Esperei um filme com um protagonista que tivesse passado por grandes reflexões e vivências até decidir se libertar das normas sociais. Mas o que realmente aconteceu foi que
um garoto rico, mimado, com conflitos toscos ("era muito aventureiro, aos 6 anos, abriu a gaveta de doces do vizinho"), decidiu num gesto de rebeldia sem causa viajar por aí.
"Capitão Fantástico" aborda o tema de uma maneira muito melhor, aí sim, nos convidando à rever nossos conceitos e a nos perguntar até que ponto ser desapegado é viável. Frustrante.
O Forrest se alista no exército e acaba indo para uma guerra que se tornaria conhecida como a Guerra do Vietnã. Ele está andando pela rua e vê um protesto normal, mas que seria lembrado até hoje como o movimento hippie contra a Guerra do Vietnã. Ele vê a Jenny usando roupas psicodélicas, ele ouve as músicas do momento, ela conta a ele que usava drogas que acabaram marcando aquele período de revolução sexual. Forrest investe em uma empresa que nem sabia direito do que era, e que coincidiu de ser a Apple. E assim Forrest vai seguindo o curso de sua vida, sem pretensões, enquanto o mundo ao seu redor muda pra sempre. E o que ontem estava ruim, hoje se tornou glorioso. O amigo que no começo o culpava por tê-lo salvado, anos depois agradeceria. A impressão que tive vendo o filme é que, apesar das frases memoráveis que eu aprendi assistindo somente uma vez, é a de uma narrativa que em nenhum momento quer passar lições de moral, quer fazer chorar, nem nada disso. Ela quer apenas mostrar como a vida é: uma grande obra de acaso, que dependendo da interpretação também pode ser um destino. A vida de Forrest é como a vida de qualquer um de nós. Talvez por isso tenha se tornado um filme tão espetacular. Eu diria que é um dos melhores da história do cinema.
Queria quotar aqui a fala mais bacana do filme, que a paciente diz pro Joe Black. É algo mais ou menos assim:
"É como viajar para o Caribe no final de semana. Há mosquitos, mas eles não picam você. Há sol, mas ele não te queima tanto. E se você ficar lá por muito tempo, os mosquitos vão aparecer e o sol vai te queimar. Então vá embora enquanto ainda se tem uma boa lembrança."
O título, para quem não sabe que é do Ziraldo, sinceramente, afugenta. Parece se tratar de uma comédia tosca, algo sem noção. Mas não é. É um filme meigo, que abre sorrisos, que dá vontade de guardar para assistir de novo. Adoro essas ambientações em cidades pequenas, com os sotaques marcados, as paisagens lindas e o jeitinho que é todo nosso. Adoro assistir um filme brasileiro e reconhecer aqueles lugares, ao invés de apenas sonhar com eles como fazemos ao ver algo estrangeiro. Sobre a história, não é lá muito grandiosa por ser baseada em um livro infantil, mas ainda assim, é boa. É uma professora jovem que quer ensinar de um jeito diferente e encontra resistência na escola católica fervorosa. Mas ela consegue dar várias escapulidas com os alunos, te envolve na aula fictícia, te encanta. Os atores são em maioria crianças, então não espere algo muito bom, apesar de ter alguns destaques - gostei da menininha loira e do garotinho de cabelos castanhos, sou péssima com nomes. O Chico Anysio está bom como sempre, e a Paola Oliveira tá no que eu considerei seu melhor papel. Nunca ela foi tão expressiva no olhar e nos gestos, ela realmente encarnou um personagem. Um ponto fraco foi na direção: closes desnecessários nos rostos, quando poderiam ter explorado melhor o plano americano ou então jogado com o cenário; e a trilha sonora, que ficou muito novelesca. Em algumas cenas, teria sido melhor o silêncio ao invés do som do piano. Ainda assim, "Uma professora muito maluquinha" é o tipo de filme que deveria ser mais produzido pelos nossos cineastas, ou então que deveria ser mais famoso.
Envolvente, triste, desesperador, angustiante, indignador, e é uma história real. Assisti sem saber disso, e pensei na quantidade de gente que passa por tudo isso de verdade.
Assisti em um curso a cena da fuga da Shosanna ainda jovem da casa do pai e ela nunca saiu da minha cabeça por ser tão bem enquadrada e tensa. Porém, o único filme do Tarantino que eu tinha assistido inteiro tinha sido Kill Bill, e estava traumatizada com a quantidade de cenas violentas. Passei alguns anos sem chegar perto dele mesmo sabendo das boas resenhas que recebeu, e eis que um dia a tv a cabo resolve passá-lo. Assisti com receio, e não me arrependi. Que filme espetacular. O Hans Landa se destaca como vilão daqueles que te deixa agoniado de verdade, mas ainda assim consegue dar espaço para os outros personagens brilharem e nos fazerem rir, se indignar, torcer, se afligir. Tarantino merece toda a fama que tem, porque ele brinca com o filme. Costura tudo, mata o mocinho, infringe a História em nome do devaneio. Adorei.
Mais que uma comédia, é um retrato do interior brasileiro com o antigo cinema de rua, as casas simples, as carroças, bicicletas, quase nenhum prédio à vista, os pequenos comércios (tabernas!), e o incrível de todo mundo se conhecer. Sei que é um filme sobre o nordeste, mas enxerguei muito da minha região, o norte, cujo interior também é tão esquecido e "primitivo" em relação às cidades do resto do país e às capitais daqui, mas ao mesmo tempo com essa linguagem tão divertida e essa maneira pacata de viver que acaba sendo um tesouro no meio de tanto alvoroço das capitais. O uso de uma legenda para que o resto do país entenda o que é quase um dialeto dentro do próprio idioma, é sensacional, ao mesmo tempo que me pareceu uma ironia com os filmes estrangeiros que assistimos legendados, como se eles "invadissem" a nossa cultura. Pontos negativos no filme vi pouquíssimos, diria que o personagem principal (o nome dele é difícil de lembrar rs) não é dos melhores atores. Também não acho legal que as pessoas em filmes de comédia brasileiros sejam sempre mal educadas, ofendendo sem necessidade e gritando. Mas no caso deste filme, imagino que tenha sido para explorar as maneiras de xingar, que guardam muitos regionalismos, também. "Cine Holliudy" foi então um filme que me divertiu muito, que retratou com fidelidade as figuras do interior, e que merece servir de inspiração para que o cinema nacional esqueça um pouco os policiais e mostre o que há de peculiar e bonito no Brasil.
Em 2006, um dos críticos de cinema da revista Veja escreveu sobre este filme deixando transparecer a sua emoção diante do encerramento de uma saga da qual ele era fã. Eu nunca assisti os filmes anteriores, mas consegui sentir o quanto ele gostava do Balboa, chamado por ele de o herói de uma geração. Sete anos depois, em 2013, encontro Rocky VI passando no TNT e assisto. Na mesma hora me lembrei da crítica, e no decorrer das cenas comecei a sentir a mesma emoção de um fã ao ver o velho e eterno Rocky voltando à ativa neste último filme. O destino de pessoas muito famosas, sua possível decadência, é algo que me intriga, pois comparamos o que eles eram com o que se tornaram. As lembranças da esposa de Balboa, a conversa dele com o filho já adulto no bar, me comoviam ao mesmo tempo em que eu pensava em toda a fama do personagem e dos seus ensinamentos que o fazem ultrapassar um simples filme de ação. Me vi torcendo pelo Rocky na cena final, como se eu gostasse do esporte de verdade. Eu sabia que eram apenas atores, mas queria que ele ganhasse por ser o Balboa, o herói, o velho amigo que a gente quer ver por cima. Ao final do filme, eu estava que nem a platéia de figurantes, chorando e bradando: "Rocky, Rocky!".
Que raiva que dá desse Kevin!! Que filme impactante, objetivo e delicado, tudo na medida certa. Não há vitimização do garoto. A mãe pode até ter errado no começo, mas foram várias as vezes em que ela tentou se aproximar. Sem contar que tudo o que ele fez foi por escolha própria, como na cena em que ele diz que não interage porque não quer. O ato que ele comete não tem motivo palpável, a não ser o próprio mau caratismo do Kevin, que já se apresentava ainda na infância. Pode ser um soco para alguns, mas não são todos os traumatizados que sonham em prejudicar seus algozes. Ainda bem!
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraEsperei um filme com um protagonista que tivesse passado por grandes reflexões e vivências até decidir se libertar das normas sociais. Mas o que realmente aconteceu foi que
um garoto rico, mimado, com conflitos toscos ("era muito aventureiro, aos 6 anos, abriu a gaveta de doces do vizinho"), decidiu num gesto de rebeldia sem causa viajar por aí.
"Capitão Fantástico" aborda o tema de uma maneira muito melhor, aí sim, nos convidando à rever nossos conceitos e a nos perguntar até que ponto ser desapegado é viável.
Frustrante.
Forrest Gump: O Contador de Histórias
4.5 3,8K Assista AgoraO Forrest se alista no exército e acaba indo para uma guerra que se tornaria conhecida como a Guerra do Vietnã. Ele está andando pela rua e vê um protesto normal, mas que seria lembrado até hoje como o movimento hippie contra a Guerra do Vietnã. Ele vê a Jenny usando roupas psicodélicas, ele ouve as músicas do momento, ela conta a ele que usava drogas que acabaram marcando aquele período de revolução sexual. Forrest investe em uma empresa que nem sabia direito do que era, e que coincidiu de ser a Apple. E assim Forrest vai seguindo o curso de sua vida, sem pretensões, enquanto o mundo ao seu redor muda pra sempre. E o que ontem estava ruim, hoje se tornou glorioso. O amigo que no começo o culpava por tê-lo salvado, anos depois agradeceria.
A impressão que tive vendo o filme é que, apesar das frases memoráveis que eu aprendi assistindo somente uma vez, é a de uma narrativa que em nenhum momento quer passar lições de moral, quer fazer chorar, nem nada disso. Ela quer apenas mostrar como a vida é: uma grande obra de acaso, que dependendo da interpretação também pode ser um destino. A vida de Forrest é como a vida de qualquer um de nós.
Talvez por isso tenha se tornado um filme tão espetacular. Eu diria que é um dos melhores da história do cinema.
Encontro Marcado
3.8 810 Assista AgoraQueria quotar aqui a fala mais bacana do filme, que a paciente diz pro Joe Black. É algo mais ou menos assim:
"É como viajar para o Caribe no final de semana. Há mosquitos, mas eles não picam você. Há sol, mas ele não te queima tanto. E se você ficar lá por muito tempo, os mosquitos vão aparecer e o sol vai te queimar. Então vá embora enquanto ainda se tem uma boa lembrança."
Loki
4.4 180 Assista AgoraTe amo, Arnaldo <3
Amigas Para Sempre
3.8 77 Assista AgoraAchei um dos melhores filmes sobre amizade que já vi.
O Guia Culinário do Amor
3.1 19Comédia romântica com um final bem realista. Gostei.
Um Homem Sério
3.5 574 Assista AgoraJá li resenhas que explicam o quanto esse filme é genial, mas eu achei foi tão estressante que desliguei a tv na cara do protagonista, em protesto.
Nunca Te Amei
3.5 12Lindo.
Uma Professora Muito Maluquinha
3.2 296 Assista AgoraO título, para quem não sabe que é do Ziraldo, sinceramente, afugenta. Parece se tratar de uma comédia tosca, algo sem noção. Mas não é. É um filme meigo, que abre sorrisos, que dá vontade de guardar para assistir de novo. Adoro essas ambientações em cidades pequenas, com os sotaques marcados, as paisagens lindas e o jeitinho que é todo nosso. Adoro assistir um filme brasileiro e reconhecer aqueles lugares, ao invés de apenas sonhar com eles como fazemos ao ver algo estrangeiro.
Sobre a história, não é lá muito grandiosa por ser baseada em um livro infantil, mas ainda assim, é boa. É uma professora jovem que quer ensinar de um jeito diferente e encontra resistência na escola católica fervorosa. Mas ela consegue dar várias escapulidas com os alunos, te envolve na aula fictícia, te encanta.
Os atores são em maioria crianças, então não espere algo muito bom, apesar de ter alguns destaques - gostei da menininha loira e do garotinho de cabelos castanhos, sou péssima com nomes. O Chico Anysio está bom como sempre, e a Paola Oliveira tá no que eu considerei seu melhor papel. Nunca ela foi tão expressiva no olhar e nos gestos, ela realmente encarnou um personagem.
Um ponto fraco foi na direção: closes desnecessários nos rostos, quando poderiam ter explorado melhor o plano americano ou então jogado com o cenário; e a trilha sonora, que ficou muito novelesca. Em algumas cenas, teria sido melhor o silêncio ao invés do som do piano.
Ainda assim, "Uma professora muito maluquinha" é o tipo de filme que deveria ser mais produzido pelos nossos cineastas, ou então que deveria ser mais famoso.
Ronnie Von: Quando éramos príncipes
4.0 5Onde encontro as músicas na versão do documentário para baixar?
A Troca
4.0 1,6K Assista AgoraEnvolvente, triste, desesperador, angustiante, indignador, e é uma história real. Assisti sem saber disso, e pensei na quantidade de gente que passa por tudo isso de verdade.
Dias Amargos
3.2 5Tão lindo!
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraLinda a mensagem do final! <3
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista AgoraAssisti em um curso a cena da fuga da Shosanna ainda jovem da casa do pai e ela nunca saiu da minha cabeça por ser tão bem enquadrada e tensa. Porém, o único filme do Tarantino que eu tinha assistido inteiro tinha sido Kill Bill, e estava traumatizada com a quantidade de cenas violentas. Passei alguns anos sem chegar perto dele mesmo sabendo das boas resenhas que recebeu, e eis que um dia a tv a cabo resolve passá-lo. Assisti com receio, e não me arrependi. Que filme espetacular. O Hans Landa se destaca como vilão daqueles que te deixa agoniado de verdade, mas ainda assim consegue dar espaço para os outros personagens brilharem e nos fazerem rir, se indignar, torcer, se afligir. Tarantino merece toda a fama que tem, porque ele brinca com o filme. Costura tudo, mata o mocinho, infringe a História em nome do devaneio. Adorei.
Alta Fidelidade
3.8 691 Assista AgoraGostei tanto desse filme! John Cusack divagando <3
Cine Holliúdy
3.5 609 Assista AgoraMais que uma comédia, é um retrato do interior brasileiro com o antigo cinema de rua, as casas simples, as carroças, bicicletas, quase nenhum prédio à vista, os pequenos comércios (tabernas!), e o incrível de todo mundo se conhecer. Sei que é um filme sobre o nordeste, mas enxerguei muito da minha região, o norte, cujo interior também é tão esquecido e "primitivo" em relação às cidades do resto do país e às capitais daqui, mas ao mesmo tempo com essa linguagem tão divertida e essa maneira pacata de viver que acaba sendo um tesouro no meio de tanto alvoroço das capitais.
O uso de uma legenda para que o resto do país entenda o que é quase um dialeto dentro do próprio idioma, é sensacional, ao mesmo tempo que me pareceu uma ironia com os filmes estrangeiros que assistimos legendados, como se eles "invadissem" a nossa cultura.
Pontos negativos no filme vi pouquíssimos, diria que o personagem principal (o nome dele é difícil de lembrar rs) não é dos melhores atores. Também não acho legal que as pessoas em filmes de comédia brasileiros sejam sempre mal educadas, ofendendo sem necessidade e gritando. Mas no caso deste filme, imagino que tenha sido para explorar as maneiras de xingar, que guardam muitos regionalismos, também.
"Cine Holliudy" foi então um filme que me divertiu muito, que retratou com fidelidade as figuras do interior, e que merece servir de inspiração para que o cinema nacional esqueça um pouco os policiais e mostre o que há de peculiar e bonito no Brasil.
Rocky Balboa
3.8 575 Assista AgoraEm 2006, um dos críticos de cinema da revista Veja escreveu sobre este filme deixando transparecer a sua emoção diante do encerramento de uma saga da qual ele era fã. Eu nunca assisti os filmes anteriores, mas consegui sentir o quanto ele gostava do Balboa, chamado por ele de o herói de uma geração.
Sete anos depois, em 2013, encontro Rocky VI passando no TNT e assisto. Na mesma hora me lembrei da crítica, e no decorrer das cenas comecei a sentir a mesma emoção de um fã ao ver o velho e eterno Rocky voltando à ativa neste último filme. O destino de pessoas muito famosas, sua possível decadência, é algo que me intriga, pois comparamos o que eles eram com o que se tornaram.
As lembranças da esposa de Balboa, a conversa dele com o filho já adulto no bar, me comoviam ao mesmo tempo em que eu pensava em toda a fama do personagem e dos seus ensinamentos que o fazem ultrapassar um simples filme de ação.
Me vi torcendo pelo Rocky na cena final, como se eu gostasse do esporte de verdade. Eu sabia que eram apenas atores, mas queria que ele ganhasse por ser o Balboa, o herói, o velho amigo que a gente quer ver por cima. Ao final do filme, eu estava que nem a platéia de figurantes, chorando e bradando: "Rocky, Rocky!".
Um Assassino Entre Nós
2.4 15É tosquinho, mas eu gostei porque me interessei em como ela prenderia o assassino, e não em saber quem ele era.
Cinderela Baiana
2.0 1,1Kfoi o primeiro filme do lázaro ramos? então finalmente um ponto positivo
É o Tchan... 10 anos
3.5 8achei isso nos comentários do filme da banda calypso. KKKKKKKKKKKKKK
Um Sorriso Tão Grande Quanto a Lua
4.0 19Lindo.
A Menina que Roubava Livros
4.0 3,4K Assista AgoraAI MEU CORAÇÃO
Footloose: Ritmo Louco
3.6 510 Assista Agoraque filme deliciiiinha. querendo dançar sozinha em casa de madrugada ;)
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraQue raiva que dá desse Kevin!! Que filme impactante, objetivo e delicado, tudo na medida certa. Não há vitimização do garoto. A mãe pode até ter errado no começo, mas foram várias as vezes em que ela tentou se aproximar. Sem contar que tudo o que ele fez foi por escolha própria, como na cena em que ele diz que não interage porque não quer.
O ato que ele comete não tem motivo palpável, a não ser o próprio mau caratismo do Kevin, que já se apresentava ainda na infância. Pode ser um soco para alguns, mas não são todos os traumatizados que sonham em prejudicar seus algozes. Ainda bem!