Tendemos a desvalorizar tudo o que é diferente, inovador. A "linguagem forense", na época, era uma ferramenta nova, por isso foi totalmente rechassada pela equipe no início. Fitz, apesar de ser um protagonista chato, foi criativo, pensou fora da caixa e foi isso que fez a diferença no caso.
A crítica ao machismo. A série mostra, de forma não tão sútil, um sistemático silenciamento da mulher em situações diversas. É frustrante ver como todos aqueles especialistas em linguagem (homens) mal deixam Natalie falar. É triste a forma como Fitz deixar de escutar a mulher no decorrer da série. É revoltante o jeito como tratam Tabby (membro da equipe de Fitz). Tanto a equipe em geral quanto o próprio protagonista a subestimam, a usam e em seguida, lhe traem.
A sociedade que condena Ted é a mesma que o produziu. As declarações das vítimas no final do julgamento são uma (dentre várias) provas disso. Para além disso, se nós nos olharmos no espelho, veremos traços do Ted em nós mesmos. O próprio Fitz é a concretização da sentença anterior: tudo o que mais deseja (sem perceber) é poder e reconhecimento.
Enfim, por isso e muito mais, Manhunt, me prendeu do início ao fim.
Poxa! Acho que o mais interessante é que a série toca em questões complexas como a adoção, o conceito de família (Anne tem uma família bem "alternativa" mesmo para os dias de hoje), o processo educativo, igualdade de gênero e tantas outras de uma forma sutil (ou não) e leve. P.S.: A personalidade de Matthew Cuthbert super me lembra a de Hans Hubermann da Menina Que Roubava Livros... "Vivia apenas por ali, sempre. Indigno de nota. Não importante nem particularmente valioso. O frustante nessa aparência como você pode imaginar, era ela ser completamente enganosa, digamos. Decididamente havia valor nele. Ela percebeu de imediato. O jeito dele. O ar tranquilo perto dele. [...] Liesel observou a estranheza dos olhos de seu pai de criação. Era feito de bondade e prata." A diferença é que os olhos de Matthew são feitos de bondade e céu. P.S.S.:
Manhunt: Unabomber (1ª Temporada)
4.2 165 Assista AgoraTrês pontos interessantes sobre a série que a galera pouco comentou aqui, mas que podem ser considerados gritantes:
Primeiro,
Tendemos a desvalorizar tudo o que é diferente, inovador. A "linguagem forense", na época, era uma ferramenta nova, por isso foi totalmente rechassada pela equipe no início. Fitz, apesar de ser um protagonista chato, foi criativo, pensou fora da caixa e foi isso que fez a diferença no caso.
Segundo,
A crítica ao machismo. A série mostra, de forma não tão sútil, um sistemático silenciamento da mulher em situações diversas. É frustrante ver como todos aqueles especialistas em linguagem (homens) mal deixam Natalie falar. É triste a forma como Fitz deixar de escutar a mulher no decorrer da série. É revoltante o jeito como tratam Tabby (membro da equipe de Fitz). Tanto a equipe em geral quanto o próprio protagonista a subestimam, a usam e em seguida, lhe traem.
Terceiro,
A sociedade que condena Ted é a mesma que o produziu. As declarações das vítimas no final do julgamento são uma (dentre várias) provas disso. Para além disso, se nós nos olharmos no espelho, veremos traços do Ted em nós mesmos. O próprio Fitz é a concretização da sentença anterior: tudo o que mais deseja (sem perceber) é poder e reconhecimento.
Enfim, por isso e muito mais, Manhunt, me prendeu do início ao fim.
Anne com um E (1ª Temporada)
4.6 759 Assista AgoraPoxa! Acho que o mais interessante é que a série toca em questões complexas como a adoção, o conceito de família (Anne tem uma família bem "alternativa" mesmo para os dias de hoje), o processo educativo, igualdade de gênero e tantas outras de uma forma sutil (ou não) e leve.
P.S.: A personalidade de Matthew Cuthbert super me lembra a de Hans Hubermann da Menina Que Roubava Livros... "Vivia apenas por ali, sempre. Indigno de nota. Não importante nem particularmente valioso. O frustante nessa aparência como você pode imaginar, era ela ser completamente enganosa, digamos. Decididamente havia valor nele. Ela percebeu de imediato. O jeito dele. O ar tranquilo perto dele. [...] Liesel observou a estranheza dos olhos de seu pai de criação. Era feito de bondade e prata."
A diferença é que os olhos de Matthew são feitos de bondade e céu.
P.S.S.:
Que sensação horrível aquela cena no segundo episódio na estação, em que aquele homem ruivo quase leva Anne pra sabe lá Deus onde.
P.S.S.S.:
Só eu fiquei com aquela vontadezinha de ter um filho pra realizar o sonho dele com um presente do tipo... Um vestido de mangas bufantes? Hahahaha
Enfim, não tem outra palavra para descrever a série se não encantadora.