eu acho um crime duvidar que o pattinson seja um bom batman depois das atuações dele em "bom comportamento" e agora em "o farol". eu não duvido que ele atue bem de maneira alguma, só resta saber se o diretor não vai fazer igual ao david ayer e acabar com ele como fez com o jared leto em esquadrão suicida, que por sinal é um ator que já nos entregou atuações fantásticas também e acabou saindo queimado sem culpa
sempre gostei de sigur rós, mas não sabia sobre a origem da banda e nem nada. fiquei sabendo hoje enquanto assistia "heima" e pensei comigo: "gosto da banda certa". tive algumas reflexões durante o decorrer do documentário. eu olhava aqueles lugares mais remotos da islândia e me sentia sufocada. às vezes, parecia que as pessoas não tinham "perspectiva", mas depois respirei e vi que vivemos num mundo demasiadamente acelerado e que não vivemos nossas vidas de fato, estamos a maior parte do tempo no automatismo, e que aquilo sim era viver, sabe? viver sem grandes ganâncias, sem pressa, comungar de verdade, conhecer as pessoas, comer junto, sentar no chão pra ouvir uma música, etc. a gente meio que perdeu isso, certo? eu lembro que há uns bons anos atrás eu tinha interesse de descobrir o gosto musical das pessoas pra conhecer mais sobre elas, entendê-las... o gosto musical revelava muito sobre personalidade e sonhos, mas hoje em dia ninguém mais tem esse interesse, e mesmo se tivéssemos, nem tem mais singularidade no gosto musical das pessoas (como em muitas coisas), é tudo muito genérico, desde as músicas, letras, quanto as próprias pessoas. não temos mais curiosidade de conhecer as pessoas de verdade, sem pretensão nenhuma, sem preconceitos, sem malícia... soa, além de antiquado, bem estranho se uma pessoa nova se aproximar de você e dizer que quer te conhecer de verdade, dá até margem pra suposição de segunda intenção. parece também que as pessoas não têm muita coisa interessante pra mostrar, quando você tenta conhecer alguém profundamente parece que você só olha pro abismo e coisas obscuras e/ou sórdidas, as pessoas se acham interessantes por mostrar só isso e criou-se uma cultura que valoriza isso como sendo algo "profundo". eu sei que o mundo tá fodido de uma forma que não dá nem pra mensurar, mas as pessoas não valorizam mais coisas genuínas, leves, transparentes... não me isento disso, eu também não tenho mais vontade de conhecer ninguém de verdade parece, me contento com as relações supérfluas que vou tecendo, tenho preguiça. mas é assustador ver a maneira como vamos nos inserindo no contexto em que vivemos sem nem nos darmos conta, ou talvez a gente até se dá, mas tá cansado demais pra tentar resgatar as coisas como se lutássemos só contra a maré.
Simone um malandro, salafrário, vagabundo, um miserável cheio de vícios, um homem vil, baixo, inescrupuloso, vulgar e nojento. Na cena em que estupra a Nadia eu fiquei com ódio do Rocco por não ter dado uma boa surra no irmão, frouxo de merda! Bondade e generosidade têm limites, é por atitudes assim que assistimos a decadência das pessoas, valores morais enfraquecido e princípios corrompidos em detrimento da inconsequência e superproteção -a mãe desde o início mima e passa a mão demais na cabeça do "dorminhoco", vulgo, folgado. Amar uma pessoa não significa acobertar as merdas e ficar passando a mão na cabeça achando que tem conserto -como diz o Ciro, foi quem mais amou o Simone-. Há pessoas que nos despertam o melhor e há pessoas que nos despertam o pior, Nadia era só o reflexo das pessoas com quem ela se relacionava.
Animação belíssima! Remete muito às animações do Studio Ghibli, em especial as do Hayao Miyazaki.
Fiquei contente de ter assistido algo tão belo e cheio de cores, acho que o universo da fantasia é fantástico e deveria ser mais explorado em animações.
No mais, eu sofri durante o filme inteiro, principalmente pelo pobre do Qiu.
o tipo de filme que faz um homem procurar defeito em algum lugar pra tirar o mérito da causa, seja na paleta de cores, na atuação, no roteiro, na fotografia, nos efeitos sonoros, no figurino, na direção, naquela agulha no palheiro... o importante é que eles saem da zona de conforto pra se desdobrarem e poderem criticar hahaha "infelizmente", nessa ocasião vocês não têm muita credibilidade
e a luta continua contra inúmeros jack kramer e bobby riggs na vida real...
Queria ser dessas pessoas evoluídas a ponto de achar que deveríamos dar as mãos pra racistas, nazistas, fascistas e cia e dizer que eles merecem ser perdoados e amados, porque só o amor cura, mas eu não sou. Eles despertam sentimentos sórdidos dentro de mim, eu tenho vontade é de socar um desses até os ossos da minha mão não aguentarem mais e continuar socando até ela ficar esfacelada. Não digo matar e torturar a sangue frio, pois não conseguiria conviver com a culpa, meu sadismo não chega tão longe, mas em um momento de ira, com o sangue quente, surrar uma escória dessas. Pra mim é inconcebível a ideia de supremacia, e pensar que isso perdura até os dias atuais make me sick! A dívida histórica é inegável.
o filme é chato, porém isso não é um demérito. é chato justamente porque cumpre piamente o que se propôs, mostrar como é a vida religiosa numa comunidade estritamente judaica. ele causa bastante incômodo o tempo todo, porque ronit em momento algum está à vontade, ninguém está à vontade também com sua presença, na verdade, alguns até tentar optar pela polidez e retidão, porém não conseguem disfarçar a aversão a ela nas expressões, olhares, questionamentos e entonações. tal sentimento é asfixiante até mesmo para o espectador, por isso que digo que o filme cumpre bem o que se propôs, inclusive na monotonia, é enfadonho, arrastado, passa um sentimento de aflição com as trocas de olhares entre ronit e esti, que mal conseguem disfarçar a inquietação interna na presença uma da outra, e ficamos apreensivos, com medo do desfecho da situação.
eu, particularmente, queria uma aguinha com açúcar e um final clichê com as duas juntas, mas é interessante que não aconteça, porque pela primeira vez a esti tomou as rédeas sobre a vida dela e vai poder escolher o que fazer, onde morar e como criar o filho, sem ser aprisionada por obrigações, religião e laços afetivos.
Se eu fosse um dos irmãos McDonald's hoje em dia nem existiria McDonald's, porque com certeza eu teria matado o Kroc. O filho da p@#* prospera nas costas dos outros, passando por cima de todo mundo feito um trator e se apossa de uma ideia que nem foi ele que criou sem um pingo de escrúpulos. Eu tô muito revoltada! E fico pensando na quantidade de filhos da p@#* que prosperam dessa maneira nesse sistema lixoso de capitalismo selvagem truculento nojento corrupto assassino ganancioso e todos os adjetivos ruins possíveis.
já que estamos na era dos filmes de entretenimento, por que não gostar de jogador nº 1 que é riquíssimo em metalinguagem e referências a clássicos? amei a direção do steven spielberg, que soube balancear bem essa quantidade imensa de informações sem perder a linearidade e o foco do filme, sem contar o show de efeitos visuais e sonoros.
O filme cumpriu com a proposta do trailer. É um filme bonito, colorido, cativante e emocionante. Hugh Jackman se mostrando um ator completo pra quem estava acostumado com ele como Logan (Wolverine) desde os miseráveis. É um espetáculo de encher os olhos e os ouvidos.
Imagina esse roteiro na mão do Tom McCarthy (Spotlight) ou José Padilha (Tropa de Elite/Narcos), não achei que o Spielberg soube aproveitar bem o potencial do mesmo.
A galera tem algum problema cognitivo, não é possível. O filme não doutrina ninguém a ser vegetariano ou vegano, nem é feito exclusivamente para este público, apenas expõe uma realidade cruel que acontece todos os dias nos matadouros espalhados pelo mundo, onde a ambição fala mais alto que valores e respeito à vida e a matança acontece de forma deliberada para satisfazer vaidades, e não necessidades. Mas, fica claro que não condena a agricultura de subsistência, tanto é que Mija come peixe e sua comida preferida é ensopado de frango.
O filme parece ser bobo, a princípio, mas possui uma premissa muito importante, ouso dizer que é genial! Tudo nele acontece gradativamente, desde as cores até a atmosfera do enredo. É uma analogia metafórica (a redundancia é proposital) à realidade cruel da indústria da carne.
O filme começa com Lucy Mirando -uma das sócio-proprietárias da indústria de carnes Mirando- informando que superporcos serão enviados a diferentes países do mundo para serem criados de forma natural, aí é onde inicia-se uma das críticas intrínsecas no filme. Os superporcos são porcos modificados geneticamente, a intenção de enviá-los a diversos países para serem criados naturalmente é apenas para que as pessoas não foquem no modificamento genético, porque isso causaria uma hesitação maior em consumir sua carne, tanto é que há toda uma exposição midiática em torno dos superporcos espalhados pelo mundo e a promoção de um concurso no qual elegerá o melhor superporco, enquanto por trás das câmeras, os demais superporcos estão sendo criados confinados em campos de concentração.
As pessoas não querem sair de suas zonas de conforto e encarar a realidade, elas precisam se sentir confortáveis para que não sintam-se culpadas pelos seus hábitos, é exatamente isso o que Lucy Mirando faz, projeta uma realidade maquiada.
O filme mostra a relação da protagonista Mija com sua superporca Okja justamente para nos apegarmos a esta relação e lembrarmos que os superporcos, apesar de terem sido criados em laboratório, para o abate e consumo, acima de tudo, são seres sencientes. Muitas vezes, o sistema ao qual estamos inseridos nos faz esquecer como as coisas chegam à nossa mesa, e quando não, é tão automático que nem levamos em consideração todo o processo que houve, engessam nossos sentimentos em relação aqueles que foram sacrificamos e banaliza suas vidas. O consumo de carne é tão culturalmente difundido, que não levamos em consideração os sentimentos dos animais, o funcionário do abatedouro nem expressa sentimento de culpa ou pesar porque esse é o modelo de produção capitalista, ele, além de objetificar tudo visando apenas o lucro, limita e automatiza a visão de quem opera.
Quando a Frente de Proteção aos Animais resgata a Okja e o K intermedia a conversa entre a Mija e o Jay, o K mente sobre a escolha da Mija e ninguém fica sabendo porque ele tem conhecimento do que ela está falando, mas os demais, não, o que abre a possibilidade da manipulação de acordo com os interesses dele. Posteriormente, quando o Jay descobre, fica enfurecido, bate no K e depois o K tatua a frase "TRADUÇÕES SÃO SAGRADAS", isso tudo é uma metáfora de como a indústria manipula as informações que chegam até nós, porque quando não temos conhecimento do processo, facilmente o intercessor defenderá seus interesses, o que gera a alienação.
Quando Okja é capturada e levada até o laboratório, vemos a face do mal do Mundo, que tem um programa de TV chamado "animais mágicos", mas que por trás das telas, é cruel. É a crítica ao típico veterinário/biólogo corrompido, aquele que se diz amantes dos animais, mas prioriza sua ambição, passando por cima dos seus valores.
Quando Lucy é exposta e fracassa, Nancy assume o seu lugar, o filme deixa claro que independente de como é travestido, o interesse é o mesmo: lucro; quando a máscara cai, mostra sua verdadeira identidade, por isso Nancy é a gêmea "do mal" que logo em seguida manda matar deliberadamente todos os superporcos e vender sua carne mais barata, assim, mesmo após o escândalo que houve, a exposição das atrocidades cometidas no laboratório e a forma como os mesmos eram maltratados (reprodução compulsória -assemelhando ao estrupro-, testes, etc), as pessoas iriam comprar, mostrando também como as pessoas são corruptíveis e seus valores são facilmente relativizados de acordo com seus interesses.
É interessante também que o filme ligeiramente aborda o tema da pegada ecológica no começo, quando fala que os superporcos consomem uma quantidade menor de alimentos e produzem menos excrementos, e com o Silver, que chega a ser extremista com sua alimentação pra diminuir sua pegada, negligenciando sua saúde.
Quando a Mija compra a Okja com o porquinho de ouro, a mensagem é: DINHEIRO COMPRA TUDO.
Por fim, a grande mensagem é: dinheiro compra tudo, as pessoas sempre vão defender seus interesses pessoais, as pessoas são egoístas, as pessoas são hipócritas e as pessoas sempre irão relativizar seus valores e crenças de acordo com o que as beneficie.
P.S: A cena final onde aqueles pais superporcos empurram seu filhote pela cerca para que ele possa viver, deixou meu coração em frangalhos e meus olhos mais ardidos do que se eu tivesse picado cebola.
P.S 2: O filme é voltado para a indústria da carne, mas a crítica é universal, se encaixa em diversas esferas da vida.
O Farol
3.8 1,6K Assista Agoraeu acho um crime duvidar que o pattinson seja um bom batman depois das atuações dele em "bom comportamento" e agora em "o farol". eu não duvido que ele atue bem de maneira alguma, só resta saber se o diretor não vai fazer igual ao david ayer e acabar com ele como fez com o jared leto em esquadrão suicida, que por sinal é um ator que já nos entregou atuações fantásticas também e acabou saindo queimado sem culpa
Heima
4.7 140 Assista Agorasempre gostei de sigur rós, mas não sabia sobre a origem da banda e nem nada. fiquei sabendo hoje enquanto assistia "heima" e pensei comigo: "gosto da banda certa". tive algumas reflexões durante o decorrer do documentário. eu olhava aqueles lugares mais remotos da islândia e me sentia sufocada. às vezes, parecia que as pessoas não tinham "perspectiva", mas depois respirei e vi que vivemos num mundo demasiadamente acelerado e que não vivemos nossas vidas de fato, estamos a maior parte do tempo no automatismo, e que aquilo sim era viver, sabe? viver sem grandes ganâncias, sem pressa, comungar de verdade, conhecer as pessoas, comer junto, sentar no chão pra ouvir uma música, etc. a gente meio que perdeu isso, certo? eu lembro que há uns bons anos atrás eu tinha interesse de descobrir o gosto musical das pessoas pra conhecer mais sobre elas, entendê-las... o gosto musical revelava muito sobre personalidade e sonhos, mas hoje em dia ninguém mais tem esse interesse, e mesmo se tivéssemos, nem tem mais singularidade no gosto musical das pessoas (como em muitas coisas), é tudo muito genérico, desde as músicas, letras, quanto as próprias pessoas. não temos mais curiosidade de conhecer as pessoas de verdade, sem pretensão nenhuma, sem preconceitos, sem malícia... soa, além de antiquado, bem estranho se uma pessoa nova se aproximar de você e dizer que quer te conhecer de verdade, dá até margem pra suposição de segunda intenção. parece também que as pessoas não têm muita coisa interessante pra mostrar, quando você tenta conhecer alguém profundamente parece que você só olha pro abismo e coisas obscuras e/ou sórdidas, as pessoas se acham interessantes por mostrar só isso e criou-se uma cultura que valoriza isso como sendo algo "profundo". eu sei que o mundo tá fodido de uma forma que não dá nem pra mensurar, mas as pessoas não valorizam mais coisas genuínas, leves, transparentes... não me isento disso, eu também não tenho mais vontade de conhecer ninguém de verdade parece, me contento com as relações supérfluas que vou tecendo, tenho preguiça. mas é assustador ver a maneira como vamos nos inserindo no contexto em que vivemos sem nem nos darmos conta, ou talvez a gente até se dá, mas tá cansado demais pra tentar resgatar as coisas como se lutássemos só contra a maré.
Coringa
4.4 4,1K Assista Agoranunca pensei que produziriam um filme tão denso e verossímil com a realidade usando a narrativa de herói/vilão. masterpiece!
Abominável
3.8 219 Assista Agorafix you caiu como uma luva no contexto da história
Bacurau
4.3 2,8K Assista Agoraa pílula de soma e a distopia batendo na porta do brasileiro
No Espaço Não Existem Sentimentos
4.3 449leve, divertido, fofo e agradável. um achado gostosinho
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista Agoraterminei de assistir sem fôlego
Rocco e Seus Irmãos
4.4 125Simone um malandro, salafrário, vagabundo, um miserável cheio de vícios, um homem vil, baixo, inescrupuloso, vulgar e nojento. Na cena em que estupra a Nadia eu fiquei com ódio do Rocco por não ter dado uma boa surra no irmão, frouxo de merda! Bondade e generosidade têm limites, é por atitudes assim que assistimos a decadência das pessoas, valores morais enfraquecido e princípios corrompidos em detrimento da inconsequência e superproteção -a mãe desde o início mima e passa a mão demais na cabeça do "dorminhoco", vulgo, folgado. Amar uma pessoa não significa acobertar as merdas e ficar passando a mão na cabeça achando que tem conserto -como diz o Ciro, foi quem mais amou o Simone-.
Há pessoas que nos despertam o melhor e há pessoas que nos despertam o pior, Nadia era só o reflexo das pessoas com quem ela se relacionava.
O Peixe Grande & Begônia
4.0 211 Assista AgoraAnimação belíssima! Remete muito às animações do Studio Ghibli, em especial as do Hayao Miyazaki.
Fiquei contente de ter assistido algo tão belo e cheio de cores, acho que o universo da fantasia é fantástico e deveria ser mais explorado em animações.
No mais, eu sofri durante o filme inteiro, principalmente pelo pobre do Qiu.
A Guerra dos Sexos
3.7 316 Assista Agorao tipo de filme que faz um homem procurar defeito em algum lugar pra tirar o mérito da causa, seja na paleta de cores, na atuação, no roteiro, na fotografia, nos efeitos sonoros, no figurino, na direção, naquela agulha no palheiro... o importante é que eles saem da zona de conforto pra se desdobrarem e poderem criticar hahaha "infelizmente", nessa ocasião vocês não têm muita credibilidade
e a luta continua contra inúmeros jack kramer e bobby riggs na vida real...
Colorful
4.2 90a reflexão que traz à tona é bem melhor que "koe no katachi"
Trama Fantasma
3.7 805 Assista Agoraelegantérrimo, tão chato e tóxico quanto a polidez da elite
O Destino de Uma Nação
3.7 722 Assista Agoragary oldman se consolidando como um gigante do cinema. atuação fantástica!
Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi
4.1 322 Assista AgoraQueria ser dessas pessoas evoluídas a ponto de achar que deveríamos dar as mãos pra racistas, nazistas, fascistas e cia e dizer que eles merecem ser perdoados e amados, porque só o amor cura, mas eu não sou. Eles despertam sentimentos sórdidos dentro de mim, eu tenho vontade é de socar um desses até os ossos da minha mão não aguentarem mais e continuar socando até ela ficar esfacelada. Não digo matar e torturar a sangue frio, pois não conseguiria conviver com a culpa, meu sadismo não chega tão longe, mas em um momento de ira, com o sangue quente, surrar uma escória dessas. Pra mim é inconcebível a ideia de supremacia, e pensar que isso perdura até os dias atuais make me sick! A dívida histórica é inegável.
Desobediência
3.7 722 Assista Agorao filme é chato, porém isso não é um demérito. é chato justamente porque cumpre piamente o que se propôs, mostrar como é a vida religiosa numa comunidade estritamente judaica. ele causa bastante incômodo o tempo todo, porque ronit em momento algum está à vontade, ninguém está à vontade também com sua presença, na verdade, alguns até tentar optar pela polidez e retidão, porém não conseguem disfarçar a aversão a ela nas expressões, olhares, questionamentos e entonações. tal sentimento é asfixiante até mesmo para o espectador, por isso que digo que o filme cumpre bem o que se propôs, inclusive na monotonia, é enfadonho, arrastado, passa um sentimento de aflição com as trocas de olhares entre ronit e esti, que mal conseguem disfarçar a inquietação interna na presença uma da outra, e ficamos apreensivos, com medo do desfecho da situação.
eu, particularmente, queria uma aguinha com açúcar e um final clichê com as duas juntas, mas é interessante que não aconteça, porque pela primeira vez a esti tomou as rédeas sobre a vida dela e vai poder escolher o que fazer, onde morar e como criar o filho, sem ser aprisionada por obrigações, religião e laços afetivos.
Fome de Poder
3.6 830 Assista AgoraSe eu fosse um dos irmãos McDonald's hoje em dia nem existiria McDonald's, porque com certeza eu teria matado o Kroc. O filho da p@#* prospera nas costas dos outros, passando por cima de todo mundo feito um trator e se apossa de uma ideia que nem foi ele que criou sem um pingo de escrúpulos. Eu tô muito revoltada! E fico pensando na quantidade de filhos da p@#* que prosperam dessa maneira nesse sistema lixoso de capitalismo selvagem truculento nojento corrupto assassino ganancioso e todos os adjetivos ruins possíveis.
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista Agorajá que estamos na era dos filmes de entretenimento, por que não gostar de jogador nº 1 que é riquíssimo em metalinguagem e referências a clássicos? amei a direção do steven spielberg, que soube balancear bem essa quantidade imensa de informações sem perder a linearidade e o foco do filme, sem contar o show de efeitos visuais e sonoros.
p.s: muito bom o aech com o gigante de ferro, quase chorei de novo vendo ele ser queimado e afundando na lava.
O Rei do Show
3.9 898 Assista AgoraO filme cumpriu com a proposta do trailer. É um filme bonito, colorido, cativante e emocionante. Hugh Jackman se mostrando um ator completo pra quem estava acostumado com ele como Logan (Wolverine) desde os miseráveis. É um espetáculo de encher os olhos e os ouvidos.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraRainha injustiçada no Oscar.
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista AgoraImagina esse roteiro na mão do Tom McCarthy (Spotlight) ou José Padilha (Tropa de Elite/Narcos), não achei que o Spielberg soube aproveitar bem o potencial do mesmo.
Projeto Flórida
4.1 1,0KÉ tipo uma versão menos niilista e mais soft de "Gummo".
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraA galera tem algum problema cognitivo, não é possível. O filme não doutrina ninguém a ser vegetariano ou vegano, nem é feito exclusivamente para este público, apenas expõe uma realidade cruel que acontece todos os dias nos matadouros espalhados pelo mundo, onde a ambição fala mais alto que valores e respeito à vida e a matança acontece de forma deliberada para satisfazer vaidades, e não necessidades. Mas, fica claro que não condena a agricultura de subsistência, tanto é que Mija come peixe e sua comida preferida é ensopado de frango.
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraO filme parece ser bobo, a princípio, mas possui uma premissa muito importante, ouso dizer que é genial! Tudo nele acontece gradativamente, desde as cores até a atmosfera do enredo. É uma analogia metafórica (a redundancia é proposital) à realidade cruel da indústria da carne.
O filme começa com Lucy Mirando -uma das sócio-proprietárias da indústria de carnes Mirando- informando que superporcos serão enviados a diferentes países do mundo para serem criados de forma natural, aí é onde inicia-se uma das críticas intrínsecas no filme. Os superporcos são porcos modificados geneticamente, a intenção de enviá-los a diversos países para serem criados naturalmente é apenas para que as pessoas não foquem no modificamento genético, porque isso causaria uma hesitação maior em consumir sua carne, tanto é que há toda uma exposição midiática em torno dos superporcos espalhados pelo mundo e a promoção de um concurso no qual elegerá o melhor superporco, enquanto por trás das câmeras, os demais superporcos estão sendo criados confinados em campos de concentração.
As pessoas não querem sair de suas zonas de conforto e encarar a realidade, elas precisam se sentir confortáveis para que não sintam-se culpadas pelos seus hábitos, é exatamente isso o que Lucy Mirando faz, projeta uma realidade maquiada.
O filme mostra a relação da protagonista Mija com sua superporca Okja justamente para nos apegarmos a esta relação e lembrarmos que os superporcos, apesar de terem sido criados em laboratório, para o abate e consumo, acima de tudo, são seres sencientes. Muitas vezes, o sistema ao qual estamos inseridos nos faz esquecer como as coisas chegam à nossa mesa, e quando não, é tão automático que nem levamos em consideração todo o processo que houve, engessam nossos sentimentos em relação aqueles que foram sacrificamos e banaliza suas vidas. O consumo de carne é tão culturalmente difundido, que não levamos em consideração os sentimentos dos animais, o funcionário do abatedouro nem expressa sentimento de culpa ou pesar porque esse é o modelo de produção capitalista, ele, além de objetificar tudo visando apenas o lucro, limita e automatiza a visão de quem opera.
Quando a Frente de Proteção aos Animais resgata a Okja e o K intermedia a conversa entre a Mija e o Jay, o K mente sobre a escolha da Mija e ninguém fica sabendo porque ele tem conhecimento do que ela está falando, mas os demais, não, o que abre a possibilidade da manipulação de acordo com os interesses dele. Posteriormente, quando o Jay descobre, fica enfurecido, bate no K e depois o K tatua a frase "TRADUÇÕES SÃO SAGRADAS", isso tudo é uma metáfora de como a indústria manipula as informações que chegam até nós, porque quando não temos conhecimento do processo, facilmente o intercessor defenderá seus interesses, o que gera a alienação.
Quando Okja é capturada e levada até o laboratório, vemos a face do mal do Mundo, que tem um programa de TV chamado "animais mágicos", mas que por trás das telas, é cruel. É a crítica ao típico veterinário/biólogo corrompido, aquele que se diz amantes dos animais, mas prioriza sua ambição, passando por cima dos seus valores.
Quando Lucy é exposta e fracassa, Nancy assume o seu lugar, o filme deixa claro que independente de como é travestido, o interesse é o mesmo: lucro; quando a máscara cai, mostra sua verdadeira identidade, por isso Nancy é a gêmea "do mal" que logo em seguida manda matar deliberadamente todos os superporcos e vender sua carne mais barata, assim, mesmo após o escândalo que houve, a exposição das atrocidades cometidas no laboratório e a forma como os mesmos eram maltratados (reprodução compulsória -assemelhando ao estrupro-, testes, etc), as pessoas iriam comprar, mostrando também como as pessoas são corruptíveis e seus valores são facilmente relativizados de acordo com seus interesses.
É interessante também que o filme ligeiramente aborda o tema da pegada ecológica no começo, quando fala que os superporcos consomem uma quantidade menor de alimentos e produzem menos excrementos, e com o Silver, que chega a ser extremista com sua alimentação pra diminuir sua pegada, negligenciando sua saúde.
Quando a Mija compra a Okja com o porquinho de ouro, a mensagem é: DINHEIRO COMPRA TUDO.
Por fim, a grande mensagem é: dinheiro compra tudo, as pessoas sempre vão defender seus interesses pessoais, as pessoas são egoístas, as pessoas são hipócritas e as pessoas sempre irão relativizar seus valores e crenças de acordo com o que as beneficie.
P.S: A cena final onde aqueles pais superporcos empurram seu filhote pela cerca para que ele possa viver, deixou meu coração em frangalhos e meus olhos mais ardidos do que se eu tivesse picado cebola.
P.S 2: O filme é voltado para a indústria da carne, mas a crítica é universal, se encaixa em diversas esferas da vida.
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraAmei! Não entendi patavina nenhuma!