Moderadores da linguagem, fotógrafos, anotadores de diários Vocês e suas memórias estão mortos, congelados Perdidos num presente de passagem que nunca pára
Aqui vive a encarnação da matéria Uma língua eterna Como uma chama queimando a escuridão
A vida é a carne ainda no osso Se contorcendo sobre a terra
Bem, a carreira do Eggers tem muitas chances agora de dar certo. Depois do inesperado A Bruxa, um terror psicológico cheio de simbolismos religiosos e análises sociais profundas, a expectativa para O Farol era alta (pra quem gostou do filme de 2015 é claro).
É meio difícil em 2020 esse tipo de filme chamar público. E a distribuidora e produtora já sabiam disso, e mesmo assim apostaram no projeto que foi bem reconhecido em premiações menores e abocanhou uma indicação técnica no oscar.
O Farol tem todo aquele lance do confinamento, da loucura, do estresse do isolamento e até a alegoria grega. Mas vindo do diretor de A Bruxa, existe uma mensagem mais forte na narrativa, e quando vi da segunda vez que percebi do que se tratava esse filme. Ele é bem arquitetado e minuciosamente bem pensado.
A fotografia, com um enquadramento diferente é para destacar e melhor utilizar a figura do farol, o objeto fálico. O preto e branco realçam muito algumas cenas, e principalmente as que tem sêmem. As constantes cenas de masturbação, o homoerotismo implícito, as sereias e tentáculos perfeitamente encaixados em alucinações e delírios.
O filme fala de subordinação, humilhação, da tão falada masculinidade tóxica e como um homem que tenta escapar de uma sociedade que o subjugava, ferindo seu orgulho, acaba encontrando no isolamento os mesmos problemas, só que agora ele não tem mais pra onde fugir.
Um filme cheio de camadas, simbolismos e interpretações que se complementam. O ritmo lento é perfeito para dosar a loucura para o espectador, e as poucas semanas que os dois tem que ficar na ilha se tornam longos demais, existe uma metalinguagem até nisso.
Atuações fantásticas do Robert Pattinson e Willem Dafoe. Roteiro brilhante dos irmãos Eggers. Os efeitos práticos com as tempestades e gaivotas são incríveis. O gore no preto e branco fica lindíssimo. O Farol é um grande filme.
O documentário é muito bonito, com boas cenas de ''bastidores'' e consegue ser parcial sem perder a mão para uma militância. De restante.....
Os momentos ''sérios'' me faziam rir muitas vezes. Esse lunatismo da diretora, onde a democracia é idolatrada como o auge da evolução humana é irritante e ilógico. Ela gasta muito tempo também se explicando, pra falar que é imparcial: ''minha família tava envolvida'', ''Aécio é parente'', muito tempo mal gasto, deixando a história dispersa, o que me irritou bastante. Não precisa ser imparcial pra ser bom, entenda.
As cenas dos deputados e o circo que foi a política nos últimos 10 anos me fizeram gargalhar demais. Ao mesmo tempo fiquei triste com depoimentos de ''cidadãos comuns'' que atribuem o sucesso na vida deles a um burocrata qualquer que tava no poder, e chorando por isso. Senti pena das pessoas.
A ideia de que o inimigo real é a oligarquia é meio que óbvio, e como um todo não acrescentou nada demais. Fiquei com a sensação de que passei por um vazio de 2 horas. Sério que a pergunta: ''Será que já tivemos democracia?'' é levada a sério? ''O país está polarizado''. Sério que o país tá polarizado?
O clima de terror para os novos líderes do governo e o aparente apocalipse democrático não poderiam me fazer rir mais. Parecia uma paródia.
Dá pra se divertir, é bem bonito e pra quem acompanhou o cenário político tem ótimas gravações inéditas.
Bad Boys II ganha muito com o carisma da dupla principal. Eles fazem até as piadas ruins ficarem agradáveis. O humor situacional, com troca de diálogos, apesar de não ser perfeito, me divertiu.
As constantes trocas de cenário, o núcleo de personagens até que bem aproveitados, deixam o filme muito dinâmico. As cenas de ação sofrem com o absurdismo e excesso de destruição de tudo que é carro que aparece na tela e as munições que nunca acabam, mas não dá pra se levar a sério. Essa pegada leve, com uma violência gratuita, mesmo sendo mal justificada, me cativou.
O maior pecado do filme foi a meia hora final. Uma transição de cenário sem sentido, apenas para aumentar o nível da violência de policial para militar. A mocinha raptada, a mansão surreal do vilão... tudo poderia ter acabado mesmo nos Estados Unidos. Seria mais enxuto, e ainda assim teria um desfecho digno.
Bad Boys II sofre problemas como qualquer filme do Bay, ou do gênero de ação. Mas ganha muito no carisma do Martin Lawrence e Will Smith, e no tom cômico em meio a violência exacerbada. Tem várias sequências legais como a da ku klux klan, no necrotério, na loja de conveniência e a da dedetização. Mas poderia ser um filme mais curto.
A bizarrice se dá primeiramente pela forma com que a história é contada. Preto e branco, poucos diálogos, reações dos personagens frente a acontecimentos violentos muito diferente do que eu esperava.
A escolha de cortar e não mostrar o gore, a violência extrema, me lembrou o imperdível Funny Games e o mais recente You Were Never Really Here. Aqui, essa escolha tem uma proposta diferente, quer intrigar o espectador e deixar as nuances psicopatas da protagonista escondidas e abertas a interpretações. E isso me deixou preso a história.
Ainda notei, mesmo que de leve, uma referência ao francês Mártires, de 2008, em uma cena de tortura e enclausuramento de um certo personagem. E apesar de beber de várias fontes, The Eyes of My Mother tem ritmo e identidade bem definida.
É uma trama muito lenta, beira o tédio, mas nunca fica arrastada. Sempre tem conteúdo, sempre tem algo importante na tela. São 1h e 15min com saltos temporais, mas nada fica corrido. É uma trama simples, bem definida e sem gordura.
Certamente não é pra todos os gostos. Vai desagradar boa parte do público que gosta de gore, e do público que procura um terror cascudo. Mas creio que encontra seu público ali em The Witch, de 2015, Under the Shadow de 2016 e November de 2017.
A história tem um bom desenvolvimento e um ótimo final. Fala de sociopatia, solidão, amor, perda e saudade. De uma maneira bizarra e bela.
Hiro Murai faz muita coisa legal, principalmente voltada a comédia. Ele dirige episódios de Atlanta e Barry, duas excelentes séries, e aqui, nesse filme, parecia que estava vendo um filler num universo alternativo de Atlanta.
O universo, Guava Island, é apresentado com uma narração aliado a uma animação bem bacana, que apesar de muito comum e genérica, funciona. O texto é bem inteligente.
O roteiro é bem pouco expositivo, isso foi muito útil pra me deixar interessado na história da ilha e como essa sociedade funciona. Mas acho que ele nem explica tanto as coisas por outro motivo. A ideia desse filme seria fazer um clip extendido de This is America, também dirigido pelo Murai, só que mais didático e com uma história para contextualizá-lo.
O plot principal é bom, bem direto e com um desfecho incrível. As partes musicais são bem coreografadas e contemplativas, eu curto, mas sei que muita gente não vai gostar e vai achar um saco. Entendo. Creio que esse misto de clip e filme não foi muito bem executado.
A Rihanna tá muito bem no filme, mas sei lá, poderia ser qualquer outra. Donald Glover foi bem escalado, ele é a cara de This is America, e funciona muito bem com seu personagem Deni.
As alegorias e mensagens políticas e sociais são sutis em alguns momentos e em outros não. Faltou melhorar um pouco a inserção do subtexto.
Um ótimo filme, bem curto, 55 minutos,produção original do Prime Video, que vale a pena ser visto pra quem gosta dos trabalhos do Murai ou do Glover.
Filme divertido, com uma história envolvente e até bem executada.
O roteiro do filme é a parte mais fraca, nota-se a fragilidade dele com diálogos e soluções de apresentação de personagens muito superficiais. Antes de qualquer aparição do assassino, já dá pra saber que ele vai chegar. O legal é que o filme reconhece suas dificuldades e pouco se leva a sério. Me ajudou bastante assisti-lo sem ter compromisso com seriedade.
A premissa é interessante, mas muito genérica. Dificilmente se compara a Groundhog Day no quesito diversão e entretenimento, e nem de longe chega a tensão e suspense imprimidos em Triangle de 2009. Filmes com temáticas parecidas. Isso pode atrapalhar um pouco, mas não é nada de mais.
Os atores são bem medianos, alguns muito fracos até. A protagonista, interpretada pela Jessica Rothe, é muito boa. E o único arco de desenvolvimento relevante no filme é o dela, e funciona muito bem. É a parte mais sólida e divertida do filme.
Não espere jumpscares, terror atmosférico, maneirismos da direção ou plot twists fenomenais. É uma boa história,previsível, com toques de humor negro, com uma violência bem fraca, mas que diverte e não entendia.
Talvez pelo título do filme alguns foram assisti-lo em uma expectativa que não foi atendida. Só isso pra explicar essa nota.
O filme é muito bom, usando a estética e a hiper sexualização como uma maneira debochada mas sem perder o tom sério de se contar a história e de estabelecer as sensações, objetivos e pensamentos das protagonistas.
Spring Breakers desenvolve todas as suas ideias bem, os personagens entram e saem de forma natural, e o destaque do filme fica com James Franco que entrega um personagem muito complexo, um gangster extremamente violento, e ao mesmo tempo sensível, com um background muito interessante.
Enfim, um ótimo filme, não convencional pela maneira que a trilha sonora e as músicas são usadas, com uma estética impressionante, desde o visual dos personagens (As garotas de biquini e toca de assalto são muito fodas) até o uso das cores em quase todos os momentos.
Esse filme é incrível. Vi uma versão que o Orson Welles disse ser a que melhor representava a sequência certa de imagens.
As atuações são muito boas, com aquele ar dos anos 50. Os diálogos ficaram impressionantes, muita naturalidade. Nunca dá pra saber realmente se as falam revelam as intenções, e isso é muito bom.
Os personagens são ótimos, todos tem características próprias, desde os protagonistas aos secundários. Tem até algumas falas atravessadas por outros em alguns momentos mostrando a discordância de pontos de vista e o caos da situação, mas não fica bagunçado, fica muito realista.
A direção brinca com uma estética de sombras e luz, que funciona como metáfora do espectro humano. A dualidade, sempre presente nos personagens. A perversão e a maldade andam junto a boas intenções.Essa estética é muito bonita e dá um clima misterioso e perigoso.
O começo do filme é um plano sequência que mostra o primor técnico do Welles. A coreografia, construção da cidade, direção de figurantes... tudo grandioso.
O filme é imprevisível, você acha que ele tá te levando para um lado e... não. Ele brinca com nossa expectativa e imaginação. A história é objetiva, e ao longo dela vemos temáticas como xenofobia, preconceito, corrupção, vingança, remorso, culpa, amizade e justiça. Mas como já disse, nada escancarado.
Enfim, um grande filme, com história até que simples, bem linear, e por meio de diálogos sensacionais e uma estética incrível leva o espectador a uma experiência cinematográfica genuína.
Esse filme é bem legal, quase conseguiu fazer algo muito relevante. Tem uma história muito boa, e a forma como resolveram contar é excelente também. Um filme de baixo orçamento tem que apostar na criatividade do roteiro e investir em bons diálogos.
O filme tenta algumas vezes validar seus pontos de vistas por meio dos personagens e isso é aceitável. Mas em alguns momentos ficou muito artificial. Exemplo: O esteriótipo de cristão burro e ignorante no filme. Tá certo que alguns poderiam dar as mesma respostas e ter as mesmas reações da personagem cristã, mas se aproveitar de um esteriótipo para validar sua argumentação é fraco. E isso acontece mais duas ou três vezes no filme com outros.
O final teve a chance de colocar o espectador pra pensar até além da proposta, estava indo por um caminho muito bom. Mas...
Esse filme aqui apesar de ter uma temática sobre o racismo nos EUA, foge de estruturas comuns em alguns filmes atuais. Ao contrário de Infiltrado na Klan e Pantera Negra, não há um discurso pró-revolução, de revolta. Green Book segue outro caminho, focando na amizade e dignidade como formas de derrubar as estruturas de preconceito. Mas não derrubar no sentido de erradicar do mundo, mas na relação entre poucas pessoas, no caso, os dois amigos protagonistas.
O filme perde muita força no final, e fica se repetindo, poderia ter acabo uns 20 minutos antes, que a mensagem já teria sido dada da mesma forma.
O filme tem um bom ritmo, com um ótimo tom cômico e boas atuações. Dá pra rir bastante e até se emocionar. Quase que uma sessão da tarde. Algumas piadas não funcionam e parecem muito artificiais, e o filme pedia mais de trilha sonora, o que não teve.
Mas o resultado é bom, a história é forte, e me diverti bastante vendo sem me cansar com exceção dos últimos minutos.
Se quiser ver, saiba que não é um filme sobre o Queen, é sobre o Freddie Mercury. E pra falar a verdade, ainda não sei direito sobre o que é o filme. A história é meio bagunçada, sem foco narrativo, todos os personagens secundários são muito mal utilizados também.
Não tenho problema com uma obra me lembrar a estrutura de novela, mas esse aqui foi longe. Desde as frases de efeito, até o final que precisa mostrar o que aconteceu com cada um sem motivo nenhum.
O filme tem vários momentos de ''nossa como o Freddie é fodão e um gênio louco''. Fica muito repetitivo e chato na primeira hora já. O filme é muito expositivo no pior sentido.
Mas por incrível que pareça até me divertiu. Deve ter sido as músicas, sei lá. Se você gosta pode até ter uma boa experiência.
O roteiro dessa animação, é um absurdo de bom. Desenvolvimento de personagens e diálogos, bem verborrágico. Ao mesmo tempo é bem sutil e inocente. Muito bom.
Um filme muito questionador, com uma atmosfera bem melancólica. Gostei muito mesmo. Estava impressionado com o protagonista e seu arco narrativo, aí depois que fui ver que o Paul Schrader é o roteirista de Taxi Driver também. Tem muitas semelhanças, desde o voice off até as atitudes aparentemente sem sentido e desconexas.
A A24 arrisca muito em filmes que grandes estúdios não estão mais indo atrás, já que estão cada um procurando uma franquia de sucesso. E trazer o Paul Schrader foi um ótimo acerto.
As atuações são excelentes, o Ethan Hawke é sensacional e destaque desse filme. O enquadramento me lembrou outro filme da A24, A Ghost Story, e novamente esse enquadramento mais fechado não está por acaso ou pra pagar de diferente.
O voice off é usado da forma correta, ele não narra o que está acontecendo, ele ajuda, dá pistas, mas nunca descreve. Isso só aumenta a imersão na trama e na cabeça do Reverendo Toller.
A história tem muitos simbolismos cristãos, muito debate filosófico, teológico e até ambiental. Uma história até que relevante, mas nada de grandioso. O filme sabe usar bem o microcosmo.
Um dos melhores filmes de 2018, e merece ser assistido.
As cenas de ação do filme são bem fracas. A história é toda picotada, com o ritmo bem problemático. Se você já viu qualquer filme de monstro fazendo amizade com humano não vai ver nada novo, além de ser muito previsível e bem arrastado.
A CGI é legal, tem uma ou outra cena interessante, mas tudo é mal explorado ou simplesmente esquecido dentro do próprio filme.
Me lembra muito um dos contos do Lovecraft, e queria muito ter gostado, mas não deu.
O filme possui uma atmosfera muito boa e tenebrosa até. As atuações estão bem legais, com destaque pro Bale e sua incrível transformação.
A história é um pouco genérica, mas ainda sim funciona, pena que não vai além do funcional. A trama é toda explicada no final, tirando muito de tudo aquilo que o filme construía.
Mas, enfim... Achei legal, e fiquei preso na trama por 1 hora, depois ficou cansativo e repetitivo, e quando fui ver o final, nem era pra tanto. Ainda vale pelas atuações,atmosfera e pra quem gosta de boas viradas.
Um filme impressionante, que vai te conduzindo de forma bem lenta junto com ele.
A direção e atuação estão muito boas, o resultado me agradou bastante. O roteiro foi uma das poucas coisas que me incomodou, com umas facilitações narrativas bem bobas,e algumas viradas muito bruscas, contrastando com o ritmo do filme.
Tirando isso vale a pena assistir, a história é bem legal, e um final cheio de ambiguidade!
Demonlover é muito experimental, mesclando cenas digitais, hentais animados, tudo numa atmosfera, que combinada a uma trilha sonora no mínimo arrepiante, surreal e distópica. Mas não é uma distopia distante, é algo mais palpável. Em 2002 Assayas já brincava com esses conceitos que hoje são facilmente associados a Deep Web.
O filme, sendo experimental, é difícil de assistir, com um ritmo problemático. Me senti no filme lá pelos 50 minutos, mas já estava preparado pra isso. Me interessei por esse filme em uma lista do New French Extremity, que tem fimes em torno de 1h e 30min, e quando vi que esse teria quase 2h, já desconfiei.
O primeiro ato é bem cansativo, são 40 minutos de cenas aleatórias com personagens distantes. Isso pode ser bom pra demonstrar imparcialidade diante do tema, mas acaba me desinteressando pelos personagens, e foi o que aconteceu. No final do filme nem ligava pro que acontecia com eles.
Filme interessante, com uma direção e roteiro arriscada, que acabou não me agradando, mas ainda assim, uma boa experiência.
Filme interessante e usa o trash/slasher para dar vida a uma mensagem política bem forte. Mas tem um ritmo muito irregular, furos de roteiro e atuações fracas que me incomodaram.
O filme é muito bonito, cheio de metáforas, acho que todo mundo gostou disso kkkk
Tem belas tomadas, todas leves, e um desfecho grandioso. O filme não é cansativo apesar de ter elementos surreais. Talvez demora um pouco para sair do 1º ato, para revelar o plot principal.
Tem uma coisa que não gosto em animes, mas que costumo relevar, o que não aconteceu aqui. Toda hora tá todo mundo falando o que sente, muita narração para expor o que o roteiro acha que não conseguiria mostrar ou não ficaria claro para o público.
Nolan traz para esse filme sua marca, os efeitos práticos. Uma jornada espacial com efeitos práticos e pouco CGI? O Cara mandou muito!
Interstellar é uma grande história de amor familiar, e nesse básico é bem competente. Destaco também a trilha sonora que é do caralho, mas todo mundo deve ter percebido já.
Já disse que traz a marca do Nolan? Então... A lógica narrativa-expositiva é muito cansativa, repetitiva. É aquele texto que escrevem para o público pensar que o filme é super complexo, cabeça, embasado cientificamente...A exposição dos conceitos seria boa numa aula, pra quem não entende. Os diálogos no filmes são ridículos, um grande desperdício de tempo com uma pessoa explicando pra outra detalhes que supostamente já deveriam saber. Essa marca do Nolan de não saber desenvolver personagens é um de seus pontos fracos, apesar de gostar bastante do diretor.
Interstellar poderia transcender, se destacar, marcar. Eu sei que muita gente ficou marcada, vários fãs por causa desse filme. Eu achei entretanto, uma obra de extrema pretensão de ser uma jornada épica. Nolan imaginou 2001, mas fez outro A Origem. Personagens sem carisma e exposição que subestima o público.
Gostei do filme, mas com toda certeza passa longe de ser obra-prima. Até porque ninguém precisa fazer obras-primas, e nenhum filme precisa ser uma. O Nolan achou e vendeu assim, mas se perdeu em sua pretensão de grandiosidade.
Begotten
3.2 348Moderadores da linguagem, fotógrafos, anotadores de diários
Vocês e suas memórias estão mortos, congelados
Perdidos num presente de passagem que nunca pára
Aqui vive a encarnação da matéria
Uma língua eterna
Como uma chama queimando a escuridão
A vida é a carne ainda no osso
Se contorcendo sobre a terra
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraBem, a carreira do Eggers tem muitas chances agora de dar certo. Depois do inesperado A Bruxa, um terror psicológico cheio de simbolismos religiosos e análises sociais profundas, a expectativa para O Farol era alta (pra quem gostou do filme de 2015 é claro).
É meio difícil em 2020 esse tipo de filme chamar público. E a distribuidora e produtora já sabiam disso, e mesmo assim apostaram no projeto que foi bem reconhecido em premiações menores e abocanhou uma indicação técnica no oscar.
O Farol tem todo aquele lance do confinamento, da loucura, do estresse do isolamento e até a alegoria grega. Mas vindo do diretor de A Bruxa, existe uma mensagem mais forte na narrativa, e quando vi da segunda vez que percebi do que se tratava esse filme. Ele é bem arquitetado e minuciosamente bem pensado.
A fotografia, com um enquadramento diferente é para destacar e melhor utilizar a figura do farol, o objeto fálico. O preto e branco realçam muito algumas cenas, e principalmente as que tem sêmem. As constantes cenas de masturbação, o homoerotismo implícito, as sereias e tentáculos perfeitamente encaixados em alucinações e delírios.
O filme fala de subordinação, humilhação, da tão falada masculinidade tóxica e como um homem que tenta escapar de uma sociedade que o subjugava, ferindo seu orgulho, acaba encontrando no isolamento os mesmos problemas, só que agora ele não tem mais pra onde fugir.
Um filme cheio de camadas, simbolismos e interpretações que se complementam. O ritmo lento é perfeito para dosar a loucura para o espectador, e as poucas semanas que os dois tem que ficar na ilha se tornam longos demais, existe uma metalinguagem até nisso.
Atuações fantásticas do Robert Pattinson e Willem Dafoe. Roteiro brilhante dos irmãos Eggers. Os efeitos práticos com as tempestades e gaivotas são incríveis. O gore no preto e branco fica lindíssimo. O Farol é um grande filme.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KO documentário é muito bonito, com boas cenas de ''bastidores'' e consegue ser parcial sem perder a mão para uma militância. De restante.....
Os momentos ''sérios'' me faziam rir muitas vezes. Esse lunatismo da diretora, onde a democracia é idolatrada como o auge da evolução humana é irritante e ilógico. Ela gasta muito tempo também se explicando, pra falar que é imparcial: ''minha família tava envolvida'', ''Aécio é parente'', muito tempo mal gasto, deixando a história dispersa, o que me irritou bastante. Não precisa ser imparcial pra ser bom, entenda.
As cenas dos deputados e o circo que foi a política nos últimos 10 anos me fizeram gargalhar demais. Ao mesmo tempo fiquei triste com depoimentos de ''cidadãos comuns'' que atribuem o sucesso na vida deles a um burocrata qualquer que tava no poder, e chorando por isso. Senti pena das pessoas.
A ideia de que o inimigo real é a oligarquia é meio que óbvio, e como um todo não acrescentou nada demais. Fiquei com a sensação de que passei por um vazio de 2 horas. Sério que a pergunta: ''Será que já tivemos democracia?'' é levada a sério? ''O país está polarizado''. Sério que o país tá polarizado?
O clima de terror para os novos líderes do governo e o aparente apocalipse democrático não poderiam me fazer rir mais. Parecia uma paródia.
Dá pra se divertir, é bem bonito e pra quem acompanhou o cenário político tem ótimas gravações inéditas.
Nota: 6,0/10
Bad Boys II
3.3 301 Assista AgoraFilme muito divertido!
Bad Boys II ganha muito com o carisma da dupla principal. Eles fazem até as piadas ruins ficarem agradáveis. O humor situacional, com troca de diálogos, apesar de não ser perfeito, me divertiu.
As constantes trocas de cenário, o núcleo de personagens até que bem aproveitados, deixam o filme muito dinâmico. As cenas de ação sofrem com o absurdismo e excesso de destruição de tudo que é carro que aparece na tela e as munições que nunca acabam, mas não dá pra se levar a sério. Essa pegada leve, com uma violência gratuita, mesmo sendo mal justificada, me cativou.
O maior pecado do filme foi a meia hora final. Uma transição de cenário sem sentido, apenas para aumentar o nível da violência de policial para militar. A mocinha raptada, a mansão surreal do vilão... tudo poderia ter acabado mesmo nos Estados Unidos. Seria mais enxuto, e ainda assim teria um desfecho digno.
Bad Boys II sofre problemas como qualquer filme do Bay, ou do gênero de ação. Mas ganha muito no carisma do Martin Lawrence e Will Smith, e no tom cômico em meio a violência exacerbada. Tem várias sequências legais como a da ku klux klan, no necrotério, na loja de conveniência e a da dedetização. Mas poderia ser um filme mais curto.
Nota: 7,2/10
Os Olhos de Minha Mãe
3.6 180 Assista AgoraNo mínimo um longa bizarro e perturbador.
A bizarrice se dá primeiramente pela forma com que a história é contada. Preto e branco, poucos diálogos, reações dos personagens frente a acontecimentos violentos muito diferente do que eu esperava.
A escolha de cortar e não mostrar o gore, a violência extrema, me lembrou o imperdível Funny Games e o mais recente You Were Never Really Here. Aqui, essa escolha tem uma proposta diferente, quer intrigar o espectador e deixar as nuances psicopatas da protagonista escondidas e abertas a interpretações. E isso me deixou preso a história.
Ainda notei, mesmo que de leve, uma referência ao francês Mártires, de 2008, em uma cena de tortura e enclausuramento de um certo personagem. E apesar de beber de várias fontes, The Eyes of My Mother tem ritmo e identidade bem definida.
É uma trama muito lenta, beira o tédio, mas nunca fica arrastada. Sempre tem conteúdo, sempre tem algo importante na tela. São 1h e 15min com saltos temporais, mas nada fica corrido. É uma trama simples, bem definida e sem gordura.
Certamente não é pra todos os gostos. Vai desagradar boa parte do público que gosta de gore, e do público que procura um terror cascudo. Mas creio que encontra seu público ali em The Witch, de 2015, Under the Shadow de 2016 e November de 2017.
A história tem um bom desenvolvimento e um ótimo final. Fala de sociopatia, solidão, amor, perda e saudade. De uma maneira bizarra e bela.
Nota: 8,4/10
Guava Island
4.0 248Hiro Murai faz muita coisa legal, principalmente voltada a comédia. Ele dirige episódios de Atlanta e Barry, duas excelentes séries, e aqui, nesse filme, parecia que estava vendo um filler num universo alternativo de Atlanta.
O universo, Guava Island, é apresentado com uma narração aliado a uma animação bem bacana, que apesar de muito comum e genérica, funciona. O texto é bem inteligente.
O roteiro é bem pouco expositivo, isso foi muito útil pra me deixar interessado na história da ilha e como essa sociedade funciona. Mas acho que ele nem explica tanto as coisas por outro motivo. A ideia desse filme seria fazer um clip extendido de This is America, também dirigido pelo Murai, só que mais didático e com uma história para contextualizá-lo.
O plot principal é bom, bem direto e com um desfecho incrível. As partes musicais são bem coreografadas e contemplativas, eu curto, mas sei que muita gente não vai gostar e vai achar um saco. Entendo. Creio que esse misto de clip e filme não foi muito bem executado.
A Rihanna tá muito bem no filme, mas sei lá, poderia ser qualquer outra. Donald Glover foi bem escalado, ele é a cara de This is America, e funciona muito bem com seu personagem Deni.
As alegorias e mensagens políticas e sociais são sutis em alguns momentos e em outros não. Faltou melhorar um pouco a inserção do subtexto.
Um ótimo filme, bem curto, 55 minutos,produção original do Prime Video, que vale a pena ser visto pra quem gosta dos trabalhos do Murai ou do Glover.
Nota: 7,9/10
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista AgoraFilme divertido, com uma história envolvente e até bem executada.
O roteiro do filme é a parte mais fraca, nota-se a fragilidade dele com diálogos e soluções de apresentação de personagens muito superficiais. Antes de qualquer aparição do assassino, já dá pra saber que ele vai chegar. O legal é que o filme reconhece suas dificuldades e pouco se leva a sério. Me ajudou bastante assisti-lo sem ter compromisso com seriedade.
A premissa é interessante, mas muito genérica. Dificilmente se compara a Groundhog Day no quesito diversão e entretenimento, e nem de longe chega a tensão e suspense imprimidos em Triangle de 2009. Filmes com temáticas parecidas. Isso pode atrapalhar um pouco, mas não é nada de mais.
Os atores são bem medianos, alguns muito fracos até. A protagonista, interpretada pela Jessica Rothe, é muito boa. E o único arco de desenvolvimento relevante no filme é o dela, e funciona muito bem. É a parte mais sólida e divertida do filme.
Não espere jumpscares, terror atmosférico, maneirismos da direção ou plot twists fenomenais. É uma boa história,previsível, com toques de humor negro, com uma violência bem fraca, mas que diverte e não entendia.
Nota: 6,5/10
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraTalvez pelo título do filme alguns foram assisti-lo em uma expectativa que não foi atendida. Só isso pra explicar essa nota.
O filme é muito bom, usando a estética e a hiper sexualização como uma maneira debochada mas sem perder o tom sério de se contar a história e de estabelecer as sensações, objetivos e pensamentos das protagonistas.
Spring Breakers desenvolve todas as suas ideias bem, os personagens entram e saem de forma natural, e o destaque do filme fica com James Franco que entrega um personagem muito complexo, um gangster extremamente violento, e ao mesmo tempo sensível, com um background muito interessante.
Enfim, um ótimo filme, não convencional pela maneira que a trilha sonora e as músicas são usadas, com uma estética impressionante, desde o visual dos personagens (As garotas de biquini e toca de assalto são muito fodas) até o uso das cores em quase todos os momentos.
Nota: 8,2/10
A Marca da Maldade
4.1 221 Assista AgoraEsse filme é incrível. Vi uma versão que o Orson Welles disse ser a que melhor representava a sequência certa de imagens.
As atuações são muito boas, com aquele ar dos anos 50. Os diálogos ficaram impressionantes, muita naturalidade. Nunca dá pra saber realmente se as falam revelam as intenções, e isso é muito bom.
Os personagens são ótimos, todos tem características próprias, desde os protagonistas aos secundários. Tem até algumas falas atravessadas por outros em alguns momentos mostrando a discordância de pontos de vista e o caos da situação, mas não fica bagunçado, fica muito realista.
A direção brinca com uma estética de sombras e luz, que funciona como metáfora do espectro humano. A dualidade, sempre presente nos personagens. A perversão e a maldade andam junto a boas intenções.Essa estética é muito bonita e dá um clima misterioso e perigoso.
O começo do filme é um plano sequência que mostra o primor técnico do Welles. A coreografia, construção da cidade, direção de figurantes... tudo grandioso.
O filme é imprevisível, você acha que ele tá te levando para um lado e... não. Ele brinca com nossa expectativa e imaginação. A história é objetiva, e ao longo dela vemos temáticas como xenofobia, preconceito, corrupção, vingança, remorso, culpa, amizade e justiça. Mas como já disse, nada escancarado.
Enfim, um grande filme, com história até que simples, bem linear, e por meio de diálogos sensacionais e uma estética incrível leva o espectador a uma experiência cinematográfica genuína.
Nota: 10/10
Operação Overlord
3.3 502 Assista AgoraDesconsidere os erros bizarros, os personagens burros, os muitos furos, a falta de lógica e ainda assim até que achei divertido.
Nota: 5,7/10
Chris Rock: Sem Medo
4.3 9 Assista AgoraMelhor show da carreira do Chris Rock. Não perde o fôlego em nenhum momento, todas as piadas encaixaram e fizeram os 80 minutos passarem voando.
O Homem da Terra
4.0 453 Assista AgoraEsse filme é bem legal, quase conseguiu fazer algo muito relevante. Tem uma história muito boa, e a forma como resolveram contar é excelente também. Um filme de baixo orçamento tem que apostar na criatividade do roteiro e investir em bons diálogos.
O filme tenta algumas vezes validar seus pontos de vistas por meio dos personagens e isso é aceitável. Mas em alguns momentos ficou muito artificial. Exemplo: O esteriótipo de cristão burro e ignorante no filme. Tá certo que alguns poderiam dar as mesma respostas e ter as mesmas reações da personagem cristã, mas se aproveitar de um esteriótipo para validar sua argumentação é fraco. E isso acontece mais duas ou três vezes no filme com outros.
O final teve a chance de colocar o espectador pra pensar até além da proposta, estava indo por um caminho muito bom. Mas...
lá vem aquele final hollywoodiano, de querer explicar tudo, de acabar com o mistério. E um plot twist bem safado de ruim.
O que aconteceu foi ficar focando em:
''nossa, ele era Jesus, a sociedade toda era uma mentira.''
Ainda assim, vale conferir, um bom filme como já disse.
Nota: 7,6/10
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista AgoraEsse filme aqui apesar de ter uma temática sobre o racismo nos EUA, foge de estruturas comuns em alguns filmes atuais. Ao contrário de Infiltrado na Klan e Pantera Negra, não há um discurso pró-revolução, de revolta. Green Book segue outro caminho, focando na amizade e dignidade como formas de derrubar as estruturas de preconceito. Mas não derrubar no sentido de erradicar do mundo, mas na relação entre poucas pessoas, no caso, os dois amigos protagonistas.
O filme perde muita força no final, e fica se repetindo, poderia ter acabo uns 20 minutos antes, que a mensagem já teria sido dada da mesma forma.
O filme tem um bom ritmo, com um ótimo tom cômico e boas atuações. Dá pra rir bastante e até se emocionar. Quase que uma sessão da tarde. Algumas piadas não funcionam e parecem muito artificiais, e o filme pedia mais de trilha sonora, o que não teve.
Mas o resultado é bom, a história é forte, e me diverti bastante vendo sem me cansar com exceção dos últimos minutos.
Nota: 7,0/10
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraSe quiser ver, saiba que não é um filme sobre o Queen, é sobre o Freddie Mercury. E pra falar a verdade, ainda não sei direito sobre o que é o filme. A história é meio bagunçada, sem foco narrativo, todos os personagens secundários são muito mal utilizados também.
Não tenho problema com uma obra me lembrar a estrutura de novela, mas esse aqui foi longe. Desde as frases de efeito, até o final que precisa mostrar o que aconteceu com cada um sem motivo nenhum.
O filme tem vários momentos de ''nossa como o Freddie é fodão e um gênio louco''. Fica muito repetitivo e chato na primeira hora já. O filme é muito expositivo no pior sentido.
Mas por incrível que pareça até me divertiu. Deve ter sido as músicas, sei lá. Se você gosta pode até ter uma boa experiência.
Nota: 6,1/10
Quando o Vento Sopra
4.1 33O roteiro dessa animação, é um absurdo de bom. Desenvolvimento de personagens e diálogos, bem verborrágico. Ao mesmo tempo é bem sutil e inocente. Muito bom.
Fé Corrompida
3.7 375 Assista AgoraUm filme muito questionador, com uma atmosfera bem melancólica. Gostei muito mesmo. Estava impressionado com o protagonista e seu arco narrativo, aí depois que fui ver que o Paul Schrader é o roteirista de Taxi Driver também. Tem muitas semelhanças, desde o voice off até as atitudes aparentemente sem sentido e desconexas.
A A24 arrisca muito em filmes que grandes estúdios não estão mais indo atrás, já que estão cada um procurando uma franquia de sucesso. E trazer o Paul Schrader foi um ótimo acerto.
As atuações são excelentes, o Ethan Hawke é sensacional e destaque desse filme. O enquadramento me lembrou outro filme da A24, A Ghost Story, e novamente esse enquadramento mais fechado não está por acaso ou pra pagar de diferente.
O voice off é usado da forma correta, ele não narra o que está acontecendo, ele ajuda, dá pistas, mas nunca descreve. Isso só aumenta a imersão na trama e na cabeça do Reverendo Toller.
A história tem muitos simbolismos cristãos, muito debate filosófico, teológico e até ambiental. Uma história até que relevante, mas nada de grandioso. O filme sabe usar bem o microcosmo.
Um dos melhores filmes de 2018, e merece ser assistido.
Nota: 9,5/10
A Pele Fria
3.0 119Uma forma da água dos pobres.
As cenas de ação do filme são bem fracas. A história é toda picotada, com o ritmo bem problemático. Se você já viu qualquer filme de monstro fazendo amizade com humano não vai ver nada novo, além de ser muito previsível e bem arrastado.
A CGI é legal, tem uma ou outra cena interessante, mas tudo é mal explorado ou simplesmente esquecido dentro do próprio filme.
Me lembra muito um dos contos do Lovecraft, e queria muito ter gostado, mas não deu.
Nota: 3,5/10
O Operário
4.0 1,3K Assista AgoraO filme possui uma atmosfera muito boa e tenebrosa até. As atuações estão bem legais, com destaque pro Bale e sua incrível transformação.
A história é um pouco genérica, mas ainda sim funciona, pena que não vai além do funcional. A trama é toda explicada no final, tirando muito de tudo aquilo que o filme construía.
Mas, enfim... Achei legal, e fiquei preso na trama por 1 hora, depois ficou cansativo e repetitivo, e quando fui ver o final, nem era pra tanto. Ainda vale pelas atuações,atmosfera e pra quem gosta de boas viradas.
Nota: 6,8/10
Desobediência
3.7 720 Assista AgoraUm filme impressionante, que vai te conduzindo de forma bem lenta junto com ele.
A direção e atuação estão muito boas, o resultado me agradou bastante. O roteiro foi uma das poucas coisas que me incomodou, com umas facilitações narrativas bem bobas,e algumas viradas muito bruscas, contrastando com o ritmo do filme.
Tirando isso vale a pena assistir, a história é bem legal, e um final cheio de ambiguidade!
Nota: 7,4/10
Ironias do Amor
4.0 145O filme quase me enganou. Parece bobo, e é, mas não segue as convenções do subgênero de comédia romântica.
É profundo, com protagonistas que realmente são interessantes. A narrativa deles é tão boa, que estava torcendo pro bem dos dois no final.
Um filme legal pra relaxar, passar o tempo, mas serve pra refletir e pensar em como estamos em nossas relações.
Nota: 8,4/10
Espionagem na Rede
3.2 21 Assista AgoraGostei.
Demonlover é muito experimental, mesclando cenas digitais, hentais animados, tudo numa atmosfera, que combinada a uma trilha sonora no mínimo arrepiante, surreal e distópica. Mas não é uma distopia distante, é algo mais palpável. Em 2002 Assayas já brincava com esses conceitos que hoje são facilmente associados a Deep Web.
O filme, sendo experimental, é difícil de assistir, com um ritmo problemático. Me senti no filme lá pelos 50 minutos, mas já estava preparado pra isso. Me interessei por esse filme em uma lista do New French Extremity, que tem fimes em torno de 1h e 30min, e quando vi que esse teria quase 2h, já desconfiei.
O primeiro ato é bem cansativo, são 40 minutos de cenas aleatórias com personagens distantes. Isso pode ser bom pra demonstrar imparcialidade diante do tema, mas acaba me desinteressando pelos personagens, e foi o que aconteceu. No final do filme nem ligava pro que acontecia com eles.
Filme interessante, com uma direção e roteiro arriscada, que acabou não me agradando, mas ainda assim, uma boa experiência.
Nota: 6,0/10
(A) Fronteira
3.4 493Filme interessante e usa o trash/slasher para dar vida a uma mensagem política bem forte. Mas tem um ritmo muito irregular, furos de roteiro e atuações fracas que me incomodaram.
Nota: 5,8/10
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraO filme é muito bonito, cheio de metáforas, acho que todo mundo gostou disso kkkk
Tem belas tomadas, todas leves, e um desfecho grandioso. O filme não é cansativo apesar de ter elementos surreais. Talvez demora um pouco para sair do 1º ato, para revelar o plot principal.
Tem uma coisa que não gosto em animes, mas que costumo relevar, o que não aconteceu aqui. Toda hora tá todo mundo falando o que sente, muita narração para expor o que o roteiro acha que não conseguiria mostrar ou não ficaria claro para o público.
Quero nascer um menino em tóquio!!! - Achei meio ridículo, desnecessário
Ainda assim, vale muito a pena ver o filme, uma metáfora folclórica, uma linda história de amor e rica em simbolismos!
Nota: 8,1/10
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraUm filme grandioso, visualmente espetacular!
Nolan traz para esse filme sua marca, os efeitos práticos. Uma jornada espacial com efeitos práticos e pouco CGI? O Cara mandou muito!
Interstellar é uma grande história de amor familiar, e nesse básico é bem competente. Destaco também a trilha sonora que é do caralho, mas todo mundo deve ter percebido já.
Já disse que traz a marca do Nolan? Então... A lógica narrativa-expositiva é muito cansativa, repetitiva. É aquele texto que escrevem para o público pensar que o filme é super complexo, cabeça, embasado cientificamente...A exposição dos conceitos seria boa numa aula, pra quem não entende. Os diálogos no filmes são ridículos, um grande desperdício de tempo com uma pessoa explicando pra outra detalhes que supostamente já deveriam saber. Essa marca do Nolan de não saber desenvolver personagens é um de seus pontos fracos, apesar de gostar bastante do diretor.
Interstellar poderia transcender, se destacar, marcar. Eu sei que muita gente ficou marcada, vários fãs por causa desse filme. Eu achei entretanto, uma obra de extrema pretensão de ser uma jornada épica. Nolan imaginou 2001, mas fez outro A Origem. Personagens sem carisma e exposição que subestima o público.
Gostei do filme, mas com toda certeza passa longe de ser obra-prima. Até porque ninguém precisa fazer obras-primas, e nenhum filme precisa ser uma. O Nolan achou e vendeu assim, mas se perdeu em sua pretensão de grandiosidade.
Nota: 6,9/10