É um daqueles filmes que não sei se merece nota 3 ou nota 5. É preciso ser justo com a obra em si, ao mesmo tempo que é impossível desconectá-la da cultura humana. Achei genial a escolha de retratar o evento histórico a partir duma perspectiva familiar - no caso, de uma família nazista - enquanto mantém os horrores isolados por muros altos. Entretanto, muito me incomoda que a técnica foi usada para discutir mais uma vez o nazismo. Considerando que é um filme que trata de sociedade, história e política, me parece impossível desconsiderar que a exploração excessiva da temática em questão contribui - e muito - para a ideia de que o que há de mais terrível é o Holocausto, o nazismo e afins e que nada é tão grave quanto ou que nada pode ser comparado a tal. Será que algum dia veremos algum filme sobre ingleses vivendo seu cotidiano enquanto levam milhões de indianos à morte pela fome? Será que algum dia veremos algum filme sobre israelenses curtindo festivais de música eletrônica com a tragédia da Faixa de Gaza ao fundo? Será que algum dia veremos algum filme sobre estadunidenses vivendo suas vidas fúteis e torpes enquanto tramam, conspiram e bombardeiam meio mundo? Eu duvido. O cinema é uma arma incrível e o Império sabe manejá-la muito bem.
De uma certa forma vejo que Bradley Cooper, em Maestro, acertou num aspecto que Ridley Scott, em Napoleão, errou terrivelmente: equilibrar a figura central - aqui, Leonard Bernstein - e a relação com sua companheira - Felicia Montealegre. Entretanto, confesso desconhecer a trajetória de Bernstein - assim, não saberia dizer em que medida a figura do maestro pode ter ficado distante do que se esperava. O filme parece ter sido produzido pensando nas glórias do tapete vermelho. Com exceção do que tange
faltou emoção. Desconhecedor da história de Bernstein, não pude entender com o filme o porquê de sua história merecer ser contada. Veja: sei que foi uma figura lendária da música, entretanto, não senti que Cooper foi capaz de transmitir o fato aos espectadores. Sua atuação foi muito boa. Acredito, porém, que foi ofuscada pela atuação de Carey Mulligan, que para mim se destacou bastante! Não consigo porém dissociar as atuações do filme como um todo. Nesse sentido, lamento bastante que Leonardo DiCaprio tenha sido preterido entre as indicações de Melhor Ator no Oscar, dando lugar a Bradley Cooper. Se fôssemos nos restringir à atuação, talvez fosse uma boa disputa. Mas, ao colocar as obras em perspectiva, acredito que o ator de Assassino da Lua das Flores merecia (muito) mais a indicação. Um ponto extremamente positivo: a maquiagem. Cooper estava parecidíssimo com Bernstein. As cenas em que já está idoso são ainda mais marcantes nesse aspecto. De maneira geral: é um filme 'ok'. Me parece que se preocuparam demais com a técnica e se esqueceram do mais importante: a magia - a alma da arte.
Assim como não me interesso por filmes de super-heróis e afins, não me interessei em ver Barbie. Com a indicação ao Oscar na categoria de Melhor Filme, porém, decidi assistir. Esperava um filme mais sério, voltado ao público adulto. Entretanto o que vi foi publicidade num formato de longa-metragem endereçada a adolescentes e adultos incapazes de amadurecer. Quando considerei que pudesse me surpreender, o filme logo se enquadrou no mesmo formato de qualquer bobagem de super-herói: um problema, um vilão e a urgência em salvar o mundo. De positivo: os cenários. Ficaram bem legais considerando o universo "Barbie". A atuação de Ryan Gosling e a direção de Greta Gerwig também valem a menção. É trágico, entretanto, que o longa concorra ao Oscar de Melhor Filme. Muito se comentou que seria um filme de afirmação das mulheres. É uma verdadeira falsificação. Me parece que usam desse argumento para esconder do que realmente se trata: um filme padrão de super-herói estrelado por um dos mais famosos produtos infantis que se tem notícia - a boneca Barbie. Tudo bem que gostem. Há quem goste de Deadpool. O que me surpreende por parte do público é que buscam ocultar - sob argumentos sérios - que o hype é pura e simplesmente porque se trata da famosa boneca. A indicação de America Ferrera ao prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante é ainda mais injustificado. Para além de uma personagem comum, há a tal cena do monólogo que alguns desvairados colocam entre os melhores do cinema. Ora! Parecia mais um conjunto de frases retiradas de uma campanha publicitária de alguma empresa que tenta surfar a nova onda. De empoderamento feminino Barbie não oferece nada. É só mais uma bobagem liberal feita pelos estadunidenses enquanto enche os bolsos de alguns. Por fim, o mais grave: a bobagem ficará marcada como uma grande obra sobre a questão das mulheres, enquanto outros filmes que buscam tratar do tema com profundidade, sensibilidade e seriedade ficarão esquecidos feito uma boneca velha no baú. Ponto para o Império.
O mistério que buscamos desvendar é se Sandra Voyter matou Samuel Maleski. E numa investigação e julgamento sem qualquer espécie de prova definitiva resta à acusação e à defesa se debruçar sobre a vida privada do casal.
a relação entre ambos, no entanto, não é suficiente para que possamos nos elucidar sobre o que realmente aconteceu. O filme se encerra num mistério. Daniel teria absolvido a mãe porque acreditava em sua inocência? Ou o garoto acreditou na tese da promotoria e a teria perdoado?
Particularmente, pouco me importa. Assim como pouco me importa se Capitu traiu Bentinho.
Vi em Samuel um homem invejoso. Alguém atormentado por sempre fracassar nas suas tentativas de atingir algo que o satisfizesse, enquanto convivia com Sandra, uma mulher capaz de atingir seus objetivos e reconhecida por seu sucesso.
Independente do que houve - da Verdade aos olhos da justiça -
Acostumado a ver filmes de tribunal estadunidenses, gostei muito do filme francês. Foi diferente de tudo aquilo que já havia visto do gênero até então. Vale menção também para a fotografia: relacionou-se perfeitamente com o aspecto íntimo da vida entre Sandra e Samuel.
Por se tratar de uma comédia dramática, fui sem grandes expectativas, afinal está longe de ser um gênero que me empolga. No entanto, gostei bastante do filme. Os personagens têm cada um seus próprios dramas pessoais que os fazem viver a experiência da solidão, maximizada no filme pelas festas de fim de ano. A ambientação no início dos anos 70 é digna de menção. Foi suave e convincente. Sem dúvida, o ponto alto foram as atuações de Paul Giamatti e Da'Vine Joy Randolph como Paul Hunham e Mary, respectivamente. O diretor explora muito bem o fato de que o melhor remédio para a dor da solidão é, obviamente, se conectar com outras pessoas. As relações entre Hunham, Mary e Tully foram muito bem construídas. Por outro lado, o que menos apreciei foi o desfecho. Acho que o desenrolar da
demissão de Hunham, consequência de ter defendido seu novo amigo,
destoou da qualidade geral do filme. Apesar de ser apontado como possível "azarão" do Oscar de 2024, eu ficaria surpreso se vencer prêmios como o de melhor filme ou melhor direção. Não há razão para tanto. Agora, vejo que Giamatti e Joy Randolph têm chances de vencer as estatuetas de melhor ator e melhor atriz coadjuvante.
Ao fim do primeiro ato, o sentimento é de que a verdade do que estava acontecendo estava muito bem escondida. Esta percepção viria a se confirmar mais tarde. Entretanto, se fez presente o sentimento também de que Mugino Minato talvez fosse realmente um monstro. Kaibutsu. Os atos posteriores porém, sob perspectivas diferentes, nos mostrou o contrário. Era a história de duas crianças do mesmo sexo descobrindo a paixão de infância uma pela outra dentro da sociedade japonesa.
Vale mencionar também a ótima personagem Makiko Fushimi, diretora da escola.
Age com frieza inabalável sempre que a mãe de Minato precisa de uma resposta humana. Aparenta ser também um monstro - kaibutsu - entretanto, descobrimos que assim como na história de Minato, as coisas não são como parecem. Hori-sensei, por sua vez, também é absolvido das acusações de ser um monstro. É interessante notar que sua tragédia foi consequência de tudo aquilo que decorreu da verdade escondida entre Minato e Hoshikawa Yori.
A repressão dos sentimentos e de ser quem é pode ser destrutiva para si e para aqueles ao redor. Agora, num aspecto negativo, concordo com o que foi dito no comentário anterior de que faltou "pouco de pulso (...), um pouco mais de atitude, um pouco de violência". Fizeram falta pela expectativa criada no início do filme, num ato tenso, misterioso e macabro.
É um filme bem legal. No que diz respeito à animação, é fantástica! Não conheço outra obra produzida da mesma maneira. Foge completamente do estilo artístico que vemos comumente na televisão e cinema. Os personagens são bastante divertidos, principalmente a dupla formada por Mr. Fox e Kylie. As cenas envolvendo
A ideia é legal. O suspense também. Mas, convenhamos, não foi cativou a ponto de colher a satisfação do público com o final que foi oferecido. Não detestei mas também não amei. Entre os filmes medianos, é um bom filme.
"Filho, eu tenho que ir trabalhar. Eu não tenho escolha". O filme é um retrato da escravidão contemporânea. A brutalidade das relações de trabalho envenena o ser. É tão peçonhenta que se entranha até mesmo nas relações de homem e mulher, de pais e filhos. Em certos momentos do filme, buscamos culpados pelos conflitos entre os personagens, quando na realidade nenhum deles tem culpa de nada. São vítimas da própria realidade. O filme é brilhante. Conforme mencionado num dos comentários abaixo, merece aplausos por tocar nessa ferida aberta.
Apesar de não ser o maior entusiasta de comédias, fui de coração aberto, afinal já me diverti bastante com alguns filmes brasileiros do gênero e gosto da Ingrid Guimarães, alguém que já me proporcionou muitas risadas enquanto eu era criança. Mas, verdade seja dita, o filme é horrível. É realmente muito chato. São duas horas em que algum momento ou outro você no máximo esboça um sorriso. Juro, no máximo! A Tatá Werneck não parece fazer ideia do que é fazer um filme... agiu como se estivesse em seu próprio programa. Entretanto, para ser justo, a culpa não é exatamente dela. É da produção, direção, etc. A insistência nas piadas foi bastante ridícula. Talvez se em alguns momentos a graça tivesse residido apenas numa fala rápida em vez de um minuto inteiro insistindo na mesma ideia - quase como se estivesse dizendo "você não entendeu a piada, vou te explicar" - o filme poderia ter sido melhor. Sou sempre favorável que os filmes usem o tempo necessário para contar a história, sejam duas, três ou quatro horas. Os 114 minutos de tela em "Minha Irmã e Eu", por outro lado, são um verdadeiro desrespeito ao espectador. Mas o maior e mais terrível desrespeito foi ter cobrado ingresso e oferecer uma porcaria como essa. Sendo sincero, eu só voltaria a assistir o filme se eu fosse pago para isso. É digno do Framboesa de Ouro de 2024. Será um forte concorrente para o hollywoodiano "The Creator" de Gareth Edwards.
Eu realmente esperava mais. Vi num comentário que a fotografia é deslumbrante e sou obrigado a concordar. É o ponto alto do filme. Os estouros de canhões também valem a menção. A cena em que os
Agora, no que diz respeito ao enredo, não empolgou. O autor se dividiu entre o romance e as batalhas e não triunfou em nenhum. Senti que a história entre Napoleão e Joséphine foi explorada excessivamente. Poderia ter sido legal, mas senti que se transformou num exagero. Por outro lado, os desenvolvimentos políticos foram pouquíssimo explorados. Num momento,
Napoleão senta-se com o czar e busca uma aliança. Logo em seguida vem a tão famosa invasão sob o rigoroso inverno russo. Não houve nenhuma preparação da expectativa para um evento tão importante.
O destaque negativo: apesar de saber de antemão que sim, é um filme estadunidense, e que sim, os franceses falariam em inglês, eu esperava que a direção fosse capaz de nos convencer de que isso é irrelevante. O desafio não seria fácil, afinal, não se trata de uma história longínqua entre espartanos e persas. Mas não convenceram. É duro ver um filme que busca seriedade colocando franceses e russos para conversar num inglês que mais parecia que estavam sentados no Central Perk. É claro que você é capaz de identificar quem é quem se estiver prestando atenção às roupas, ao que estão dizendo etc. Mas nas cenas de batalhas fica um tanto quanto lamentável. Franceses e ingleses se enfrentam, você ouve os gritos e pensa... quem é que está gritando? Os ingleses? Os franceses que curiosamente falam inglês? Infelizmente, não ficou legal.
Vale a pena? Vale. É legal de se assistir no cinema. Como disse no início, as imagens são lindas e os efeitos sonoros ficaram muito bons. Mas não acho que vá além disso. Não é um filme para ficar marcado. É esquecível.
Ah, sei lá... gostei muito mais do Homem-Formiga... mentirinha!!! Filmaço! Leonardo DiCaprio deverá concorrer a melhor ator, Lily Gladstone deverá concorrer a melhor atriz e De Niro frustrará Robert Downey Jr. e vencerá o Oscar de melhor ator coadjuvante. Scorsese deverá concorrer a melhor diretor. Quanto à categoria de melhor filme - pelo que foi visto até então - acredito que Assassinos da Lua das Flores travará uma grande disputa com Oppenheimer (porém, acredito que o segundo será o favorito). Foi um grande filme. 3h26min que poderiam facilmente ter se estendido um pouco mais. É impressionante que mesmo
é digno de aplausos. Scorsese mata a cobra e mostra o pau: não se reserva às críticas aos "filmes" grotescos de heróis que mais parecem um parque de diversões aloprado, ele mostra com realmente se faz um verdadeiro filme. Logo nos minutos iniciais,
William Hale instrui Ernest Burkhart que entre os osage não falar nada é muito mais importante do que qualquer bobagem dita apenas para preencher o silêncio.
E é assim que Scorsese trata seu filme. Somente o necessário. Em muitas cenas as expressões faciais bastam. É fantástico. Recomendo a todos que gostam de grandes filmes.
Horrível. Fazia tempo que eu não via um filme tão ruim assim. É uma verdadeira porcaria. Se você for assistir pensando que vai ver um filme de ficção científica, não assista. É um filme de ação ruim que passaria antes do Domingão do Faustão num domingo.
Tive a oportunidade de ver no cinema. Foi ótimo. É melhor que a grande parte dos filmes de terror lançados posteriormente. A cena do jantar é espetacular: uma das melhores da história do gênero.
É um excelente drama. Brendan Fraser surpreendeu com o papel. É interessante que a produção mostra que mesmo com pouco um filme pode muito bem ser uma grande obra.
Christopher Nolan foi muito competente em construir um filme que provoca no espectador um sentimento ultrajante. A bomba atômica não é só mais uma palavra qualquer presente nos telejornais. Ele conseguiu captar a emoção correspondente a uma invenção como esta. Foi capaz de transmitir o êxtase e o terror. Uma verdadeira obra de arte. É cinema. Três horas, mas poderiam facilmente ter sido mais.
Não conhecia. Descobri hoje e foi uma ótima surpresa. O filme é muito bom! Misterioso e terrivelmente dramático. A atuação de Kathy Bates é espetacular. Recomendo a todos!
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Zona de Interesse
3.6 594 Assista AgoraÉ um daqueles filmes que não sei se merece nota 3 ou nota 5. É preciso ser justo com a obra em si, ao mesmo tempo que é impossível desconectá-la da cultura humana. Achei genial a escolha de retratar o evento histórico a partir duma perspectiva familiar - no caso, de uma família nazista - enquanto mantém os horrores isolados por muros altos. Entretanto, muito me incomoda que a técnica foi usada para discutir mais uma vez o nazismo. Considerando que é um filme que trata de sociedade, história e política, me parece impossível desconsiderar que a exploração excessiva da temática em questão contribui - e muito - para a ideia de que o que há de mais terrível é o Holocausto, o nazismo e afins e que nada é tão grave quanto ou que nada pode ser comparado a tal. Será que algum dia veremos algum filme sobre ingleses vivendo seu cotidiano enquanto levam milhões de indianos à morte pela fome? Será que algum dia veremos algum filme sobre israelenses curtindo festivais de música eletrônica com a tragédia da Faixa de Gaza ao fundo? Será que algum dia veremos algum filme sobre estadunidenses vivendo suas vidas fúteis e torpes enquanto tramam, conspiram e bombardeiam meio mundo? Eu duvido. O cinema é uma arma incrível e o Império sabe manejá-la muito bem.
Maestro
3.1 260De uma certa forma vejo que Bradley Cooper, em Maestro, acertou num aspecto que Ridley Scott, em Napoleão, errou terrivelmente: equilibrar a figura central - aqui, Leonard Bernstein - e a relação com sua companheira - Felicia Montealegre. Entretanto, confesso desconhecer a trajetória de Bernstein - assim, não saberia dizer em que medida a figura do maestro pode ter ficado distante do que se esperava. O filme parece ter sido produzido pensando nas glórias do tapete vermelho. Com exceção do que tange
o câncer e a morte de Felicia,
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraAssim como não me interesso por filmes de super-heróis e afins, não me interessei em ver Barbie. Com a indicação ao Oscar na categoria de Melhor Filme, porém, decidi assistir. Esperava um filme mais sério, voltado ao público adulto. Entretanto o que vi foi publicidade num formato de longa-metragem endereçada a adolescentes e adultos incapazes de amadurecer. Quando considerei que pudesse me surpreender, o filme logo se enquadrou no mesmo formato de qualquer bobagem de super-herói: um problema, um vilão e a urgência em salvar o mundo. De positivo: os cenários. Ficaram bem legais considerando o universo "Barbie". A atuação de Ryan Gosling e a direção de Greta Gerwig também valem a menção. É trágico, entretanto, que o longa concorra ao Oscar de Melhor Filme. Muito se comentou que seria um filme de afirmação das mulheres. É uma verdadeira falsificação. Me parece que usam desse argumento para esconder do que realmente se trata: um filme padrão de super-herói estrelado por um dos mais famosos produtos infantis que se tem notícia - a boneca Barbie. Tudo bem que gostem. Há quem goste de Deadpool. O que me surpreende por parte do público é que buscam ocultar - sob argumentos sérios - que o hype é pura e simplesmente porque se trata da famosa boneca. A indicação de America Ferrera ao prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante é ainda mais injustificado. Para além de uma personagem comum, há a tal cena do monólogo que alguns desvairados colocam entre os melhores do cinema. Ora! Parecia mais um conjunto de frases retiradas de uma campanha publicitária de alguma empresa que tenta surfar a nova onda. De empoderamento feminino Barbie não oferece nada. É só mais uma bobagem liberal feita pelos estadunidenses enquanto enche os bolsos de alguns. Por fim, o mais grave: a bobagem ficará marcada como uma grande obra sobre a questão das mulheres, enquanto outros filmes que buscam tratar do tema com profundidade, sensibilidade e seriedade ficarão esquecidos feito uma boneca velha no baú. Ponto para o Império.
Anatomia de uma Queda
4.0 814 Assista AgoraExcelente! De uma certa forma, me lembrou Dom Casmurro. Em Anatomie d'une Chute, entretanto, a traição pouco importa.
O mistério que buscamos desvendar é se Sandra Voyter matou Samuel Maleski. E numa investigação e julgamento sem qualquer espécie de prova definitiva resta à acusação e à defesa se debruçar sobre a vida privada do casal.
a relação entre ambos, no entanto, não é suficiente para que possamos nos elucidar sobre o que realmente aconteceu. O filme se encerra num mistério. Daniel teria absolvido a mãe porque acreditava em sua inocência? Ou o garoto acreditou na tese da promotoria e a teria perdoado?
Vi em Samuel um homem invejoso. Alguém atormentado por sempre fracassar nas suas tentativas de atingir algo que o satisfizesse, enquanto convivia com Sandra, uma mulher capaz de atingir seus objetivos e reconhecida por seu sucesso.
fiquei satisfeito que Sandra pôde sair livre.
Os Rejeitados
4.0 320 Assista AgoraPor se tratar de uma comédia dramática, fui sem grandes expectativas, afinal está longe de ser um gênero que me empolga. No entanto, gostei bastante do filme. Os personagens têm cada um seus próprios dramas pessoais que os fazem viver a experiência da solidão, maximizada no filme pelas festas de fim de ano. A ambientação no início dos anos 70 é digna de menção. Foi suave e convincente. Sem dúvida, o ponto alto foram as atuações de Paul Giamatti e Da'Vine Joy Randolph como Paul Hunham e Mary, respectivamente. O diretor explora muito bem o fato de que o melhor remédio para a dor da solidão é, obviamente, se conectar com outras pessoas. As relações entre Hunham, Mary e Tully foram muito bem construídas. Por outro lado, o que menos apreciei foi o desfecho. Acho que o desenrolar da
demissão de Hunham, consequência de ter defendido seu novo amigo,
Monstro
4.3 275 Assista AgoraGostei bastante do filme. A forma escolhida para contar a história foi bastante interessante. Fui assistir sem fazer ideia do que se tratava.
Ao fim do primeiro ato, o sentimento é de que a verdade do que estava acontecendo estava muito bem escondida. Esta percepção viria a se confirmar mais tarde. Entretanto, se fez presente o sentimento também de que Mugino Minato talvez fosse realmente um monstro. Kaibutsu. Os atos posteriores porém, sob perspectivas diferentes, nos mostrou o contrário. Era a história de duas crianças do mesmo sexo descobrindo a paixão de infância uma pela outra dentro da sociedade japonesa.
Age com frieza inabalável sempre que a mãe de Minato precisa de uma resposta humana. Aparenta ser também um monstro - kaibutsu - entretanto, descobrimos que assim como na história de Minato, as coisas não são como parecem. Hori-sensei, por sua vez, também é absolvido das acusações de ser um monstro. É interessante notar que sua tragédia foi consequência de tudo aquilo que decorreu da verdade escondida entre Minato e Hoshikawa Yori.
O Fantástico Sr. Raposo
4.2 933 Assista AgoraÉ um filme bem legal. No que diz respeito à animação, é fantástica! Não conheço outra obra produzida da mesma maneira. Foge completamente do estilo artístico que vemos comumente na televisão e cinema. Os personagens são bastante divertidos, principalmente a dupla formada por Mr. Fox e Kylie. As cenas envolvendo
o rato-segurança e o lobo
Capitu e o Capítulo
2.9 13 Assista AgoraEu não gostei. Mas com certeza não é minha praia, pode ser que tenha quem goste.
O Mundo Depois de Nós
3.2 893 Assista AgoraA ideia é legal. O suspense também. Mas, convenhamos, não foi cativou a ponto de colher a satisfação do público com o final que foi oferecido. Não detestei mas também não amei. Entre os filmes medianos, é um bom filme.
Você Não Estava Aqui
4.1 242 Assista Agora"Filho, eu tenho que ir trabalhar. Eu não tenho escolha". O filme é um retrato da escravidão contemporânea. A brutalidade das relações de trabalho envenena o ser. É tão peçonhenta que se entranha até mesmo nas relações de homem e mulher, de pais e filhos. Em certos momentos do filme, buscamos culpados pelos conflitos entre os personagens, quando na realidade nenhum deles tem culpa de nada. São vítimas da própria realidade. O filme é brilhante. Conforme mencionado num dos comentários abaixo, merece aplausos por tocar nessa ferida aberta.
Minha Irmã e Eu
3.1 139 Assista AgoraApesar de não ser o maior entusiasta de comédias, fui de coração aberto, afinal já me diverti bastante com alguns filmes brasileiros do gênero e gosto da Ingrid Guimarães, alguém que já me proporcionou muitas risadas enquanto eu era criança. Mas, verdade seja dita, o filme é horrível. É realmente muito chato. São duas horas em que algum momento ou outro você no máximo esboça um sorriso. Juro, no máximo! A Tatá Werneck não parece fazer ideia do que é fazer um filme... agiu como se estivesse em seu próprio programa. Entretanto, para ser justo, a culpa não é exatamente dela. É da produção, direção, etc. A insistência nas piadas foi bastante ridícula. Talvez se em alguns momentos a graça tivesse residido apenas numa fala rápida em vez de um minuto inteiro insistindo na mesma ideia - quase como se estivesse dizendo "você não entendeu a piada, vou te explicar" - o filme poderia ter sido melhor. Sou sempre favorável que os filmes usem o tempo necessário para contar a história, sejam duas, três ou quatro horas. Os 114 minutos de tela em "Minha Irmã e Eu", por outro lado, são um verdadeiro desrespeito ao espectador. Mas o maior e mais terrível desrespeito foi ter cobrado ingresso e oferecer uma porcaria como essa. Sendo sincero, eu só voltaria a assistir o filme se eu fosse pago para isso. É digno do Framboesa de Ouro de 2024. Será um forte concorrente para o hollywoodiano "The Creator" de Gareth Edwards.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraNão é meu estilo, mas é, com certeza, um bom filme de romance.
Napoleão
3.1 325 Assista AgoraEu realmente esperava mais. Vi num comentário que a fotografia é deslumbrante e sou obrigado a concordar. É o ponto alto do filme. Os estouros de canhões também valem a menção. A cena em que os
canhões estouram no gelo
Agora, no que diz respeito ao enredo, não empolgou. O autor se dividiu entre o romance e as batalhas e não triunfou em nenhum. Senti que a história entre Napoleão e Joséphine foi explorada excessivamente. Poderia ter sido legal, mas senti que se transformou num exagero. Por outro lado, os desenvolvimentos políticos foram pouquíssimo explorados. Num momento,
Napoleão senta-se com o czar e busca uma aliança. Logo em seguida vem a tão famosa invasão sob o rigoroso inverno russo. Não houve nenhuma preparação da expectativa para um evento tão importante.
O destaque negativo: apesar de saber de antemão que sim, é um filme estadunidense, e que sim, os franceses falariam em inglês, eu esperava que a direção fosse capaz de nos convencer de que isso é irrelevante. O desafio não seria fácil, afinal, não se trata de uma história longínqua entre espartanos e persas. Mas não convenceram. É duro ver um filme que busca seriedade colocando franceses e russos para conversar num inglês que mais parecia que estavam sentados no Central Perk. É claro que você é capaz de identificar quem é quem se estiver prestando atenção às roupas, ao que estão dizendo etc. Mas nas cenas de batalhas fica um tanto quanto lamentável. Franceses e ingleses se enfrentam, você ouve os gritos e pensa... quem é que está gritando? Os ingleses? Os franceses que curiosamente falam inglês? Infelizmente, não ficou legal.
Vale a pena? Vale. É legal de se assistir no cinema. Como disse no início, as imagens são lindas e os efeitos sonoros ficaram muito bons. Mas não acho que vá além disso. Não é um filme para ficar marcado. É esquecível.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 614 Assista AgoraAh, sei lá... gostei muito mais do Homem-Formiga... mentirinha!!! Filmaço! Leonardo
DiCaprio deverá concorrer a melhor ator, Lily Gladstone deverá concorrer a melhor atriz e De Niro frustrará Robert Downey Jr. e vencerá o Oscar de melhor ator coadjuvante. Scorsese deverá concorrer a melhor diretor. Quanto à categoria de melhor filme - pelo que foi visto até então - acredito que Assassinos da Lua das Flores travará uma grande disputa com Oppenheimer (porém, acredito que o segundo será o favorito).
Foi um grande filme. 3h26min que poderiam facilmente ter se estendido um pouco mais. É impressionante que mesmo
com muitos assassinatos
cada tiro
William Hale instrui Ernest Burkhart que entre os osage não falar nada é muito mais importante do que qualquer bobagem dita apenas para preencher o silêncio.
Resistência
3.3 265 Assista AgoraHorrível. Fazia tempo que eu não via um filme tão ruim assim. É uma verdadeira porcaria. Se você for assistir pensando que vai ver um filme de ficção científica, não assista. É um filme de ação ruim que passaria antes do Domingão do Faustão num domingo.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraUm bom filme. A atuação de Jake Gyllenhaal foi excelente! Foi perfeito em interpretar um
DOIDÃO!
O Massacre da Serra Elétrica
3.7 1K Assista AgoraTive a oportunidade de ver no cinema. Foi ótimo. É melhor que a grande parte dos filmes de terror lançados posteriormente. A cena do jantar é espetacular: uma das melhores da história do gênero.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraÉ um excelente drama. Brendan Fraser surpreendeu com o papel. É interessante que a produção mostra que mesmo com pouco um filme pode muito bem ser uma grande obra.
Pearl
3.9 995Um ótimo filme de terror. Acima da média. Recomendo!
Sobre Meninos e Lobos
4.1 1,5K Assista AgoraUm típico filme de suspense e investigação dos anos 90. Ótimo. Recomendo a todos.
Oppenheimer
4.0 1,1KChristopher Nolan foi muito competente em construir um filme que provoca no espectador um sentimento ultrajante. A bomba atômica não é só mais uma palavra qualquer presente nos telejornais. Ele conseguiu captar a emoção correspondente a uma invenção como esta. Foi capaz de transmitir o êxtase e o terror. Uma verdadeira obra de arte. É cinema. Três horas, mas poderiam facilmente ter sido mais.
Eclipse Total
4.0 183 Assista AgoraNão conhecia. Descobri hoje e foi uma ótima surpresa. O filme é muito bom! Misterioso e terrivelmente dramático. A atuação de Kathy Bates é espetacular. Recomendo a todos!