Que coisa linda, maravilhosa, singela e complexa ao mesmo tempo! Tanta coisa importante abordada neste filme. Que fotografia é aquela?! Meu Deus, consegui sentir um realismo incrível nela, mesmo sem nunca ter visitado São Paulo. Aliás, geralmente fico sempre muito surpreendida, no sentido positivo, com os filmes brasileiros que se costumam passar em São Paulo. Têm sempre um carisma mais cru e intenso ao mesmo tempo. Neste filme, podemos ver a opressão da cultura de família nigeriana, através de um irmão mais novo que vai até São Paulo para procurar o irmão primogénito, pois por muitos filhos que a mãe deles tenha tido, nesta cultura ninguém pode ser tão querido, tão desejado e tão importante como o primeiro filho. O tio deles, a certa altura, fala das expetativas elevadas que a família coloca no filho mais velho e de como isso pôde contribuir para ele se perder, causando-lhe demasiada pressão. Mas então e Amadi?! Que por muito que fizesse, por muito que servisse a família, nunca iria ser o suficiente?! Amadi realmente limitava-se a viver uma vida que não era concretamente a sua, para tentar ultrapassar as expetativas baixas que a mãe tinha em relação a ele. Amadi não sabia o que era viver por si e para si, em nenhum momento. Um filme de reflexões culturais, familiares,... Uma São Paulo a mostrar a sua multiculturalidade a ter essa multiculturalidade como palco principal. Sinto que, por muito que escrevesse, continuaria a não dizer o suficiente sobre este filme. Um filme para ser contemplado e sentido! Vejam-no!
Então, a fotografia é bonita, até mesmo para quem não é uma grande fã de Amesterdão como eu. Quanto ao filme em si, fiquei com vontade de ver a série, porque senti que o filme foi ali meio que uma conclusão da série, o que me deixou com a sensação que, embora seja bastante percetível a trama simples do filme, faltam ali detalhes, que devem estar com certeza na série. Seja como for, serviu para passar um tempo descontraído e leve, que era o que estava a precisar :).
Moral da história: Para teres um homem caído por ti, tens de o ignorar ao invés de lhe dar demasiada atenção! Esperem, acho que já todos sabemos isso...Mas ok, aqui é com o toque francês, que tem um cheiro a existencialismo e libertinagem. Contudo, o charme francês não foi suficiente. O filme acabou por ficar bem morno... Fotografia bonita, cenas de sexo bonitas, performances competentes, mas com um filme com um roteiro que acaba por perder o potencial que poderia ter. Sem falar que o filme acaba por se tornar arrastado. Contudo, é um filme assistível, mas nada de especial...
Divertido e nojento, como um bom slasher deve ser! Além disso, levanta alguns temas tabus relacionados com o sexo, mais propriamente com quem gosta de sexo, e sabe separá-lo do amor, e não tem medo de aceitá-lo, independentemente de estar na indústria de entretenimento adulto ou não. Há ali um jogo de câmara interessante, com cenas paralelas ou cenas a sobreporem-se a outras, ou ainda com cenas filmadas sequencialmente, mas não propriamente pela sequência exata (ok, isto pode parecer confuso!). Só não sou um rating maior porque acho que o filme perde ali algum ritmo quase na metade, voltando a ganhar ritmo, a uns 30 minutos do fim. Seja como for, um slasher que acrescenta algo ao género slasher e que, inevitavelmente, faz ali uma homenagem ao clássico "The Texas Chainsaw Massacre". Merece, sem dúvida, ser conferido!
Melhorou e muito em relação à segunda temporada, e ainda bem!!, porque a segunda temporada quase me fez preguiça de assistir a esta! Esqueçamos as coisas sem sentido (ADN dos assassinos por todo o lado; portas de locais, onde os psicopatas têm algo a esconder, destrancadas e fáceis de abrir por qualquer um; coisas demasiado fáceis para serem descobertas, mas que por alguma razão alheia só são descobertas quase à última da hora e de modo bem aleatório,...,...) e centremo-nos na crítica mordaz aos subúrbios de classe alta dos E.U.A., em toda a hipocrisia que reina nesses subúrbios, nos pensamentos aka monólogos do Joe, sempre com aquele humor que o caracteriza, e na história bem kinky entre a Love e o Theo (que também é uma boa razão para lavar a vista..ahaha!), e temos uma temporada que até vicia bastante (com exceção daquele episódio 8...único que, a meu ver, foi o mais arrastado nesta temporada, mas nada significativo.) Com todos os erros já assumidos, assumo esta série como um guilty pleasure (tentando ignorar a segunda temporada!) e um bom passatempo para ser visto.
Fui a única que chorei quando o Joe deixou o bebé, mesmo para o bebé ter um futuro muito melhor?! O meu instinto de mãe ficou logo ferido ao ver aquela cena! ;( Caramba, desde que fui mãe que nem consigo não ter o coração apertado até ao ouvir o simples choro de um bebé...
Não quero ser mais uma chata, mas acabei por nem ver este filme, pois pela sinopse parece-me muito idêntico, pelo menos na proposta, ao filme "A família Bélier"... Estarei errada?!
Acho que já se devia conhecer o tipo de filmes geralmente dirigido por Adrian Lyne... Não percebo o excesso de críticas negativas...Obviamente que não sairia daquele diretor uma obra-prima. Quanto muito, um filme de boa qualidade, e raramente... É um filme para entreter e ver pessoas a ter atitudes burras e irracionais como tudo. E é isso... Quando às performances, acho que vocês estão a sobrevalorizar muito a Ana de Armas..A única pessoa que atua bem ali é a garotinha. Entre a cara de cólica do Affleck e a expressão "Olhem para mim, que sou safada e sexy" da Armas, acho que me irrita menos o ar sofrível do Ben...
Eu tenho uma tendência para me sentir envolvida com filmes com temática "white trash". Não foi diferente aqui. Quando temos um filme a começar ao som da "Bye bye bye" dos 'N Sync, soa logo a algo que vai ser promissor. Um filme com um personagem principal detestável, calculista e desprezível, mas que não conseguimos deixar de querer de seguir, para ver no que vai dar toda a sua situação. Além disso, é um filme muito naturalista, como já é habitual em outros trabalhos deste diretor, algo que aprecio muito. Um filme para tirar da zona de conforto e que é para continuar a ser digerido após a sua visualização. O que foi aquele final?!
Uma romcom bem competente para entreter. Mostra, embora de um modo fofinho, o quanto é difícil uma pessoa encontrar alguém que realmente a aceite como é, e tudo isto ainda com umas demonstrações, igualmente fofinhas, de uma "relação" de sadomasoquismo, na qual uma mulher é a dominadora. Que mais pode pedir uma mulher quando lhe apetece desligar o cérebro e simplesmente assistir a algo para entretenimento?!
É claramente uma crítica metafórica ao machismo e a tudo o que daí advém. Um autêntico grito feminista. Achei um filme inovador. A junção de dramédia com terror casou muito bem. A diretora pode ter bebido de outras fontes (Aliás, quem não bebe?), mas criou claramente algo novo através dessas referências. Gostei muito do filme não ser claramente gráfico, mas ter umas imagens claramente perturbadoras a subentender o grafismo não mostrado. As performances estão muito competentes. A trilha sonora também ajuda muito nos diferentes ambientes/momentos do filme, tendo a versatilidade que o filme exige.
Eu cresci com a Disney das princesas perfeitas, e sinto que a Disney se tem tentado reinventar nos últimos tempos, com outras temáticas. Honestamente, para mim este foi o verdadeiro filme, dos atuais que vi (E o Tangled também, no quesito de princesas!), em que a Disney se reinventou! Uma protagonista absolutamente normal, intensa e até trapalhona! Uma história que tem uma mensagem absolutamente maravilhosa: Temos de ver realmente é o interior de cada um e, quanto a nós, temos de nos aprender realmente a "ver-nos" como somos e não como achamos que os outros querem que nós sejamos ;)! Sem falar da trilha sonora! É a trilha sonora mais fora da caixa que já ouvi numa animação da Disney! Que cores são aquelas?! Que maravilha de paleta de cores que esta animação tem! Uma animação absolutamente emocionante e inspiradora!
Vi o filme meio na diagonal, mas diverti-me com as mortes e as cenas de ação, bem ao estilo deste diretor. Além disso, é sempre agradável ver o Antonio Banderas e o Johnny Depp. Também achei engraçado ver o Enrique Iglesias e o Toto adolescente do Nuovo Cinema Paradiso, como compinchas do mariachi ;).
Começou de um jeito não tão envolvente ao contrário das duas temporadas anteriores, mas foi ganhando ritmo e ficando tão envolvente quanto. É das poucas séries em que gargalho genuinamente, pois tem um humor bem pertinente. A parte do drama também está bem construída, embora tenham ficado algumas questões por resolver, que deduzo que sejam para ser exploradas numa próxima temporada. O último episódio foi de cortar o coração em várias situações. Maeve e Otis devem continuar a ser um casal, porque acho que só mesmo eles os dois para aturarem a "chatice", "presunção" um do outro...Coitadas das outras pessoas que tentam ter uma relação com eles, embora no caso da nova relação do Otis nesta temporada, não tenha tido propriamente pena da Ruby (Continuo a achar a Ruby uma chata e não achei o desenvolvimento dela tão bom, como muita gente achou). Adam foi o melhor personagem desta temporada e espero que tenha um destino mais risonho na próxima temporada (pelo menos com o pai!). Eric, personagem que gostava tanto, ganhou uns tiques bem irritantes, embora continue a ser coerente na amizade com o Otis. Aquele plot-twist em relação à situação da Jean...não sei não :/... A Ola é chata, a Lily também, e são meio sem carisma como casal. A Aimee continua engraçada (só acho que foi desnecessariamente cruel com o namorado ao longo da temporada). Gostaria de ver o Jackson melhor explorado. Acho que têm optado por metê-lo sempre como um secundário desnecessário... Que venha a próxima temporada!
Olhem, achei inovador, tendo em conta que é um filme de anos 80. Mistura gore com sátira, e é engraçado que dentro da sátira, consegue-se sentir ao mesmo tempo alguma tristeza em relação ao Leatherface - supostamente o grande rival desta franquia- mas que acaba por ser uma pessoa deficiente, usada por toda aquela família de doidos. O final deixa explícito que este filme é uma sátira em relação ao grande clássico que foi o primeiro da franquia.
Uma pessoa que me é querida costuma dizer que, para fazerem remakes exatamente iguais aos filmes originais, mais vale não o fazerem. Entendi exatamente o que ele quis dizer ao ver este remake. Os remakes, de facto devem ter alguma inovação, senão não passam de meras cópias dos filmes originais e, só os poderemos avaliar pelo desempenho do elenco e pelas características técnicas...Isso por si só, faz com que muitos remakes dêem errado, porque as pessoas estão presas ao clássico , e, inevitavalmente, vão acabar por dizer mal do remake... Embora isto possa ser um argumento controverso, o que é certo é que parece que muitas pessoas concordam com o mesmo, pois as opiniões acerca desta releitura do clássico, acabam por ser positivas, falando de um modo geral. Na minha modesta opinião, continuo a gostar imenso do clássico, mas gosto igualmente desta versão. Acho que o que a original tem de melhor a nível de terror psicológico, esta tem de melhor no factor gore e até numas certas melhorias no argumento, que fazem mais sentido atualmente, acabando por tornar o filme mais cativante, nem que seja pela curiosidade de ver os rumos diferentes que esta releitura traz à história.
Nota: Embora continue a haver alguns personagens idiotas, creio que no clássico é pior. Notei mais carisma no grupo de personagens deste remake, mas também tenho em conta que os tempos de realização dos dois filmes são bem distantes, acabando por ser normal as diferenças comportamentais.
Então, começo pelo clichê dos clichês: a performance da Cate Blanchett é perfeita! E sim, é o ponto forte deste filme! O filme em si, não está de todo nos que considero piores do Allen, mas também não está no meu top dos preferidos. Gosto realmente de como é mostrado o abismo emocional em que uma pessoa, habituada a viver como alguém de alta classe económica, fica quando todo o luxo acaba e tem de viver como os restantes comuns mortais (Pessoalmente, conheço um caso desses..). Também gostei da dicotomia (Não sei se lhe posso chamar assim, mas whatever.) entre as vidas das duas irmãs (estilos de vida, estilos de personalidade, maneiras de ver a vida, tipo de pessoas que priorizam nas suas vidas). Acho mesmo que representam a dicotomia perfeita entre a classe de topo e a classe trabalhadora! Infelizmente, o filme perde algum potencial na segunda parte e achei o final descaradamente apressado, e isso fez-me tirar-lhe pontos. Contudo, analisando no geral, é um bom filme.
Como já tinha assistido ao documentário "Hot girls wanted", não fiquei tão surpreendida com o que vi neste filme, embora acabe por ficar sempre enojada, revoltada e chocada quando o submundo porno é abordado...É uma merda machista, doentia e misógina. Nunca irei entender quem vê glamour nisto... Um filme difícil de digerir, mas necessário. Sugiro a visualização deste filme seguido do documentário que mencionei acima. São um verdadeiro abre-olhos.
A protagonista, tal como já li num comentário, é tóxica sim. E na minha opinião essa complicação mental constante que ela vivia advinha da relação inexistente com o pai. Eu estava a gostar muito da abordagem e dos diálogos do filme, sempre a contribuírem bastante para o estudo da personagem principal de forma enriquecedora e cativante. Contudo, com o aproximar do fim, o diretor resolveu ir por um caminho que não me agradou e que só não me fez desistir do filme por estar a 15 minutos do fim. Tom Jobim no final sempre me fez aligeirar o mau mood em que fiquei, mas continuo na bad vibe...
Tem umas falas hilariantes, mas começa a tornar-se um pouco aborrecido a partir da última metade do filme. A cena do carro vermelho é devastadora, mas não vou dar spoilers. Senti de certa maneira que havia ali uma analogia aos tempos atuais e curti isso. A cena final foi completamente expetável e até um clichê. Resumindo, filme assistível, com uma boa premissa, mas que acaba por perder algum potencial.
Observação final: Consigo entender bem a personagem da Lily-Rose Depp neste filme. Aquele grupinho de amigos era absolutamente intragável e muito hipócrita!
Juro que tentei ao máximo não analisar a série do ponto de vista de uma fã chata, mas acabou por ser inevitável. Ok, estou ciente de que a história de Christiane nunca poderia ser representada na tela como está no livro, mas ei, manter as coisas minimamente fiéis ao livro, como o filme fez, não seria tão difícil. A história do livro tem material mais do que suficiente para uma série. Não havia necessidade de incluir certos personagens dentro de outros (Ok, as pessoas reais podem não ter dado permissão para serem representadas, mas fundir essas pessoas em outros personagens com papéis completamente diferentes na vida de Christiane parece demais!). E qual o sentido de mudar completamente o contexto de como Christiane conhece certos personagens - Babsi e Stella principalmente - bem como o contexto de certos personagens em sua vida - novamente Stella e Axel (Lá vai o argumento da autorização, já que aparecem com o devido nome na série!)? Não entendi a ausência da irmã na série. Ela fazia parte da família em casa (Será que a irmã não deu permissão para ser mencionada?! Se sim, foi realmente uma pena.). Também não era necessário tanto desvio da história original (Sim, eu sei que no início de cada episódio está escrito que a série é baseada na vida de Christiane F. e que existem personagens e eventos fictícios...No entanto, achei completamente desnecessário! Não enriqueceu em nada a série. Pelo contrário... E não, não venham com o argumento de que Christiane ajudou a escrever o roteiro da série. Não é desculpável. Aliás, só mostra como a droga destruiu o cérebro da Christiane... Também não usem o argumento da série ser mais adaptada à realidade atual porque, caramba, a série se passa nos anos 70! Quem não quer saber como eram as coisas nos anos 70, escolha outra série então!). Mas esperem, nem tudo é ruim! A fotografia e a recriação das ruas e estações de metro sujas do lado ocidental de Berlim estão ótimas (Estive não há muitos anos em Berlim e confirmo que ainda se vê alguma sujidade no lado ocidental, comparado com o Oriental. Também sei que o lado Oriental é o que é maioritariamente turístico e que o Ocidental é onde vive muita gente. Quando fui fazer a minha tour pelos sítios por onde a Christiane circulava e, especialmente quando fui ver ao sítio onde morava, pude ver como até o ambiente do metro é diferente, e muito, do ambiente do metro do lado Oriental! Vê-se também diferenças entre as pessoas de um lado e de outro, mesmo passados tantos anos!)!! Já a recriação da Sound foi um fiasco (Desculpem, não podia evitar dizer isto!) As performances são realmente irrepreensíveis, destacando Lena Urzendowsky e Jeremias Meyer (Se o Axel tivesse sido realmente assim como foi representado na série, a Christiane teria sido muito burra em estar apaixonada pelo Detlef aka Benno, bem irritante por sinal!) As cenas das curas de desintoxicação também foram muito bem conseguidas, sendo outro aspeto positivo a referir! Também achei realistas as cenas da abstinência de heroína (achando apenas que deviam ter feito uma maquilhagem mais realista no aspeto da pele dos personagens com a deterioração por drogas, tal como foi feito no filme.) Não sei se posso falar na beleza do ator que faz de DJ da Sound como um aspeto positivo da série, mas se ajudar a dar-me mais pontos à série vou em frente (risos). Também me agradou terem feito uma abordagem da vida de todos os personagens, e não se terem centrado apenas na Christiane. A banda sonora é maioritariamente boa (Quero apagar da minha cabeça o estrago total que fizeram com a parte concerto do Bowie :( !). Em suma, esta série deve ser maravilhosa para os jovens da atualidade que nunca leram o livro ou para quem não seja muito fã mesmo. Para a malta a partir dos 30's (meu caso) fica a nostalgia misturada com alguma frustração. Bem, já escrevi demais, mas trata-se de uma série que aborda uma das histórias que mais me impactou até hoje. Não poderia ter feito diferente!
Assisti este filme na noite passada e ainda me sinto incomodada. Honestamente, não tanto pela temática, pois está muito claro na sinopse que é essa a temática abordada. O que me incomodou foi o ambiente familiar em que Charlotte cresceu, acima de tudo no que concerne ao facto de ter uma mãe, mas que é como se não tivesse. E isso deixou-se imensas sequelas no seu desenvolvimento emocional. Saliento a cena em que há um diálogo de quebrar o coração entre ela e a sua mãe no final de uma das suas aulas. Incomodou-me também a violência psicológica e física, e a dependência tóxica (embora o incesto seja algo doentio e tóxico à partida) a que a relação de incestou levou os dois meios-irmãos. Por último, os olhares de Charlotte também me incomodaram muito, ainda mais porque dava realmente a sensação de que ela não tinha qualquer prazer (aliás, parecia que estava realmente em sofrimento!) quando fazia sexo com o meio-irmão. Dá a sensação de que parecia estava a ser forçada... O filme em si começa de um jeito cativante, mas, talvez pela espiral dramática em que cai, acaba por perder o ritmo promissor que tinha, o que me fez aborrecer um pouco. No final senti-me arrependida de o ter visto, pois deixou-me com um humor sombrio...Muito possivelmente, é esse um dos propósitos deste filme, deixar o espectador realmente incomodado. Ine Marie Wilmann foi espetacular no seu desempenho e acredito que isso contribuiu bastante para o incómodo que o filme causa.
A personagem principal conseque ser muito irritante por vezes, os efeitos especiais dos fantasmas são bem meh e há algumas coisas que não fazem lá muito sentido na história, se estivermos com o modo racional ativo. Mas, se ativarmos o modo sensorial (E confesso que foi praticamente sempre esse o modo que tive ativado durante o filme, felizmente! Há filmes que são para apelar aos sentidos e não à razão! Este filme é um exemplo disso e acaba por ter referências de grandes obras do tipo : "Suspiria" e "Perfect Blue", por exemplo.) podemos ter uma experiência bem rica ao assistí-lo. Desde a estética do filme, à atmosfera sobressaltante sempre presente (chegou a dar-me arrepios!), à incrível trilha sonora, à maravilhosa performance da Anya Taylor-Joy. Portanto, se ignorarmos o nosso modo racional aka modo chato, estamos perante um grande filme sim!
Estava a passar na tv e assisti-o por acaso. Ainda bem, pois foi uma agradável surpresa. É engraçado como conheço através de canais não generalistas alguns filmes de qualidade dos quais nunca tinha ouvido falarm e absolutamente por acaso... É também engraçado como gostei muito mais da performance de Felicity Jones neste filme do que no filme em que esteve nomeada para un óscar como melhor atriz! Filme subtil, mas também cheio de tensão do meu jeito preferido (através de olhares, linguagem corporal!). Quanto ao final, achei bem realista meus caros...Não sejamos hipócritas...Sabem, às vezes a realidade não é aquilo de que mais se gosta, mas por isso é que vivemos na realidade e não num conto de fadas. Just saying...
Nota: Que raio de tradução que deram ao título no Brasil...Nada a ver com o contexto do filme. Desta vez ficou melhor a tradução em Portugal: "Um Novo Fôlego" (embora eu não concorde nada com haver títulos traduzidos, a não ser em casos de línguas com um alfabeto absolutamente diferente do latino/romano)
Cidade Pássaro
3.4 26 Assista AgoraQue coisa linda, maravilhosa, singela e complexa ao mesmo tempo!
Tanta coisa importante abordada neste filme.
Que fotografia é aquela?! Meu Deus, consegui sentir um realismo incrível nela, mesmo sem nunca ter visitado São Paulo.
Aliás, geralmente fico sempre muito surpreendida, no sentido positivo, com os filmes brasileiros que se costumam passar em São Paulo. Têm sempre um carisma mais cru e intenso ao mesmo tempo.
Neste filme, podemos ver a opressão da cultura de família nigeriana, através de um irmão mais novo que vai até São Paulo para procurar o irmão primogénito, pois por muitos filhos que a mãe deles tenha tido, nesta cultura ninguém pode ser tão querido, tão desejado e tão importante como o primeiro filho. O tio deles, a certa altura, fala das expetativas elevadas que a família coloca no filho mais velho e de como isso pôde contribuir para ele se perder, causando-lhe demasiada pressão. Mas então e Amadi?! Que por muito que fizesse, por muito que servisse a família, nunca iria ser o suficiente?! Amadi realmente limitava-se a viver uma vida que não era concretamente a sua, para tentar ultrapassar as expetativas baixas que a mãe tinha em relação a ele. Amadi não sabia o que era viver por si e para si, em nenhum momento.
Um filme de reflexões culturais, familiares,...
Uma São Paulo a mostrar a sua multiculturalidade a ter essa multiculturalidade como palco principal.
Sinto que, por muito que escrevesse, continuaria a não dizer o suficiente sobre este filme.
Um filme para ser contemplado e sentido!
Vejam-no!
ANNE+: O Filme
3.2 19 Assista AgoraEntão, a fotografia é bonita, até mesmo para quem não é uma grande fã de Amesterdão como eu.
Quanto ao filme em si, fiquei com vontade de ver a série, porque senti que o filme foi ali meio que uma conclusão da série, o que me deixou com a sensação que, embora seja bastante percetível a trama simples do filme, faltam ali detalhes, que devem estar com certeza na série.
Seja como for, serviu para passar um tempo descontraído e leve, que era o que estava a precisar :).
Paris, 13° Distrito
3.8 33 Assista AgoraMoral da história: Para teres um homem caído por ti, tens de o ignorar ao invés de lhe dar demasiada atenção!
Esperem, acho que já todos sabemos isso...Mas ok, aqui é com o toque francês, que tem um cheiro a existencialismo e libertinagem. Contudo, o charme francês não foi suficiente. O filme acabou por ficar bem morno...
Fotografia bonita, cenas de sexo bonitas, performances competentes, mas com um filme com um roteiro que acaba por perder o potencial que poderia ter. Sem falar que o filme acaba por se tornar arrastado.
Contudo, é um filme assistível, mas nada de especial...
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraDivertido e nojento, como um bom slasher deve ser!
Além disso, levanta alguns temas tabus relacionados com o sexo, mais propriamente com quem gosta de sexo, e sabe separá-lo do amor, e não tem medo de aceitá-lo, independentemente de estar na indústria de entretenimento adulto ou não.
Há ali um jogo de câmara interessante, com cenas paralelas ou cenas a sobreporem-se a outras, ou ainda com cenas filmadas sequencialmente, mas não propriamente pela sequência exata (ok, isto pode parecer confuso!).
Só não sou um rating maior porque acho que o filme perde ali algum ritmo quase na metade, voltando a ganhar ritmo, a uns 30 minutos do fim.
Seja como for, um slasher que acrescenta algo ao género slasher e que, inevitavelmente, faz ali uma homenagem ao clássico "The Texas Chainsaw Massacre".
Merece, sem dúvida, ser conferido!
Você (3ª Temporada)
3.5 361 Assista AgoraMelhorou e muito em relação à segunda temporada, e ainda bem!!, porque a segunda temporada quase me fez preguiça de assistir a esta!
Esqueçamos as coisas sem sentido (ADN dos assassinos por todo o lado; portas de locais, onde os psicopatas têm algo a esconder, destrancadas e fáceis de abrir por qualquer um; coisas demasiado fáceis para serem descobertas, mas que por alguma razão alheia só são descobertas quase à última da hora e de modo bem aleatório,...,...) e centremo-nos na crítica mordaz aos subúrbios de classe alta dos E.U.A., em toda a hipocrisia que reina nesses subúrbios, nos pensamentos aka monólogos do Joe, sempre com aquele humor que o caracteriza, e na história bem kinky entre a Love e o Theo (que também é uma boa razão para lavar a vista..ahaha!), e temos uma temporada que até vicia bastante (com exceção daquele episódio 8...único que, a meu ver, foi o mais arrastado nesta temporada, mas nada significativo.)
Com todos os erros já assumidos, assumo esta série como um guilty pleasure (tentando ignorar a segunda temporada!) e um bom passatempo para ser visto.
Fui a única que chorei quando o Joe deixou o bebé, mesmo para o bebé ter um futuro muito melhor?! O meu instinto de mãe ficou logo ferido ao ver aquela cena! ;( Caramba, desde que fui mãe que nem consigo não ter o coração apertado até ao ouvir o simples choro de um bebé...
No Ritmo do Coração
4.1 754 Assista AgoraNão quero ser mais uma chata, mas acabei por nem ver este filme, pois pela sinopse parece-me muito idêntico, pelo menos na proposta, ao filme "A família Bélier"...
Estarei errada?!
Águas Profundas
2.5 364 Assista AgoraAcho que já se devia conhecer o tipo de filmes geralmente dirigido por Adrian Lyne...
Não percebo o excesso de críticas negativas...Obviamente que não sairia daquele diretor uma obra-prima. Quanto muito, um filme de boa qualidade, e raramente...
É um filme para entreter e ver pessoas a ter atitudes burras e irracionais como tudo. E é isso...
Quando às performances, acho que vocês estão a sobrevalorizar muito a Ana de Armas..A única pessoa que atua bem ali é a garotinha.
Entre a cara de cólica do Affleck e a expressão "Olhem para mim, que sou safada e sexy" da Armas, acho que me irrita menos o ar sofrível do Ben...
Red Rocket
3.6 60 Assista AgoraEu tenho uma tendência para me sentir envolvida com filmes com temática "white trash". Não foi diferente aqui.
Quando temos um filme a começar ao som da "Bye bye bye" dos 'N Sync, soa logo a algo que vai ser promissor.
Um filme com um personagem principal detestável, calculista e desprezível, mas que não conseguimos deixar de querer de seguir, para ver no que vai dar toda a sua situação.
Além disso, é um filme muito naturalista, como já é habitual em outros trabalhos deste diretor, algo que aprecio muito.
Um filme para tirar da zona de conforto e que é para continuar a ser digerido após a sua visualização.
O que foi aquele final?!
Amor com Fetiche
3.5 85 Assista AgoraUma romcom bem competente para entreter.
Mostra, embora de um modo fofinho, o quanto é difícil uma pessoa encontrar alguém que realmente a aceite como é, e tudo isto ainda com umas demonstrações, igualmente fofinhas, de uma "relação" de sadomasoquismo, na qual uma mulher é a dominadora. Que mais pode pedir uma mulher quando lhe apetece desligar o cérebro e simplesmente assistir a algo para entretenimento?!
Fresh
3.5 525 Assista AgoraÉ claramente uma crítica metafórica ao machismo e a tudo o que daí advém.
Um autêntico grito feminista.
Achei um filme inovador. A junção de dramédia com terror casou muito bem. A diretora pode ter bebido de outras fontes (Aliás, quem não bebe?), mas criou claramente algo novo através dessas referências.
Gostei muito do filme não ser claramente gráfico, mas ter umas imagens claramente perturbadoras a subentender o grafismo não mostrado.
As performances estão muito competentes.
A trilha sonora também ajuda muito nos diferentes ambientes/momentos do filme, tendo a versatilidade que o filme exige.
Encanto
3.8 805Eu cresci com a Disney das princesas perfeitas, e sinto que a Disney se tem tentado reinventar nos últimos tempos, com outras temáticas.
Honestamente, para mim este foi o verdadeiro filme, dos atuais que vi (E o Tangled também, no quesito de princesas!), em que a Disney se reinventou!
Uma protagonista absolutamente normal, intensa e até trapalhona!
Uma história que tem uma mensagem absolutamente maravilhosa: Temos de ver realmente é o interior de cada um e, quanto a nós, temos de nos aprender realmente a "ver-nos" como somos e não como achamos que os outros querem que nós sejamos ;)!
Sem falar da trilha sonora! É a trilha sonora mais fora da caixa que já ouvi numa animação da Disney!
Que cores são aquelas?! Que maravilha de paleta de cores que esta animação tem!
Uma animação absolutamente emocionante e inspiradora!
E..."We don't talk about Bruno..no..no...no" ;)!
Era Uma Vez no México
3.4 349 Assista AgoraVi o filme meio na diagonal, mas diverti-me com as mortes e as cenas de ação, bem ao estilo deste diretor.
Além disso, é sempre agradável ver o Antonio Banderas e o Johnny Depp.
Também achei engraçado ver o Enrique Iglesias e o Toto adolescente do Nuovo Cinema Paradiso, como compinchas do mariachi ;).
Sex Education (3ª Temporada)
4.3 431 Assista AgoraComeçou de um jeito não tão envolvente ao contrário das duas temporadas anteriores, mas foi ganhando ritmo e ficando tão envolvente quanto.
É das poucas séries em que gargalho genuinamente, pois tem um humor bem pertinente.
A parte do drama também está bem construída, embora tenham ficado algumas questões por resolver, que deduzo que sejam para ser exploradas numa próxima temporada.
O último episódio foi de cortar o coração em várias situações.
Maeve e Otis devem continuar a ser um casal, porque acho que só mesmo eles os dois para aturarem a "chatice", "presunção" um do outro...Coitadas das outras pessoas que tentam ter uma relação com eles, embora no caso da nova relação do Otis nesta temporada, não tenha tido propriamente pena da Ruby (Continuo a achar a Ruby uma chata e não achei o desenvolvimento dela tão bom, como muita gente achou).
Adam foi o melhor personagem desta temporada e espero que tenha um destino mais risonho na próxima temporada (pelo menos com o pai!).
Eric, personagem que gostava tanto, ganhou uns tiques bem irritantes, embora continue a ser coerente na amizade com o Otis.
Aquele plot-twist em relação à situação da Jean...não sei não :/...
A Ola é chata, a Lily também, e são meio sem carisma como casal.
A Aimee continua engraçada (só acho que foi desnecessariamente cruel com o namorado ao longo da temporada).
Gostaria de ver o Jackson melhor explorado. Acho que têm optado por metê-lo sempre como um secundário desnecessário...
Que venha a próxima temporada!
O Massacre da Serra Elétrica 2
2.8 346Olhem, achei inovador, tendo em conta que é um filme de anos 80.
Mistura gore com sátira, e é engraçado que dentro da sátira, consegue-se sentir ao mesmo tempo alguma tristeza em relação ao Leatherface - supostamente o grande rival desta franquia- mas que acaba por ser uma pessoa deficiente, usada por toda aquela família de doidos.
O final deixa explícito que este filme é uma sátira em relação ao grande clássico que foi o primeiro da franquia.
O Massacre da Serra Elétrica
3.2 837Uma pessoa que me é querida costuma dizer que, para fazerem remakes exatamente iguais aos filmes originais, mais vale não o fazerem.
Entendi exatamente o que ele quis dizer ao ver este remake. Os remakes, de facto devem ter alguma inovação, senão não passam de meras cópias dos filmes originais e, só os poderemos avaliar pelo desempenho do elenco e pelas características técnicas...Isso por si só, faz com que muitos remakes dêem errado, porque as pessoas estão presas ao clássico , e, inevitavalmente, vão acabar por dizer mal do remake...
Embora isto possa ser um argumento controverso, o que é certo é que parece que muitas pessoas concordam com o mesmo, pois as opiniões acerca desta releitura do clássico, acabam por ser positivas, falando de um modo geral.
Na minha modesta opinião, continuo a gostar imenso do clássico, mas gosto igualmente desta versão. Acho que o que a original tem de melhor a nível de terror psicológico, esta tem de melhor no factor gore e até numas certas melhorias no argumento, que fazem mais sentido atualmente, acabando por tornar o filme mais cativante, nem que seja pela curiosidade de ver os rumos diferentes que esta releitura traz à história.
Nota: Embora continue a haver alguns personagens idiotas, creio que no clássico é pior. Notei mais carisma no grupo de personagens deste remake, mas também tenho em conta que os tempos de realização dos dois filmes são bem distantes, acabando por ser normal as diferenças comportamentais.
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraEntão, começo pelo clichê dos clichês: a performance da Cate Blanchett é perfeita! E sim, é o ponto forte deste filme!
O filme em si, não está de todo nos que considero piores do Allen, mas também não está no meu top dos preferidos.
Gosto realmente de como é mostrado o abismo emocional em que uma pessoa, habituada a viver como alguém de alta classe económica, fica quando todo o luxo acaba e tem de viver como os restantes comuns mortais (Pessoalmente, conheço um caso desses..).
Também gostei da dicotomia (Não sei se lhe posso chamar assim, mas whatever.) entre as vidas das duas irmãs (estilos de vida, estilos de personalidade, maneiras de ver a vida, tipo de pessoas que priorizam nas suas vidas). Acho mesmo que representam a dicotomia perfeita entre a classe de topo e a classe trabalhadora!
Infelizmente, o filme perde algum potencial na segunda parte e achei o final descaradamente apressado, e isso fez-me tirar-lhe pontos.
Contudo, analisando no geral, é um bom filme.
Qual Seu Número?
3.3 1,4K Assista AgoraAquele cliché para ver quando estou com preguiça mental.
Pleasure
3.4 113 Assista AgoraComo já tinha assistido ao documentário "Hot girls wanted", não fiquei tão surpreendida com o que vi neste filme, embora acabe por ficar sempre enojada, revoltada e chocada quando o submundo porno é abordado...É uma merda machista, doentia e misógina. Nunca irei entender quem vê glamour nisto...
Um filme difícil de digerir, mas necessário. Sugiro a visualização deste filme seguido do documentário que mencionei acima. São um verdadeiro abre-olhos.
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 603 Assista AgoraA protagonista, tal como já li num comentário, é tóxica sim. E na minha opinião essa complicação mental constante que ela vivia advinha da relação inexistente com o pai.
Eu estava a gostar muito da abordagem e dos diálogos do filme, sempre a contribuírem bastante para o estudo da personagem principal de forma enriquecedora e cativante.
Contudo, com o aproximar do fim, o diretor resolveu ir por um caminho que não me agradou e que só não me fez desistir do filme por estar a 15 minutos do fim.
Tom Jobim no final sempre me fez aligeirar o mau mood em que fiquei, mas continuo na bad vibe...
Não me apetece classificar.
A Última Noite
2.9 85Tem umas falas hilariantes, mas começa a tornar-se um pouco aborrecido a partir da última metade do filme.
A cena do carro vermelho é devastadora, mas não vou dar spoilers.
Senti de certa maneira que havia ali uma analogia aos tempos atuais e curti isso.
A cena final foi completamente expetável e até um clichê.
Resumindo, filme assistível, com uma boa premissa, mas que acaba por perder algum potencial.
Observação final: Consigo entender bem a personagem da Lily-Rose Depp neste filme. Aquele grupinho de amigos era absolutamente intragável e muito hipócrita!
Nós, Os Filhos da Estação Zoo (1ª Temporada)
3.2 13Juro que tentei ao máximo não analisar a série do ponto de vista de uma fã chata, mas acabou por ser inevitável.
Ok, estou ciente de que a história de Christiane nunca poderia ser representada na tela como está no livro, mas ei, manter as coisas minimamente fiéis ao livro, como o filme fez, não seria tão difícil. A história do livro tem material mais do que suficiente para uma série. Não havia necessidade de incluir certos personagens dentro de outros (Ok, as pessoas reais podem não ter dado permissão para serem representadas, mas fundir essas pessoas em outros personagens com papéis completamente diferentes na vida de Christiane parece demais!). E qual o sentido de mudar completamente o contexto de como Christiane conhece certos personagens - Babsi e Stella principalmente - bem como o contexto de certos personagens em sua vida - novamente Stella e Axel (Lá vai o argumento da autorização, já que aparecem com o devido nome na série!)? Não entendi a ausência da irmã na série. Ela fazia parte da família em casa (Será que a irmã não deu permissão para ser mencionada?! Se sim, foi realmente uma pena.).
Também não era necessário tanto desvio da história original (Sim, eu sei que no início de cada episódio está escrito que a série é baseada na vida de Christiane F. e que existem personagens e eventos fictícios...No entanto, achei completamente desnecessário! Não enriqueceu em nada a série. Pelo contrário... E não, não venham com o argumento de que Christiane ajudou a escrever o roteiro da série. Não é desculpável. Aliás, só mostra como a droga destruiu o cérebro da Christiane... Também não usem o argumento da série ser mais adaptada à realidade atual porque, caramba, a série se passa nos anos 70! Quem não quer saber como eram as coisas nos anos 70, escolha outra série então!).
Mas esperem, nem tudo é ruim!
A fotografia e a recriação das ruas e estações de metro sujas do lado ocidental de Berlim estão ótimas (Estive não há muitos anos em Berlim e confirmo que ainda se vê alguma sujidade no lado ocidental, comparado com o Oriental. Também sei que o lado Oriental é o que é maioritariamente turístico e que o Ocidental é onde vive muita gente. Quando fui fazer a minha tour pelos sítios por onde a Christiane circulava e, especialmente quando fui ver ao sítio onde morava, pude ver como até o ambiente do metro é diferente, e muito, do ambiente do metro do lado Oriental! Vê-se também diferenças entre as pessoas de um lado e de outro, mesmo passados tantos anos!)!! Já a recriação da Sound foi um fiasco (Desculpem, não podia evitar dizer isto!)
As performances são realmente irrepreensíveis, destacando Lena Urzendowsky e Jeremias Meyer (Se o Axel tivesse sido realmente assim como foi representado na série, a Christiane teria sido muito burra em estar apaixonada pelo Detlef aka Benno, bem irritante por sinal!)
As cenas das curas de desintoxicação também foram muito bem conseguidas, sendo outro aspeto positivo a referir!
Também achei realistas as cenas da abstinência de heroína (achando apenas que deviam ter feito uma maquilhagem mais realista no aspeto da pele dos personagens com a deterioração por drogas, tal como foi feito no filme.)
Não sei se posso falar na beleza do ator que faz de DJ da Sound como um aspeto positivo da série, mas se ajudar a dar-me mais pontos à série vou em frente (risos).
Também me agradou terem feito uma abordagem da vida de todos os personagens, e não se terem centrado apenas na Christiane.
A banda sonora é maioritariamente boa (Quero apagar da minha cabeça o estrago total que fizeram com a parte concerto do Bowie :( !).
Em suma, esta série deve ser maravilhosa para os jovens da atualidade que nunca leram o livro ou para quem não seja muito fã mesmo. Para a malta a partir dos 30's (meu caso) fica a nostalgia misturada com alguma frustração.
Bem, já escrevi demais, mas trata-se de uma série que aborda uma das histórias que mais me impactou até hoje. Não poderia ter feito diferente!
Homesick
3.2 15Assisti este filme na noite passada e ainda me sinto incomodada.
Honestamente, não tanto pela temática, pois está muito claro na sinopse que é essa a temática abordada.
O que me incomodou foi o ambiente familiar em que Charlotte cresceu, acima de tudo no que concerne ao facto de ter uma mãe, mas que é como se não tivesse. E isso deixou-se imensas sequelas no seu desenvolvimento emocional. Saliento a cena em que há um diálogo de quebrar o coração entre ela e a sua mãe no final de uma das suas aulas.
Incomodou-me também a violência psicológica e física, e a dependência tóxica (embora o incesto seja algo doentio e tóxico à partida) a que a relação de incestou levou os dois meios-irmãos.
Por último, os olhares de Charlotte também me incomodaram muito, ainda mais porque dava realmente a sensação de que ela não tinha qualquer prazer (aliás, parecia que estava realmente em sofrimento!) quando fazia sexo com o meio-irmão. Dá a sensação de que parecia estava a ser forçada...
O filme em si começa de um jeito cativante, mas, talvez pela espiral dramática em que cai, acaba por perder o ritmo promissor que tinha, o que me fez aborrecer um pouco.
No final senti-me arrependida de o ter visto, pois deixou-me com um humor sombrio...Muito possivelmente, é esse um dos propósitos deste filme, deixar o espectador realmente incomodado.
Ine Marie Wilmann foi espetacular no seu desempenho e acredito que isso contribuiu bastante para o incómodo que o filme causa.
Noite Passada em Soho
3.5 744 Assista AgoraA personagem principal conseque ser muito irritante por vezes, os efeitos especiais dos fantasmas são bem meh e há algumas coisas que não fazem lá muito sentido na história, se estivermos com o modo racional ativo.
Mas, se ativarmos o modo sensorial (E confesso que foi praticamente sempre esse o modo que tive ativado durante o filme, felizmente! Há filmes que são para apelar aos sentidos e não à razão! Este filme é um exemplo disso e acaba por ter referências de grandes obras do tipo : "Suspiria" e "Perfect Blue", por exemplo.) podemos ter uma experiência bem rica ao assistí-lo. Desde a estética do filme, à atmosfera sobressaltante sempre presente (chegou a dar-me arrepios!), à incrível trilha sonora, à maravilhosa performance da Anya Taylor-Joy.
Portanto, se ignorarmos o nosso modo racional aka modo chato, estamos perante um grande filme sim!
Paixão Inocente
3.1 175 Assista AgoraEstava a passar na tv e assisti-o por acaso.
Ainda bem, pois foi uma agradável surpresa.
É engraçado como conheço através de canais não generalistas alguns filmes de qualidade dos quais nunca tinha ouvido falarm e absolutamente por acaso...
É também engraçado como gostei muito mais da performance de Felicity Jones neste filme do que no filme em que esteve nomeada para un óscar como melhor atriz!
Filme subtil, mas também cheio de tensão do meu jeito preferido (através de olhares, linguagem corporal!).
Quanto ao final, achei bem realista meus caros...Não sejamos hipócritas...Sabem, às vezes a realidade não é aquilo de que mais se gosta, mas por isso é que vivemos na realidade e não num conto de fadas. Just saying...
Nota: Que raio de tradução que deram ao título no Brasil...Nada a ver com o contexto do filme. Desta vez ficou melhor a tradução em Portugal: "Um Novo Fôlego" (embora eu não concorde nada com haver títulos traduzidos, a não ser em casos de línguas com um alfabeto absolutamente diferente do latino/romano)