Últimas opiniões enviadas
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Para mim, se trata de uma exploração dos labirintos oníricos da rememoração humana. Vai além de pura organização "cartesiana". São experimentações oníricas e sensoriais que embaralham as claras distinções entre realidade e ficção que criamos para nós. É um gênero que, ao adentrar na intensidade temporal da memória, reintroduz limiares indecisos e matrizes de tempos que podem ou não terem existidos. É um filme que mostra esse território indeterminado do sonho, da vigília ; um território do intermediário, da suspensão e hesitação.
Últimos recados
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É incrível como o filme cria um choque entre três perspectivas diferentes. A melancolia de Philip frente a um mundo cada vez mais vazio de significados (de certa forma oriundo de um realismo capitalista), a pureza de Alice com sua sensibilidade, e o mundo do movimento, as cidades, transeuntes, objetos e hotéis. Tudo entra nesse conflito na narrativa e o que resulta disso é uma atmosfera dicotômica, uma mistura de tristezas e pequenas felicidades. Por fim, a maravilhosa Sibylle Baier cantando! Que filme!