Uma experiência muito interessante, intensa e libertária. Toda a trama envolvendo a perseguição da organização, as fugas mirabolantes, as soluções encontradas não faz muitas vezes sentido, mas no universo criado pela irmãs Wachowski elas vão desvelando muitas das feições de nossa sociedade. A conexão entre os personagens é baseada no amor, seja físico ou espiritual, e quanto isso importa, quanto ele faz falta em um mundo em que a solidão é cada vez mais presente. De fato não gostei de tudo, mas gostei de muito.
Estreada há quase dez anos, esta série ainda consegue despertar interesse, pela trama intrigante e a humanidades com que é tratada a miríade de personagens, cada um com suas trajetória. Algumas coisas não ficam clara, outras não estão bem, mas o resultado é bastante positivo. Não sei como serão as próximas cenas, mas até agora está bem legal.
Das séries que vi até o momento que fazem parte do universo Star Wars, essa é uma das minhas preferidas. Gosto dos personagens, do desenvolvimento, da animação, do fato de não ficar tentando ser fofinha, Termina de forma muito legal, com muita ação e emoção. REcomendo.
A velha trama da pessoa injustiçada que volta à cidade natal para se vingar ganha aqui uma nova roupagem - e que roupagem!!! Divertida e cheia de humor ácido, essa comédia australiana foi para mim uma grata surpresa Esteticamente é muito apurada, com a aridez do cenário e a exuberância da personagem de Kate Winslet, sempre uma atriz interessante. Mas para mim o grande destaque foi Judy Davis, um personagem delicioso, ranzinza, desbocado, que tem as melhores falas. Hugo Weaving também brilha, com seu policial um pouco fora da curva - ele correndo para ver os espelhos que estão numa árvore é antológico. Diversão garantida para quem não se importar com um pouco da brizarrice do ser humano.
Uma dor profunda permeia essa história, de perdas e de escolhas, dor da profunda solidão das cidades. O silêncio se faz presente em muitos momentos, e a música explode como alento e socorro. Bem dirigido, mas principalmente bem interpretado> Andrew Scott e Paul Mescal transmitem o desespero exato de seus personagens. Claire Foy e Jamie Bell o equilíbrio das emoções, o contraponto necessário à fúria. É um filme que ressoa por muito tempo.
Intrigante desde o principio, essa série tem uma produção caprichada, com bons atores e aparentemente bastante dinheiro na produção. Mas em alguns momentos exige do espectador uma suspensão da verossimilhança maior do que podemos conceder. As solução poderiam ser melhor buriladas portanto. ?Fiquei bastante curioso por conhecer a versão chinesa. Não sei se quando saia a segunda temporada nos incomodemos em vê-la, se a interrogação deixada vai ser forte o suficiente para despertar a nossa curiosidade. Esperemos para ver.
Muito sensível em sua abordagem, este filme de Koreeda traz várias perspectivas para contar uma história sobre a difícil passagem pela adolescência, em que desejo e medos se misturam e nem tudo pode ser dito. Lembrou-me muito Close, mas traz uma abordagem bastante distinta. Emociona bastante mas nunca é piegas. O elenco é um deslumbre, todos muito bem. Agridoce e delicado.
Uma bela (e longa) biografia sobre não só o homem, mas a criação da criatura, que de fato mudou os rumos da geopolítica do século XX. Tudo muito bem feito, bem produzido, com um bom roteiro, mas que nunca chega de fato a empolgar. Tem alguns momentos realmente fascinantes - como a cena final - mas nunca chega a empolgar totalmente. Durante todo o filme, me lembrei de "A Rosa de Hiroshima", do Vinicius.
Incrivelmente atual pelos temas que aborda, Zona de Interesse é um retrato assombroso do dia a dia de uma família normal, se não fosse o fato do pai ser o diretor do campo de concentração de Auschwitiz e a casa estar ao lado do dele. Todo o tempo ouvimos o que se passa atrás do muros mas o que vemos é o belo jardim, as flores, a videira. As imagens são sempre distanciadas, não temos closes dos rotos dos atores, mas ainda assim é difícil não se impressionar mais uma vez com Sandra Hùller, uma mãe de família amorosa e quer a todo custo o conforto dos seus. Um filme assustador em diversos sentidos, necessário, que deve ser visto e analisado. O final é devastador.
Um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos, com muitas nuances e discussões sobre questões que são bastante atuais. A atuação da Sandra Hüller é repleta de nuances e sem artificialismos. O ator que faz o filho, Milo Machado-Graner também é fabuloso. Nem vou falar do Messi, o cachorro. Direção, edição, roteiro, tudo muito preciso, diálogos de uma naturalidade pouco vista. Talvez um pouco pesado para quem não esteja muito habituado com um ritmo mais contemplativo, conclui de forma exemplar - mas sei que para muito pode ser frustrante. Diretora e elenco para acompanhar com cuidado.
Como toda a cinematografia de Yorgos Lanthimos, Probres Criaturas traz sempre o incômodo e o desassego a quem os assiste. Tecnicamente o filme é um deslumbre, a direção de arte primorosa, a música, os figurinos, a câmera. Uma bela experiência sensorial. Emma Sone entrega-se ao papel com alma e tem uma interpretação marcante.. Dafoe, Ruffalo, Youssef tão estão fantásticos - e vários outros atores, em papéis pequenos e marcantes, como Hanna Schygulla e Kathryn Hunter. A trama ressoa por muito tempo em nossa mente, não digerimos imediatamente tudo que nos é mostrado. Ou seja, traz o incômodo da arte.
Excelente elenco, uma produção meticulosamente planejada, dirigida, uso expressivo de cores e música. Tudo muito bem pensado para um roteiro que não decola em nenhum momento. Uma pen desperdiçar tantos talentos.
Cate Blanchett é magnífica. Consegue dar camadas e mais camadas a um personagem difícil, na maior parte das vezes egocêntrico e desagradável, até o ponto em que somos capazes de entender sua humanidades, falível portanto. O roteiro e a direção são magníficos, sabendo explorar tanto os silêncios quanto os ruídos, em que nada é gratuito. Um filme para quem aprecia a arte, seja música ou outra manifestação, tentando aproximar-se da sua complexidade. Tenho certeza de que o filme irá ressoar ainda muito tempo em mim.
Um discussão sobre relações familiares está no cerne deste filme de Dolan, que apesar de bastante premiado, tem menos força que suas outras obras, mas que ainda tem muito a dizer. O elenco estelar ajuda muito, todos muito bem em seus papeis, com Nathalie Bayer absolutamente gigantesca. Muito do que não é dito se traduz nos olhares, e os olhos de Marion Cotillard são inesquecíveis. Há uma cena, logo no começo do filme, que sua expressividade me lembrou Liv Ulman em Sonata de Outono, de Bergman, uma das cenas mais marcantes de minha vida cinéfila. em que em silêncio, vemos somente seus olhos e ouvimos a voz de Ingrid Bergman. Arrepiante. Dolan é um grande cineasta e bebe em boas fontes.
Uma série sobre zumbis infectados por fundos que, na verdade, pouco aparecem. Os humanos, no entanto, parecem muito piores e mais assustadores, sejam eles soldados da Fedra ou rebeldes, grupos de religiosos ou saqueadores. Baseado em um game, tem um roteiro interessante, talvez mais para aqueles que não conheçam o jogo. Bem dirigido, fotografado, com música marcante e uma dupla central com química e carisma suficiente para carregar a série nas costas. Mas vamos ver como se desenvolvem as outras temporadas, se conseguem manter a qualidade - e o interesse - desta ´primeira temporada.
Um filme desconcertante, que trata da dificuldade que os seres humanos tem em se relacionar, buscando algo em comum, o que muitas vezes é difícil, e deve ser criado, com as outras pessoas. Em muitos momentos lembrou-me o Mito do Andrógino, que aparece em O Banquete, com a busca eterna por sua metade arrancada, seja homem ou mulher. Traz excelentes interpretações de Colin Farrel e Rachel Weisz,. uma cinematografia e trilha sonora deslumbrantes e a direção sempre criativa e segura de Lanthimos. Cada vez mais gosto dos filmes desse diretor.
Perturbador em sua visão das relações familiares, do poder masculino, da submissão, do abuso. Um filme incômodo de um diretor que tem tido uma carreira consistente. Mas não é de todo satisfatório.
Um filme bastante interessante, que discute a necessidade de atenção e exposição das pessoas e até onde elas podem chegar para conseguir isso. Exagera um pouco, mas tem excelentes ideais e um elenco bastante eficiente. A direção imprime um bom ritmo sem arriscar muito na narrativa. Diverte e faz pensar.
Mais uma adaptação de Agatha Christie por Kenneth Brannagh e como as anteriores nada memoráveis. Nessa a fotografia é deslumbrante - claro que o fato de ter sido filmado em Veneza ajuda muito. Cria Clima e tem personagens interessantes, como o filho do médico, a vidente e a governanta. Sou fá de Camille Cottin e adorei seu personagem. Tina Fey também está ótima em seu papel. Algumas opções da direção não funcionam muito, mas tudo é de muito bom gosto e elegante. Uma excelente diversão .
Romance fofinho, esquemático, com atores bonitos e bem posicionados, uma história de príncipe encantado gay. É divertido, mas um pouco repetitivo e óbvio em duas conclusões. Mas é bom de assistir e confesso que adorei a cena no museu (acho que é o Vitoria & Albert, escolha perfeita para uma história de amor na realeza) e a dos dois tocando Bach. Entrega o que promete.
Poderia ter sido um bom filme, até mesmo algo memorável. Mas falta ritmo, o filme é longo, maçante, o que é imperdoável para o que se propõe. Mas não é de todo mal, com um desenho de produção interessante - que faz uma mistura de referências fieis à mistura do roteiro - atores que não atrapalham e bons efeitos. E só.
Sou fá de filmes de ficção científica desde que assistia Perdidos no Espaço e outros clássicos da televisão. E este talvez pudesse ter sido grande, se não fosse um texto muito ruim, derivativo, e com alguns diálogos inacreditáveis. Tem um visual interessante, ainda que um pouco poluído para as dimensões da tela da televisão, talvez no cinema ficasse melhor. O elenco é ok mas nada chega a empolgar. É uma pena.
Com ecos do teatro trágico grego na forma de Ifigênia, esse filme cria um clima de medo e insegurança que não se sabe exatamente de onde vem. Há uma ambiguidade constante nas relações dos personagens, principalmente entre Martin e Steven. Nada é muito explicado, no entanto. Há uma inexorabilidade por detrás desse anjo vingador que se insere numa família, a seduz e a destrói. O elenco está excepcional, a direção segura, a música um primor, tecnicamente o filme é de uma beleza estonteante. Mas talvez por demais frio. Mesmo assim, uma bela experiência.
Uma história de vingança bem contada e que consegue manter surpresas é o que traz esse filme, ganhador do Oscar de Roteiro. Conta com excelentes interpretações, principalmente de Carey Mulligan, que tem a dose certa de determinação, loucura e fragilidade que seu personagem precisa. Incomoda um pouco, às vezes, a artificialidade, propositada, de algumas tomadas, que gera um certo artificialismo, não que não sejam bonitas, como na cena em que está em um sofá em sua casa e recebe uma amiga que lhe traz uma revelação. Por outro lado, há uma pequena cena em que a música é utilizada de forma extremamente bela e dramática, com Wagner pontuando com maestria um arroubo de violência que lembra o Michael Douglas de Um dia de Fúria. Enfim, um filme que demora um pouco a esquentar, mas depois não nos deixa até a cena final.
Sense8 (2ª Temporada)
4.3 893 Assista AgoraUma experiência muito interessante, intensa e libertária. Toda a trama envolvendo a perseguição da organização, as fugas mirabolantes, as soluções encontradas não faz muitas vezes sentido, mas no universo criado pela irmãs Wachowski elas vão desvelando muitas das feições de nossa sociedade. A conexão entre os personagens é baseada no amor, seja físico ou espiritual, e quanto isso importa, quanto ele faz falta em um mundo em que a solidão é cada vez mais presente. De fato não gostei de tudo, mas gostei de muito.
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista AgoraEstreada há quase dez anos, esta série ainda consegue despertar interesse, pela trama intrigante e a humanidades com que é tratada a miríade de personagens, cada um com suas trajetória. Algumas coisas não ficam clara, outras não estão bem, mas o resultado é bastante positivo. Não sei como serão as próximas cenas, mas até agora está bem legal.
Star Wars: The Bad Batch (3ª Temporada)
4.1 17Das séries que vi até o momento que fazem parte do universo Star Wars, essa é uma das minhas preferidas. Gosto dos personagens, do desenvolvimento, da animação, do fato de não ficar tentando ser fofinha, Termina de forma muito legal, com muita ação e emoção. REcomendo.
A Vingança Está na Moda
3.6 330 Assista AgoraA velha trama da pessoa injustiçada que volta à cidade natal para se vingar ganha aqui uma nova roupagem - e que roupagem!!! Divertida e cheia de humor ácido, essa comédia australiana foi para mim uma grata surpresa Esteticamente é muito apurada, com a aridez do cenário e a exuberância da personagem de Kate Winslet, sempre uma atriz interessante. Mas para mim o grande destaque foi Judy Davis, um personagem delicioso, ranzinza, desbocado, que tem as melhores falas. Hugo Weaving também brilha, com seu policial um pouco fora da curva - ele correndo para ver os espelhos que estão numa árvore é antológico. Diversão garantida para quem não se importar com um pouco da brizarrice do ser humano.
Todos Nós Desconhecidos
3.8 201 Assista AgoraUma dor profunda permeia essa história, de perdas e de escolhas, dor da profunda solidão das cidades. O silêncio se faz presente em muitos momentos, e a música explode como alento e socorro. Bem dirigido, mas principalmente bem interpretado> Andrew Scott e Paul Mescal transmitem o desespero exato de seus personagens. Claire Foy e Jamie Bell o equilíbrio das emoções, o contraponto necessário à fúria. É um filme que ressoa por muito tempo.
O Problema dos 3 Corpos (1ª Temporada)
3.4 171 Assista AgoraIntrigante desde o principio, essa série tem uma produção caprichada, com bons atores e aparentemente bastante dinheiro na produção. Mas em alguns momentos exige do espectador uma suspensão da verossimilhança maior do que podemos conceder. As solução poderiam ser melhor buriladas portanto. ?Fiquei bastante curioso por conhecer a versão chinesa. Não sei se quando saia a segunda temporada nos incomodemos em vê-la, se a interrogação deixada vai ser forte o suficiente para despertar a nossa curiosidade. Esperemos para ver.
Monstro
4.3 283 Assista AgoraMuito sensível em sua abordagem, este filme de Koreeda traz várias perspectivas para contar uma história sobre a difícil passagem pela adolescência, em que desejo e medos se misturam e nem tudo pode ser dito. Lembrou-me muito Close, mas traz uma abordagem bastante distinta. Emociona bastante mas nunca é piegas. O elenco é um deslumbre, todos muito bem. Agridoce e delicado.
Oppenheimer
4.0 1,1KUma bela (e longa) biografia sobre não só o homem, mas a criação da criatura, que de fato mudou os rumos da geopolítica do século XX. Tudo muito bem feito, bem produzido, com um bom roteiro, mas que nunca chega de fato a empolgar. Tem alguns momentos realmente fascinantes - como a cena final - mas nunca chega a empolgar totalmente. Durante todo o filme, me lembrei de "A Rosa de Hiroshima", do Vinicius.
Zona de Interesse
3.6 607 Assista AgoraIncrivelmente atual pelos temas que aborda, Zona de Interesse é um retrato assombroso do dia a dia de uma família normal, se não fosse o fato do pai ser o diretor do campo de concentração de Auschwitiz e a casa estar ao lado do dele. Todo o tempo ouvimos o que se passa atrás do muros mas o que vemos é o belo jardim, as flores, a videira. As imagens são sempre distanciadas, não temos closes dos rotos dos atores, mas ainda assim é difícil não se impressionar mais uma vez com Sandra Hùller, uma mãe de família amorosa e quer a todo custo o conforto dos seus. Um filme assustador em diversos sentidos, necessário, que deve ser visto e analisado. O final é devastador.
Anatomia de uma Queda
4.0 828 Assista AgoraUm dos melhores filmes que vi nos últimos tempos, com muitas nuances e discussões sobre questões que são bastante atuais. A atuação da Sandra Hüller é repleta de nuances e sem artificialismos. O ator que faz o filho, Milo Machado-Graner também é fabuloso. Nem vou falar do Messi, o cachorro. Direção, edição, roteiro, tudo muito preciso, diálogos de uma naturalidade pouco vista. Talvez um pouco pesado para quem não esteja muito habituado com um ritmo mais contemplativo, conclui de forma exemplar - mas sei que para muito pode ser frustrante. Diretora e elenco para acompanhar com cuidado.
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraComo toda a cinematografia de Yorgos Lanthimos, Probres Criaturas traz sempre o incômodo e o desassego a quem os assiste. Tecnicamente o filme é um deslumbre, a direção de arte primorosa, a música, os figurinos, a câmera. Uma bela experiência sensorial. Emma Sone entrega-se ao papel com alma e tem uma interpretação marcante.. Dafoe, Ruffalo, Youssef tão estão fantásticos - e vários outros atores, em papéis pequenos e marcantes, como Hanna Schygulla e Kathryn Hunter. A trama ressoa por muito tempo em nossa mente, não digerimos imediatamente tudo que nos é mostrado. Ou seja, traz o incômodo da arte.
Asteroid City
3.1 197 Assista AgoraExcelente elenco, uma produção meticulosamente planejada, dirigida, uso expressivo de cores e música. Tudo muito bem pensado para um roteiro que não decola em nenhum momento. Uma pen desperdiçar tantos talentos.
Tár
3.7 396 Assista AgoraCate Blanchett é magnífica. Consegue dar camadas e mais camadas a um personagem difícil, na maior parte das vezes egocêntrico e desagradável, até o ponto em que somos capazes de entender sua humanidades, falível portanto. O roteiro e a direção são magníficos, sabendo explorar tanto os silêncios quanto os ruídos, em que nada é gratuito. Um filme para quem aprecia a arte, seja música ou outra manifestação, tentando aproximar-se da sua complexidade. Tenho certeza de que o filme irá ressoar ainda muito tempo em mim.
É Apenas o Fim do Mundo
3.5 304 Assista AgoraUm discussão sobre relações familiares está no cerne deste filme de Dolan, que apesar de bastante premiado, tem menos força que suas outras obras, mas que ainda tem muito a dizer. O elenco estelar ajuda muito, todos muito bem em seus papeis, com Nathalie Bayer absolutamente gigantesca. Muito do que não é dito se traduz nos olhares, e os olhos de Marion Cotillard são inesquecíveis. Há uma cena, logo no começo do filme, que sua expressividade me lembrou Liv Ulman em Sonata de Outono, de Bergman, uma das cenas mais marcantes de minha vida cinéfila. em que em silêncio, vemos somente seus olhos e ouvimos a voz de Ingrid Bergman. Arrepiante. Dolan é um grande cineasta e bebe em boas fontes.
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista AgoraUma série sobre zumbis infectados por fundos que, na verdade, pouco aparecem. Os humanos, no entanto, parecem muito piores e mais assustadores, sejam eles soldados da Fedra ou rebeldes, grupos de religiosos ou saqueadores. Baseado em um game, tem um roteiro interessante, talvez mais para aqueles que não conheçam o jogo. Bem dirigido, fotografado, com música marcante e uma dupla central com química e carisma suficiente para carregar a série nas costas. Mas vamos ver como se desenvolvem as outras temporadas, se conseguem manter a qualidade - e o interesse - desta ´primeira temporada.
O Lagosta
3.8 1,5K Assista AgoraUm filme desconcertante, que trata da dificuldade que os seres humanos tem em se relacionar, buscando algo em comum, o que muitas vezes é difícil, e deve ser criado, com as outras pessoas. Em muitos momentos lembrou-me o Mito do Andrógino, que aparece em O Banquete, com a busca eterna por sua metade arrancada, seja homem ou mulher. Traz excelentes interpretações de Colin Farrel e Rachel Weisz,. uma cinematografia e trilha sonora deslumbrantes e a direção sempre criativa e segura de Lanthimos. Cada vez mais gosto dos filmes desse diretor.
Dente Canino
3.8 1,2KPerturbador em sua visão das relações familiares, do poder masculino, da submissão, do abuso. Um filme incômodo de um diretor que tem tido uma carreira consistente. Mas não é de todo satisfatório.
Doente de Mim Mesma
3.9 96 Assista AgoraUm filme bastante interessante, que discute a necessidade de atenção e exposição das pessoas e até onde elas podem chegar para conseguir isso. Exagera um pouco, mas tem excelentes ideais e um elenco bastante eficiente. A direção imprime um bom ritmo sem arriscar muito na narrativa. Diverte e faz pensar.
A Noite das Bruxas
3.2 190Mais uma adaptação de Agatha Christie por Kenneth Brannagh e como as anteriores nada memoráveis. Nessa a fotografia é deslumbrante - claro que o fato de ter sido filmado em Veneza ajuda muito. Cria Clima e tem personagens interessantes, como o filho do médico, a vidente e a governanta. Sou fá de Camille Cottin e adorei seu personagem. Tina Fey também está ótima em seu papel. Algumas opções da direção não funcionam muito, mas tudo é de muito bom gosto e elegante. Uma excelente diversão .
Vermelho, Branco e Sangue Azul
3.6 305 Assista AgoraRomance fofinho, esquemático, com atores bonitos e bem posicionados, uma história de príncipe encantado gay. É divertido, mas um pouco repetitivo e óbvio em duas conclusões. Mas é bom de assistir e confesso que adorei a cena no museu (acho que é o Vitoria & Albert, escolha perfeita para uma história de amor na realeza) e a dos dois tocando Bach. Entrega o que promete.
Resistência
3.3 266 Assista AgoraPoderia ter sido um bom filme, até mesmo algo memorável. Mas falta ritmo, o filme é longo, maçante, o que é imperdoável para o que se propõe. Mas não é de todo mal, com um desenho de produção interessante - que faz uma mistura de referências fieis à mistura do roteiro - atores que não atrapalham e bons efeitos. E só.
Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo
2.6 308 Assista AgoraSou fá de filmes de ficção científica desde que assistia Perdidos no Espaço e outros clássicos da televisão. E este talvez pudesse ter sido grande, se não fosse um texto muito ruim, derivativo, e com alguns diálogos inacreditáveis. Tem um visual interessante, ainda que um pouco poluído para as dimensões da tela da televisão, talvez no cinema ficasse melhor. O elenco é ok mas nada chega a empolgar. É uma pena.
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraCom ecos do teatro trágico grego na forma de Ifigênia, esse filme cria um clima de medo e insegurança que não se sabe exatamente de onde vem. Há uma ambiguidade constante nas relações dos personagens, principalmente entre Martin e Steven. Nada é muito explicado, no entanto. Há uma inexorabilidade por detrás desse anjo vingador que se insere numa família, a seduz e a destrói. O elenco está excepcional, a direção segura, a música um primor, tecnicamente o filme é de uma beleza estonteante. Mas talvez por demais frio. Mesmo assim, uma bela experiência.
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraUma história de vingança bem contada e que consegue manter surpresas é o que traz esse filme, ganhador do Oscar de Roteiro. Conta com excelentes interpretações, principalmente de Carey Mulligan, que tem a dose certa de determinação, loucura e fragilidade que seu personagem precisa. Incomoda um pouco, às vezes, a artificialidade, propositada, de algumas tomadas, que gera um certo artificialismo, não que não sejam bonitas, como na cena em que está em um sofá em sua casa e recebe uma amiga que lhe traz uma revelação. Por outro lado, há uma pequena cena em que a música é utilizada de forma extremamente bela e dramática, com Wagner pontuando com maestria um arroubo de violência que lembra o Michael Douglas de Um dia de Fúria. Enfim, um filme que demora um pouco a esquentar, mas depois não nos deixa até a cena final.