Atuação espetacular do Darín! O filme é uma mescla deliciosa de realismo fantástico e absurdismo. E pensar que foi inspirado em um acontecimento real...
Uma produção que te sacode. Definitivamente um filme grandioso, todo o horror da guerra transmitido de maneira devastadora a quem assiste, o sentimento de vazio ao final é inevitável. Impressionante a atuação do protagonista que com um olhar potente e visceral transborda emoções. Um filme obrigatório para dimensionar o terror de uma guerra, o horror do fascismo.
"tudo começa com as crianças" diz o soldado nazista enquanto em outra cena Florya atira contra um retrato de Hitler, mesclando-se imagens, em retrocesso, voltando no tempo até que se chega na imagem de hitler quando era bebê... O filme transmite essa poderosa mensagem, o ódio ou o amor podem surgir nas crianças, depende do que nós cultivarmos.
O filme assim como as personagens aparenta ser o que não é, a trilha sonora que nos envolve, a bela fotografia e por debaixo, com enorme sutileza, situações cruéis que expõe toda a imundice da burguesia. No final o filme ainda acaba brincando conosco, quando percebemos estamos mesmo torcendo por aquele final feliz...
Pelo Malo é merecedor de todos os prêmios e ainda mais.
Uma trama que parece tão simples mas que trás uma visão de América Latina tão crua, o filme poderia facilmente se passar em qualquer outro país sul-americano onde se personificam projetos de nação em torno de uma figura governante carismática. Ironicamente Pelo Malo se passa em Caracas, a cidade onde nasceu Simón Bolívar, o libertador, que possuía ele também um projeto de nação, uma pátria grande se almejava mas que antes mesmo de nascer já se esfacelava. A maneira como o filme trabalha questões profundas da américa latina é impressionante, sem cair num drama barato ou representações superficiais, ao contrário, tudo se encaixa de maneira quase harmoniosa: essa América altamente militarizada, o culto a figuras de poder, o desprezo pela infância, o machismo, a falta de expectativas, a mídia, a pobreza, a ausência de políticas públicas bem como a ineficiência das existentes, a raiva e a naturalização da violência que remete (e justifica) ao próprio realismo mágico, e é esse o cenário onde vive Junior cujo único desejo é o de alisar o cabelo para uma foto da escola. Ao final o que fica é a sensação de uma pátria vazia, onde se glorificam símbolos nacionais mais pela obrigação do rito do que pela própria ideia de nação. Assim como no inicio do século XIX, ainda hoje o sonho de Simón Bolívar é quase impossível e Pelo Malo nos ajuda a entender os porquês da dificuldade de realização desse sonho. Em resumo uma visão muito lúcida de nuestra latinoamerica.
Belíssimo em toda sua produção é só pena não mostrar o terceiro ato do Fausto de Goethe, que é fundamental para compreender o arquétipo do homem moderno.
o filme nos instiga a refletir sobre alguns temas importantes da Antropologia, das muitas cenas memoráveis destaca-se a em que Karamakate após finalmente dar o caapi, (bebida alucinógena) a Evan diz de maneira mítica que o matou há 40 anos, ou 100 ou 100 milhões. A noção de tempo para esses dois homens se dá de maneiras distintas, o próprio filme nos traz alegoricamente duas narrativas em tempos diferentes; o que nos remete ao próprio Lévi-Strauss ao falar de tempo mecânico e tempo estatístico. Para esses dois homens de diferentes culturas não só o tempo é compreendido de outras formas como a própria relação do homem com objetos, o homem e o material; enquanto os exploradores estão todo o tempo preocupados com seus pertences, cadernos e desenhos, o indígena verbaliza sua incompreensão diante desse apego do homem moderno aos objetos, as coisas, para Karamakate é esse apego excessivo que impede o homem branco de se conectar realmente com a selva e, portanto, com a natureza, enquanto que para o homem branco é impensável compilar toda uma gama de saberes sobre a selva e os povos que nela vivem sem escrever sobre isso, sem desenhar, enfim sem o auxílio de objetos, seja papel, canetas, lápis... Chegando aqui a outro tema, o da tradição oral que é muito importante para os povos indígenas e que em nossa sociedade ocidental é relegada a uma segundo plano. Digna de nota também é a cena em que o explorador mais velho, Theo, se recusa a deixar sua bússola com uma aldeia, alegando que se os homens e mulheres que ali vivem aprendessem a usar a bússola iriam perder o seu antigo sistema de orientação baseado na observação das estrelas. Pode-se dizer que a visão de Theo se identifica com a visão de antropólogos do século passado que viam a aculturação como perda da cultura original e não como aquisição como vê Todorov. O filme ainda toca no tema dos contatos violentos entre os povos e os resultados disso como a catequização forçada de indígenas pela Igreja Católica e a exploração da mão-de-obra e escravização, com cenas fortes da exploração indígena na extração de borracha na selva amazônica. Enfim, um belo filme e que pode ser usado como recurso para fomentar debates sobre a antropologia.
Um Conto Chinês
4.0 852 Assista AgoraAtuação espetacular do Darín! O filme é uma mescla deliciosa de realismo fantástico e absurdismo. E pensar que foi inspirado em um acontecimento real...
Medida Provisória
3.6 432A história é boa mas a direção e o roteiro estão ruinzinhos demais
O Bom Doutor
3.5 13 Assista AgoraUm sabor docinho. O filme não se propõe a ser mais que isso, o que cai muito bem!
A Camareira
3.8 19nada acontece feijoada
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraA tentativa de rejuvenescer os atores foi bizarra, bizarra, horrível. Péssima.
Vá e Veja
4.5 755 Assista AgoraUma produção que te sacode. Definitivamente um filme grandioso, todo o horror da guerra transmitido de maneira devastadora a quem assiste, o sentimento de vazio ao final é inevitável.
Impressionante a atuação do protagonista que com um olhar potente e visceral transborda emoções. Um filme obrigatório para dimensionar o terror de uma guerra, o horror do fascismo.
"tudo começa com as crianças" diz o soldado nazista enquanto em outra cena Florya atira contra um retrato de Hitler, mesclando-se imagens, em retrocesso, voltando no tempo até que se chega na imagem de hitler quando era bebê... O filme transmite essa poderosa mensagem, o ódio ou o amor podem surgir nas crianças, depende do que nós cultivarmos.
Madame
3.2 100 Assista AgoraO filme assim como as personagens aparenta ser o que não é, a trilha sonora que nos envolve, a bela fotografia e por debaixo, com enorme sutileza, situações cruéis que expõe toda a imundice da burguesia.
No final o filme ainda acaba brincando conosco, quando percebemos estamos mesmo torcendo por aquele final feliz...
Pelo Malo
4.0 121 Assista AgoraPelo Malo é merecedor de todos os prêmios e ainda mais.
Uma trama que parece tão simples mas que trás uma visão de América Latina tão crua, o filme poderia facilmente se passar em qualquer outro país sul-americano onde se personificam projetos de nação em torno de uma figura governante carismática. Ironicamente Pelo Malo se passa em Caracas, a cidade onde nasceu Simón Bolívar, o libertador, que possuía ele também um projeto de nação, uma pátria grande se almejava mas que antes mesmo de nascer já se esfacelava.
A maneira como o filme trabalha questões profundas da américa latina é impressionante, sem cair num drama barato ou representações superficiais, ao contrário, tudo se encaixa de maneira quase harmoniosa: essa América altamente militarizada, o culto a figuras de poder, o desprezo pela infância, o machismo, a falta de expectativas, a mídia, a pobreza, a ausência de políticas públicas bem como a ineficiência das existentes, a raiva e a naturalização da violência que remete (e justifica) ao próprio realismo mágico, e é esse o cenário onde vive Junior cujo único desejo é o de alisar o cabelo para uma foto da escola. Ao final o que fica é a sensação de uma pátria vazia, onde se glorificam símbolos nacionais mais pela obrigação do rito do que pela própria ideia de nação.
Assim como no inicio do século XIX, ainda hoje o sonho de Simón Bolívar é quase impossível e Pelo Malo nos ajuda a entender os porquês da dificuldade de realização desse sonho.
Em resumo uma visão muito lúcida de nuestra latinoamerica.
O Animal Cordial
3.4 618 Assista Agorapior que uma dor de dente
Lemon Tree
4.1 104 Assista AgoraInfelizmente peca pela forma de narrativa muito próxima a do cinema hollywoodiano.
Fausto
4.3 129Belíssimo em toda sua produção é só pena não mostrar o terceiro ato do Fausto de Goethe, que é fundamental para compreender o arquétipo do homem moderno.
O Abraço da Serpente
4.4 237 Assista Agorao filme nos instiga a refletir sobre alguns temas importantes da Antropologia, das muitas cenas memoráveis destaca-se a em que Karamakate após finalmente dar o caapi, (bebida alucinógena) a Evan diz de maneira mítica que o matou há 40 anos, ou 100 ou 100 milhões. A noção de tempo para esses dois homens se dá de maneiras distintas, o próprio filme nos traz alegoricamente duas narrativas em tempos diferentes; o que nos remete ao próprio Lévi-Strauss ao falar de tempo mecânico e tempo estatístico. Para esses dois homens de diferentes culturas não só o tempo é compreendido de outras formas como a própria relação do homem com objetos, o homem e o material; enquanto os exploradores estão todo o tempo preocupados com seus pertences, cadernos e desenhos, o indígena verbaliza sua incompreensão diante desse apego do homem moderno aos objetos, as coisas, para Karamakate é esse apego excessivo que impede o homem branco de se conectar realmente com a selva e, portanto, com a natureza, enquanto que para o homem branco é impensável compilar toda uma gama de saberes sobre a selva e os povos que nela vivem sem escrever sobre isso, sem desenhar, enfim sem o auxílio de objetos, seja papel, canetas, lápis...
Chegando aqui a outro tema, o da tradição oral que é muito importante para os povos
indígenas e que em nossa sociedade ocidental é relegada a uma segundo plano.
Digna de nota também é a cena em que o explorador mais velho, Theo, se recusa a
deixar sua bússola com uma aldeia, alegando que se os homens e mulheres que ali
vivem aprendessem a usar a bússola iriam perder o seu antigo sistema de orientação
baseado na observação das estrelas. Pode-se dizer que a visão de Theo se identifica
com a visão de antropólogos do século passado que viam a aculturação como perda da
cultura original e não como aquisição como vê Todorov.
O filme ainda toca no tema dos contatos violentos entre os povos e os resultados
disso como a catequização forçada de indígenas pela Igreja Católica e a exploração da
mão-de-obra e escravização, com cenas fortes da exploração indígena na extração de
borracha na selva amazônica. Enfim, um belo filme e que pode ser usado como recurso para fomentar debates sobre a antropologia.
Eu Vou de Volta
3.9 2Ô gente, eu queria tanto assistir, onde vocês acharam? )))))):
Mutum
3.8 70 Assista AgoraNão entendo as reclamações em relação ao áudio, eu hein...
Um Crime Americano
4.0 989 Assista AgoraGente. Depois de um filme desse necessito de uma quarentena de filmes infantis.
Narradores de Javé
3.9 274Como não amar Biá?! <3
Iracema - Uma Transa Amazônica
3.9 73detalhes tão cruéis como o nome "recanto do amor" para um casa de prostituição
"Aceite a sua sorte" gente, esse filme é um soco.
O Fim e o Princípio
4.3 65Me pego com saudades das personagens. <3
Fabricando Tom Zé
4.3 77"Estar seguro para Tom Zé era uma forma de amor" <3
Comer Rezar Amar
3.3 2,3K Assista AgoraNossa, eu estava numa viagem de 6h num ônibus e nem assim aguentei ver! D: