Assisti no embalo do Godzilla: Minus one (que é ótimo!), mas pelamor, que decepção. Este é o pior roteiro que vi em anos, aliás, no momento, não lembro de um roteiro pior. História sem pé nem cabeça, justificativas toscas, furos, soluções fáceis (uma porta não abre? enfia algo no painel que abre! kkk Isso pra não citar algo na mesma linha no clímax da história), todo mundo tem um parente morto pra gerar empatia, os dois adolescentes e o cara lá não tem a mínima relevância para a história, não sabem fazer nada, e miraculosamente acabam no centro dos eventos... É tanta tosquice que com certeza esqueci algumas. Bomba!
De maneiro, só o Mechagodzilla, mas não foi o suficiente para subir a nota para 1 estrela kkk
"Ai, eu amo tanto a minha filha, ela é maravilhosa. Mas não vou tentar ficar saudável pra conviver com ela por muito tempo, vou morrer e deixar dinheiro pra ela."
Não dá, né. Depois de Mãe! e este aqui, chega de Aronofsky.
Enquanto assistia, ficava pensando: como é possível? Como é possível alguém alinhar um grupo de pessoas contra uma parede e fuzilá-las sem remorso (isso para citar apenas uma forma de atrocidade)? Definitivamente ainda somos muitos primitivos, pouco acima da pura animalidade (digo na complexidade de raciocínio, pois definitivamente somos piores que os animais). Quanto tempo será necessário para que a nossa consciência evolua a ponto de não haver mais exércitos, guerras e matanças sem sentido? Centenas, milhares de anos, talvez nunca.
"- Acho que ele queria se afastar de nós por ser tão infeliz consigo mesmo. - É verdade, Chloe? Você sentia isso? - Não sei. Tivemos bons momentos. Não conheci muitas pessoas felizes na minha vida. Como elas agem?"
Tive uma percepção diferente sobre o ponto central do filme. No meu modo de ver, não é um filme sobre capitalismo/socialismo, desigualdades sociais, ganância ou trabalho/mérito. É sobre não transmitirmos o legado de nossa miséria (perdão Machado de Assis xD).
E isso fica bem evidente no diálogo entre pai e filha no hospital:
- De onde vem tudo isso? - De onde você pensa? Genes, papai, herança.Sementes podres. Somos todos más sementes. Subumanas. - Vá e tenha alguns filhos. Talvez eles saiam diferentes. - Diferentes de todos? Não há algo como "diferente". E não sinto necessidade de experiências nesta área; é dolorosa, cara e sem sentido. - O que quis dizer com esse "sem sentido"? Desculpas idiotas. Você está tentando evitar ser responsável. - Papai, irresponsabilidade é produzir descendentes que, você sabe, são doentes e condenados, já que os pais são igualmente doentes e condenados. E só porque todos fazem assim, só porque aparentemente há um "sentido maior" para tudo, que não cabe a nós compreender.
Este trecho é o mais explícito, porém há muitas coisas sutis que corroboram com esta ótica. Que a miséria, não necessariamente financeira, vai sendo transmitida (seja pelos genes, ou por simples imitação de comportamentos).
O pai fala que a filha é uma hedonista, que deve ter herdado tal característica da mãe. Quanto à descendência da Elena, fica ainda mais claro, com o Sasha repetindo o comportamento do Sergey, na cena do videogame (onde o pai quem perde o foco) , e também naquela em que ele cospe da sacada, o pai faz isso no início do filme e o filho, no final. E a Elena deve ter se separado do primeiro marido porque provavelmente ele deveria ter um comportamento parecido com o do filho deles. E quando o Sergey anuncia que mais um filho está a caminho, para mim foi automático pensar "mais um para viver e crescer nessa situação?".
Quanto à cena da briga, que alguns ficaram com dúvida com relação ao seu sentido, e no meu ver também se encaixa nesta abordagem.
Todos eles preocupados com o futuro do Sasha, com a Elena cometendo um crime (parcialmente, talvez) por sua causa, e ele na sua miséria, indo participar de brigas de gangues adolescentes. Todo o esforço desperdiçado. E no fim das contas, com dinheiro ou sem, eles continuariam condenados, como mostra no final, o Sergey mantendo o mesmo comportamento, e todos assistindo programas imbecis na TV.
E claro, a obra ainda vai além deste aspecto que citei, ainda há vários assuntos que eu poderia citar aqui, mas nem quero estender mais este post. Mais um filmaço do Zvyagintsev, diretor fantástico, seus filmes são todos extremamente relevantes. E devo dizer que concordo com a ótica apresentada, também não pretendo ajudar a perpetuar a espécie. :D
Pessoal reclamando que o filme não possui ação suficiente... Em que momento é dito que o filme terá ação ininterrupta? Suas pré-concepções os impedem de apreciar a obra de forma mais completa
Dito isso, filme maravilhoso, gostei dele em todos os aspectos... O roteiro é muito bom, com sua incursão pela cultura amish (com uma abordagem equilibrada, sem defender ou endeusar), direção do Peter Weir excelente, que funciona tanto nas cenas mais tensas quanto nas mais sensíveis; a trilha sonora de Maurice Jarre é marcante e a fotografia é belíssima. Apreciei demais algumas cenas e sequências, entre elas:
- A sequência inicial, até sermos informados que estamos em 1984; - O momento em que o Samuel reconhece o assassino; - A sequência da construção do celeiro, linda demais, pela mensagem, beleza estética e trilha sonora complementando; - O momento em que o gorro/capuz da Rachel delicadamente cai no chão. - John e Rachel dançando no celeiro; - Quando os policiais chegam à fazenda dos Lapp; - O momento em que um dos policiais é soterrado pelos grãos.
Enfim, são tantos ótimos momentos, com certeza não lembrei de todos.
A reflexão relacionada às armas também é muito relevante:
Armas quando utilizadas contra uma ou um pequeno grupo de pessoas, é muito efetiva. Mas contra uma grande quantidade de pessoas, ela é inútil, pois quem possui a(s) armas(s) vai fazer o quê, matar todo mundo? Tanto que o último policial, diante de muitas pessoas com propósito pacífico, ficou impotente, paralisado.
Filme bastante subestimado, irei revê-lo em algum ponto.
Quando o Goodman vai entrevistar o Simon Rifkind, vemos de relance algumas coisas na casa... Os pais imóveis em frente à pia, e a torneira aberta com água correndo; Goodman sobe um andar a mais e vê alguém caminhando, mas o Simon diz que não há mais ninguém na casa; por que o Simon tranca a porta do quarto? Ele está em casa mas não está sozinho; finalmente, alguém bate à porta mas não se identifica, Simon apenas diz para o alguém ir embora, também sem identificar quem está do outro lado... O que afinal está acontecendo na casa? As possibilidades são arrepiantes
Este terror totalmente sugestivo funcionou bem demais, queria um spin-oof só com essa parte. :D Ótimo filme, uma pena o final ser bem meia boca... Mas poderia ter uma continuação, facilmente.
Esse filme me fez pensar muito. Fazia tempo que isso não acontecia, por vezes eu começava a refletir sobre um trecho e tinha que voltar alguns diálogos. Mas enfim, a principal reflexão gerada por este filme: Como todos esses desejos mundanos são pífios: "Ah, se eu for mais bonita(o), eu serei feliz", "se eu ficar com certa pessoa eu serei feliz", e por aí vai... O mundo não liga para esses desejos, o universo é completamente indiferente a esses desejos. Essas ideias que permeiam o senso comum, a "busca pela felicidade", "nascemos para sermos felizes", são uma fonte de tantas infelicidades.
E o filme explora isso bem demais, aqueles personagens tão centrados em si mesmos, enxergando apenas o seu "objetivo", nada muito diferente da realidade. Os embates entre desejo x moralidade, fins x meios, são muito instigantes. Um filmaço, uma pena que o formato (ou o baixo orçamento) deixa o desenvolvimento um pouco cansativo. E renderia uma série facilmente.
Nossa, velho... Estava sendo um filme fudido demais, aí conseguiram cagar tudo em 3 minutos. Um negócio que não faz sentido, que não tinha indício algum, zuado demais. Ia dar 5 estrelas, nem sei qual nota dar agora.
Fiquei matutando após ver este documentário: Por que tantos desenhos infantis mostravam/mostram personagens sendo sacaneados ou ridicularizados? E que tipo de mensagem esses conteúdos passam às crianças (tanto a nível consciente como inconsciente)? Sem falar no lado mais explícito, envolvendo armas e violência. Deve ser muito difícil mensurar o impacto dessas coisas na personalidade das crianças (e futuros adultos), mas com certeza existe e não deve ser saudável.
E no meio desse sistema deturpado, Fred Rogers era um respiro de calma, tranquilidade, silêncio, reflexão... E ele também foi um contestador, mesmo que com toda a suavidade do mundo. Fiquei feliz por ter tido a oportunidade de conhecer a história de uma pessoa tão admirável. Triste saber que
que algumas pessoas não foram capazes de respeitá-lo mesmo na sua morte, aquele episódio no enterro dele foi grotesco e revoltante. Fanáticos religiosos fazendo merda desde sempre.
Enfim, belíssimo doc, extremamente recomendável. Faz com que queiramos ser um pouco mais gentis com as pessoas, sejam elas mais próximas ou simples desconhecidos.
Depois de tantos filmes excelentes, a decadência. Ela chegou também para o Brisseau. Tentei encontrar algum ponto positivo nesse negócio, mas não deu. Descartável, bomba, constrangedor, são alguns dos adjetivos que me vem à mente.
Drake Doremus consegue capturar e retratar muito bem os relacionamentos contemporâneos, Like Crazy também é um ótimo exemplar disso. Newness tem uma pegada bem similar e cativa por soar muito real e natural, com situações e diálogos verossímeis que nos fazem criar empatia com os protagonistas (por sinal, ambos estão muito bem). Nos faz pensar sobre os nossos relacionamentos, relacionamentos em geral, monogamia e afins. Muito válido.
Enfim, gostei bastante do conjunto da obra, pena que cagaram esse final. Quer dizer então que
um relacionamento só pode funcionar se for monogâmico? Que o único jeito de fazer algo funcionar é dentro de um regime regido por limitações e possessividade? Se a monogamia funciona para muitas pessoas, ok, mas não acho que seja essa a única alternativa.
De modo que esta certa "apologia" diminuiu um pouco a minha apreciação pelo filme, acho até que um final aberto poderia ser mais interessante. 4 estrelas.
Este é mais um daqueles filmes com poucos personagens e apenas uma locação, mas que me ganhou pelo ótimo roteiro, com bons protagonistas e bons diálogos. Apesar de demorar um pouco para apresentar novos personagens, a trama flui bem, a tensão é crescente e o final é excelente. Gostei muito do diálogo final, marcante. :D
Basicamente, Vernon e Medora são irmãos que vivem em um relacionamento incestuoso. No início do filme a Medora fala para o Mr. Core que ela conhece o Vernon desde sempre (ou algo assim), ela também diz que não tem uma memória em que ele não esteja nela; o que indica que eles são irmãos. E no final o velho que vivia isolado fala como os dois tem os cabelos da mesma cor. Também imaginei que a velha que aparece no final ajudando a cuidar do Mr. Core é a mãe deles. Ela também pega as botas que pertenciam ao filho dela e sai, possivelmente com intenção de devolvê-las.
Eles também pensam/acreditam que são lobos, algo que se evidencia pelo uso da máscara de lobo. A mulher mata o filho por 2 possíveis motivos: Ou por não querer que ele viva naquele ambiente, naquela escuridão (a escuridão pode ser algo que vem na família), ou por ele ter algum tipo de problema, já que era fruto de incesto. Em certo momento, há um paralelo, quando fala sobre os lobos matarem filhotes se necessário para a sobrevivência do grupo.
Posso ter perdido outros pontos, se alguém quiser acrescentar algo. Enfim, mais um bom filme do Jeremy Saulnier, uma pena que pecou por ter deixado lacunas em excesso no roteiro.
Uma excelente ideia que poderia ter rendido mais com caras melhores na direção e no roteiro. Eu até iria dizer Villeneuve como diretor, mas aí seria apelação, já que o cara não erra. xD Algumas escolhas da direção e os diálogos muito fracos prejudicam a experiência. O que foi aquela cena em que o Grey recupera os movimentos? A mão se elevando com uma trilha sonora beirando algo religioso de fundo... Não dá, né! ahuehaeuhau
Poderia ter sido espetacular, mas é divertido e dinâmico o suficiente para entreter.
Godzilla vs. Kong
3.1 794 Assista AgoraAssisti no embalo do Godzilla: Minus one (que é ótimo!), mas pelamor, que decepção. Este é o pior roteiro que vi em anos, aliás, no momento, não lembro de um roteiro pior. História sem pé nem cabeça, justificativas toscas, furos, soluções fáceis (uma porta não abre? enfia algo no painel que abre! kkk Isso pra não citar algo na mesma linha no clímax da história), todo mundo tem um parente morto pra gerar empatia, os dois adolescentes e o cara lá não tem a mínima relevância para a história, não sabem fazer nada, e miraculosamente acabam no centro dos eventos... É tanta tosquice que com certeza esqueci algumas. Bomba!
De maneiro, só o Mechagodzilla, mas não foi o suficiente para subir a nota para 1 estrela kkk
A Baleia
4.0 1,0K Assista Agora"Ai, eu amo tanto a minha filha, ela é maravilhosa. Mas não vou tentar ficar saudável pra conviver com ela por muito tempo, vou morrer e deixar dinheiro pra ela."
Não dá, né. Depois de Mãe! e este aqui, chega de Aronofsky.
Quando Nem Um Amante Resolve
3.4 6Caralho, esse deve ser o pior título em português que já vi! E não há nada de comédia nesse filme, muito pelo contrário.
Filmaço, duro, adulto, merecia ser muito mais visto.
Putney Swope
3.6 3 Assista Agora"- Armas, baby.
- Uma arma não vai te arrumar um emprego.
- Mas vai eliminar a competição.
- Quem diabos quer um emprego???"
ariariariairaira
Além do Silencio
3.4 1"- You love the dream. Now she has become real for you. The way your grandmother was for me. Real is not easy."
O Carteiro e o Poeta
4.2 300" - Há um mês que Mario Ruoppolo está frequentando minha taberna, e seduziu minha sobrinha.
- O que ele disse?
- Metáforas."
Valsa com Bashir
4.2 305 Assista AgoraEnquanto assistia, ficava pensando: como é possível? Como é possível alguém alinhar um grupo de pessoas contra uma parede e fuzilá-las sem remorso (isso para citar apenas uma forma de atrocidade)? Definitivamente ainda somos muitos primitivos, pouco acima da pura animalidade (digo na complexidade de raciocínio, pois definitivamente somos piores que os animais). Quanto tempo será necessário para que a nossa consciência evolua a ponto de não haver mais exércitos, guerras e matanças sem sentido? Centenas, milhares de anos, talvez nunca.
O Reencontro
3.5 42 Assista Agora"- Acho que ele queria se afastar de nós por ser tão infeliz consigo mesmo.
- É verdade, Chloe? Você sentia isso?
- Não sei. Tivemos bons momentos. Não conheci muitas pessoas felizes na minha vida. Como elas agem?"
Elena
3.5 46Tive uma percepção diferente sobre o ponto central do filme. No meu modo de ver, não é um filme sobre capitalismo/socialismo, desigualdades sociais, ganância ou trabalho/mérito. É sobre não transmitirmos o legado de nossa miséria (perdão Machado de Assis xD).
E isso fica bem evidente no diálogo entre pai e filha no hospital:
- De onde vem tudo isso?
- De onde você pensa? Genes, papai, herança.Sementes podres. Somos todos más sementes. Subumanas.
- Vá e tenha alguns filhos. Talvez eles saiam diferentes.
- Diferentes de todos? Não há algo como "diferente". E não sinto necessidade de experiências nesta área; é dolorosa, cara e sem sentido.
- O que quis dizer com esse "sem sentido"? Desculpas idiotas. Você está tentando evitar ser responsável.
- Papai, irresponsabilidade é produzir descendentes que, você sabe, são doentes e condenados, já que os pais são igualmente doentes e condenados. E só porque todos fazem assim, só porque aparentemente há um "sentido maior" para tudo, que não cabe a nós compreender.
Este trecho é o mais explícito, porém há muitas coisas sutis que corroboram com esta ótica. Que a miséria, não necessariamente financeira, vai sendo transmitida (seja pelos genes, ou por simples imitação de comportamentos).
O pai fala que a filha é uma hedonista, que deve ter herdado tal característica da mãe. Quanto à descendência da Elena, fica ainda mais claro, com o Sasha repetindo o comportamento do Sergey, na cena do videogame (onde o pai quem perde o foco) , e também naquela em que ele cospe da sacada, o pai faz isso no início do filme e o filho, no final. E a Elena deve ter se separado do primeiro marido porque provavelmente ele deveria ter um comportamento parecido com o do filho deles. E quando o Sergey anuncia que mais um filho está a caminho, para mim foi automático pensar "mais um para viver e crescer nessa situação?".
Quanto à cena da briga, que alguns ficaram com dúvida com relação ao seu sentido, e no meu ver também se encaixa nesta abordagem.
Todos eles preocupados com o futuro do Sasha, com a Elena cometendo um crime (parcialmente, talvez) por sua causa, e ele na sua miséria, indo participar de brigas de gangues adolescentes. Todo o esforço desperdiçado. E no fim das contas, com dinheiro ou sem, eles continuariam condenados, como mostra no final, o Sergey mantendo o mesmo comportamento, e todos assistindo programas imbecis na TV.
E claro, a obra ainda vai além deste aspecto que citei, ainda há vários assuntos que eu poderia citar aqui, mas nem quero estender mais este post. Mais um filmaço do Zvyagintsev, diretor fantástico, seus filmes são todos extremamente relevantes. E devo dizer que concordo com a ótica apresentada, também não pretendo ajudar a perpetuar a espécie. :D
A Testemunha
3.6 142 Assista AgoraPessoal reclamando que o filme não possui ação suficiente... Em que momento é dito que o filme terá ação ininterrupta? Suas pré-concepções os impedem de apreciar a obra de forma mais completa
Dito isso, filme maravilhoso, gostei dele em todos os aspectos... O roteiro é muito bom, com sua incursão pela cultura amish (com uma abordagem equilibrada, sem defender ou endeusar), direção do Peter Weir excelente, que funciona tanto nas cenas mais tensas quanto nas mais sensíveis; a trilha sonora de Maurice Jarre é marcante e a fotografia é belíssima. Apreciei demais algumas cenas e sequências, entre elas:
- A sequência inicial, até sermos informados que estamos em 1984;
- O momento em que o Samuel reconhece o assassino;
- A sequência da construção do celeiro, linda demais, pela mensagem, beleza estética e trilha sonora complementando;
- O momento em que o gorro/capuz da Rachel delicadamente cai no chão.
- John e Rachel dançando no celeiro;
- Quando os policiais chegam à fazenda dos Lapp;
- O momento em que um dos policiais é soterrado pelos grãos.
Enfim, são tantos ótimos momentos, com certeza não lembrei de todos.
A reflexão relacionada às armas também é muito relevante:
Armas quando utilizadas contra uma ou um pequeno grupo de pessoas, é muito efetiva. Mas contra uma grande quantidade de pessoas, ela é inútil, pois quem possui a(s) armas(s) vai fazer o quê, matar todo mundo? Tanto que o último policial, diante de muitas pessoas com propósito pacífico, ficou impotente, paralisado.
Filme bastante subestimado, irei revê-lo em algum ponto.
Jejum de Amor
4.0 89 Assista AgoraGritaria do caralho.
Histórias de Além-Túmulo
3.2 244 Assista AgoraDivertido, criativo e com boas cenas e sustos. Não vi ninguém citar nos comentários, mas para mim a parte mais assustadora foi a seguinte:
Quando o Goodman vai entrevistar o Simon Rifkind, vemos de relance algumas coisas na casa... Os pais imóveis em frente à pia, e a torneira aberta com água correndo; Goodman sobe um andar a mais e vê alguém caminhando, mas o Simon diz que não há mais ninguém na casa; por que o Simon tranca a porta do quarto? Ele está em casa mas não está sozinho; finalmente, alguém bate à porta mas não se identifica, Simon apenas diz para o alguém ir embora, também sem identificar quem está do outro lado... O que afinal está acontecendo na casa? As possibilidades são arrepiantes
Este terror totalmente sugestivo funcionou bem demais, queria um spin-oof só com essa parte. :D Ótimo filme, uma pena o final ser bem meia boca... Mas poderia ter uma continuação, facilmente.
Pleasantville: A Vida em Preto e Branco
4.1 382 Assista Agora"- Where's my dinner?"
Histórias Que Só Existem Quando Lembradas
4.1 283 Assista Agora"- Por que é que você não morre também?
- E o café, quem é que faz?
- Hunf, café ruim.
- Não sou infeliz o suficiente."
Oportunistas
3.8 45 Assista AgoraEsse filme me fez pensar muito. Fazia tempo que isso não acontecia, por vezes eu começava a refletir sobre um trecho e tinha que voltar alguns diálogos. Mas enfim, a principal reflexão gerada por este filme: Como todos esses desejos mundanos são pífios: "Ah, se eu for mais bonita(o), eu serei feliz", "se eu ficar com certa pessoa eu serei feliz", e por aí vai... O mundo não liga para esses desejos, o universo é completamente indiferente a esses desejos. Essas ideias que permeiam o senso comum, a "busca pela felicidade", "nascemos para sermos felizes", são uma fonte de tantas infelicidades.
E o filme explora isso bem demais, aqueles personagens tão centrados em si mesmos, enxergando apenas o seu "objetivo", nada muito diferente da realidade. Os embates entre desejo x moralidade, fins x meios, são muito instigantes. Um filmaço, uma pena que o formato (ou o baixo orçamento) deixa o desenvolvimento um pouco cansativo. E renderia uma série facilmente.
Canastra Suja
3.8 117Nossa, velho... Estava sendo um filme fudido demais, aí conseguiram cagar tudo em 3 minutos. Um negócio que não faz sentido, que não tinha indício algum, zuado demais. Ia dar 5 estrelas, nem sei qual nota dar agora.
Um dos piores finais que já vi, pqp.
Fred Rogers: O Padrinho da Criançada
4.3 43Fiquei matutando após ver este documentário: Por que tantos desenhos infantis mostravam/mostram personagens sendo sacaneados ou ridicularizados? E que tipo de mensagem esses conteúdos passam às crianças (tanto a nível consciente como inconsciente)? Sem falar no lado mais explícito, envolvendo armas e violência. Deve ser muito difícil mensurar o impacto dessas coisas na personalidade das crianças (e futuros adultos), mas com certeza existe e não deve ser saudável.
E no meio desse sistema deturpado, Fred Rogers era um respiro de calma, tranquilidade, silêncio, reflexão... E ele também foi um contestador, mesmo que com toda a suavidade do mundo. Fiquei feliz por ter tido a oportunidade de conhecer a história de uma pessoa tão admirável. Triste saber que
que algumas pessoas não foram capazes de respeitá-lo mesmo na sua morte, aquele episódio no enterro dele foi grotesco e revoltante. Fanáticos religiosos fazendo merda desde sempre.
Enfim, belíssimo doc, extremamente recomendável. Faz com que queiramos ser um pouco mais gentis com as pessoas, sejam elas mais próximas ou simples desconhecidos.
Que le diable nous emporte
2.8 4Depois de tantos filmes excelentes, a decadência. Ela chegou também para o Brisseau. Tentei encontrar algum ponto positivo nesse negócio, mas não deu. Descartável, bomba, constrangedor, são alguns dos adjetivos que me vem à mente.
Que o diabo carregue esse filme. hahaha
Newness
3.4 232Drake Doremus consegue capturar e retratar muito bem os relacionamentos contemporâneos, Like Crazy também é um ótimo exemplar disso. Newness tem uma pegada bem similar e cativa por soar muito real e natural, com situações e diálogos verossímeis que nos fazem criar empatia com os protagonistas (por sinal, ambos estão muito bem). Nos faz pensar sobre os nossos relacionamentos, relacionamentos em geral, monogamia e afins. Muito válido.
Enfim, gostei bastante do conjunto da obra, pena que cagaram esse final. Quer dizer então que
um relacionamento só pode funcionar se for monogâmico? Que o único jeito de fazer algo funcionar é dentro de um regime regido por limitações e possessividade? Se a monogamia funciona para muitas pessoas, ok, mas não acho que seja essa a única alternativa.
Kamome Diner
4.1 22"- Alguma novidade?
- Alguém me deu um gato. E agora eu não posso voltar pra casa. Acho que vou ficar aqui por mais um tempo."
<3<3<3
Brothers' Nest
3.6 3Este é mais um daqueles filmes com poucos personagens e apenas uma locação, mas que me ganhou pelo ótimo roteiro, com bons protagonistas e bons diálogos. Apesar de demorar um pouco para apresentar novos personagens, a trama flui bem, a tensão é crescente e o final é excelente. Gostei muito do diálogo final, marcante. :D
"- Can I ask... What happened here?
- Just family shit." hahaha
Recomendo. Quem curte esse tipo de filme dificilmente irá se decepcionar.
Noite de Lobos
2.5 304 Assista AgoraPra quem não quer pesquisar sobre o filme ou perdeu alguns detalhes, seguem algumas ideias:
Basicamente, Vernon e Medora são irmãos que vivem em um relacionamento incestuoso. No início do filme a Medora fala para o Mr. Core que ela conhece o Vernon desde sempre (ou algo assim), ela também diz que não tem uma memória em que ele não esteja nela; o que indica que eles são irmãos. E no final o velho que vivia isolado fala como os dois tem os cabelos da mesma cor. Também imaginei que a velha que aparece no final ajudando a cuidar do Mr. Core é a mãe deles. Ela também pega as botas que pertenciam ao filho dela e sai, possivelmente com intenção de devolvê-las.
Eles também pensam/acreditam que são lobos, algo que se evidencia pelo uso da máscara de lobo. A mulher mata o filho por 2 possíveis motivos: Ou por não querer que ele viva naquele ambiente, naquela escuridão (a escuridão pode ser algo que vem na família), ou por ele ter algum tipo de problema, já que era fruto de incesto. Em certo momento, há um paralelo, quando fala sobre os lobos matarem filhotes se necessário para a sobrevivência do grupo.
Posso ter perdido outros pontos, se alguém quiser acrescentar algo. Enfim, mais um bom filme do Jeremy Saulnier, uma pena que pecou por ter deixado lacunas em excesso no roteiro.
Invictus
3.8 805 Assista AgoraMe fez conhecer um pouco mais sobre Mandela, e só por isso já vale 5 estrelas. Nos próximos dias vou começar a ler a sua autobiografia. :)
Upgrade: Atualização
3.7 686 Assista AgoraUma excelente ideia que poderia ter rendido mais com caras melhores na direção e no roteiro. Eu até iria dizer Villeneuve como diretor, mas aí seria apelação, já que o cara não erra. xD Algumas escolhas da direção e os diálogos muito fracos prejudicam a experiência. O que foi aquela cena em que o Grey recupera os movimentos? A mão se elevando com uma trilha sonora beirando algo religioso de fundo... Não dá, né! ahuehaeuhau
Poderia ter sido espetacular, mas é divertido e dinâmico o suficiente para entreter.