Aprecio filmes que me fazem recordar de obras que me marcaram, e Holdovers me proporcionou isso inúmeras vezes: me fez lembrar principalmente dos filmes Dead Poets Society e History Boys, assim como o livro The Catcher in the Rye.
Kleber Mendonça Filho nos presenteia com mais uma bela produção que mescla magistralmente diversos gêneros, feita especialmente para cinéfilos e amantes da maior invenção da humanidade: a cidade. Ter visto esta obra-prima em um cinema de rua (Estação NET Rio, em Botafogo), tornou tudo ainda mais especial e simbólico.
Um dos melhores filmes de fuga de prisão que assisti recentemente - desde que assisti Papillon (o original da década de 70, e não o remake meia-boca) sou apaixonado por filmes com essa temática. Também considero a atuação do Radcliffe melhor do que os seus demais trabalhos recentes. O filme não tem cenas desnecessárias e não é nem um pouco cansativo. Duas frases chamaram muito a minha atenção:
"Não foram as bruxas que queimaram. Foram mulheres. Mulheres que eram vistas como: Muito bonitas, Muito cultas e inteligentes, Porque tinham água no poço, uma bela plantação (sim, sério), Que tinham uma marca de nascença, Mulheres que eram muito habilidosas com fitoterapia, Muito altas, Muito quietas, Muito ruivas, Mulheres que tinham uma forte conexão com a natureza, Mulheres que dançavam, Mulheres que cantavam, ou qualquer outra coisa, realmente. Qualquer mulher estava em risco de ser queimada nos anos 1600. Mulheres eram jogadas na água e se podiam flutuar, eram culpadas e executadas. Se elas afundassem e se afogassem, eram inocentes. Mulheres foram jogadas de penhascos. As mulheres eram colocadas em buracos profundos no chão. Por que escrevo isso? Porque conhecer nossa história é importante quando estamos construindo um novo mundo. Quando estamos fazendo o trabalho de cura de nossas linhagens e como mulheres. Para dar voz às mulheres que foram massacradas, para dar-lhes reparação e uma chance de paz. Não foram as bruxas que queimaram. Foram mulheres." Fia Forsström
Quando a realidade supera e serve de inspiração para uma ficção (no caso, uma comédia pastelão) percebemos o quão baixo é o buraco que estamos vivendo. Nunca na minha vida imaginei que no ano de 2020 estaríamos passando por uma crise generalizada como esta, onde o óbvio não parece mais tão óbvio assim, precisando ser exposto e defendido a todo momento. Já ouvi por aí que a humanidade dá dois passos para a frente e um para trás. Sempre imaginei isso como uma dança. Não fui alertado que o passo para trás poderia ser na beira de um precipício. Em alguns casos caímos no abismo por décadas, eras. Quando damos sorte, conseguimos unir todas as nossas forças para agarrar qualquer coisa que nos mantenha próximo ao platô, e voltar a perseguir quase que de imediato a utopia.
Após os créditos, tem um momento in memorian a Judith Dim Evans (1932-2020), uma das senhoras judias que Borat encontra na Sinagoga. Uma frase dita por ela nos deixa uma importante reflexão a cerca do nosso papel como seres humanos: "Sinto-me na obrigação de ser uma boa pessoa e de trazer o bem para o mundo. Devemos isso aos mortos."
Que a gente não deixe aquela fagulha de esperança que vislumbramos nos primeiros meses da quarentena morrer. Um novo 'normal' é possível!
Esse filme me tocou profundamente. A conjuntura contribuiu para isso (os últimos acontecimentos no Chile, que em breve irá enterrar a constituição da ditadura de Pinochet; e claro, o bolsonarismo em curso em nosso país, enfraquecendo nossas instituições). Confesso que o filme não me cativou logo de cara. A atuação da Emma Watson não me convenceu nas primeiras cenas. Mas o filme foi crescendo em um ritmo avassalador da metade para o final, culminando num desfecho de tirar o fôlego. Essas histórias precisam ser mais divulgadas, a fim de que não tenha espaço para que essas tragédias ocorram novamente!
Filmaço. Só não curti a tradução literal do título para o português. Ao meu ver, o filme deveria se chamar: A Flordelis de Cada Dia. Não consigo perdoar esse descuido da produção, haja visto que o diretor é filho de brasileiro. Deveria ao menos ter feito a devida dedicatória/homenagem, nem que fosse nos créditos tsc tsc
Um filme sobre um ponto-chave da nossa existência: a solitude, nossa condição básica como seres humanos. Nascemos sozinhos e morreremos sozinhos. Mas nesse ínterim, podemos desfrutar de uma infinidade de relações e coisas que vamos encontrando pelo caminho. Para potencializar isto, devemos nos libertar de amarras socialmente construídas, nos atentando mais ao nosso ig do que o superego. Pois como disse um grande pensador que não recordo o nome no momento: ‘não existe nada mais cruel na natureza do que o homem comum'. Nada pior do que estar no limbo. A vida é sobre tomar partido. E como diz um amigo: o sonho e o amor são urgentes!
P.S.: nunca fui um grande apreciador do trabalho da Gwyneth Paltrow, mas ela conseguiu expressar toda a melancolia da virada do século e a desilusão do sonho americano nesta personagem.
Fin de Siglo não é um filme tecnicamente perfeito, mas o desenrolar do enredo e as camadas que o compõem foram montados magistralmente. A sutileza e a melancolia me conquistaram. Chorei litros no final.
Uma distopia a la Black Mirror com temática político-religiosa. O trailer havia me deixado com altas expectativas. Imaginei que o filme iria ter mais camadas, abrangendo mais cenários para essa premissa tão necessária de ser discutida. Ao meu ver, a produção perdeu potência exatamente em ser tão centrada na figura da Joana, resultando em um ritmo lento e desinteressante em algum momentos. Mas no geral, é uma bom trabalho, com destaque para a trilha sonora e a fotografia. Viva o cinema nacional!
Dani: - Sometimes I think that nothing's ever going to make sense again. Maureen: - Maybe life's not supposed to make sense. Dani: - Doesn't that scare you? Maureen: - Yes, it does.
Os Rejeitados
4.0 317Aprecio filmes que me fazem recordar de obras que me marcaram, e Holdovers me proporcionou isso inúmeras vezes: me fez lembrar principalmente dos filmes Dead Poets Society e History Boys, assim como o livro The Catcher in the Rye.
Os Croods
3.7 1,1K Assista AgoraO Mito da Caverna de Platão acessível para crianças de todas as idades.
LOLA
3.4 10Um Efeito Borboleta bombástico.
“Lutar pela paz é o mesmo que trepar pela virgindade.”
Retratos Fantasmas
4.2 227Kleber Mendonça Filho nos presenteia com mais uma bela produção que mescla magistralmente diversos gêneros, feita especialmente para cinéfilos e amantes da maior invenção da humanidade: a cidade.
Ter visto esta obra-prima em um cinema de rua (Estação NET Rio, em Botafogo), tornou tudo ainda mais especial e simbólico.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 797 Assista AgoraQuem bebeu assistindo o filme deixa um like neste comentário 🥂
Os Rapazes da Banda
4.1 71“se a gente pudesse não se odiar tanto. É isso, sabia? Se a gente pudesse aprender a não se odiar tanto...”
Fuga de Pretória
3.6 125 Assista AgoraUm dos melhores filmes de fuga de prisão que assisti recentemente - desde que assisti Papillon (o original da década de 70, e não o remake meia-boca) sou apaixonado por filmes com essa temática. Também considero a atuação do Radcliffe melhor do que os seus demais trabalhos recentes. O filme não tem cenas desnecessárias e não é nem um pouco cansativo. Duas frases chamaram muito a minha atenção:
Assim que se vence o Fascismo: um ato de resistência após o outro.
A liberdade é uma ideia muito simples. Talvez seja por isso que a perdemos tão facilmente.
A conjuntura certamente acaba nos deixando mais alertas para os perigos e falácias que estão circulando por aí!
Sombras de Goya
3.8 204"Não foram as bruxas que queimaram.
Foram mulheres.
Mulheres que eram vistas como:
Muito bonitas,
Muito cultas e inteligentes,
Porque tinham água no poço, uma bela plantação (sim, sério),
Que tinham uma marca de nascença,
Mulheres que eram muito habilidosas com fitoterapia,
Muito altas,
Muito quietas,
Muito ruivas,
Mulheres que tinham uma forte conexão com a natureza,
Mulheres que dançavam,
Mulheres que cantavam,
ou qualquer outra coisa, realmente.
Qualquer mulher estava em risco de ser queimada nos anos 1600.
Mulheres eram jogadas na água e se podiam flutuar, eram culpadas e executadas. Se elas afundassem e se afogassem, eram inocentes.
Mulheres foram jogadas de penhascos.
As mulheres eram colocadas em buracos profundos no chão.
Por que escrevo isso?
Porque conhecer nossa história é importante quando estamos construindo um novo mundo.
Quando estamos fazendo o trabalho de cura de nossas linhagens e como mulheres.
Para dar voz às mulheres que foram massacradas, para dar-lhes reparação e uma chance de paz.
Não foram as bruxas que queimaram.
Foram mulheres."
Fia Forsström
Por acaso assisti no Dia das Bruxas hehe
Borat: Fita de Cinema Seguinte
3.6 551 Assista AgoraQuando a realidade supera e serve de inspiração para uma ficção (no caso, uma comédia pastelão) percebemos o quão baixo é o buraco que estamos vivendo. Nunca na minha vida imaginei que no ano de 2020 estaríamos passando por uma crise generalizada como esta, onde o óbvio não parece mais tão óbvio assim, precisando ser exposto e defendido a todo momento. Já ouvi por aí que a humanidade dá dois passos para a frente e um para trás. Sempre imaginei isso como uma dança. Não fui alertado que o passo para trás poderia ser na beira de um precipício. Em alguns casos caímos no abismo por décadas, eras. Quando damos sorte, conseguimos unir todas as nossas forças para agarrar qualquer coisa que nos mantenha próximo ao platô, e voltar a perseguir quase que de imediato a utopia.
Após os créditos, tem um momento in memorian a Judith Dim Evans (1932-2020), uma das senhoras judias que Borat encontra na Sinagoga. Uma frase dita por ela nos deixa uma importante reflexão a cerca do nosso papel como seres humanos: "Sinto-me na obrigação de ser uma boa pessoa e de trazer o bem para o mundo. Devemos isso aos mortos."
Que a gente não deixe aquela fagulha de esperança que vislumbramos nos primeiros meses da quarentena morrer. Um novo 'normal' é possível!
Amor e Revolução
3.9 298 Assista AgoraEsse filme me tocou profundamente. A conjuntura contribuiu para isso (os últimos acontecimentos no Chile, que em breve irá enterrar a constituição da ditadura de Pinochet; e claro, o bolsonarismo em curso em nosso país, enfraquecendo nossas instituições). Confesso que o filme não me cativou logo de cara. A atuação da Emma Watson não me convenceu nas primeiras cenas. Mas o filme foi crescendo em um ritmo avassalador da metade para o final, culminando num desfecho de tirar o fôlego. Essas histórias precisam ser mais divulgadas, a fim de que não tenha espaço para que essas tragédias ocorram novamente!
Os 7 de Chicago
4.0 580 Assista AgoraA dose de esperança que precisava para hoje. Filme muito bem montado e com bom ritmo. Atuações convincentes.
[/spoiler]
O ato final me fez querer ler o nome de todas as vítimas da omissão do nosso desgoverno no Tribunal de Haia.
[spoiler]
Grandes Esperanças
3.8 263Grandes expectativas, grandes frustrações!
O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraFilmaço. Só não curti a tradução literal do título para o português. Ao meu ver, o filme deveria se chamar: A Flordelis de Cada Dia. Não consigo perdoar esse descuido da produção, haja visto que o diretor é filho de brasileiro. Deveria ao menos ter feito a devida dedicatória/homenagem, nem que fosse nos créditos tsc tsc
O Grande Circo Místico
2.2 139Where is the jokes? WHERE IS THE MAGIC?
Duets: Vem Cantar Comigo
3.2 142Um filme sobre um ponto-chave da nossa existência: a solitude, nossa condição básica como seres humanos. Nascemos sozinhos e morreremos sozinhos. Mas nesse ínterim, podemos desfrutar de uma infinidade de relações e coisas que vamos encontrando pelo caminho. Para potencializar isto, devemos nos libertar de amarras socialmente construídas, nos atentando mais ao nosso ig do que o superego. Pois como disse um grande pensador que não recordo o nome no momento: ‘não existe nada mais cruel na natureza do que o homem comum'. Nada pior do que estar no limbo. A vida é sobre tomar partido. E como diz um amigo: o sonho e o amor são urgentes!
P.S.: nunca fui um grande apreciador do trabalho da Gwyneth Paltrow, mas ela conseguiu expressar toda a melancolia da virada do século e a desilusão do sonho americano nesta personagem.
Amor ou Consequência
3.9 342 Assista AgoraAs definições de relacionamento abusivo, digo, explosivo, foram atualizadas. Loucura, loucura, loucura!
Fim de Século
3.3 49Fin de Siglo não é um filme tecnicamente perfeito, mas o desenrolar do enredo e as camadas que o compõem foram montados magistralmente. A sutileza e a melancolia me conquistaram. Chorei litros no final.
Ford vs Ferrari
3.9 712 Assista AgoraQue decepção!
Mesmo sendo fã de automobilismo, o filme não me cativou. Longo e sem ação.
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista AgoraNada mal para um melodrama. Mas inferior aos demais concorrentes ao Oscar. Na lanterna ao lado de Marriage Story e Ford vs Ferrari.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraQue tiro foi esse, Sam Mendes?
Os melhores planos-sequência desde Birdman (2014).
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraMoonrise Kingdom meets La Guerre des Boutons. Versão café com leite de Inglourious Basterds.
Breve História do Planeta Verde
2.7 4Vencedor do Prêmio Teddy no Festival de Berlim de 2019!
Divino Amor
3.3 240Uma distopia a la Black Mirror com temática político-religiosa.
O trailer havia me deixado com altas expectativas. Imaginei que o filme iria ter mais camadas, abrangendo mais cenários para essa premissa tão necessária de ser discutida. Ao meu ver, a produção perdeu potência exatamente em ser tão centrada na figura da Joana, resultando em um ritmo lento e desinteressante em algum momentos. Mas no geral, é uma bom trabalho, com destaque para a trilha sonora e a fotografia. Viva o cinema nacional!
No Mundo da Lua
3.7 145 Assista AgoraDani: - Sometimes I think that nothing's ever going to make sense again.
Maureen: - Maybe life's not supposed to make sense.
Dani: - Doesn't that scare you?
Maureen: - Yes, it does.