James Gunn traz uma tonificação para a franquia e retira aquele sabor ácido da boca dos fãs, explorando a ação e violência inerente de forma criativa e profanamente cômica. Mostrando mais uma vez como é um diretor de Blockbuster que consegue imprimir sua autoralidade e nos divertir e surpreender a cada nova experiência.
O Princípio da multiplicidade diz que no entretenimento eventos únicos ou aspectos de um trabalho têm um único propósito(exposição, humor), já na arte eles têm múltiplos significados de uma vez. Sobre a qualidade de transmitir múltiplas informações em uma mesma cena, ora isso sempre foi uma característica do trabalho de Chaplin, mas em Tempos Modernos vemos isso de forma exponencial, suas piadas ao mesmo tempo que conseguem proporcionar uma diversão extremamente refinada também nos levam a refletir sobre os problemas da sociedade da época ( que vivia a grande depressão) e infelizmente vários dos mesmos continuam tão atuais como na época. Chaplin sempre representou em suas obras os oprimidos,famintos, marginalizados e aqui não é diferente, temos cenas que são realmente de emocionar e cortar o coração. Há uma raiva, uma ferocidade por trás da representação das mazelas assim como uma delicadeza, uma doçura ao retratar os sonhos dos mais necessitados. Uma evolução ainda maior se comparado aos trabalhos do próprio Chaplin é a transição de uma representação feminina não mais seguindo os moldes vitorianos mas construindo uma personagem ativa, com ambições próprias e que realmente funciona como uma bela coadjuvante e parceira para Chaplin na trama.
Ele tece duras críticas ao modelo de produção fordista, ao foco na produtividade e o descaso com o trabalhador. Interessante notar essa “padronização” que Chaplin vê na sociedade, sejas nas linhas de produção, no modelo familiar e ele ilustra até mesmo isso na cena da prisão. A truculência policial, a ineficácia do estado em proteger e auxiliar os pobres, inclusive atrapalhando quando os mesmos conseguem algo. Tudo isso é abordado de uma forma tão inteligente e atrelada a trama que nada soa “gratuito”, isso é o princípio da multiplicidade funcionando em perfeição.
Considerado simbolicamente como o último grande filme mudo , aqui vemos o quanto o trabalho do mesmo foi amadurecendo esteticamente e narrativamente ao longo dos anos, O filme transita por atos de forma muito coesa e em nenhum momento soa cansativo ou longo demais. A estrutura pode soar repetitiva, mas isso é uma metáfora da vida do “Vagabundo”, preso em uma esteira, repetidamente nos mostrando o que é a vida do trabalhador e da classe social mais baixa.
Chaplin domina e utiliza o poder dos close-ups de forma primorosa a intensificar as expressões dos seus personagens, o que é fundamental no cinema mudo. Isso era uma coisa que o diferenciava de Keaton, enquanto o primeiro era mais tecnicista, o segundo estava mais interessado em questões sociais e filosóficas. Ele consegue transmitir através da sua mítica figura do “Vagabundo” ou “Carlitos” como ficou conhecido por aqui poderosas e complexas emoções através de pequenos gestos e expressões faciais.
Tempos Modernos é uma obra prima criada pelo mestre Charlie Chaplin, seu valor ultrapassa o histórico e se mantém como um produto extremamente atual e de forma impressionante, até seus efeitos especiais se mantém vistosos.
Little Fish consegue emocionar sem uma dramatização exagerada,seus diálogos e personagens soam tão reais quanto nossos vizinhos. Toda essa ambientação humana gera uma compaixão maior pela "perda" dos personagens, Olívia Cooke está soberba transmitindo todo o borbulhar de sentimentos de sua personagem. Enquanto o recente The Father nos coloca na visão do personagem portador da doença , Little Fish está mais interessado em acompanhar de forma lenta eu diria,mas extremamente delicada a jornada de queda que cerca o doente. As memórias pode-se dizer que são a característica responsável por fazer nossa espécie evoluir e se adaptar, quando isso é tirado de você, o que resta?
James Cameron nos traz um filme de ficção científica que consegue mesclar de forma consistente ação e suspense.
A relação paradoxal entre euforia e pessimismo com o avanço da tecnologia sempre foi um sentimento que circulou a cabeça da humanidade desde a revolução industrial e com os avanços cada vez mais velozes das inovações tecnológicas no século XX não é de se espantar os teores apocalípticos que as obras de ficção abraçaram ao longo desse século.
Cameron consegue criar uma alegoria entre a inevitabilidade de do futuro e dos avanços com a implacabilidade do seu vilão assustador interpretado por Arnold Schwarzenegger. Através de uma trilha sonora soberba nos deixa simplesmente apavorados e com uma tensão que permeia durante todo o longa.
Os efeitos acabaram ficando bem datados, mas a experiência sensorial permanece.
O primeiro longa de Emerald Fennell destrincha em todas as suas sutilezas a toxicidade masculina presente em nossa sociedade.
Uma das regras fundamentais do cinema é o “Show, Don’t tell” e Emerald utiliza esse princípio de uma forma primorosa, mais do que diálogos expositivos, temos aqui uma sintonia estilística transmitindo uma mensagem triste, porém extremamente necessária.
Somos enganados em diversos momentos pelo roteiro, tal como as mulheres do dia à dia são enganadas e abusadas por tantos homens.
O sentimento de submersão no produto é o ponto alto de uma obra cinematográfica. Embora isso também aconteça em criações com um teor maior de entretenimento, em obras cujo foco primário é uma denúncia social isso assume um papel extremamente relevante, pois permite as mais diversas pessoas seja através da inquietação, da tristeza, da raiva, do medo e do terror à que nossos sentidos são expostos em uma experiência cinematográfica, ter ainda mais empatia pela mensagem apresentada. Claro que um homem nunca saberá o medo que as mulheres tem de andar na rua simplesmente por serem mulheres, mas essa provocação sensorial de empatia é algo muito importante.
Carey Mulligan está soberba no papel principal, transmitindo um misto de imponência com toques de vulnerabilidade que mostram que por trás do papel que ela aprendeu a vestir para confrontar a intimidação, ainda tem um medo interno muito presente. Uma escolha interessante da diretora é a de escolher atores que fazem o tipo clássico de comédias românticas, sendo um alerta para os quão nocivos mesmos caras que vestem essa camada de “bom moço” podem ser.
A cinematografia de Benjamin Kracun abusa de simbolismos nos seus enquadramentos, utilizando a iconografia religiosa em vários frames com sua protagonista, a retratando como uma espécie de anjo vingador. O contraste entre o aspecto mais singelo e de cores mais leves e brilhantes da paleta e presentes no design contrasta com a temática densa do filme gerando um resultado estilístico interessante.
As decisões criativas de Emerald Fennell são ousadas, vão te surpreender e abrem espaço para nossas próprias interpretações, a receita de um sucesso. O filme toca em pontos bem delicados e necessários, seja nas desculpas que nossa sociedade inventa para acobertar os estupradores, seja na culpabilização das vítimas, é de embrulhar o estômago e acontece todo santo dia na sociedade perturbadora em que vivemos. Ótimo filme.
Onward continua mostrando a excelência da Pixar no mundo das animações. Com relação a qualidade técnica elogiar é algo que pode soar até repetitivo, mas o nível de detalhe na construção de mundo, os cenários e os detalhes de cada personagem é algo absurdo. A estrada nas cenas de perseguição,o nível de detalhamento do asfalto é algo surreal. Quanto a história, apesar de um começo lento e até um pouco desanimador, mas que chama a atenção e vai cada vez intrigando mais pela curiosidade que é o seu universo, vai se desenvolvendo com momentos cômicos que funcionam ao mesmo tempo que estamos sempre comprometidos com a jornada por um certo elemento presente. O filme mostra o seu diferencial no 3º ato, com uma conclusão maravilhosa e que leva a uma poderosa reflexão que te leva a ficar pensando nela mesmo após o fim da sessão. Um filme emocionante sem dúvidas. Nota 4,46/5,0
Taika Waititi está na minha lista de roteiristas a quem acompanhar desde "What We do In The Shadows". Aqui ele arrisca, mesclando mais camadas, incluindo um pouco de drama e suspense na sua história. Por mais que a transição não seja perfeita e o filme tenha uma pequena barriga, seus textos continuam afiadíssimos e o seu roteiro (sabendo que está lidando com um assunto muito pesado) é muito cuidadoso e bem elaborado. A direção de arte é incrível, emulando um aspecto fantabulesco que lembra Wes Anderson e seu estilo tão peculiar em vários momentos. Destaque também para a montagem ágil de Tom Eagles que contribui muito para o desenvolvimento da narrativa. Agora a cereja do bolo é a interpretação (todos estão muito bem) de Roman G. Davis que dá um banho em muito marmanjo sem talento por aí, o garoto consegue passar o turbilhão de sentimentos que seu personagem está sentindo e vivenciando. Jo Jo Rabbit é um grande filme e mostra o crescimento de Taika como realizador cinematográfico. Nota 4,17/5,0
Robert Eggers não conseguiu me fisgar com o seu A Bruxa (que tenho que dar uma segunda chance,aliás), mas aqui me pegou totalmente nessa experiência psicológica imersiva que ele propôs. É claro que isso só foi possível graças ao conjunto técnico incrível desse filme, seja a fotografia com seu aspect radio diferenciado, movimentação horizontal e vertical simples que percorre as cenas, pelo ótimo trabalho da composição de luz e enquandramentos precisos. Cabe destacar o também excelente trabalho da edição de som e mixagem de som, que tiveram grande papel nessa imersão e também a trilha sonora. Por último, que belo trabalho dos dois protagonistas, Robert Pattinson está muiito bem, desde os momento de timidez do personagem aos momentos explosivos e o ator faz essa transição do social a selvageria brilhantemente. Mas o principal absurdo que eu não entendo é o fato de Willen Dafoe não ter sido indicado ao Oscar ( ou mesmo dele ainda não ter uma estatueta para chamar de sua) , desde os trejeitos e sotaque do perturbado (ex?)-marinheiro, o ator simplesmente consegue nos manter fascinados pelo seu personagem. O Farol é uma obra extremamente interessante que colocou o diretor Robert Eggers como mais um daqueles cujo trabalho acompanharei fielmente nos próximos anos. Nota: 4,35/5
Rocketman é um frescor e um alívio bem vindo aos corações dos amantes por música e filmes igualmente. Principalmente se levarmos em conta que a última cinebiografia de outra lenda do mesmo nível teve um resultado mediano e bem abaixo do que a lenda merecia. Aqui vemos um filme que já de cara se assume como um musical e vai encaixando grandes sucessos e outras canções belíssimas do cantor com a narrativa de uma forma orgânica, embarcando no lirismo em cena para dar um ar mágico ao filme do mesmo jeito que podemos observar nas músicas do próprio Elton John. De destaques ficam o belíssimo trabalho de montagem com umas transições muito inteligentes e inventivas, a atuação cheia de nuances e de uma apropriação ímpar de Taron Egerton, a ousadia da direção em transpor essa ideia do mágico de forma tão bonita e do filme em mostrar a vida do cantor como ela era, sem suavizar nada. O filme segue aquela fórmula tradicional de biografias musicais, de Ascensão, queda e redenção. O que dá uma certa previsibilidade e artificialidade em determinados momentos no roteiro, mas nada que diminua tanto a qualidade desse bom filme. Nota: 3,74/ 5
Quando foi anunciado o filme do Coringa confesso que só consegui revirar os olhos (devido ao desgaste dos filmes do sub-gênero) e quando foi anunciado o diretor, o qual só conhecia alguns poucos trabalhos, me importei menos ainda. Obras como a proposta inicial do filme são largamente exploradas nos quadrinhos e com muita eficiência, logo não via o que esse filme poderia acrescentar. Completamente errado estava eu, visto que ele se junta ao nicho de filmes do sub-gênero que conseguem fazer jus ao material advindo da nona arte, não no sentido de adaptação direta mas sim no sentido de aplicar o melhor da técnica que a sétima arte pode oferecer ao produto. Esteticamente o filme é brilhante, com sua Gotham City extremamente palpável, com seu cenário lembrando diretamente a New York de Taxy Driver. A Trilha sonora original de Hildur Guðnadóttir nos emerge completamente na trama, seja nos guiando através da tensão ou de momentos simplesmente de fascinação cinematográfica como...
A fotografia é outro ponto de destaque do filme,com seus enquadramentos precisos e a movimentação de câmera que dá todo uma fluidez e destaque a trama e ao personagem. O trabalho do Joaquin Phoenix é absurdo, claro que a transformação física é chocante, mas o trabalho corporal dele e vocal são absurdos. É meu ator preferido da sua geração há um bom tempo ,vide perfomances que ficaram eternizadas na minha mente como em "You were never really here" e "Her", mas aqui com seu Arthur Fleck frágil,repulsivo,perturbado consegue entregar um dos pontos mais altos da sua carreira. Coringa é um filme extremamente denso,angustiante em certo ponto e que consegue até mesmo nos fazer refletir sobre diversos pontos da nossa própria sociedade.
Diferente da polêmica que cobriu o filme não acho que o mesmo é complacente com o personagem, a complacência vem da sociedade que glorifica isso. E a sociedade de Gotham(não só a de Gotham hoje em dia, infelizmente) é tão perturbada,com tanto ódio acumulado quanto o nosso palhaço protagonista. Nesse caso o filme se preocupa mais em evidenciar essa projeção de glorificação pela sociedade. A dubiedade do roteiro também é muito bem-vinda e meio que emula a mente do protagonista, ao ponto que não sabemos o quanto pode ser até mesmo um delírio do mesmo.
Coringa foi uma grata surpresa que eu espero que represente para as adaptações do sub-gênero não apenas uma fórmula ou modelo a se seguir, mas sim que a ousadia,diversidade e experimentação da mídia original pode e deve ser transporta para as grandes telas.
Começando o ano com o pé direito. Esse é o tipo de filme feito para o seu casting brilhar. Com uma fotografia sóbria e demais aspectos técnicos bem executados, verificamos o total foco proporcionado pelo roteiro as performances de seu elenco. O Argumento do filme não é nada tão original, mas os diálogos construídos aqui e o trabalho de direção de Björn Runge são muito bons. E Glenn Close...sinceramente,que performance soberba!! Digna de Oscar.
Que grata surpresa. O Argumento do filme já dava uma ponta de curiosidade, mais pela forma como a história é contada do que pela sinopse...porém que felicidade ao ver esse roteiro incrível!! Belíssimo trabalho geral, de atuação por parte de John Cho e Debra Missing, da trilha sonora envolvente e claro da fantástica edição que tem grande mérito no funcionamento do filme. Entretanto, o roteiro continua sendo o ponto alto do filme..a forma como Aneesh Chaganty e Sev Ohanian decidem nos contar a história é um sopro de originalidade, muito imersivo e que nos prende do início ao fim na poltrona.
Se por um lado a produção perde um pouco no quesito originalidade,o que era mais muito fácil no primeiro filme devido ao intenso volume de filmes do gênero sendo lançados nos últimos anos, compensa potencializando as qualidades do primeiro filme. Esse filme tem bem mais ação e as cenas ,principalmente lutas corpo a corpo foram muito bem dirigidas, credito isso ao David Leitch (Que co-dirigiu o incrível John Wick)
Destaco aquele trecho inicial maravilhoso (ao som de Dolly Parton *-*)
A Trilha sonora é ainda melhor que a do primeiro filme e o filme contêm participações especiais surreais. O roteiro é lotado das mais diversas referências possíveis, é sério nada escapa aqui ao humor ácido desenvolvido por Rhett Reese e Paul Wernick,desta vez acompanhados também por Ryan Reynolds na escrita.
Eu acho que nunca ri tanto no cinema em toda minha vida como em toda a sequência que envolve a X-Force.
Ryan Reynolds continua fantástico e cada vez mais a vontade no papel do Mercenário Tagarela, desta vez acrescentando um drama e humanização ao personagem que me impactaram bastante, visto que sou um leitor do run de Gerry Duggan nos últimos anos com o personagem nos quadrinhos. Josh Brolin está fantástico como Cable,você realmente acredita que ele é esse soldado bad-ass imponente. O ponto negativo é que o personagem foi um pouco prejudicado pelo roteiro,que poderia ter dado um maior aprofundamento ao mesmo. Mas,acho que em um eventual filme da X-Force isso pode ser completamente remediado. Fechando o trio dos protagonistas Zazie Beetz está MARAVILHOSA como Domino, a atriz que eu já adorava por Atlanta, é super carismática e entrega uma personagem por quem nos apaixonamos facilmente. Cresci lendo a Domino nos quadrinhos e sinceramente a adaptação da personagem ficou ótima na minha opinião, a ideia da inversão das cores no olho da personagem foi maravilhosa. Sobre os coadjuvantes,Colossus ainda melhor aproveitado que no primeiro filme, T. J. Miller com piadas que funcionam muito bem no filme,a Blind Al da Leslie Uggams continua tão engraçada como no primeiro filme e...
redimindo mais um personagem, finalmente um Juggernaut decente nos cinemas!!
Sou um grande fã do primeiro filme e gostei muito desse segundo, pontuei os dois filmes com a mesma nota, mas não julgo quem preferir um ou outro porquê os dois são filmes muito bons,mas com suas particularidades cada. Obs: Que cena pós-crédito foi essa??!!
2º filme do Kubrick que vejo e já estou apaixonado pela técnica do Kubrick, que filme fantástico visualmente falando. O Contraste entre Planos abertos mostrando o cenário e a tentativa de imprimir uma sensação claustrofóbica ao mesmo tempo, uso da trilha sonora magistral ditando o suspense do filme,Direção de arte igualmente muito bem. Atuação soberba de Jack Nicholson. Agora, se uma coisa tem que ser dita é que concordo com o Mestre King na sua crítica a falta de "alma" do filme, ao mesmo tempo que fico apavorado e estupefato com o visual e técnica do filme,não consigo sentir algo a mais que sinto que deveria, talvez por uma falta de desenvolvimento maior da jornada dos personagens. Enfim, continua sendo uma obra imperdível para os amantes da sétima arte.
Filme lindo! Não sei porque ainda me surpreendo com a qualidade dos filmes da Pixar. Falando do viés técnico, a animação está fantástica, os traços e movimentação dos personagens, principalmente do Miguel são muito realistas. Que absurdo a textura no rosto da Mamá "Coco" Rivera. A primeira cena em que conhecemos o bairro de Santa Cecilia é fantástico,completamente imersivo. Agora sobre o filme em si, depois de um primeiro ato muito bom, com o primeiro ponto de virada acreditei que o começo do segundo foi um pouco lento e não tão atraente, mas graças a um novo ponto de virada que me surpreendeu por ser um tema um tanto quanto pesado para essa animação, o nível subil e se manteve até o final com aquela velha dose de humor e muita muita emoção que só a Pixar sabe nos dar. Um filme sobre família, acima de tudo. Mais um grande acerto da Pixar.
Que filme leve,reflexivo e gostoso de se assistir. Fui ver esse filme na corrida do oscar no qual o mesmo está indicado na categoria de melhor roteiro original, mas o grande destaque para mim do filme se encontra nesse elenco. O Roteiro deve ser elogiado sim pelo incrível texto e por esses personagens fantásticos, mas a performance dos atores é muito magnética, embora os grandes destaques são os pais do casal protagonista interpretados por Ray Romano e Holly Hunter e Anupam Kher e Zenobia shroff que conseguem nos tirar risos,lágrimas e empatia. E é claro, a extraordinária Zoe Kazan que me fez acreditar em todas as suas emoções passadas através das vastas nuances de sua interpretação. Doentes de amor nos leva a refletir sobre perdão,preconceito,superação e amor de uma forma leve que nos enche de esperança e um sentimento bom ao terminar de assistir o mesmo. Recomendadíssimo!.
Perturbador,intenso e para quem tem estômago forte. Escolhi esse filme para adentrar na carreira do tão falado Almodóvar e já posso dizer que não me arrependo. O destaque na minha opinião vai para o roteiro nada preguiçoso e que não tenta sustentar mistérios por toda a trama e procura sim trabalhar a tensão de forma muito coerente usando entre outros elementos uma trilha sonora estupenda.
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O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraJames Gunn traz uma tonificação para a franquia e retira aquele sabor ácido da boca dos fãs, explorando a ação e violência inerente de forma criativa e profanamente cômica. Mostrando mais uma vez como é um diretor de Blockbuster que consegue imprimir sua autoralidade e nos divertir e surpreender a cada nova experiência.
Tempos Modernos
4.4 1,1K Assista AgoraO Princípio da multiplicidade diz que no entretenimento eventos únicos ou aspectos de um trabalho têm um único propósito(exposição, humor), já na arte eles têm múltiplos significados de uma vez.
Sobre a qualidade de transmitir múltiplas informações em uma mesma cena, ora isso sempre foi uma característica do trabalho de Chaplin, mas em Tempos Modernos vemos isso de forma exponencial, suas piadas ao mesmo tempo que conseguem proporcionar uma diversão extremamente refinada também nos levam a refletir sobre os problemas da sociedade da época ( que vivia a grande depressão) e infelizmente vários dos mesmos continuam tão atuais como na época.
Chaplin sempre representou em suas obras os oprimidos,famintos, marginalizados e aqui não é diferente, temos cenas que são realmente de emocionar e cortar o coração. Há uma raiva, uma ferocidade por trás da representação das mazelas assim como uma delicadeza, uma doçura ao retratar os sonhos dos mais necessitados.
Uma evolução ainda maior se comparado aos trabalhos do próprio Chaplin é a transição de uma representação feminina não mais seguindo os moldes vitorianos mas construindo uma personagem ativa, com ambições próprias e que realmente funciona como uma bela coadjuvante e parceira para Chaplin na trama.
Ele tece duras críticas ao modelo de produção fordista, ao foco na produtividade e o descaso com o trabalhador. Interessante notar essa “padronização” que Chaplin vê na sociedade, sejas nas linhas de produção, no modelo familiar e ele ilustra até mesmo isso na cena da prisão.
A truculência policial, a ineficácia do estado em proteger e auxiliar os pobres, inclusive atrapalhando quando os mesmos conseguem algo. Tudo isso é abordado de uma forma tão inteligente e atrelada a trama que nada soa “gratuito”, isso é o princípio da multiplicidade funcionando em perfeição.
Considerado simbolicamente como o último grande filme mudo , aqui vemos o quanto o trabalho do mesmo foi amadurecendo esteticamente e narrativamente ao longo dos anos, O filme transita por atos de forma muito coesa e em nenhum momento soa cansativo ou longo demais.
A estrutura pode soar repetitiva, mas isso é uma metáfora da vida do “Vagabundo”, preso em uma esteira, repetidamente nos mostrando o que é a vida do trabalhador e da classe social mais baixa.
Chaplin domina e utiliza o poder dos close-ups de forma primorosa a intensificar as expressões dos seus personagens, o que é fundamental no cinema mudo. Isso era uma coisa que o diferenciava de Keaton, enquanto o primeiro era mais tecnicista, o segundo estava mais interessado em questões sociais e filosóficas. Ele consegue transmitir através da sua mítica figura do “Vagabundo” ou “Carlitos” como ficou conhecido por aqui poderosas e complexas emoções através de pequenos gestos e expressões faciais.
Tempos Modernos é uma obra prima criada pelo mestre Charlie Chaplin, seu valor ultrapassa o histórico e se mantém como um produto extremamente atual e de forma impressionante, até seus efeitos especiais se mantém vistosos.
Memórias de um Amor
3.8 52 Assista AgoraLittle Fish consegue emocionar sem uma dramatização exagerada,seus diálogos e personagens soam tão reais quanto nossos vizinhos.
Toda essa ambientação humana gera uma compaixão maior pela "perda" dos personagens, Olívia Cooke está soberba transmitindo todo o borbulhar de sentimentos de sua personagem. Enquanto o recente The Father nos coloca na visão do personagem portador da doença , Little Fish está mais interessado em acompanhar de forma lenta eu diria,mas extremamente delicada a jornada de queda que cerca o doente. As memórias pode-se dizer que são a característica responsável por fazer nossa espécie evoluir e se adaptar, quando isso é tirado de você, o que resta?
O Exterminador do Futuro
3.8 899 Assista AgoraJames Cameron nos traz um filme de ficção científica que consegue mesclar de forma consistente ação e suspense.
A relação paradoxal entre euforia e pessimismo com o avanço da tecnologia sempre foi um sentimento que circulou a cabeça da humanidade desde a revolução industrial e com os avanços cada vez mais velozes das inovações tecnológicas no século XX não é de se espantar os teores apocalípticos que as obras de ficção abraçaram ao longo desse século.
Cameron consegue criar uma alegoria entre a inevitabilidade de do futuro e dos avanços com a implacabilidade do seu vilão assustador interpretado por Arnold Schwarzenegger.
Através de uma trilha sonora soberba nos deixa simplesmente apavorados e com uma tensão que permeia durante todo o longa.
Os efeitos acabaram ficando bem datados, mas a experiência sensorial permanece.
Meu filme favorito da franquia.
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraO primeiro longa de Emerald Fennell destrincha em todas as suas sutilezas a toxicidade masculina presente em nossa sociedade.
Uma das regras fundamentais do cinema é o “Show, Don’t tell” e Emerald utiliza esse princípio de uma forma primorosa, mais do que diálogos expositivos, temos aqui uma sintonia estilística transmitindo uma mensagem triste, porém extremamente necessária.
Somos enganados em diversos momentos pelo roteiro, tal como as mulheres do dia à dia são enganadas e abusadas por tantos homens.
O sentimento de submersão no produto é o ponto alto de uma obra cinematográfica. Embora isso também aconteça em criações com um teor maior de entretenimento, em obras cujo foco primário é uma denúncia social isso assume um papel extremamente relevante, pois permite as mais diversas pessoas seja através da inquietação, da tristeza, da raiva, do medo e do terror à que nossos sentidos são expostos em uma experiência cinematográfica, ter ainda mais empatia pela mensagem apresentada.
Claro que um homem nunca saberá o medo que as mulheres tem de andar na rua simplesmente por serem mulheres, mas essa provocação sensorial de empatia é algo muito importante.
Carey Mulligan está soberba no papel principal, transmitindo um misto de imponência com
toques de vulnerabilidade que mostram que por trás do papel que ela aprendeu a vestir para confrontar a intimidação, ainda tem um medo interno muito presente.
Uma escolha interessante da diretora é a de escolher atores que fazem o tipo clássico de comédias românticas, sendo um alerta para os quão nocivos mesmos caras que vestem essa camada de “bom moço” podem ser.
A cinematografia de Benjamin Kracun abusa de simbolismos nos seus enquadramentos, utilizando a iconografia religiosa em vários frames com sua protagonista, a retratando como uma espécie de anjo vingador.
O contraste entre o aspecto mais singelo e de cores mais leves e brilhantes da paleta e presentes no design contrasta com a temática densa do filme gerando um resultado estilístico interessante.
As decisões criativas de Emerald Fennell são ousadas, vão te surpreender e abrem espaço para nossas próprias interpretações, a receita de um sucesso.
O filme toca em pontos bem delicados e necessários, seja nas desculpas que nossa sociedade inventa para acobertar os estupradores, seja na culpabilização das vítimas, é de embrulhar o estômago e acontece todo santo dia na sociedade perturbadora em que vivemos.
Ótimo filme.
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 663 Assista AgoraOnward continua mostrando a excelência da Pixar no mundo das animações.
Com relação a qualidade técnica elogiar é algo que pode soar até
repetitivo, mas o nível de detalhe na construção de mundo, os cenários e os detalhes de cada personagem é algo absurdo.
A estrada nas cenas de perseguição,o nível de detalhamento do asfalto é algo surreal.
Quanto a história, apesar de um começo lento e até um pouco desanimador, mas que chama a atenção e vai cada vez intrigando mais pela curiosidade que é o seu universo, vai se desenvolvendo com momentos cômicos que funcionam ao mesmo tempo que estamos sempre comprometidos com a jornada por um certo elemento presente.
O filme mostra o seu diferencial no 3º ato, com uma conclusão maravilhosa e que leva
a uma poderosa reflexão que te leva a ficar pensando nela mesmo após o fim da
sessão.
Um filme emocionante sem dúvidas.
Nota 4,46/5,0
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraTaika Waititi está na minha lista de roteiristas a quem acompanhar desde "What We do In The Shadows".
Aqui ele arrisca, mesclando mais camadas, incluindo um pouco de drama e suspense na sua história. Por mais que a transição não seja perfeita e o filme tenha uma pequena barriga, seus textos continuam afiadíssimos e o seu roteiro (sabendo que está lidando com um assunto muito pesado) é muito cuidadoso e bem elaborado.
A direção de arte é incrível, emulando um aspecto fantabulesco que lembra Wes Anderson e seu estilo tão peculiar em vários momentos. Destaque também para a montagem ágil de Tom Eagles que contribui muito para o desenvolvimento da narrativa.
Agora a cereja do bolo é a interpretação (todos estão muito bem) de Roman G. Davis que dá um banho em muito marmanjo sem talento por aí, o garoto consegue passar o turbilhão de sentimentos que seu personagem está sentindo e vivenciando.
Jo Jo Rabbit é um grande filme e mostra o crescimento de Taika como realizador cinematográfico.
Nota 4,17/5,0
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraRobert Eggers não conseguiu me fisgar com o seu A Bruxa (que tenho que dar uma segunda chance,aliás), mas aqui me pegou totalmente nessa experiência psicológica imersiva que ele propôs.
É claro que isso só foi possível graças ao conjunto técnico incrível desse filme, seja a fotografia com seu aspect radio diferenciado, movimentação horizontal e vertical simples que percorre as cenas, pelo ótimo trabalho da composição de luz e enquandramentos precisos. Cabe destacar o também excelente trabalho da edição de som e mixagem de som, que tiveram grande papel nessa imersão e também a trilha sonora.
Por último, que belo trabalho dos dois protagonistas, Robert Pattinson está muiito bem, desde os momento de timidez do personagem aos momentos explosivos e o ator faz essa transição do social a selvageria brilhantemente.
Mas o principal absurdo que eu não entendo é o fato de Willen Dafoe não ter sido indicado ao Oscar ( ou mesmo dele ainda não ter uma estatueta para chamar de sua) , desde os trejeitos e sotaque do perturbado (ex?)-marinheiro, o ator simplesmente consegue nos manter fascinados pelo seu personagem.
O Farol é uma obra extremamente interessante que colocou o diretor Robert Eggers como mais um daqueles cujo trabalho acompanharei fielmente nos próximos anos.
Nota: 4,35/5
Rocketman
4.0 921 Assista AgoraRocketman é um frescor e um alívio bem vindo aos corações dos amantes por música e filmes igualmente.
Principalmente se levarmos em conta que a última cinebiografia de outra lenda do mesmo nível teve um resultado mediano e bem abaixo do que a lenda merecia.
Aqui vemos um filme que já de cara se assume como um musical e vai encaixando grandes sucessos e outras canções belíssimas do cantor com a narrativa de uma forma orgânica, embarcando no lirismo em cena para dar um ar mágico ao filme do mesmo jeito que podemos observar nas músicas do próprio Elton John.
De destaques ficam o belíssimo trabalho de montagem com umas transições muito inteligentes e inventivas, a atuação cheia de nuances e de uma apropriação ímpar de Taron Egerton, a ousadia da direção em transpor essa ideia do mágico de forma tão bonita e do filme em mostrar a vida do cantor como ela era, sem suavizar nada.
O filme segue aquela fórmula tradicional de biografias musicais, de Ascensão, queda e redenção. O que dá uma certa previsibilidade e artificialidade em determinados momentos no roteiro, mas nada que diminua tanto a qualidade desse bom filme.
Nota: 3,74/ 5
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraQuando foi anunciado o filme do Coringa confesso que só consegui revirar os
olhos (devido ao desgaste dos filmes do sub-gênero) e quando foi anunciado o diretor, o qual só conhecia alguns poucos trabalhos, me importei menos ainda.
Obras como a proposta inicial do filme são largamente exploradas nos quadrinhos e com muita eficiência, logo não via o que esse filme poderia acrescentar.
Completamente errado estava eu, visto que ele se junta ao nicho de filmes do sub-gênero que conseguem fazer jus ao material advindo da nona arte, não no sentido de adaptação direta mas sim no sentido de aplicar o melhor da técnica que a sétima arte pode oferecer ao produto.
Esteticamente o filme é brilhante, com sua Gotham City extremamente palpável, com seu cenário lembrando diretamente a New York de Taxy Driver.
A Trilha sonora original de Hildur Guðnadóttir nos emerge completamente na trama, seja nos guiando através da tensão ou de momentos simplesmente de fascinação cinematográfica como...
as cenas em que o personagem dança.
A fotografia é outro ponto de destaque do filme,com seus enquadramentos precisos e a movimentação de câmera que dá todo uma fluidez e destaque a trama e ao personagem.
O trabalho do Joaquin Phoenix é absurdo, claro que a transformação física é chocante, mas o trabalho corporal dele e vocal são absurdos. É meu ator preferido da sua geração há um bom tempo ,vide perfomances que ficaram eternizadas na minha mente como em "You were never really here" e "Her", mas aqui com seu Arthur Fleck frágil,repulsivo,perturbado consegue entregar um dos pontos mais altos da sua carreira.
Coringa é um filme extremamente denso,angustiante em certo ponto e que consegue até mesmo nos fazer refletir sobre diversos pontos da nossa própria sociedade.
Diferente da polêmica que cobriu o filme não acho que o mesmo é complacente com o personagem, a complacência
vem da sociedade que glorifica isso. E a sociedade de Gotham(não só a de Gotham hoje em dia, infelizmente) é tão perturbada,com tanto ódio acumulado quanto o nosso palhaço protagonista.
Nesse caso o filme se preocupa mais em evidenciar essa projeção de glorificação pela sociedade.
A dubiedade do roteiro também é muito bem-vinda e meio que emula a mente do protagonista, ao ponto que não sabemos o quanto pode ser até mesmo um delírio do mesmo.
Coringa foi uma grata surpresa que eu espero que represente para as adaptações do sub-gênero não apenas uma fórmula ou modelo a se seguir, mas sim que a ousadia,diversidade e experimentação da mídia original pode e deve ser transporta para as grandes telas.
A Esposa
3.8 557 Assista AgoraComeçando o ano com o pé direito.
Esse é o tipo de filme feito para o seu casting brilhar.
Com uma fotografia sóbria e demais aspectos técnicos bem executados, verificamos o total foco proporcionado pelo roteiro as performances de seu elenco.
O Argumento do filme não é nada tão original, mas os diálogos construídos aqui e o trabalho de direção de Björn Runge são muito bons.
E Glenn Close...sinceramente,que performance soberba!! Digna de Oscar.
Buscando...
4.0 1,3K Assista AgoraQue grata surpresa.
O Argumento do filme já dava uma ponta de curiosidade, mais pela forma como a história é contada do que pela sinopse...porém que felicidade ao ver esse roteiro incrível!!
Belíssimo trabalho geral, de atuação por parte de John Cho e Debra Missing, da trilha sonora envolvente e claro da fantástica edição que tem grande mérito no funcionamento do filme.
Entretanto, o roteiro continua sendo o ponto alto do filme..a forma como Aneesh Chaganty e Sev Ohanian decidem nos contar a história é um sopro de originalidade, muito imersivo e que nos prende do início ao fim na poltrona.
Deadpool 2
3.8 1,3K Assista AgoraSe por um lado a produção perde um pouco no quesito originalidade,o que era mais muito fácil no primeiro filme devido ao intenso volume de filmes do gênero sendo lançados nos últimos anos, compensa potencializando as qualidades do primeiro filme.
Esse filme tem bem mais ação e as cenas ,principalmente lutas corpo a corpo foram muito bem dirigidas, credito isso ao David Leitch (Que co-dirigiu o incrível John Wick)
Destaco aquele trecho inicial maravilhoso (ao som de Dolly Parton *-*)
A Trilha sonora é ainda melhor que a do primeiro filme e o filme contêm participações especiais surreais.
O roteiro é lotado das mais diversas referências possíveis, é sério nada escapa aqui ao humor ácido desenvolvido por Rhett Reese e Paul Wernick,desta vez acompanhados também por Ryan Reynolds na escrita.
Eu acho que nunca ri tanto no cinema em toda minha vida como em toda a sequência que envolve a X-Force.
Ryan Reynolds continua fantástico e cada vez mais a vontade no papel do Mercenário Tagarela, desta vez acrescentando um drama e humanização ao personagem que me impactaram bastante, visto que sou um leitor do run de Gerry Duggan nos últimos anos com o personagem nos quadrinhos.
Josh Brolin está fantástico como Cable,você realmente acredita que ele é esse soldado bad-ass imponente. O ponto negativo é que o personagem foi um pouco prejudicado pelo roteiro,que poderia ter dado um maior aprofundamento ao mesmo. Mas,acho que em um eventual filme da X-Force isso pode ser completamente remediado.
Fechando o trio dos protagonistas Zazie Beetz está MARAVILHOSA como Domino, a atriz que eu já adorava por Atlanta, é super carismática e entrega uma personagem por quem nos apaixonamos facilmente. Cresci lendo a Domino nos quadrinhos e sinceramente a adaptação da personagem ficou ótima na minha opinião, a ideia da inversão das cores no olho da personagem foi maravilhosa.
Sobre os coadjuvantes,Colossus ainda melhor aproveitado que no primeiro filme, T. J. Miller com piadas que funcionam muito bem no filme,a Blind Al da Leslie Uggams continua tão engraçada como no primeiro filme e...
redimindo mais um personagem, finalmente um Juggernaut decente nos cinemas!!
Sou um grande fã do primeiro filme e gostei muito desse segundo, pontuei os dois filmes com a mesma nota, mas não julgo quem preferir um ou outro porquê os dois são filmes muito bons,mas com suas particularidades cada.
Obs: Que cena pós-crédito foi essa??!!
O Iluminado
4.3 4,0K Assista Agora2º filme do Kubrick que vejo e já estou apaixonado pela técnica do Kubrick, que filme fantástico visualmente falando. O Contraste entre Planos abertos mostrando o cenário e a tentativa de imprimir uma sensação claustrofóbica ao mesmo tempo, uso da trilha sonora magistral ditando o suspense do filme,Direção de arte igualmente muito bem. Atuação soberba de Jack Nicholson. Agora, se uma coisa tem que ser dita é que concordo com o Mestre King na sua crítica a falta de "alma" do filme, ao mesmo tempo que fico apavorado e estupefato com o visual e técnica do filme,não consigo sentir algo a mais que sinto que deveria, talvez por uma falta de desenvolvimento maior da jornada dos personagens.
Enfim, continua sendo uma obra imperdível para os amantes da sétima arte.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraFilme lindo!
Não sei porque ainda me surpreendo com a qualidade dos filmes da Pixar.
Falando do viés técnico, a animação está fantástica, os traços e movimentação dos personagens, principalmente do Miguel são muito realistas. Que absurdo a textura no rosto da Mamá "Coco" Rivera. A primeira cena em que conhecemos o bairro de Santa Cecilia é fantástico,completamente imersivo.
Agora sobre o filme em si, depois de um primeiro ato muito bom, com o primeiro ponto de virada acreditei que o começo do segundo foi um pouco lento e não tão atraente, mas graças a um novo ponto de virada que me surpreendeu por ser um tema um tanto quanto pesado para essa animação, o nível subil e se manteve até o final com aquela velha dose de humor e muita muita emoção que só a Pixar sabe nos dar.
Um filme sobre família, acima de tudo. Mais um grande acerto da Pixar.
Doentes de Amor
3.7 379 Assista AgoraQue filme leve,reflexivo e gostoso de se assistir.
Fui ver esse filme na corrida do oscar no qual o mesmo está indicado na categoria de melhor roteiro original, mas o grande destaque para mim do filme se encontra nesse elenco.
O Roteiro deve ser elogiado sim pelo incrível texto e por esses personagens fantásticos, mas a performance dos atores é muito magnética, embora os grandes destaques são os pais do casal protagonista interpretados por Ray Romano e Holly Hunter e Anupam Kher e Zenobia shroff que conseguem nos tirar risos,lágrimas e empatia. E é claro, a extraordinária Zoe Kazan que me fez acreditar em todas as suas emoções passadas através das vastas nuances de sua interpretação.
Doentes de amor nos leva a refletir sobre perdão,preconceito,superação e amor de uma forma leve que nos enche de esperança e um sentimento bom ao terminar de assistir o mesmo. Recomendadíssimo!.
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraPerturbador,intenso e para quem tem estômago forte.
Escolhi esse filme para adentrar na carreira do tão falado Almodóvar e já posso dizer que não me arrependo.
O destaque na minha opinião vai para o roteiro nada preguiçoso e que não tenta sustentar mistérios por toda a trama e procura sim trabalhar a tensão de forma muito coerente usando entre outros elementos uma trilha sonora estupenda.