativas quanto a ele, mas confesso que fiquei um pouco confusa durante boa parte dele e no fim acabei gostando muito, principalmente depois que li a análise psicanalítica de um dos comentários abaixo, que para mim faz muito sentido. Muitas vezes, a experiência do filme persiste após o término, como uma espécie de tempo de elaboração quando a história ou a experiência mesmo não se resolve de pronto durante a exibição do filme, e isso não é nem bom nem ruim. Mesmo com a boa parte em que fiquei confusa, depois daquele plot final foi como se tudo se tornasse claro. deu pra entender bem o primeiro diálogo do filme, logo no início.
algo como isso, pois não me lembro na íntegra:
- você está triste?
- triste? não. estou sozinha.
Ainda, senti que esse é o tipo de filme para ser ver dentro da sala de cinema, pois seus planos funcionam como um registro da entidade "natureza", que telas de tv e de computador não dão conta de transpassar (eu vi na tv) e a trilha sonora é muito imersiva e minuciosa.
E sim, depois do fim, lembra um pouco A bruxa, como já disseram aqui.
Jovens Bruxas
3.3 710 Assista Agorafiquei pensando comigo mesma: se esse filme é de 1996 e a série de livros de harry Potter é de 1998, o primeiro livro, será possível que a JK Rowling tenha se inspirado na pequena parte desse filme para a ideia das fotografias que se movem, como a fotografia da mãe da Sarah já no fim? Enfim, apenas um pensamento que veio...
Três Homens em Conflito
4.6 1,2K Assista AgoraO Tuco é um perfeito sátiro!
Para Sempre Teu, Caio F.
4.3 26Assisti hoje, 25.02.21, no canal Brasil, exibição pelos 25 anos sem o CFA.
Gato de Botas
3.4 1,7K Assista AgoraAaah, achei legal a mistura de referências aos filmes de faroeste com fantasia do João e o pé de feijão! Valeu a diversão!
Estrada Perdida
4.1 469 Assista AgoraSenhor, eu praticamente nem senti o tempo passar de impactada que fiquei com cada imagem que se mostrava e junto a uma trilha sonora arrebatadora que envolve completamente a gente numa coisa que parece um devaneio. Outra, não associei imediatamente, mas a personagem Alice ter esse nome, provavelmente tem ligação com a Alice da história nonsense de Lewis Carroll, e como não li nada sobre, obviamente que já deve existir alguma análise nesse sentido por aí. Eu simplesmente adorei e quero rever quantas vezes for possível!
O Pintassilgo
3.3 111 Assista AgoraPoxa, quase desisti de ver por causa de muitas críticas negativas. O filme é longo, em alguns momentos, se você estiver ansioso por ver uma trama dinâmica, ele parece arrastado, arrastado mesmo. Algumas cenas parecem que se demoram demais e, como não li o livro, acredito que isso pode ter sido uma escolha poética do diretor com o objetivo de mostrar o desalento do menino Théo; alguns cortes me incomodaram, pareceram meio abruptos e secos demais, que fizeram parecer que não havia uma real conexão de um plano para o seguinte, em outros me pareceram uma tentativa rítmica, tipo aquelas cenas com planos curtíssimos e ritmados de "Réquiem para um sonho". Mas sim, a história é interessante, na minha opinião, mais pela questão do quadro
quando apareceu o senhor dizendo que sabia quem era ele e sobre querer barganhar a obra de arte, do que pela perda da mãe, que parece que o luto não foi bem elaborado em parte por estar sendo jogado de um lugar a outro: primeiro a casa da N. Kidman, depois o pai ausente que só queria roubar o dinheiro da poupança dele, depois a fuga para a casa do vendedor de antiguidades
A trilha sonora ficou maravilhosa desde o início, embora eu fique meio assim sempre que tocam o Radiohead em momentos muito melancólicos, e funciona. Aliás funcionou bem tbm
no momento do balanço, quando ele embarca na viagem alucinógenas lá
Enfim, queria dar 4 das cinco estrelas, porque a fotografia também está muito boa, mas fiquei um pouco mesmo cansada (subjetividades), e o final também me impactou muito, achei ótimo!
Malcolm & Marie
3.5 314 Assista Agoraeu gostei, achei realmente um bom filme. o ritmo estava ótimo, sempre com um pouco de "calmaria" misturada com tensão como prelúdio de cada desabafo, e pareceu que ambos tiveram o mesmo tempo de discurso, com diálogos que nos faziam pensar se aquilo tudo demonstrava qual lado da moeda amor/ódio, culpa e ressentimento; os silêncios e os olhares muito expressivos e uma trilha sonora que deixou tudo muito envolvente. os planos, nossa, lindíssimos, com uma locação que valorizava cada movimento de encenação [os espaços percorridos] ou de câmera, uma fotografia charmosa em preto e branco, com iluminações e contrastes bem equilibrados. as atuações também foram maravilhosas, ondulando entre a agressividade verborrágica e a intimidade sensual. as afirmações sobre a crítica e os conhecimentos de cinema também são válidos em muitos níveis.
mas acredito que quem esteja desatento a tudo isso ou espere algo mais fantasioso dentro do que é uma dr romântica, talvez fique meio alheio e ache o filme chato.
no mais, achei um dos últimos desabafos da marie sobre todas as coisas que o malcolm poderia ser grato tão parecido com o final de 10 coisas que odeio em você, rs. e isso não é ruim.
Topázio
3.2 84 Assista AgoraRealmente, como já disseram aqui, se você perder algum diálogo, as coisas podem ficar confusas. O filme também não é dos melhores do aclamado diretor, mas tem umas das cenas mais espetaculares que já vi em 12 dos seus filmes que já assiti até agora, que é a última vez em que vemos a Juanita de Córdoba.
A Juanita aparece na cena de despedida do agente francês com um belíssimo vestido roxo, sinal de algo vai acontecer, e durante todo os momentos em que ela está em cena, existe este suspense. Logo depois da partida do agente francês, seu também amante cubano entra em cena e descobre que o envolvimento de Juanita em conspiração com o Devereaux é real e agora ela corre risco de vida. Ouve -se um tiro e a câmera dá um close no rosto da Juanita, segurando o suspense, até cortar para uma câmera de cima, em plongee, filmando a Juanita nos braços do cubano, depois caindo sobre um chão xadrez, com seu vestido roxo se espalhando pelo chão lentamente e então, seu corpo cai. Meu Deus, que cena maravilhosa!
La Pointe Courte
3.8 34 Assista AgoraNossa, esse primeiro filme da Agnes Varda me surpreendeu, achei-o melhor do que eu esperava. Não é monótono, os diálogos são bons e a questão da crise romântica é intercalada pelo cotidiano das pessoas do lugar; o que me deixou surpresa foi o fato de alguns planos que eu julgava serem característicos do Godard, ou até do Bergman, em Persona, como já disseram aqui, como os dos closes nos rostos do casal formando um só rosto, aparecem já aqui em 1955, na obra da Varda. E isso diz muito sobre o lugar que ela ocupa como uma mulher "integrante" da nouvelle vague. De repente, foi como se despertasse o sentimento de que uma grande genialidade se encontrava mesmo em Agnes Varda já aqui. Então, que bom que ela partiu já reconhecida pelo seu trabalho talentoso!
Achei aquela parte em que eles entram na parte de baixo de um barco abandonado tão Pinóquio/Jonas na barriga da baleia! E assim como nas histórias de Pinóquio/Jonas, é o momento em que ela se dá conta de que há algo de bom na relação deles que valha a pena...achei isso interessante, não sei se faz sentido...
Não Amarás
4.2 297 Assista AgoraAf, que tocante! A trama é muito envolvente e deixa a gente na expectativa de cada atitude, junto com uma trilha sonora que encaminha muito bem cada sensação. Simplesmente, amei esse filme! Assisti logo após o Não matarás, que é bem tenso também. Mas este aqui, também tendo sua tensão, nos leva por um caminho da sedução pela situação de voyeurismo e pela dissolução de algumas expectativas, fazendo com que nos compadeçamos da situação do moço, que se deixou levar por todo sentimento, talvez pela inexperiência e imaturidade.
De uma certa forma, esse filme sozinho, carrega um pouco de cada filme da trilogia das cores, que é do mesmo diretor: a liberdade é azul, a igualdade é branca e a fraternidade é vermelha, tanto pela direção de arte e fotografia, quanto pelas situações retratadas.
Planeta Fantástico
4.3 319ai, me lembrou um pouco yellow submarine dos beatles e tem uma trilha sonora fantástica!
No Decurso do Tempo
4.1 30 Assista Agorao filme é muito bonito, mas achei longuíssimo, o que me mais me consolou foi a trilha sonora, esta muito gostosa...
A Montanha Sagrada
4.3 467Uau!
Foram tantas as sensações que me ocorreram que não vejo porquê não considerar este filme realmente digno de ser chamado obra de arte; queria ter estudado ele na disciplina de história da arte contemporânea, porque isso aqui é um prato recheadíssimo para a arte conceitual ou psicomágica, como disseram. Me lembrou muito a obra de René Magritte, a traição das imagens, conhecida principalmente pela frase "isso não é um cachimbo", então, acho que é mais ou menos isso que o Jodorowsky faz quando diz
"isso aqui é um filme" e "destrua as ilusões".
e gostei muito também da representação de Júpiter como o patrono das artes!
O Caderno de Tomy
3.4 31 Assista Agoraé uma história cativante. eu geralmente evito filmes sobre esses temas, porque alguns dos que já vi na vida eram muito apelativos e emotivos em excesso, às vezes apelando muito para o lado religioso tbm, da culpabilização, aquela coisa de "oh, o que fiz para merecer isto?" ou uma redenção por meio da conversão religiosa, mas não. apesar do tema da história ser, sim, muito tocante, tudo foi direcionado de uma forma espirituosa e leve,
mesmo quando tentou mostrar um conflito complicado sobre os limites de decisão humana entre a vida e a morte (nessa parte a leveza esteve em não se aprofundar muito nela)...
o filme é curto, teve seu tempo certo, sem muita lamentação e desespero... a escolha pela escrita do caderno para lembranças futuras do filho foi uma forma que ela, a Marie, encontrou de, enfim, sublimar seu sofrimento.
Amor em Jogo
3.0 199 Assista Agora02/01/2021
A Voz Suprema do Blues
3.5 540 Assista AgoraAs atuações são muito boas e gostei bastante dos diálogos ritmados!