Eu achava que Almodóvar já tinha me dado tiros suficiente nos outros filmes que assisti, aí ele vai e começa este com uma cena de Café Muller da Pina Bausch. Fui colocada num paredão com um monte de metralhadora de emoções envolvidas.
É incrível como ele consegue deixar o espectador com uma confusão ética e sentimental com seus filmes. Neste, especificamente, ele brinca com a linha tênue entre a bondade em demasia e a ruindade oculta em cada ser. O final em aberto coloca o espectador em uma situação delicada em que as cartas da moral terão que ser postas na mesa, isso gera um incômodo, pois, ao longo do filme, o "anti-herói" (Benigno) é desenvolvido para ser adorado, desde o próprio nome do personagem "bondoso". O caráter dicotômico entre os personagens (Alicia (frágil) x Lydia (valente) (Marco (rude) x Benigno (bom) vai se esvaindo ao longo do filme, até que chega um ponto em que os papéis se invertem e um passa a assumir as características e até identificação com o outro, isso gera uma confusão e uma reflexão acerca do ser humano e do que ele pode vir a potencializar dentro de si. Ninguém é feito de dicotomias, mas sim de um universo inteiro de sentimentos que são somatizados em que até a bondade demasiada pode se tornar um sentimento doentio e vir a agredir o outro.
Enfim, puta de um filme. E é que nem falei dos atores (muito bons), fotografia (muito boa), direção e filmagem (estilo Almodóvar de ser: incríveis) ALÉM DE uma trilha sonora mais que especial.
Aquele filme que não se sabe se é ruim ou se é bom. Passei o filme todinho falando "oxe". Ele é bom pra ser analisado, pra ter várias sacadas... serve também pra ver que o cinema Pernambucano tá cada vez melhor, tecnicamente, mas não é um filme que possa ser adorado, pelo menos por mim.
"Ao invés de ser seu apoio, sou seu peso. A vida é muito pesada pra mim e tão leve pra você. Não suporto esta leveza, essa liberdade. Não sou forte o suficiente..."
É realmente a insustentável leveza de ser. Existir dói, existir pesa. O melhor desse filme é a sua verdade e os olhos carregados de Tereza, parece uma correnteza infindável.
"Não precisam cortar a Floresta Amazônica para fazer dicionários que não ajudam aos idiotas. É como dar um óculos para um míope. De repente vemos todas as falhas e defeitos. Tentei aprender com você, mas dói demais."
meu coração se desfez com tanta delicadeza, sinceridade e amor.
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As Pequenas Margaridas
4.2 267 Assista AgoraSinestésico.
Fale com Ela
4.2 1,0K Assista AgoraEu achava que Almodóvar já tinha me dado tiros suficiente nos outros filmes que assisti, aí ele vai e começa este com uma cena de Café Muller da Pina Bausch. Fui colocada num paredão com um monte de metralhadora de emoções envolvidas.
É incrível como ele consegue deixar o espectador com uma confusão ética e sentimental com seus filmes. Neste, especificamente, ele brinca com a linha tênue entre a bondade em demasia e a ruindade oculta em cada ser. O final em aberto coloca o espectador em uma situação delicada em que as cartas da moral terão que ser postas na mesa, isso gera um incômodo, pois, ao longo do filme, o "anti-herói" (Benigno) é desenvolvido para ser adorado, desde o próprio nome do personagem "bondoso". O caráter dicotômico entre os personagens (Alicia (frágil) x Lydia (valente) (Marco (rude) x Benigno (bom) vai se esvaindo ao longo do filme, até que chega um ponto em que os papéis se invertem e um passa a assumir as características e até identificação com o outro, isso gera uma confusão e uma reflexão acerca do ser humano e do que ele pode vir a potencializar dentro de si. Ninguém é feito de dicotomias, mas sim de um universo inteiro de sentimentos que são somatizados em que até a bondade demasiada pode se tornar um sentimento doentio e vir a agredir o outro.
Enfim, puta de um filme. E é que nem falei dos atores (muito bons), fotografia (muito boa), direção e filmagem (estilo Almodóvar de ser: incríveis) ALÉM DE uma trilha sonora mais que especial.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraAquele filme que não se sabe se é ruim ou se é bom. Passei o filme todinho falando "oxe".
Ele é bom pra ser analisado, pra ter várias sacadas... serve também pra ver que o cinema Pernambucano tá cada vez melhor, tecnicamente, mas não é um filme que possa ser adorado, pelo menos por mim.
A Insustentável Leveza do Ser
3.8 338 Assista Agora"Ao invés de ser seu apoio, sou seu peso. A vida é muito pesada pra mim e tão leve pra você. Não suporto esta leveza, essa liberdade. Não sou forte o suficiente..."
É realmente a insustentável leveza de ser. Existir dói, existir pesa. O melhor desse filme é a sua verdade e os olhos carregados de Tereza, parece uma correnteza infindável.
O Homem Que Amava Yngve
4.0 121alguém pode passar o link do download com legenda em português? ;~
Minhas Tardes Com Margueritte
4.3 522 Assista Agora"Não precisam cortar a Floresta Amazônica para fazer dicionários que não ajudam aos idiotas. É como dar um óculos para um míope. De repente vemos todas as falhas e defeitos. Tentei aprender com você, mas dói demais."
meu coração se desfez com tanta delicadeza, sinceridade e amor.