Que filme delicadol! O tema da velhice é tratado de uma forma brilhante e inesquecível. Faz perceber que todos poderíamos estar no lugar de Ella e John. As atuações são irretocáveis, o roteiro, a trilha sonora, a produção, tudo é muito primoroso e acertado, fazendo valer cada segundo de filme. Um dos melhores filmes que vi em 2021. Apesar de ser um drama, possui, constantemente, toques de humor que tornam a experiência de vê-lo ainda mais deliciosa. Um filme que reflete a vida como ela é.
A sensibilidade desse diretor é incomparável! Seus filmes (Ex-Pajé, por exemplo) são um verdadeiro resgate às nossas origens "perdidas" e ao mesmo tempo em que promovem uma profunda reflexão acerca do que fomos/somos/seremos enquanto humanidade integrados à natureza, conseguem trazer alguma leveza, encantamento e esperança! Assim me senti vendo Uma História de Amor e Fúria: uma das melhores animações de filmes adultos que já vi. Crítica ácida ao tipo de sociedade que elegemos viver e que nos inquieta e insufla a querer subverter essa realidade!
O longa lançado em 20 de fevereiro de 2009, dirigido por Gus Van Sant, indicado à 8 estatuetas do Oscar e protagonizado por ninguém menos que Sean Penn e estrelado pelos atores Josh Brolin, James Franco e Emile Hirsch, é a biografia de Harvey Milk (interpretada brilhantamente por Sean Penn, cuja atuação lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator).
O contexto do filme é o início dos anos 70 e retrata o período da vida de Milk, em que este decide mudar-se de Nova York para São Francisco e morar com seu namorado Scott (James Franco). Lá abrindo uma pequena loja de revelação fotográfica.
Até aqui nada de excepcional, uma vez que São Francisco a essa altura já era conhecida por albergar uma expressiva população LGBT. Contudo, as coisas mudam de figura quando Milk decide se candidatar, encabeçando várias mobilizações da luta LGBT, e é eleito para o Quadro de Supervisor (uma espécie de vereador) da cidade de São Francisco, no ano de 1977. Tornando-se o primeiro homem declaradamente gay a assumir um cargo público dessa estatura nos EUA, e ao que tudo indica, no mundo.
O filme é magnífico, bastante representativo de uma época que é, infelizmente, muito atual; sem apelar para exageros, clichês, mostrando a vida como ela é. Permeada de lutas, resistências e de pessoas corajosas e encantadoras como Harvey Milk, que mesmo em meio ao caos, ao ódio, à discriminação, à tentativa de destruição de identidades e violação de direitos, mobilizam, inspiram, desafiam e até mesmo sacrificam projetos pessoais em nome da efetivação da igualdade, do direito ao reconhecimento da diversidade, alteridade e de ser, simplesmente, feliz.
Foi graças também a esse movimento liderado por Milk, que São Francisco é conhecida hoje como referência mundial para a luta e a história LGBT e sinônimo de diversidade sexual e de gênero.
Assim, espero que esse filme sirva também como reflexão, debate, e se necessário, revisão de práticas e posições em relação ao outro.
EUA, país considerado por muitos como o modelo democrático do "Novo Mundo", visto sinônimo de liberdade e oportunidades, é o mesmo que condena um inocente a pena de morte a cada nove condenados. E esse foi o caso de Walter McMillian, conhecido como Johnny D., preso e condenado injustamente pelo assassinato brutal de uma garota de 18 anos no estado do Alabama em 1987. É nesse contexto real que o filme "Luta por Justiça" se desenvolve. Durante anos no corredor da morte, o caso de Johnny D. começa a ser analisado por Bryan Stevenson (Jordan), um jovem advogado negro, recém-formado em Harvard, que quer assistir àqueles que não tem condições de acessar ao Judiciário. É com esse propósito que Stevenson se une à Eva Ansley (Brie Larson) para a fundação da "Equal Justice Initiative" organização que ainda existe até os tempos atuais. Em suma, o filme é simplesmente de tirar o fôlego. Mesmo porque a luta por justiça é, realmente, extenuante, ao tempo em que é libertadora. O filme tem o condão não só de retratar a trágica história de McMillian, que é também a história de muitos pretos mundo afora, como também de fazer uma impecável "fotografia" do racismo, conservadorismo e classismo dominantes na sociedade norte-americana e de como tais valores assolam o sistema de justiça através dos seus agentes (aqui no sentido lato da palavra), assim como, o sistema prisional, representação fiel de um aparato punitivo extremamente segregador. "Luta por Justiça", apresenta um quadro tão atual, mas tão atual, que fará com que você se lembre não só de Luther King, Malcom X, George Floyd, como também dos meninos da Candelária, de Amarildo, Marielle, Marcus Vinicius, João Pedro, Gabriel e tantos outros incontáveis mártires negros na história da humanidade. Seja no contexto da luta pelos direitos civis, dos movimentos sociais, seja no cotidiano da periferia. Não há como sair da experiência desse filme ileso, isento. O filme envolve, choca, provoca e faz refletirmos que em uma sociedade racista nossa única opção é ser antirracista!!!
Curti!!! Me fez lembrar a adolescência nos meus tempos de grunge haha Além de trazer esse saudosismo de uma fase maravilhosa da vida, achei o filme com uma representação bem fiel do contexto da época e dos jovens nos E.U.A. Bem humorado, leve, e apesar de não parecer, bastante filosófico! Me lembrou um pouco a proposta de Curtindo a Vida Adoidado. Recomendo!
Achei superestimado. É um bom filme, sem dúvidas... Forte, delicado, de uma grande sensibilidade. Contudo, achei melodramático e apelativo em certos momentos. Claramente filmes que abordam a temática da guerra irão trazer questões extremamente delicadas e difíceis, como as retratadas no filme. Mas achei que perderam a medida nessa tentativa e me pareceu forçado em algumas ocasiões! Outra coisa que me desagradou no filme foi a visão extremamente maniqueísta dos comportamentos humanos na guerra. Ok, nunca estive na guerra, mas vivemos em um mundo de cão e sabemos que bem e mal são conceitos praticamente inseparáveis... Essa coisa de retratar no filme a maior parte das pessoas daquele lugar como miseráveis (no sentido de ruim), achei muito exagerado e destoado da realidade. Não precisava fazer isso pra mostrar que a realidade da guerra é uma desgraça e que as crianças eram vítimas. As próprias desgraças pessoais e do país já eram mais que suficientes.
Muito amor por esse filme! Vê-lo foi uma experiência arrebatadora. Até então, considero o melhor filme visto 2020. Aos que apreciam o universo do Direito e, principalmente, aos que amam as temáticas relacionadas à luta de classes, racismo, ele precisa ser visto! O fato de ser baseado em fatos reais torna a história ainda mais intensa e empolgante. As atuações estão impecáveis, trilha sonora maravilhosa, fotografia excelente e diálogos memoráveis.
Não me cativou! Zero emoção. Aprecio filmes com ritmos mais lentos e que ao longo do desenvolvimento vão dando corpo aos personagens e/ou à história, mas Whisky não faz isso. O enredo é interessante, porém achei que foi explorado de forma tímida. Se é considerado sutil, sinceramente, não percebi! Haha Me marcou apenas pela surpreendente chatice, apesar de ter um plot no final que de certa forma não torna o filme tão ruim.
Filme lixo! Começou promissor, mas depois foi se arrastando sem nenhuma emoção e sutileza! Apresentou elementos que poderiam ter sido explorados de forma muito interessante, como a arte, a história, mas acabou se revelando de forma extremamente rasa e simplória. Até mesmo as cenas de ação e suspense, não cativaram, aliás, nem poderiam ser classificadas assim. Pior filme de 2020, até então!
Ella e John
3.8 67 Assista AgoraQue filme delicadol! O tema da velhice é tratado de uma forma brilhante e inesquecível. Faz perceber que todos poderíamos estar no lugar de Ella e John. As atuações são irretocáveis, o roteiro, a trilha sonora, a produção, tudo é muito primoroso e acertado, fazendo valer cada segundo de filme. Um dos melhores filmes que vi em 2021. Apesar de ser um drama, possui, constantemente, toques de humor que tornam a experiência de vê-lo ainda mais deliciosa. Um filme que reflete a vida como ela é.
Uma História de Amor e Fúria
4.0 657A sensibilidade desse diretor é incomparável! Seus filmes (Ex-Pajé, por exemplo) são um verdadeiro resgate às nossas origens "perdidas" e ao mesmo tempo em que promovem uma profunda reflexão acerca do que fomos/somos/seremos enquanto humanidade integrados à natureza, conseguem trazer alguma leveza, encantamento e esperança! Assim me senti vendo Uma História de Amor e Fúria: uma das melhores animações de filmes adultos que já vi. Crítica ácida ao tipo de sociedade que elegemos viver e que nos inquieta e insufla a querer subverter essa realidade!
Milk: A Voz da Igualdade
4.1 878O longa lançado em 20 de fevereiro de 2009, dirigido por Gus Van Sant, indicado à 8 estatuetas do Oscar e protagonizado por ninguém menos que Sean Penn e estrelado pelos atores Josh Brolin, James Franco e Emile Hirsch, é a biografia de Harvey Milk (interpretada brilhantamente por Sean Penn, cuja atuação lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator).
O contexto do filme é o início dos anos 70 e retrata o período da vida de Milk, em que este decide mudar-se de Nova York para São Francisco e morar com seu namorado Scott (James Franco). Lá abrindo uma pequena loja de revelação fotográfica.
Até aqui nada de excepcional, uma vez que São Francisco a essa altura já era conhecida por albergar uma expressiva população LGBT. Contudo, as coisas mudam de figura quando Milk decide se candidatar, encabeçando várias mobilizações da luta LGBT, e é eleito para o Quadro de Supervisor (uma espécie de vereador) da cidade de São Francisco, no ano de 1977. Tornando-se o primeiro homem declaradamente gay a assumir um cargo público dessa estatura nos EUA, e ao que tudo indica, no mundo.
O filme é magnífico, bastante representativo de uma época que é, infelizmente, muito atual; sem apelar para exageros, clichês, mostrando a vida como ela é. Permeada de lutas, resistências e de pessoas corajosas e encantadoras como Harvey Milk, que mesmo em meio ao caos, ao ódio, à discriminação, à tentativa de destruição de identidades e violação de direitos, mobilizam, inspiram, desafiam e até mesmo sacrificam projetos pessoais em nome da efetivação da igualdade, do direito ao reconhecimento da diversidade, alteridade e de ser, simplesmente, feliz.
Foi graças também a esse movimento liderado por Milk, que São Francisco é conhecida hoje como referência mundial para a luta e a história LGBT e sinônimo de diversidade sexual e de gênero.
Assim, espero que esse filme sirva também como reflexão, debate, e se necessário, revisão de práticas e posições em relação ao outro.
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Luta Por Justiça
4.2 250 Assista AgoraEUA, país considerado por muitos como o modelo democrático do "Novo Mundo", visto sinônimo de liberdade e oportunidades, é o mesmo que condena um inocente a pena de morte a cada nove condenados.
E esse foi o caso de Walter McMillian, conhecido como Johnny D., preso e condenado injustamente pelo assassinato brutal de uma garota de 18 anos no estado do Alabama em 1987.
É nesse contexto real que o filme "Luta por Justiça" se desenvolve. Durante anos no corredor da morte, o caso de Johnny D. começa a ser analisado por Bryan Stevenson (Jordan), um jovem advogado negro, recém-formado em Harvard, que quer assistir àqueles que não tem condições de acessar ao Judiciário. É com esse propósito que Stevenson se une à Eva Ansley (Brie Larson) para a fundação da "Equal Justice Initiative" organização que ainda existe até os tempos atuais.
Em suma, o filme é simplesmente de tirar o fôlego. Mesmo porque a luta por justiça é, realmente, extenuante, ao tempo em que é libertadora. O filme tem o condão não só de retratar a trágica história de McMillian, que é também a história de muitos pretos mundo afora, como também de fazer uma impecável "fotografia" do racismo, conservadorismo e classismo dominantes na sociedade norte-americana e de como tais valores assolam o sistema de justiça através dos seus agentes (aqui no sentido lato da palavra), assim como, o sistema prisional, representação fiel de um aparato punitivo extremamente segregador.
"Luta por Justiça", apresenta um quadro tão atual, mas tão atual, que fará com que você se lembre não só de Luther King, Malcom X, George Floyd, como também dos meninos da Candelária, de Amarildo, Marielle, Marcus Vinicius, João Pedro, Gabriel e tantos outros incontáveis mártires negros na história da humanidade. Seja no contexto da luta pelos direitos civis, dos movimentos sociais, seja no cotidiano da periferia.
Não há como sair da experiência desse filme ileso, isento. O filme envolve, choca, provoca e faz refletirmos que em uma sociedade racista nossa única opção é ser antirracista!!!
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Jovens, Loucos e Rebeldes
3.7 447 Assista AgoraCurti!!! Me fez lembrar a adolescência nos meus tempos de grunge haha Além de trazer esse saudosismo de uma fase maravilhosa da vida, achei o filme com uma representação bem fiel do contexto da época e dos jovens nos E.U.A. Bem humorado, leve, e apesar de não parecer, bastante filosófico! Me lembrou um pouco a proposta de Curtindo a Vida Adoidado. Recomendo!
Túmulo dos Vagalumes
4.6 2,2KAchei superestimado. É um bom filme, sem dúvidas... Forte, delicado, de uma grande sensibilidade. Contudo, achei melodramático e apelativo em certos momentos. Claramente filmes que abordam a temática da guerra irão trazer questões extremamente delicadas e difíceis, como as retratadas no filme. Mas achei que perderam a medida nessa tentativa e me pareceu forçado em algumas ocasiões! Outra coisa que me desagradou no filme foi a visão extremamente maniqueísta dos comportamentos humanos na guerra. Ok, nunca estive na guerra, mas vivemos em um mundo de cão e sabemos que bem e mal são conceitos praticamente inseparáveis... Essa coisa de retratar no filme a maior parte das pessoas daquele lugar como miseráveis (no sentido de ruim), achei muito exagerado e destoado da realidade. Não precisava fazer isso pra mostrar que a realidade da guerra é uma desgraça e que as crianças eram vítimas. As próprias desgraças pessoais e do país já eram mais que suficientes.
Luta Por Justiça
4.2 250 Assista AgoraMuito amor por esse filme! Vê-lo foi uma experiência arrebatadora. Até então, considero o melhor filme visto 2020. Aos que apreciam o universo do Direito e, principalmente, aos que amam as temáticas relacionadas à luta de classes, racismo, ele precisa ser visto! O fato de ser baseado em fatos reais torna a história ainda mais intensa e empolgante. As atuações estão impecáveis, trilha sonora maravilhosa, fotografia excelente e diálogos memoráveis.
Whisky
3.8 111Não me cativou! Zero emoção. Aprecio filmes com ritmos mais lentos e que ao longo do desenvolvimento vão dando corpo aos personagens e/ou à história, mas Whisky não faz isso. O enredo é interessante, porém achei que foi explorado de forma tímida. Se é considerado sutil, sinceramente, não percebi! Haha Me marcou apenas pela surpreendente chatice, apesar de ter um plot no final que de certa forma não torna o filme tão ruim.
O Silêncio da Cidade Branca
2.5 136 Assista AgoraFilme lixo! Começou promissor, mas depois foi se arrastando sem nenhuma emoção e sutileza! Apresentou elementos que poderiam ter sido explorados de forma muito interessante, como a arte, a história, mas acabou se revelando de forma extremamente rasa e simplória. Até mesmo as cenas de ação e suspense, não cativaram, aliás, nem poderiam ser classificadas assim. Pior filme de 2020, até então!
Gente que Vai e Volta
3.3 125 Assista AgoraLeve e despretensioso! Delícia de filme para relaxar a alma.