O filme mais tecnicamente perfeito da temporada do Oscar, mas infelizmente falha pesado na proposta como filme queer. O filme é absolutamente moldado para as plateias heterossexuais e como se não bastasse a puerilidade do livro, acaba ainda mais higienizado na tela grande, para agradar nada mais nada menos que a família tradicional. Uma decepção só. Mesmo assim, me trouxe boas lembranças das viagens de verão para o interior. E torcendo aqui para Sufjan e Mystery of Love.
Um filme que me fez sentir profundamente triste, indignado e impotente, que me deixou envergonhado de ser brasileiro. Podemos estabelecer de uma vez por todas que homens brancos (e sua megalomania) foram a pior coisa que já aconteceu para o Brasil? Martírio é um abridor de olhos e um testemunho de momentos ocultos e obscuros de nossa história.
O filme cumpre seu papel, é redondinho, apresenta ótimas atuações, uma parte técnica impecável, mas não traz nada em especial. Muito boa essa versão Coppolesca de "A Casa das Sete Mulheres".
Só lembrando que Alicia Vikander representa a Lara do reboots de TR (ou seja, pós 2013). Já Angelina Jolie representava a primeira versão, entre 1996-2007. Sabendo-se disso, fica muito mais fácil aceitar Alicia no papel (mesmo eu particularmente preferindo Angelina).
2017. O Brasil está prestes a entrar novamente no Mapa Mundial da Fome, das Nações Unidas. 2017. Nós temos o filme da Laís Bodanzky: "Como Nossos Pais". Eu senti uma enorme dificuldade de acompanhar o desenvolvimento do filme sem sentir vergonha alheia ou contorcer meu rosto por causa das situações todas que eu estava testemunhando: estamos em 2017, plmdds. É sério que a gente ainda precisa se comover com outra história de vida de uma família branca-classe-média-comercial-de-margarina? Nossa, que vida difícil a deles, né? Maria Ribeiro é uma boa atriz, mas a performance dela foi prejudicada principalmente pelos seus companheiros de cena, em especial Paulinho Vilhena e Herson Capri (que aliás, está fazendo aqui um cosplay ótimo de Michel Temer). Não estou dizendo que esses dois são maus atores, mas a química não rolou e só prejudicou o filme inteiro. Aí a gente chega no roteiro.
Que roteiro! Uma mãe à beira de um ataque de nervos porque o pai de sua filha não pagou a mensalidade da escola... Dá pra gente perceber quão problemático é isso – dar tempo de filme para uma discussão trivial dessas? É porque no Brasil não existem escolas públicas, né, não? Não é problemático fazer uma cena inteira de discussão mãe-filha porque a menina privilegiada quer ir para a escola de bicicleta "porque todo mundo vai"? Isso chega perto da realidade do povo brasileiro?! Em outra cena, mãe chora pela lembrança de sua filha dando todas suas bonecas para a filha da empregada... Puta que pariu. Queria eu não tem gastado meu dinheiro e tempo num "first world problems" desse.
Durante os 102 minutos de filme, eu fiquei bastante confuso sem saber se o desconhecimento de privilégio do filme era intencional ou se era tudo uma grande sátira... Surpresa! não era nenhum dos dois. Feminismo branco é perigosíssimo – ainda mais no Brasil com seus profundos problemas sociopolítico-econômicos com mulheres, especialmente mulheres de cor, sofrendo e tendo que combater o machismo nosso de cada dia - para a gente gastar nosso tempo com novelas baratas de um país prestes a reentrar no Mapa Mundial da Fome. E um baque maior ainda é saber que Bodanzky saiu premiadíssima do Festival de Gramado. Tá bom, então... Duas estrelinhas para a lunática e poética doçura do Jorge Mautner.
Diretor megalomaníaco, atuações falhas (exceto por Robert Pattinson e sua pronúncia de português impecável) e um roteiro perdido, em que seu protagonista com síndrome de "cara pálida arrependido" mas com força de vontade, teimosia e obsessão sai do zero para lugar nenhum... E a massa vibra, declara um novo clássico do cinema contemporâneo! Passe longe.
Amo o misto entre arte, realidade e o desconhecido nos filmes do Mike Mills, mas fico um pouco decepcionado com o feminismo branco encontrado nesse filme que se entitula como "Mulheres do Século XX". Decepciona, mas não tira a força do filme. Annette Bening, Billy Crudup e Lucas Zumann estão especialmente magníficos.
Como fã incondicional da vida e obra de Elis, fiquei muito decepcionado com o filme – não tinha como não ficar. Tentei gostar, me entreter, e entender todas as más decisões que foram feitas no decorrer das quase duas horas de filme, mas não teve jeito. Começa bem, bastante detalhado no início da carreira no Rio, mas da segunda parte em diante, a confusão fica mais e mais clara e não tem atuação boa de Andreia Horta para segurar o desastre que o filme se torna. Tudo fica apressado, superficial e mastigado. Cadê a gravação do disco com Tom Jobim? A amizade extraordinária com Milton? A destruição de Elis causada pela mídia após sua morte? Peças fundamentais tanto para a evolução do filme quanto para o expectador que não conhece muito da cantora foram cortadas da edição preguiçosa e sem sentido. Pelo menos algumas músicas fazem o serviço (aposto que muita gente nunca ouviu Elis cantando Cabaré ou Aos Nossos Filhos, fiquei feliz pelas canções quase que na íntegra), mas não é só de música que esse tipo de cinebiografia deveria se apoiar. Enfim... quero acreditar que existe muito material não-utilizado que vá criar algo à altura da Elis num futuro próximo, como uma minissérie ou algo do tipo, aguardemos. Ela merece bem mais que esse lamaçal.
Alguém me explica o porquê deste filme estar sendo nomeado com títulos de "oitava maravilha do mundo", sendo que só Lucas Hedges salva e quem foi indicado aos prêmios todos foi Casey Affleck numa atuação gaguejante? Plmdds, Lonergan definindo arrogância e pretensão em forma de filme. Passem longe.
Melhor filme de comédia em anos. O roteiro trabalha bem com clichês e discute temas importantes por trás de muitas risadas garantidas pelo elenco com um timing impecável. A direção também não deixa a peteca cair e olha, que bela fotografia/trilha sonora para esse tipo de filme! Ri altíssimo, recomendadíssimo.
"Five Years" já era um documentário brilhante, e agora a conclusão só aumenta a magnitude e singularidade do Bowie. Um filme com momentos inesquecíveis, que te levam do riso às lágrimas em questão de segundos: o adeus definitivo à Estrela Negra.
E o que dizer dessa trupe dela, só com pessoas de cor? Finalmente, mais que na hora de trazer diversidade para os eventos pré-Nova Esperança. Mas o que realmente me deixou mais feliz na história toda foi a volta de Mon Mothma e sua liderança, uma personagem que sempre mereceu destaque.
Louco para assistir de novo. Gareth Edwards trouxe sangue novo à saga!
Um filme que mistura a tão trabalhada incomunicabilidade do cinema de Antonioni, com toques de Kubrick e seu monolítico 2001. Sem contar duas palavrinhas: efeitos visuais. Dos melhores que já vi na vida. Mas, ainda assim, senti que faltou algo (como muita gente já disse). Vou esperar descobrir.
Fode... Fode... Me Fode Tim!
4.0 7Abismado aqui que eu que pensava ter visto todos os filmes do Almodó, existe um que nunca tinha ouvido falar antes! Como e onde encontrar!?
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraO filme mais tecnicamente perfeito da temporada do Oscar, mas infelizmente falha pesado na proposta como filme queer. O filme é absolutamente moldado para as plateias heterossexuais e como se não bastasse a puerilidade do livro, acaba ainda mais higienizado na tela grande, para agradar nada mais nada menos que a família tradicional. Uma decepção só. Mesmo assim, me trouxe boas lembranças das viagens de verão para o interior. E torcendo aqui para Sufjan e Mystery of Love.
Martírio
4.6 59Um filme que me fez sentir profundamente triste, indignado e impotente, que me deixou envergonhado de ser brasileiro. Podemos estabelecer de uma vez por todas que homens brancos (e sua megalomania) foram a pior coisa que já aconteceu para o Brasil? Martírio é um abridor de olhos e um testemunho de momentos ocultos e obscuros de nossa história.
O Que te Faz Mais Forte
3.3 221 Assista AgoraDavid G.G., Jake Gy, amo vocês, mas que oscarbaitingzão, hein? Plmdds.
O Estranho que Nós Amamos
3.2 615 Assista AgoraO filme cumpre seu papel, é redondinho, apresenta ótimas atuações, uma parte técnica impecável, mas não traz nada em especial. Muito boa essa versão Coppolesca de "A Casa das Sete Mulheres".
Tomb Raider: A Origem
3.2 942 Assista AgoraSó lembrando que Alicia Vikander representa a Lara do reboots de TR (ou seja, pós 2013). Já Angelina Jolie representava a primeira versão, entre 1996-2007. Sabendo-se disso, fica muito mais fácil aceitar Alicia no papel (mesmo eu particularmente preferindo Angelina).
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraJennifer Lawrence em... "A Casa da mãe! Joana", a comédia do ano. Não perca!
Como Nossos Pais
3.8 4442017. O Brasil está prestes a entrar novamente no Mapa Mundial da Fome, das Nações Unidas.
2017. Nós temos o filme da Laís Bodanzky: "Como Nossos Pais".
Eu senti uma enorme dificuldade de acompanhar o desenvolvimento do filme sem sentir vergonha alheia ou contorcer meu rosto por causa das situações todas que eu estava testemunhando: estamos em 2017, plmdds. É sério que a gente ainda precisa se comover com outra história de vida de uma família branca-classe-média-comercial-de-margarina? Nossa, que vida difícil a deles, né? Maria Ribeiro é uma boa atriz, mas a performance dela foi prejudicada principalmente pelos seus companheiros de cena, em especial Paulinho Vilhena e Herson Capri (que aliás, está fazendo aqui um cosplay ótimo de Michel Temer). Não estou dizendo que esses dois são maus atores, mas a química não rolou e só prejudicou o filme inteiro.
Aí a gente chega no roteiro.
Que roteiro! Uma mãe à beira de um ataque de nervos porque o pai de sua filha não pagou a mensalidade da escola... Dá pra gente perceber quão problemático é isso – dar tempo de filme para uma discussão trivial dessas? É porque no Brasil não existem escolas públicas, né, não? Não é problemático fazer uma cena inteira de discussão mãe-filha porque a menina privilegiada quer ir para a escola de bicicleta "porque todo mundo vai"? Isso chega perto da realidade do povo brasileiro?! Em outra cena, mãe chora pela lembrança de sua filha dando todas suas bonecas para a filha da empregada... Puta que pariu. Queria eu não tem gastado meu dinheiro e tempo num "first world problems" desse.
Feminismo branco é perigosíssimo – ainda mais no Brasil com seus profundos problemas sociopolítico-econômicos com mulheres, especialmente mulheres de cor, sofrendo e tendo que combater o machismo nosso de cada dia - para a gente gastar nosso tempo com novelas baratas de um país prestes a reentrar no Mapa Mundial da Fome. E um baque maior ainda é saber que Bodanzky saiu premiadíssima do Festival de Gramado. Tá bom, então...
Duas estrelinhas para a lunática e poética doçura do Jorge Mautner.
Z: A Cidade Perdida
3.4 320 Assista AgoraDiretor megalomaníaco, atuações falhas (exceto por Robert Pattinson e sua pronúncia de português impecável) e um roteiro perdido, em que seu protagonista com síndrome de "cara pálida arrependido" mas com força de vontade, teimosia e obsessão sai do zero para lugar nenhum... E a massa vibra, declara um novo clássico do cinema contemporâneo! Passe longe.
Mulheres do Século XX
4.0 415 Assista AgoraAmo o misto entre arte, realidade e o desconhecido nos filmes do Mike Mills, mas fico um pouco decepcionado com o feminismo branco encontrado nesse filme que se entitula como "Mulheres do Século XX". Decepciona, mas não tira a força do filme. Annette Bening, Billy Crudup e Lucas Zumann estão especialmente magníficos.
Vida
3.4 1,2K Assista AgoraNão muito inovador, mas olha... fazia tempo que eu não suava frio numa sala de cinema. Derreti na poltrona. Para ser visto em IMAX!
Espaço Além - Marina Abramović e o Brasil
4.3 131Brazil para Ianque ver. Passo.
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraQue diabos aconteceu para 2001 estar nos hypes? Quem morreu?
Elis
3.5 522 Assista AgoraComo fã incondicional da vida e obra de Elis, fiquei muito decepcionado com o filme – não tinha como não ficar. Tentei gostar, me entreter, e entender todas as más decisões que foram feitas no decorrer das quase duas horas de filme, mas não teve jeito. Começa bem, bastante detalhado no início da carreira no Rio, mas da segunda parte em diante, a confusão fica mais e mais clara e não tem atuação boa de Andreia Horta para segurar o desastre que o filme se torna. Tudo fica apressado, superficial e mastigado. Cadê a gravação do disco com Tom Jobim? A amizade extraordinária com Milton? A destruição de Elis causada pela mídia após sua morte? Peças fundamentais tanto para a evolução do filme quanto para o expectador que não conhece muito da cantora foram cortadas da edição preguiçosa e sem sentido. Pelo menos algumas músicas fazem o serviço (aposto que muita gente nunca ouviu Elis cantando Cabaré ou Aos Nossos Filhos, fiquei feliz pelas canções quase que na íntegra), mas não é só de música que esse tipo de cinebiografia deveria se apoiar. Enfim... quero acreditar que existe muito material não-utilizado que vá criar algo à altura da Elis num futuro próximo, como uma minissérie ou algo do tipo, aguardemos. Ela merece bem mais que esse lamaçal.
Jackie
3.4 739 Assista AgoraDireção, atuação, edição, fotografia, figurino, trilha sonora... Porran, alguém me explica como Jackie não foi indicado a Melhor Filme?
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraUm desfavor às trans.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraVerdade seja dita: melhor que "The Force Awakens" (ou NO MÍNIMO mais original).
A Morte e Vida de John F. Donovan
3.3 193Olha, pra ser sincero Kit Harington é o nome mais desinteressante desse elenco.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraAlguém me explica o porquê deste filme estar sendo nomeado com títulos de "oitava maravilha do mundo", sendo que só Lucas Hedges salva e quem foi indicado aos prêmios todos foi Casey Affleck numa atuação gaguejante? Plmdds, Lonergan definindo arrogância e pretensão em forma de filme. Passem longe.
Perfeita é a Mãe
3.4 591 Assista AgoraMelhor filme de comédia em anos. O roteiro trabalha bem com clichês e discute temas importantes por trás de muitas risadas garantidas pelo elenco com um timing impecável. A direção também não deixa a peteca cair e olha, que bela fotografia/trilha sonora para esse tipo de filme! Ri altíssimo, recomendadíssimo.
David Bowie: The Last Five Years
4.4 27"Five Years" já era um documentário brilhante, e agora a conclusão só aumenta a magnitude e singularidade do Bowie. Um filme com momentos inesquecíveis, que te levam do riso às lágrimas em questão de segundos: o adeus definitivo à Estrela Negra.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraJyn Erso é a Lara Croft do universo Star Wars. Apaixonei!
E o que dizer dessa trupe dela, só com pessoas de cor? Finalmente, mais que na hora de trazer diversidade para os eventos pré-Nova Esperança. Mas o que realmente me deixou mais feliz na história toda foi a volta de Mon Mothma e sua liderança, uma personagem que sempre mereceu destaque.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraUm filme que mistura a tão trabalhada incomunicabilidade do cinema de Antonioni, com toques de Kubrick e seu monolítico 2001. Sem contar duas palavrinhas: efeitos visuais. Dos melhores que já vi na vida.
Mas, ainda assim, senti que faltou algo (como muita gente já disse). Vou esperar descobrir.
Jovens, Loucos e Mais Rebeldes
3.4 147 Assista AgoraSinopse: garotos brancos e héteros fazendo merda na faculdade.
Plot twist: o filme mais gay do ano.