A temporada começa com a parceria do casal Underwood arruinada. Claire cansou de ser a Robin de Batman e agora quer ser dona da mansão Wayne. No entanto, ela inicia a jornada demonstrando que não está pronta ainda pra assumir o controle. Por isso fica zanzando que nem uma barata tonta. A estratégia dela nos 2 primeiros episódios é ser eleita congressista por um distrito com o qual ela não tem nenhuma ligação. Obviamente não dá certo. Frank dá uma afogada final no projeto, mas desde o início estava na cara que não daria certo.
No episódio 03, A sra Underwood vira o jogo. A forma com que ela faz isso é por meio de uma bela trapalhada no roteiro, que precisamos engolir. O presidente é imbecil o bastante pra guardar em uma gavetinha em um banco nada seguro (que deixa os clientes sozinhos na sala que ficam todas as gavetas, prontas para serem arrombadas) uma foto do pai vestido de Ku Klux Klahn. O argumento que ele dá, posteriormente, é pior ainda: guardou a foto porque era do único dia em que ele se orgulhou do pai. Isso faz com que ele perca a disputa em seu estado natal (South Carolina).
No episódio 04, temos a virada na temporada - até então, insossa -, Frank sofre um atentado e fica em estado grave após uma bala atingir-lhe o fígado. Além diss, Meechum é assassinado. O autor do disparo? Lucas, um dos piores personagens da série (briga boa com Zoe). Donald Blythe assume interinamente a presidência e a série dá uma animada.
Frank Underwood (um deputado democrata da Carolina do Sul) é uma daquelas velhas raposas da política. Ocupa o cargo de corregedor da câmara, mas na realidade tem mais poder do que isso. Ele joga as cartas dentro do partido, sendo um dos deputados mais poderosos (o que é absurdamente grande em um congresso com apenas 2 partidos). O interesse do congressista recebeu a promessa de que seria ministro das relações exteriores, mas foi preterido pelo presidente. E é nesse ponto que a história começa a se desenrolar...
Underwood começa a sabotar o governo enquanto mantém as aparências de ser um aliado. Os primeiros alvos são Donald Blythe (o deputado que será o manager da reforma educacional) e Michael Kern (o que ficou com a vaga prometida ao protagonista da série.
Donald é um deputado, dentro dos padrões americanos, de "extrema esquerda" (o que pra realidade brasileira quer dizer que ele é de centro esquerda ou no máximo de uma esquerda moderada). Por ter essas ideias mais "extremadas", o seu esboço de reforma (vazado por Frank) assusta a opinião pública e Blythe se ver forçado a se afastar do posto.
Para derrubar Kern, o Corregedor usa Pete Russo (um político do baixo clero, eleito pela Pensilvânia, que é viciado em drogas)...
A morte de Zoe foi surpreendente. Fiquei com pena dela. Realmente, era o arco mais chato: os 3 jornalistoides brincando de investigar um político poderoso. Era tudo muito forçado. O próprio acordo de Frank com Zoe era totalmente sem sentido. Ora ele era o gênio da estratégia, ora ele era o veio babão de meia idade apaixonado. Mas esse desfecho tão brutal fez com que fosse possível uma empatia com uma personagem tão esquecível. Pena que não aproveitaram a deixa pra tirar o namorado desnecessário dela tbm da história (mandassem ele pra um retiro no hawaii, que seja).
Sobre a política, interessante ver como o debate público mudou em menos de uma década.
Imagine um(a) jornalista "apertando" uma mulher de esquerda na tv sobre o motivo dela não ter filhos(as). Isso geraria um cancelamento antes do programa ir pro intervalo.
Outro ponto é que hoje é bem raro um(a) político(a) de esquerda no Brasil ou um(a) democrata lá nos EUA não se declarar "Pro Choice" (ainda mais uma mulher). Naquela época, pelo visto (ao menos no Sul dos EUA) era o contrário. Quando Claire disse que havia abortado na juventude, foi mencionado que se ela assumisse isso a carreira do marido estaria em risco. Mesmo ele sendo um democrata, ao que tudo indica, no Sul (e talvez no resto do país também) isso era um assunto que sequer poderia ser mencionado.
O presidente Walker só reforçou a impressão da primeira temporada, ele era um líder fraco, que confundia ser grosseiro com ser forte. Levou uma raposa velha pra linha de sucessão e foi devorado por ela. Outro ponto que chama atenção é a fragilidade da democracia americana, um homem pode chegar à presidência sem nenhum voto. Aqui, na ausência de presidente e vice eleitos, o próximo na linha de sucessão assume apenas pra chamar novas eleições. Ponto pro Brasil.
Excelente pra passar o tempo. A história não tem nada de novo, não espere nada revolucionário. Se for com esse pensamento, dá pra se divertir bastante.
Pensei que eles não teriam nada pra contar na segunda temporada, mas me enganei, o final foi muito bom.
A forma como eles retratam os latinos na série é bem irritante, basicamente estereotipam como burros, irresponsáveis, etc. Alguns falas inclusive são preconceituosas ao extremo. Realmente me incomodou. Porém, a parte das relações familiares é boa. Vou tentar dar uma chance pra segunda temporada
Nossa, bem ruim essa temporada, se você aí do futuro está marotonando e veio ver opiniões antes de começar essa temporada... Minha dica é: bixo, pula pra sexta temporada (que nem sei se existirá), não desperdice seu tempo com isso aqui
Complicado dar uma nota pois tem episódios que gosto muito e também os que considero piores.
Hang the DJ e Black Museum estão em meu top 5. Mas Metalhead é de longe o pior episódio (contei os minutos que faltavam pra acabar). USS Callister também é um episódio muito mais longo do que precisava ser.
E temos Arkangel e Crocodile que são legais. Então vai uma nota 7 (3 estrelas e meio) devido ao equilíbrio que a temporada teve.
Sou contra pena de morte, ainda mais da forma que aconteceu (sem um julgamento justo e a "sangue frio"). Então, o fim que eles tiveram foi injusto. Isso é um ponto.
Por outro lado, monarquia por si só é algo lamentável. O povão se ferrando pra manter os luxos e privilégios de uma família real e de seus amiguinhos. Mesmo se Nicolau II fosse um rei de boa administração já não teria meu apreço simplesmente por ser um monarca. Não existe bom monarca. Mas ele passou longe de ter uma boa administração. Participou de festas luxuosas enquanto milhares de camponeses eram enterrados, seus soldados atiraram na população, etc.
Achei que a série passou muito pano pra uma figura histórica lamentável, botando a culpa na esposa dele, no tio e em todo muito que fosse possível. Sendo que ele era o Czar, a culpa maior tem que ser dele.
House of Cards (4ª Temporada)
4.5 407 Assista AgoraExcelente (e vamos de spoilers)
A temporada começa com a parceria do casal Underwood arruinada. Claire cansou de ser a Robin de Batman e agora quer ser dona da mansão Wayne. No entanto, ela inicia a jornada demonstrando que não está pronta ainda pra assumir o controle. Por isso fica zanzando que nem uma barata tonta. A estratégia dela nos 2 primeiros episódios é ser eleita congressista por um distrito com o qual ela não tem nenhuma ligação. Obviamente não dá certo. Frank dá uma afogada final no projeto, mas desde o início estava na cara que não daria certo.
No episódio 03, A sra Underwood vira o jogo. A forma com que ela faz isso é por meio de uma bela trapalhada no roteiro, que precisamos engolir. O presidente é imbecil o bastante pra guardar em uma gavetinha em um banco nada seguro (que deixa os clientes sozinhos na sala que ficam todas as gavetas, prontas para serem arrombadas) uma foto do pai vestido de Ku Klux Klahn. O argumento que ele dá, posteriormente, é pior ainda: guardou a foto porque era do único dia em que ele se orgulhou do pai. Isso faz com que ele perca a disputa em seu estado natal (South Carolina).
No episódio 04, temos a virada na temporada - até então, insossa -, Frank sofre um atentado e fica em estado grave após uma bala atingir-lhe o fígado. Além diss, Meechum é assassinado. O autor do disparo? Lucas, um dos piores personagens da série (briga boa com Zoe). Donald Blythe assume interinamente a presidência e a série dá uma animada.
House of Cards (1ª Temporada)
4.5 609 Assista AgoraImpressões sobre a temporada:
Frank Underwood (um deputado democrata da Carolina do Sul) é uma daquelas velhas raposas da política. Ocupa o cargo de corregedor da câmara, mas na realidade tem mais poder do que isso. Ele joga as cartas dentro do partido, sendo um dos deputados mais poderosos (o que é absurdamente grande em um congresso com apenas 2 partidos). O interesse do congressista recebeu a promessa de que seria ministro das relações exteriores, mas foi preterido pelo presidente. E é nesse ponto que a história começa a se desenrolar...
Underwood começa a sabotar o governo enquanto mantém as aparências de ser um aliado. Os primeiros alvos são Donald Blythe (o deputado que será o manager da reforma educacional) e Michael Kern (o que ficou com a vaga prometida ao protagonista da série.
Donald é um deputado, dentro dos padrões americanos, de "extrema esquerda" (o que pra realidade brasileira quer dizer que ele é de centro esquerda ou no máximo de uma esquerda moderada). Por ter essas ideias mais "extremadas", o seu esboço de reforma (vazado por Frank) assusta a opinião pública e Blythe se ver forçado a se afastar do posto.
Para derrubar Kern, o Corregedor usa Pete Russo (um político do baixo clero, eleito pela Pensilvânia, que é viciado em drogas)...
[continua]
House of Cards (2ª Temporada)
4.6 497Que temporada sensacional
A morte de Zoe foi surpreendente. Fiquei com pena dela. Realmente, era o arco mais chato: os 3 jornalistoides brincando de investigar um político poderoso. Era tudo muito forçado. O próprio acordo de Frank com Zoe era totalmente sem sentido. Ora ele era o gênio da estratégia, ora ele era o veio babão de meia idade apaixonado. Mas esse desfecho tão brutal fez com que fosse possível uma empatia com uma personagem tão esquecível. Pena que não aproveitaram a deixa pra tirar o namorado desnecessário dela tbm da história (mandassem ele pra um retiro no hawaii, que seja).
Sobre a política, interessante ver como o debate público mudou em menos de uma década.
Imagine um(a) jornalista "apertando" uma mulher de esquerda na tv sobre o motivo dela não ter filhos(as). Isso geraria um cancelamento antes do programa ir pro intervalo.
Outro ponto é que hoje é bem raro um(a) político(a) de esquerda no Brasil ou um(a) democrata lá nos EUA não se declarar "Pro Choice" (ainda mais uma mulher). Naquela época, pelo visto (ao menos no Sul dos EUA) era o contrário. Quando Claire disse que havia abortado na juventude, foi mencionado que se ela assumisse isso a carreira do marido estaria em risco. Mesmo ele sendo um democrata, ao que tudo indica, no Sul (e talvez no resto do país também) isso era um assunto que sequer poderia ser mencionado.
O presidente Walker só reforçou a impressão da primeira temporada, ele era um líder fraco, que confundia ser grosseiro com ser forte. Levou uma raposa velha pra linha de sucessão e foi devorado por ela. Outro ponto que chama atenção é a fragilidade da democracia americana, um homem pode chegar à presidência sem nenhum voto. Aqui, na ausência de presidente e vice eleitos, o próximo na linha de sucessão assume apenas pra chamar novas eleições. Ponto pro Brasil.
De Burras, Nada (2ª Temporada)
3.6 2 Assista AgoraExcelente pra passar o tempo. A história não tem nada de novo, não espere nada revolucionário. Se for com esse pensamento, dá pra se divertir bastante.
Pensei que eles não teriam nada pra contar na segunda temporada, mas me enganei, o final foi muito bom.
Família Moderna (1ª Temporada)
4.5 519 Assista AgoraA forma como eles retratam os latinos na série é bem irritante, basicamente estereotipam como burros, irresponsáveis, etc. Alguns falas inclusive são preconceituosas ao extremo. Realmente me incomodou. Porém, a parte das relações familiares é boa. Vou tentar dar uma chance pra segunda temporada
Black Mirror (5ª Temporada)
3.2 959Nossa, bem ruim essa temporada, se você aí do futuro está marotonando e veio ver opiniões antes de começar essa temporada... Minha dica é: bixo, pula pra sexta temporada (que nem sei se existirá), não desperdice seu tempo com isso aqui
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3K Assista AgoraComplicado dar uma nota pois tem episódios que gosto muito e também os que considero piores.
Hang the DJ e Black Museum estão em meu top 5. Mas Metalhead é de longe o pior episódio (contei os minutos que faltavam pra acabar). USS Callister também é um episódio muito mais longo do que precisava ser.
E temos Arkangel e Crocodile que são legais. Então vai uma nota 7 (3 estrelas e meio) devido ao equilíbrio que a temporada teve.
De Burras, Nada (1ª Temporada)
3.6 7 Assista AgoraMuito bom ver uma série que não seja nem estadunidense nem brasileira.
Os personagens são muito carismáticos e a história é divertida. Tessa Iá tem uma grande carreira pela frente, já fiquei fã.
Os Últimos Czares
4.0 97Sou contra pena de morte, ainda mais da forma que aconteceu (sem um julgamento justo e a "sangue frio"). Então, o fim que eles tiveram foi injusto. Isso é um ponto.
Por outro lado, monarquia por si só é algo lamentável. O povão se ferrando pra manter os luxos e privilégios de uma família real e de seus amiguinhos. Mesmo se Nicolau II fosse um rei de boa administração já não teria meu apreço simplesmente por ser um monarca. Não existe bom monarca. Mas ele passou longe de ter uma boa administração. Participou de festas luxuosas enquanto milhares de camponeses eram enterrados, seus soldados atiraram na população, etc.
Achei que a série passou muito pano pra uma figura histórica lamentável, botando a culpa na esposa dele, no tio e em todo muito que fosse possível. Sendo que ele era o Czar, a culpa maior tem que ser dele.