No ano passado, ao assistir ao filme indiano Pad Man, também disponível na Netflix, fiquei chocada com uma realidade da qual ignorava completamente: a menstruação como o maior tabu da Índia. Foi nele que conheci Arunachalam Muruganantham, o homem-absorvente, que ao ver sua mulher ser segregada por um período todo mês, se sensibilizou e criou uma máquina para fabricar absorventes a baixo custo. Não é uma produção significativa, mas seu conteúdo (para mim, pelo menos) foi algo marcante. Na semana passada, quando vi ABSORVENDO O TABU (Period. End of Sentence, 2018) levar o Oscar de Melhor Documentário de Curta-Metragem, sua história, assim como sua vitória, não me causaram surpresa. Agora contado através das mulheres, descreve em apenas 24 minutos gerações de aprisionamento cultural e social e o despertar para o empoderamento feminino. É tudo bem rápido e a edição não contribui muito para quem caiu ali de paraquedas. Mas entendo, como em Pad Man, que se tratam apenas de aperitivos para abrir um universo muito maior em nossa cabeça. IG @omelhordocinema
"Sim, nós temos batata!". No interior da Geórgia, qualquer coisa que você possa imaginar pode ser trocada por batatas. Desde um ralador de cozinha até botas femininas. Bolinhas de sabão para as crianças? Também. O MERCADOR (Sovdagari/The Trader) é um documentário simples e curtinho da Netflix, premiado em Sundance, que consegue passar uma mensagem tão forte em pouquíssimo tempo. Por trás do troca-troca de batatas, vemos a juventude e os seus sonhos serem esmagados igual a um purê. O negócio de escambo de Gela é realmente fascinante. Naquele fim de mundo, ele é o respiro de consumo para aqueles pobres trabalhadores rurais. Mas o que faz desse O Mercador ser tão especial é sua clientela. Passados os 23 minutos, a gente não sabe se compadece pela sua pobreza ou inveja por se contentarem com tão pouco. IG @omelhordocinema
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Absorvendo o Tabu
4.4 201 Assista AgoraNo ano passado, ao assistir ao filme indiano Pad Man, também disponível na Netflix, fiquei chocada com uma realidade da qual ignorava completamente: a menstruação como o maior tabu da Índia. Foi nele que conheci Arunachalam Muruganantham, o homem-absorvente, que ao ver sua mulher ser segregada por um período todo mês, se sensibilizou e criou uma máquina para fabricar absorventes a baixo custo. Não é uma produção significativa, mas seu conteúdo (para mim, pelo menos) foi algo marcante. Na semana passada, quando vi ABSORVENDO O TABU (Period. End of Sentence, 2018) levar o Oscar de Melhor Documentário de Curta-Metragem, sua história, assim como sua vitória, não me causaram surpresa. Agora contado através das mulheres, descreve em apenas 24 minutos gerações de aprisionamento cultural e social e o despertar para o empoderamento feminino. É tudo bem rápido e a edição não contribui muito para quem caiu ali de paraquedas. Mas entendo, como em Pad Man, que se tratam apenas de aperitivos para abrir um universo muito maior em nossa cabeça.
IG @omelhordocinema
Sovdagari - O Mercador
3.5 66"Sim, nós temos batata!". No interior da Geórgia, qualquer coisa que você possa imaginar pode ser trocada por batatas. Desde um ralador de cozinha até botas femininas. Bolinhas de sabão para as crianças? Também. O MERCADOR (Sovdagari/The Trader) é um documentário simples e curtinho da Netflix, premiado em Sundance, que consegue passar uma mensagem tão forte em pouquíssimo tempo. Por trás do troca-troca de batatas, vemos a juventude e os seus sonhos serem esmagados igual a um purê. O negócio de escambo de Gela é realmente fascinante. Naquele fim de mundo, ele é o respiro de consumo para aqueles pobres trabalhadores rurais. Mas o que faz desse O Mercador ser tão especial é sua clientela. Passados os 23 minutos, a gente não sabe se compadece pela sua pobreza ou inveja por se contentarem com tão pouco.
IG @omelhordocinema