Achei a narrativa mais lenta do que deveria e, assim, quem não foi buscou entender a mitologia por trás, não vai entender o filme e nem as simbologias da trama.
A falta de paternidade do personagem do Jeremy Irons me incomodou profundamente porque, vejam bem, ele tá traindo a mulher com a nora. É uma dupla traição, mas em nenhum momento o personagem mostrou culpa por estar se relacionando com a namorada do filho. Ao contrário, ele continuou com isso sem se importar. Sei que a obsessão dele era enorme e isso o deixava cego, mas um pouco de culpa poderia melhorar e muito a empatia com o personagem. A cena do filho morto e dele abraçando foi tão falsa que fiquei "aff...". Foi estranho. Senti falta desse conflito. Se tivesse, talvez teria gostado mais do filme.
Confesso que esperava um pouco mais do filme. Isto é, Fome de Viver foi um dos melhores livros sobre vampiros que já li na vida e certamente ansiava ver todo o clima do livro no filme. Claro adaptações são apenas adaptações. Queria que John tivesse um pouco mais de destaque, já que
no livro, ele não encara o envelhecimento com toda tranquilidade. Pelo contrário, ele torna um assassino vingativo que a todo custo tenta matar Miriam. Seu amor torna-se ódio!
Gostaria que este lado tivesse sido abordado aqui. E bem... David Bowie não é um super ator, achei a atuação ok e nada mais.
Mas não foi de todo mal, né? A Sarah Roberts de Susan Sarandon estava mil vezes melhor que a do livro. Achei o final surpreendente porque
no livro Sarah tenta cometer suicídio e torna-se como os outros amores de Miriam, presa a eternidade dentro de um baú. Ela não aceita se tornar uma vampira, abandonar a humanidade. E aqui ocorre o contrário, mas mesmo assim ela não termina com quem lhe transformou, segue seu próprio caminho na eternidade.
Catherine Deneuve incorporou muito bem a sensualidade de Miriam e como ela consegue dominar as pessoas utilizando-se disso. Aliás, li aqui que muitas pessoas não entenderam o desenrolar da história e dos objetivos de Miriam. Isto não está escancarado no roteiro -
Miriam é uma vampira milenar que procura humanos com fome de viver: que aceitam a imortalidade e todo o preço a se pagar por isso. Quando John começa a envelhecer e, depois de ter visto vários companheiros sofrerem o mesmo mal tantas vezes, ela decide procurar outro amor que tenha a mesma fome que os demais e que a ame profundamente - e isso independe do sexo, gênero.
Acho que isso esclarece um pouco as atitudes dela, que tem uma personalidade fantástica!
Pra mim as melhores cenas estão no final e todo o frenesi em que os acontecimentos ocorrem. A fotografia é ótima e esse ambiente gótico deixou o filme com um clima pesado e perturbador, mas ao mesmo tempo adorável ao deixar o público confortável diante dos cenários. Especialmente, a casa onde Miriam e John moram. Se eu tivesse assistido ao filme antes de ler o livro, com certeza iria amá-lo. No entanto, como fiz o contrário, ainda prefiro o livro. É um clássico dos anos 80, mas peca em vários pontos e acerta em outros. E é justamente por esses felizes acertos que ele merece ser visto, além de ser um filme de Tony Scott diferente dos demais. Certo?
Selva Trágica
2.2 15Achei a narrativa mais lenta do que deveria e, assim, quem não foi buscou entender a mitologia por trás, não vai entender o filme e nem as simbologias da trama.
Asura Girl - A Blood-C Tale
4.0 1Alguém sabe onde posso assistir?
Perdas e Danos
3.4 288 Assista AgoraBom... Já vi melhores. Não é por nada, mas achei algumas situações forçadas que desequilibrou o roteiro.
A falta de paternidade do personagem do Jeremy Irons me incomodou profundamente porque, vejam bem, ele tá traindo a mulher com a nora. É uma dupla traição, mas em nenhum momento o personagem mostrou culpa por estar se relacionando com a namorada do filho. Ao contrário, ele continuou com isso sem se importar. Sei que a obsessão dele era enorme e isso o deixava cego, mas um pouco de culpa poderia melhorar e muito a empatia com o personagem. A cena do filho morto e dele abraçando foi tão falsa que fiquei "aff...". Foi estranho. Senti falta desse conflito. Se tivesse, talvez teria gostado mais do filme.
Fome de Viver
3.8 349 Assista AgoraConfesso que esperava um pouco mais do filme. Isto é, Fome de Viver foi um dos melhores livros sobre vampiros que já li na vida e certamente ansiava ver todo o clima do livro no filme. Claro adaptações são apenas adaptações. Queria que John tivesse um pouco mais de destaque, já que
no livro, ele não encara o envelhecimento com toda tranquilidade. Pelo contrário, ele torna um assassino vingativo que a todo custo tenta matar Miriam. Seu amor torna-se ódio!
Mas não foi de todo mal, né? A Sarah Roberts de Susan Sarandon estava mil vezes melhor que a do livro. Achei o final surpreendente porque
no livro Sarah tenta cometer suicídio e torna-se como os outros amores de Miriam, presa a eternidade dentro de um baú. Ela não aceita se tornar uma vampira, abandonar a humanidade. E aqui ocorre o contrário, mas mesmo assim ela não termina com quem lhe transformou, segue seu próprio caminho na eternidade.
Catherine Deneuve incorporou muito bem a sensualidade de Miriam e como ela consegue dominar as pessoas utilizando-se disso. Aliás, li aqui que muitas pessoas não entenderam o desenrolar da história e dos objetivos de Miriam. Isto não está escancarado no roteiro -
até porque as falas de Catherine são basicamente monossilábicas.
Miriam é uma vampira milenar que procura humanos com fome de viver: que aceitam a imortalidade e todo o preço a se pagar por isso. Quando John começa a envelhecer e, depois de ter visto vários companheiros sofrerem o mesmo mal tantas vezes, ela decide procurar outro amor que tenha a mesma fome que os demais e que a ame profundamente - e isso independe do sexo, gênero.
Pra mim as melhores cenas estão no final e todo o frenesi em que os acontecimentos ocorrem. A fotografia é ótima e esse ambiente gótico deixou o filme com um clima pesado e perturbador, mas ao mesmo tempo adorável ao deixar o público confortável diante dos cenários. Especialmente, a casa onde Miriam e John moram. Se eu tivesse assistido ao filme antes de ler o livro, com certeza iria amá-lo. No entanto, como fiz o contrário, ainda prefiro o livro. É um clássico dos anos 80, mas peca em vários pontos e acerta em outros. E é justamente por esses felizes acertos que ele merece ser visto, além de ser um filme de Tony Scott diferente dos demais. Certo?
Eurotrip: Passaporte para a Confusão
3.4 1,0K Assista AgoraPodem falar o que quiserem, mas, esse foi um dos melhores filmes "besteirol americano" dos últimos 10 anos! -q