"Como sou infeliz por ser uma criatura humana." Como não se identificar com essa criatura que chora? Chora de dor. A dor que sente por buscar o amor de Deus. O amor de Cristo. Alguém que crê no invisível, mas continua buscando uma forma de sentir A presença. De sentir o amor... Como se fosse ou pudesse ser palpável. Tocado com as mãos. Sentido na pele. Sentido ao tato. Mas não é. Até onde ir, até qual ponto chegar, para sacrificar-se em nome desse amor? Por que nossa fé aumenta quando a dor é maior? Quando a raiva em relação ao mundo nos torna impotentes diante das dores dos outros? Por que acreditamos ser abandonados quando mais precisamos, e nessa hora, é a que mais temos esperança de ouvir uma resposta? Por que a esperança nunca morre quando nos deparamos com a morte? Por que choramos a raiva e a dor, tudo em nome do amor, de Deus? Onde está Ele agora, se não aqui, dentro? Por que teimamos em não aceitar nossa ambivalência, de sermos ao mesmo tempo, bons e maus? Será isso que nos falta? Acreditarmos merecer o amor, para sentir Amor?
Prometa... Que nunca vai deixar de me amar... Que será sempre sincero... Que nunca vai me deixar... Que vai se apaixonar... De novo... E de novo... Depois que eu morrer... De todas as promessas... Apenas uma delas não será quebrada... Mas vai custar um alto preço. E a vida um dia envia a cobrança. De alguma forma. A vida não é fácil porque é feita de escolhas. E ao escolher, não se pode ter tudo. Há sempre um sim e um não. Em todas as escolhas. E escolher é uma decisão que não pode ser tomada depois, pra voltar atrás, pra fazer certo ao criar uma nova promessa, agora a Deus. Escolher implica também em julgar além dos atos dos outros. Os próprios atos. É muito fácil projetar a culpa e dizer-se diferente. Mas até que ponto fazemos diferente daquilo que repudiamos? O que é o amor? Não são as idas nem as vindas. Nem as dores e as brigas. O sentido da vida? Love. Amor. Porque o amor é... A luz. A própria vida.
Mil palavras... Se você tivesse apenas mais mil palavras de vida, quais seriam suas últimas palavras? A quem diria? Se privaria de cantar suas músicas favoritas ao dirigir o carro? Enviaria mensagens de voz? De imagem? As palavras seriam de culpa, agradecimento, pranto, oração? Falariam de recordações, das incríveis memórias? Seriam um tratado do adeus, sobre a morte? Uma despedida linda, triste, fúnebre? Suas palavras marcariam espaços e pessoas? Com amor? Carinho? Mil palavras por dizer? Mil palavras pra dizer? O que são mil palavras, afinal? Quanto tempo se tem quando restam apenas mil palavras? Se a cada palavra você perdesse suas forças, quais seriam suas últimas mil palavras? Ainda reclamariam da vida? Das coisas que não deram certo? Das coisas que você não fez? Porque achou difícil, porque faltou coragem… Tantas palavras finais, derradeiras. Mil. Contagem regressiva. Numeração decrescente. Mil palavras. Palavras ao vento, palavras no papel, palavras em pensamento. Quais palavras dizer agora? Até o último ponto de interrogação, percebi que tenho cento e sessenta e uma palavras a menos que posso dizer. E agora já perdi mais algumas. Então vou economizá-las com quem e o que realmente importa, transformá-las todas em verbos meus e adjetivos positivos para crescimento dos outros. De mil palavras, menos duzentas e dezessete palavras contidas nesse breve texto… Ao silêncio.
Há uma voz que precisa ser ouvida, mas que não sai. Acostumou-se a ficar presa, a ser surda, como se pudesse ser sinal da genética. Por muito tempo não se ouvia. Não tinha diferença entre dizer qualquer coisa ou dizer a verdade. Ninguém ouvia. Fazer-se ouvir, deixar sair o grito. Dá vergonha. Constrange. Nos tira do conforto. Nos convida a ser quem realmente somos. A trilhar o desconhecido. Fazer algo que nunca fizemos. A ser do jeito que não sabíamos ter capacidade. Muito menos ousadia. Ser descoberto. E ter diante de si, um dom e desafios para chegar aonde se quer chegar, sem saber como, sem tentar entender porquê. Simplesmente seguir, com dedicação, apesar das dificuldades. E ter vontade de desistir. Quando as palavras, aquelas palavras surdas, nunca ditas, agora saem depressa, sem se importar com nada. Palavras surdas que não se ouve, mas se sente amarrar um nó na garganta. E nos torna surdos e mudos... Até o amor falar mais alto. Cantando.
"O mundo vai partir seu coração de várias maneiras diferentes." E todos nós, de alguma forma, teremos uma vez, a facilidade em chegar ao fundo do poço por um tal de amor frustrado. Perderemos o melhor do amor, o mais importante amor - o amor próprio -, porque deixamos de ser nós mesmos para sermos pelo outro.
Por destino, sorte ou acaso, a vida nos atrai alguém que olha no abismo e joga uma corda. Aos poucos, e devagar, e perdidos, nos amarramos a ela, pelas mãos, pelos pés, outras, pelo pescoço... E esperamos... Esperamos que nos puxem para fora dessa abertura profunda.
Mas ela não se move. Embora a corda seja puxada no alto, o peso embaixo pode optar por permanecer estático. Ou, decidida e intencionalmente, deixar de apenas olhar para a luz no fim do túnel. E ir de encontro não ao positivismo em si, mas ao melhor de si no que há de bom do outro lado da vida.
Desde o instante em que nascemos, somos expostos a várias formas e tipos de medo. Nossos pais, nos ensinam a temer a tal da Cuca que vai nos pegar, enquanto embalam nossos sonhos.
Que tamanha contradição...
Tememos a queda no balanço, colocar o dedo na tomada, sem nem ao menos saber o que é um choque. Temos medo dos professores, quando tudo parece que vai cair... na prova. Tememos um rompimento, a dor da separação, o começo de uma situação totalmente diferente, o recomeçar a se encontrar. Receamos a vida e quase sempre mais ainda, a morte. Temos medo de muito e até mesmo do nada.
E os sonhos persistem, resistem e nos aguardam, prontos a serem realizados. Os caminhos podem ser difíceis, complicados, tristes, angustiados, cheios de aventuras, de pessoas inesperadas: que atrapalham, que motivam, que animam, que empurram, que puxam, que elevam a contribuição em prol do significativo significado contido no outro e que tem um pouco, ou parte, da semelhante esperança de mudar o próprio destino.
Qualquer coisa vendida numa garrafa de plástico é comprada pelos completamente desinformados, sem saber que as árvores dão ar de graça.
Ninguém mais se importa se não crescem do chão, se não são de verdade. Até valer um beijo de uma impetuosa afeição.
Outrora a ganância derrubava sem parar as 'trúfulas' e ninguém fazia nada para detê-la. Até a queda da última... Somente assim para cessar os cortes e interromper... inclusive, as relações...
A menos que...
Quando se acredita, o que se vê não é apenas uma semente, tampouco se é apenas uma criança tentando não decepcionar... Pois, "a menos que alguém como você se importe muito, nada vai melhorar."
Concentre-se nos pensamentos combinados sobre si mesmo. Faça algo do nada... ou não faça nada. O tempo é mesmo escasso e não há momento fixado na medida duradoura dos fenômenos.
Quisera ele, e também nós, alcançarmos os pontos da vida, sem ter melindrado tanto. Contudo, a chegada só existe porque no espaço a percorrer, subsistem as pessoas.
Resíduos da escória, nos olhos desdenhados ao encontrar outros olhos que transpõem a retina sensível indigente.
Quando se está pronto para saber as respostas de todas as perguntas reunidas em coleções? Quando deixamos de nos perguntar "o que o amor faria agora?"
Inteligências promissoras inibidas pelo sistema, por educação rodeada de estatíticas, onde o agrupamento metódico das séries numéricas será resultado em limitadas probabilidades indicadas na extração da sorte.
Aflição e lágrimas acompanham a víspora que define os superlativos da palavra pouco a receberem uma carta de admissão a direitos específicos e aqueles que estão fadados ao fracasso estrondoso no ensino público convencional e extrínsico. Pois a tramontana de uma nação não é mais decidido em campo de batalhas, mas demarcado pelas circunstâncias compreendidas em uma sala de aula.
"Sua última compra e é uma outra pessoa que escolhe." Mais do que feitos de madeira ou compensado, com poucos ou grandiosos detalhes, um axioma que envolve os ataúdes.
O cessar definitivo do que se depreende por vida é um ponto múltiplice ao covarde gênero humano inacabado.
Acondicionados, aos que deixam de respirar, lhes é reservada a última despedida, com respeito e decoro, independente de cores, crenças ou realizações. E a cerimônia fúnebre familiar testemunha o rito: mortuário, da passagem, de cingir a mortalha... a face.
"Nossa busca cega por tecnologia, só acelerou ainda mais a nossa maldição". O mundo que conhecemos está se acabando em guerras, mas a vida tem que continuar... O simbolismo dos números ditam as qualidades e os opostos à compreensão da realidade.
Das expressões que revelam habilidades naturais, das motivações que manifestam as necessidades e vontades pessoais ou aversivas, da impressão que denuncia a imagem de nós mesmos e os efeitos que causamos nos outros, há sempre Um que lidera, Dois que completam e se entregam, Três que criam e comunicam, Quatro que realizam, Cinco que são livres e aventureiros, Seis que conciliam o equilíbrio e o idealismo, Sete que refletem em busca de respostas dentro de si, Oito que têm força e responsabilidade e Nove, que compreendem a generosa abnegação paciente em busca da perfeição de um mundo todo nosso agora, onde "tudo vai depender do que fizermos dele".
Um indivíduo pode lhe tirar o ensejo. E também tentar arrancar-lhe a vida ciese... Mas a força vital pode sobrepujar todas as dores, vender a própria força. Pelejar... Escopo de uma existência contínua.
Entre arranjos e defeitos congênitos, passado de guerra iperita, interrupção prematura, as cordas friccionadas do menor e mais agudo dos instrumentos, traduz a abnegação e o sacrifício em defesa de uma nova biografia.
E o mínimo de um som, dura a frequência necessária para formar o modo de vibração da canção de ninar que se compõe da nota mi como em mãe.
"Perto o suficiente para tocar além das nuvens fica meu mundo." Entender como aprendemos... e porque alguns de nós experimentamos dificuldades compara-se a uma progressão aritmética...?
Incompreender a imaginação pode gerar uma surreal válvula de escape à soletração violenta, física e psicológica, intencionalmente repetida na desigual relação de poder. Impossível impedir companhias a uma lágrima solitária.
Que se liberte a percepção visual dos sentidos, a cor material das moléculas refletidas permitindo 'girar novos sonhos'. Sem pressa. Pois todo início de desenvolvimento tem seu tempo para adolescer a grafia e a impressão dos símbolos.
As pessoas nunca se preocupam com sua existência até que ela esteja ameaçada... em forma decrescente... beirando a extinção.
Sobram histórias para contar: da gênese à evolução da bravura heróica por vezes, apenas hereditária.
Para evitar as ruínas, há que se correr contra o tempo na tentativa de resgatar os bens imateriais e garantir o espaço e o tempo de todo um patrimônio cultural. Como se as aventuras e as lembranças dos antepassados bastassem à permanência e proteção da identidade de um povo.
"Na sala eu não presto atenção." Como prestar atenção na aula, na escola, quando fora dela, as aprendizagens são mais... mais... Onde foram parar os adjetivos?
Mesmo que o verbo discorde do sujeito determinado composto, o imperfeito pode ler a letra das músicas, jogar cartas na mesa do bar, conhecer as ruas na garupa de uma moto. Embora voz passiva, também tem acesso a romances de banca, armas, brigas e, a pessoas vazias de diplomas mas cheias... com suas próprias vidas. Cheias de símbolos e significados...
Ler o mundo e suas palavras contidas em conjuntos elementares, distrai. E qual o sentido de reescrever 'significando' no quadro negro?
Com que idade se aprende a ler as letras, as pessoas, as palavras, o mundo? E quanto as lembranças da escola podem influenciar na idade em que realmente se vai aprender a ler?
Não existe um não leitor, se souber escutar... assim como as crianças, que aprendem a ler a partir de uma voz alta que as incentiva o imaginário.
Há vergonha em dizer-se leitor ou mais vergonha por não ler? Em se perder no labirinto das palavras, no dicionário das ideias afins?
Quem nos ensina a ler? Os livros ou os autores? Os pais ou professores? A voz alta ou um feminino a quem admiramos?
"Ouça!" Está em todo lugar... E quando estamos sozinhos, cresce dentro de nós, ainda que muitos teimem em tirar-nos a força, a combinação de sons e silêncios segue organizando o tempo.
Crença ou energia perturbadora, oscilante e periódica nos espaços percorridos de um trajeto linear, paralelo, transversal, perpendicular, que se encarrega de unir cada ponto não percebido na escala monossilábica da altura asce-descendente.
Vários animais, e também os humanos, percebem a propagação sonora com um ou mais sentidos, no entanto, qual é o sentido, a forma, o tom, do som que vibra em seus corações?
A sociedade caminha a passos lentos na modificação das estruturas e dos espaços, abrindo-se às ideias e possíveis adaptações necessárias de forma que a pessoa passe a ser vista pelo seu potencial, suas habilidades motoras e aptidões intelectuais. E, para além das comparações de senso comum, a deficiência específica que está em todos nós, a dificuldade de olharmos para o que tentamos ensinar quando a percepção do outro em relação a todos os demais nos faz ter a certeza da negligente inércia de uma voz passiva.
Toda reflexão começa com um questionamento? E toda inclusão começa pela exclusão e pela humilhação porque existe algo menor, ou mais fraco? Mas quem, de fato, ensina e quem aprende nos processos e interações sociais?
Um século de imagens e memórias... e o que registram nossos olhos fotográficos, nossas mentes de luz e contraste, nossos corpos definidos em exposições luminosas? Como fixamos as superfícies sensíveis de nossas lembranças em cor?
Simplicam-se os processos de captação e também as cenas, a dinamização dos movimentos... Não é de perto ou longe um roteiro mudo, caminhando entre lápides e pedaços de guerras, entre metamorfoses rítmicas e a conquista da lua. Entre mulheres unidas na fabricação de armas, no contra-ataque das mini-saias, a queima dos sutiãs... E agora? Aspirina. Por todos os cantos dos mundos... ritos para ficarmos mais perto de Deus, ou, à espera dEle.
Que lhes reserva o futuro e como serão as histórias que ficarão deixadas para trás em preto, em cores, nos grandes telões?
Nós que aqui estamos, por vós esperamos... mas onde ficam os portões e onde levam os passos das suas ideologias?
"A luz de um nunca alcança a luz do outro." Assim também funcionam os relacionamentos? As pessoas criam expectativas e confiança em relação ao outro e uma pequena mentira ou omissão de informação pode abalar as estruturas emocionais; há um compromisso de ambas as partes enquanto os pontos são positivos, ou, porque não dizer, enquanto não há limite para aprender com os defeitos e/ou qualidades daquele que não seja você mesmo. Ou, mais além, durante todo o tempo onde se acredita na reciprocidade dos sentimentos. Enquanto as perguntas não acabam: será que nas relações as pessoas se expressam de forma literal ou convencionalmente "normal" pelo simples fato de haver um outro alguém ou por não identificarem a si mesmas nessa dualidade humana? E se, na busca por uma resposta, ansiosos, os pares não encontrarem as melhores palavras na tentativa de melhor expressar... o que pensam e aquilo que sentem? As memórias... sem outras iguais, podem ser capazes de atravessar o tempo e surpreender os esquecidos... Talvez as questões afetivas, tanto dos personagens quanto de nós, que, aparentemente, não apresentamos distúrbios significativos, tenham mais relações do que divergências, uma vez que também estamos sujeitos a perder o controle, ou, com o fim do relacionamento, descobrir um pouco mais sobre quem somos e o que realmente queremos, caindo ou não, no círculo vicioso de projetar no outro, a expectativa frustrada ou da espera de que ele, e não nós, possa mudar.
Como o tempo muda ou transforma pessoas, mentes e corações. Nostalgia ou saudade? Retornar pode trazer imagens de recordações que não fazem mais sentido quando se é outro, em outro corpo... com outros olhos, de um narcisismo corrompido pela esfera de vidro e ouro. Saudade diminuta ou impaciência aumentativa ao redescobrir o abandono de si mesmo.
Quantos não sonham, na infância, em crescer logo, conquistar dinheiro e fama, mesmo que não se concretizem na ordem desenhada... E, ao abrir os baús e gavetas, se deparam com as fotos de um tempo que não volta mais a não ser pelo vago e rápido "play again" durante os olhos fechados.
A quem pertence a travessia entre a saudade que passa e a emoção que se define na distância da idade do vinho?
O que dizer ao médico após ouvir que tem um tumor maligno em seu corpo? "Eu não fumo, não bebo... E reciclo." Nesse instante, quem não pensaria em todos os atos corretos que cometeu e seria comum a não aceitação do laudo?
Com tratamento, há 50% de chance para cada lado, como um copo que pode estar meio vazio, ou meio cheio. Tudo depende do jeito particular de ver os números, da reação de tantos, que pode lhe tornar um sujeito mais próximo... do fim. Ou, um alguém que tem 50% de tudo... para perder?
Como encarar em si, a pessoa que deixou de fazer coisas normais por estarem na lista das causas mortais? Quem sabe até o momento em que os mecanismos entrem em defesa e definam quem é o terapeuta na relação paciente e recomeço.
Por não poder mais pactuar com a mediocridade do mundo, estabelecido pelas pessoas que sonham, ou acreditam que sonham e se percebem vazias, Veronika decide morrer. E sem saber se os remédios não foram suficientes, ou se a ajuda chegou rápido demais, Veronika recebe uma nova chance. Com tantas pessoas querendo um tempo a mais, ou adiar para sempre, Veronika tem ainda mais um tempo de vida. Quantos deixaram de acreditar em si mesmos e culparam o mundo e decidiram, como Veronika, morrer... Uma chance gratuita de poder estender a jornada e, de repente, o que faltava era "alguém para amar"? Então, a vida passa a merecer um novo sentido. E Veronika não quer mais dormir para poder aproveitar o pouco de vida que ainda lhe resta. Não mais que de repente, Veronika percebe que nunca soube quem ela realmente era, ou se era no agora exatamente quem nunca foi ou descobriu quem gostaria de ser. Agora importa ver o nascer do sol e com ele uma vida que se finda. Quando começa a vida, se morre? Ou se morre para poder acreditar que cada novo dia é um milagre que deverá ser vivido com os sentidos atentos sempre pensando na possibilidade de esse ser o último dia?
Tem quem diga que a felicidade mora ao lado, está dentro de nós, só existe quando o outro está feliz, só acontece quando se abre uma porta, chega quando o amor explode ou vai embora com os ladrões de corações. E tem os que vivem buscando a felicidade. Mas até onde seriam capazes de ir nessa busca? Quantos quilômetros até o Caminho de Santiago de Compostela para ver as estrelas brilhando, para encontrar-se com si mesmos ou sentir a espiritualidade? Qual seria o caminho de mão dupla que realmente leva e traz a felicidade? Se é que a felicidade se deixa vir e ir no mesmo ritmo da contradição humana... Qual a receita, de amor ou afrodisíaca, para descobrir onde está a felicidade de cada um de nós? E como, durante ou após o caminho, reconhecer a felicidade, enquanto "a vida sempre surpreende a gente"?
O Pecado de Hadewijch
3.2 44O pecado de Hadewijch
(Por Marcinha Girola)
"Como sou infeliz por ser uma criatura humana." Como não se identificar com essa criatura que chora? Chora de dor. A dor que sente por buscar o amor de Deus. O amor de Cristo. Alguém que crê no invisível, mas continua buscando uma forma de sentir A presença. De sentir o amor... Como se fosse ou pudesse ser palpável. Tocado com as mãos. Sentido na pele. Sentido ao tato. Mas não é. Até onde ir, até qual ponto chegar, para sacrificar-se em nome desse amor? Por que nossa fé aumenta quando a dor é maior? Quando a raiva em relação ao mundo nos torna impotentes diante das dores dos outros? Por que acreditamos ser abandonados quando mais precisamos, e nessa hora, é a que mais temos esperança de ouvir uma resposta? Por que a esperança nunca morre quando nos deparamos com a morte? Por que choramos a raiva e a dor, tudo em nome do amor, de Deus? Onde está Ele agora, se não aqui, dentro? Por que teimamos em não aceitar nossa ambivalência, de sermos ao mesmo tempo, bons e maus? Será isso que nos falta? Acreditarmos merecer o amor, para sentir Amor?
Love
3.5 882 Assista AgoraPrometa... Que nunca vai deixar de me amar... Que será sempre sincero... Que nunca vai me deixar... Que vai se apaixonar... De novo... E de novo... Depois que eu morrer...
De todas as promessas... Apenas uma delas não será quebrada... Mas vai custar um alto preço. E a vida um dia envia a cobrança. De alguma forma. A vida não é fácil porque é feita de escolhas. E ao escolher, não se pode ter tudo. Há sempre um sim e um não. Em todas as escolhas.
E escolher é uma decisão que não pode ser tomada depois, pra voltar atrás, pra fazer certo ao criar uma nova promessa, agora a Deus.
Escolher implica também em julgar além dos atos dos outros. Os próprios atos. É muito fácil projetar a culpa e dizer-se diferente. Mas até que ponto fazemos diferente daquilo que repudiamos?
O que é o amor?
Não são as idas nem as vindas. Nem as dores e as brigas.
O sentido da vida?
Love.
Amor.
Porque o amor é... A luz. A própria vida.
As Mil Palavras
3.1 703 Assista AgoraMil palavras...
Se você tivesse apenas mais mil palavras de vida, quais seriam suas últimas palavras? A quem diria? Se privaria de cantar suas músicas favoritas ao dirigir o carro? Enviaria mensagens de voz? De imagem? As palavras seriam de culpa, agradecimento, pranto, oração? Falariam de recordações, das incríveis memórias? Seriam um tratado do adeus, sobre a morte? Uma despedida linda, triste, fúnebre? Suas palavras marcariam espaços e pessoas? Com amor? Carinho? Mil palavras por dizer? Mil palavras pra dizer? O que são mil palavras, afinal? Quanto tempo se tem quando restam apenas mil palavras?
Se a cada palavra você perdesse suas forças, quais seriam suas últimas mil palavras? Ainda reclamariam da vida? Das coisas que não deram certo? Das coisas que você não fez? Porque achou difícil, porque faltou coragem… Tantas palavras finais, derradeiras. Mil. Contagem regressiva. Numeração decrescente. Mil palavras. Palavras ao vento, palavras no papel, palavras em pensamento. Quais palavras dizer agora?
Até o último ponto de interrogação, percebi que tenho cento e sessenta e uma palavras a menos que posso dizer. E agora já perdi mais algumas. Então vou economizá-las com quem e o que realmente importa, transformá-las todas em verbos meus e adjetivos positivos para crescimento dos outros.
De mil palavras, menos duzentas e dezessete palavras contidas nesse breve texto…
Ao silêncio.
A Família Bélier
4.2 436Há uma voz que precisa ser ouvida, mas que não sai. Acostumou-se a ficar presa, a ser surda, como se pudesse ser sinal da genética. Por muito tempo não se ouvia. Não tinha diferença entre dizer qualquer coisa ou dizer a verdade. Ninguém ouvia. Fazer-se ouvir, deixar sair o grito. Dá vergonha. Constrange. Nos tira do conforto. Nos convida a ser quem realmente somos. A trilhar o desconhecido. Fazer algo que nunca fizemos. A ser do jeito que não sabíamos ter capacidade. Muito menos ousadia. Ser descoberto. E ter diante de si, um dom e desafios para chegar aonde se quer chegar, sem saber como, sem tentar entender porquê. Simplesmente seguir, com dedicação, apesar das dificuldades. E ter vontade de desistir. Quando as palavras, aquelas palavras surdas, nunca ditas, agora saem depressa, sem se importar com nada. Palavras surdas que não se ouve, mas se sente amarrar um nó na garganta. E nos torna surdos e mudos... Até o amor falar mais alto. Cantando.
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista Agora"O mundo vai partir seu coração de várias maneiras diferentes." E todos nós, de alguma forma, teremos uma vez, a facilidade em chegar ao fundo do poço por um tal de amor frustrado. Perderemos o melhor do amor, o mais importante amor - o amor próprio -, porque deixamos de ser nós mesmos para sermos pelo outro.
Por destino, sorte ou acaso, a vida nos atrai alguém que olha no abismo e joga uma corda. Aos poucos, e devagar, e perdidos, nos amarramos a ela, pelas mãos, pelos pés, outras, pelo pescoço... E esperamos... Esperamos que nos puxem para fora dessa abertura profunda.
Mas ela não se move. Embora a corda seja puxada no alto, o peso embaixo pode optar por permanecer estático. Ou, decidida e intencionalmente, deixar de apenas olhar para a luz no fim do túnel. E ir de encontro não ao positivismo em si, mas ao melhor de si no que há de bom do outro lado da vida.
Will: Em Busca Do Sonho
3.6 15 Assista Agora"Não deixe seus medos atrapalharem seus sonhos."
Desde o instante em que nascemos, somos expostos a várias formas e tipos de medo. Nossos pais, nos ensinam a temer a tal da Cuca que vai nos pegar, enquanto embalam nossos sonhos.
Que tamanha contradição...
Tememos a queda no balanço, colocar o dedo na tomada, sem nem ao menos saber o que é um choque. Temos medo dos professores, quando tudo parece que vai cair... na prova. Tememos um rompimento, a dor da separação, o começo de uma situação totalmente diferente, o recomeçar a se encontrar. Receamos a vida e quase sempre mais ainda, a morte. Temos medo de muito e até mesmo do nada.
E os sonhos persistem, resistem e nos aguardam, prontos a serem realizados. Os caminhos podem ser difíceis, complicados, tristes, angustiados, cheios de aventuras, de pessoas inesperadas: que atrapalham, que motivam, que animam, que empurram, que puxam, que elevam a contribuição em prol do significativo significado contido no outro e que tem um pouco, ou parte, da semelhante esperança de mudar o próprio destino.
O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida
3.5 762 Assista AgoraQualquer coisa vendida numa garrafa de plástico é comprada pelos completamente desinformados, sem saber que as árvores dão ar de graça.
Ninguém mais se importa se não crescem do chão, se não são de verdade. Até valer um beijo de uma impetuosa afeição.
Outrora a ganância derrubava sem parar as 'trúfulas' e ninguém fazia nada para detê-la. Até a queda da última... Somente assim para cessar os cortes e interromper... inclusive, as relações...
A menos que...
Quando se acredita, o que se vê não é apenas uma semente, tampouco se é apenas uma criança tentando não decepcionar... Pois, "a menos que alguém como você se importe muito, nada vai melhorar."
Conversando com Deus
3.3 65 Assista AgoraConcentre-se nos pensamentos combinados sobre si mesmo. Faça algo do nada... ou não faça nada. O tempo é mesmo escasso e não há momento fixado na medida duradoura dos fenômenos.
Quisera ele, e também nós, alcançarmos os pontos da vida, sem ter melindrado tanto. Contudo, a chegada só existe porque no espaço a percorrer, subsistem as pessoas.
Resíduos da escória, nos olhos desdenhados ao encontrar outros olhos que transpõem a retina sensível indigente.
Quando se está pronto para saber as respostas de todas as perguntas reunidas em coleções? Quando deixamos de nos perguntar "o que o amor faria agora?"
Esperando Pelo Super-Homem
3.9 38 Assista AgoraInteligências promissoras inibidas pelo sistema, por educação rodeada de estatíticas, onde o agrupamento metódico das séries numéricas será resultado em limitadas probabilidades indicadas na extração da sorte.
Aflição e lágrimas acompanham a víspora que define os superlativos da palavra pouco a receberem uma carta de admissão a direitos específicos e aqueles que estão fadados ao fracasso estrondoso no ensino público convencional e extrínsico. Pois a tramontana de uma nação não é mais decidido em campo de batalhas, mas demarcado pelas circunstâncias compreendidas em uma sala de aula.
A Partida
4.3 522 Assista Agora"Sua última compra e é uma outra pessoa que escolhe." Mais do que feitos de madeira ou compensado, com poucos ou grandiosos detalhes, um axioma que envolve os ataúdes.
O cessar definitivo do que se depreende por vida é um ponto múltiplice ao covarde gênero humano inacabado.
Acondicionados, aos que deixam de respirar, lhes é reservada a última despedida, com respeito e decoro, independente de cores, crenças ou realizações. E a cerimônia fúnebre familiar testemunha o rito: mortuário, da passagem, de cingir a mortalha... a face.
9: A Salvação
3.6 699 Assista Agora"Nossa busca cega por tecnologia, só acelerou ainda mais a nossa maldição". O mundo que conhecemos está se acabando em guerras, mas a vida tem que continuar... O simbolismo dos números ditam as qualidades e os opostos à compreensão da realidade.
Das expressões que revelam habilidades naturais, das motivações que manifestam as necessidades e vontades pessoais ou aversivas, da impressão que denuncia a imagem de nós mesmos e os efeitos que causamos nos outros, há sempre Um que lidera, Dois que completam e se entregam, Três que criam e comunicam, Quatro que realizam, Cinco que são livres e aventureiros, Seis que conciliam o equilíbrio e o idealismo, Sete que refletem em busca de respostas dentro de si, Oito que têm força e responsabilidade e Nove, que compreendem a generosa abnegação paciente em busca da perfeição de um mundo todo nosso agora, onde "tudo vai depender do que fizermos dele".
M de Mãe
4.1 5Um indivíduo pode lhe tirar o ensejo. E também tentar arrancar-lhe a vida ciese... Mas a força vital pode sobrepujar todas as dores, vender a própria força. Pelejar... Escopo de uma existência contínua.
Entre arranjos e defeitos congênitos, passado de guerra iperita, interrupção prematura, as cordas friccionadas do menor e mais agudo dos instrumentos, traduz a abnegação e o sacrifício em defesa de uma nova biografia.
E o mínimo de um som, dura a frequência necessária para formar o modo de vibração da canção de ninar que se compõe da nota mi como em mãe.
Como Estrelas na Terra
4.4 794"Perto o suficiente para tocar além das nuvens fica meu mundo." Entender como aprendemos... e porque alguns de nós experimentamos dificuldades compara-se a uma progressão aritmética...?
Incompreender a imaginação pode gerar uma surreal válvula de escape à soletração violenta, física e psicológica, intencionalmente repetida na desigual relação de poder. Impossível impedir companhias a uma lágrima solitária.
Que se liberte a percepção visual dos sentidos, a cor material das moléculas refletidas permitindo 'girar novos sonhos'. Sem pressa. Pois todo início de desenvolvimento tem seu tempo para adolescer a grafia e a impressão dos símbolos.
Narradores de Javé
3.9 274As pessoas nunca se preocupam com sua existência até que ela esteja ameaçada... em forma decrescente... beirando a extinção.
Sobram histórias para contar: da gênese à evolução da bravura heróica por vezes, apenas hereditária.
Para evitar as ruínas, há que se correr contra o tempo na tentativa de resgatar os bens imateriais e garantir o espaço e o tempo de todo um patrimônio cultural. Como se as aventuras e as lembranças dos antepassados bastassem à permanência e proteção da identidade de um povo.
Stella
3.9 108"Na sala eu não presto atenção." Como prestar atenção na aula, na escola, quando fora dela, as aprendizagens são mais... mais... Onde foram parar os adjetivos?
Mesmo que o verbo discorde do sujeito determinado composto, o imperfeito pode ler a letra das músicas, jogar cartas na mesa do bar, conhecer as ruas na garupa de uma moto. Embora voz passiva, também tem acesso a romances de banca, armas, brigas e, a pessoas vazias de diplomas mas cheias... com suas próprias vidas. Cheias de símbolos e significados...
Ler o mundo e suas palavras contidas em conjuntos elementares, distrai. E qual o sentido de reescrever 'significando' no quadro negro?
Minhas Tardes Com Margueritte
4.3 522 Assista AgoraCom que idade se aprende a ler as letras, as pessoas, as palavras, o mundo? E quanto as lembranças da escola podem influenciar na idade em que realmente se vai aprender a ler?
Não existe um não leitor, se souber escutar... assim como as crianças, que aprendem a ler a partir de uma voz alta que as incentiva o imaginário.
Há vergonha em dizer-se leitor ou mais vergonha por não ler? Em se perder no labirinto das palavras, no dicionário das ideias afins?
Quem nos ensina a ler? Os livros ou os autores? Os pais ou professores? A voz alta ou um feminino a quem admiramos?
O Som do Coração
3.9 1,5K Assista Agora"Ouça!" Está em todo lugar... E quando estamos sozinhos, cresce dentro de nós, ainda que muitos teimem em tirar-nos a força, a combinação de sons e silêncios segue organizando o tempo.
Crença ou energia perturbadora, oscilante e periódica nos espaços percorridos de um trajeto linear, paralelo, transversal, perpendicular, que se encarrega de unir cada ponto não percebido na escala monossilábica da altura asce-descendente.
Vários animais, e também os humanos, percebem a propagação sonora com um ou mais sentidos, no entanto, qual é o sentido, a forma, o tom, do som que vibra em seus corações?
Meu Nome é Radio
4.0 495 Assista AgoraA sociedade caminha a passos lentos na modificação das estruturas e dos espaços, abrindo-se às ideias e possíveis adaptações necessárias de forma que a pessoa passe a ser vista pelo seu potencial, suas habilidades motoras e aptidões intelectuais. E, para além das comparações de senso comum, a deficiência específica que está em todos nós, a dificuldade de olharmos para o que tentamos ensinar quando a percepção do outro em relação a todos os demais nos faz ter a certeza da negligente inércia de uma voz passiva.
Toda reflexão começa com um questionamento? E toda inclusão começa pela exclusão e pela humilhação porque existe algo menor, ou mais fraco? Mas quem, de fato, ensina e quem aprende nos processos e interações sociais?
Nós que Aqui Estamos Por Vós Esperamos
4.3 416Um século de imagens e memórias... e o que registram nossos olhos fotográficos, nossas mentes de luz e contraste, nossos corpos definidos em exposições luminosas? Como fixamos as superfícies sensíveis de nossas lembranças em cor?
Simplicam-se os processos de captação e também as cenas, a dinamização dos movimentos... Não é de perto ou longe um roteiro mudo, caminhando entre lápides e pedaços de guerras, entre metamorfoses rítmicas e a conquista da lua. Entre mulheres unidas na fabricação de armas, no contra-ataque das mini-saias, a queima dos sutiãs... E agora? Aspirina. Por todos os cantos dos mundos... ritos para ficarmos mais perto de Deus, ou, à espera dEle.
Que lhes reserva o futuro e como serão as histórias que ficarão deixadas para trás em preto, em cores, nos grandes telões?
Nós que aqui estamos, por vós esperamos... mas onde ficam os portões e onde levam os passos das suas ideologias?
Adam
3.9 825"A luz de um nunca alcança a luz do outro." Assim também funcionam os relacionamentos? As pessoas criam expectativas e confiança em relação ao outro e uma pequena mentira ou omissão de informação pode abalar as estruturas emocionais; há um compromisso de ambas as partes enquanto os pontos são positivos, ou, porque não dizer, enquanto não há limite para aprender com os defeitos e/ou qualidades daquele que não seja você mesmo. Ou, mais além, durante todo o tempo onde se acredita na reciprocidade dos sentimentos. Enquanto as perguntas não acabam: será que nas relações as pessoas se expressam de forma literal ou convencionalmente "normal" pelo simples fato de haver um outro alguém ou por não identificarem a si mesmas nessa dualidade humana? E se, na busca por uma resposta, ansiosos, os pares não encontrarem as melhores palavras na tentativa de melhor expressar... o que pensam e aquilo que sentem? As memórias... sem outras iguais, podem ser capazes de atravessar o tempo e surpreender os esquecidos... Talvez as questões afetivas, tanto dos personagens quanto de nós, que, aparentemente, não apresentamos distúrbios significativos, tenham mais relações do que divergências, uma vez que também estamos sujeitos a perder o controle, ou, com o fim do relacionamento, descobrir um pouco mais sobre quem somos e o que realmente queremos, caindo ou não, no círculo vicioso de projetar no outro, a expectativa frustrada ou da espera de que ele, e não nós, possa mudar.
Um Bom Ano
3.5 328 Assista AgoraComo o tempo muda ou transforma pessoas, mentes e corações. Nostalgia ou saudade? Retornar pode trazer imagens de recordações que não fazem mais sentido quando se é outro, em outro corpo... com outros olhos, de um narcisismo corrompido pela esfera de vidro e ouro. Saudade diminuta ou impaciência aumentativa ao redescobrir o abandono de si mesmo.
Quantos não sonham, na infância, em crescer logo, conquistar dinheiro e fama, mesmo que não se concretizem na ordem desenhada... E, ao abrir os baús e gavetas, se deparam com as fotos de um tempo que não volta mais a não ser pelo vago e rápido "play again" durante os olhos fechados.
A quem pertence a travessia entre a saudade que passa e a emoção que se define na distância da idade do vinho?
50%
3.9 2,2K Assista AgoraO que dizer ao médico após ouvir que tem um tumor maligno em seu corpo? "Eu não fumo, não bebo... E reciclo." Nesse instante, quem não pensaria em todos os atos corretos que cometeu e seria comum a não aceitação do laudo?
Com tratamento, há 50% de chance para cada lado, como um copo que pode estar meio vazio, ou meio cheio. Tudo depende do jeito particular de ver os números, da reação de tantos, que pode lhe tornar um sujeito mais próximo... do fim. Ou, um alguém que tem 50% de tudo... para perder?
Como encarar em si, a pessoa que deixou de fazer coisas normais por estarem na lista das causas mortais? Quem sabe até o momento em que os mecanismos entrem em defesa e definam quem é o terapeuta na relação paciente e recomeço.
Veronika Decide Morrer
3.2 789Por não poder mais pactuar com a mediocridade do mundo, estabelecido pelas pessoas que sonham, ou acreditam que sonham e se percebem vazias, Veronika decide morrer.
E sem saber se os remédios não foram suficientes, ou se a ajuda chegou rápido demais, Veronika recebe uma nova chance.
Com tantas pessoas querendo um tempo a mais, ou adiar para sempre, Veronika tem ainda mais um tempo de vida.
Quantos deixaram de acreditar em si mesmos e culparam o mundo e decidiram, como Veronika, morrer...
Uma chance gratuita de poder estender a jornada e, de repente, o que faltava era "alguém para amar"?
Então, a vida passa a merecer um novo sentido. E Veronika não quer mais dormir para poder aproveitar o pouco de vida que ainda lhe resta.
Não mais que de repente, Veronika percebe que nunca soube quem ela realmente era, ou se era no agora exatamente quem nunca foi ou descobriu quem gostaria de ser.
Agora importa ver o nascer do sol e com ele uma vida que se finda. Quando começa a vida, se morre? Ou se morre para poder acreditar que cada novo dia é um milagre que deverá ser vivido com os sentidos atentos sempre pensando na possibilidade de esse ser o último dia?
Onde Está a Felicidade?
2.6 150Onde está a felicidade?
Tem quem diga que a felicidade mora ao lado, está dentro de nós, só existe quando o outro está feliz, só acontece quando se abre uma porta, chega quando o amor explode ou vai embora com os ladrões de corações.
E tem os que vivem buscando a felicidade. Mas até onde seriam capazes de ir nessa busca? Quantos quilômetros até o Caminho de Santiago de Compostela para ver as estrelas brilhando, para encontrar-se com si mesmos ou sentir a espiritualidade?
Qual seria o caminho de mão dupla que realmente leva e traz a felicidade? Se é que a felicidade se deixa vir e ir no mesmo ritmo da contradição humana...
Qual a receita, de amor ou afrodisíaca, para descobrir onde está a felicidade de cada um de nós? E como, durante ou após o caminho, reconhecer a felicidade, enquanto "a vida sempre surpreende a gente"?