‘Surface‘, série de suspense psicológico da Apple TV+, com o nome em português "Superfície". A trama gira em torno da jornada de recuperação de uma mulher após sua tentativa de suicídio e a luta para se lembrar – e entender – tudo o que levou ao momento em que ela pulou. Todas as sextas-feiras um novo episódio. A primeira temporada está marcada para acabar em 02 de setembro. Vale a pena conferir.
Um show de Gary Oldman e Kristin Scott Thomas com um elenco de apoio muito bom. História interessante e comum no mundo da espionagem. Já vimos filmes e séries assim. Essa é uma das melhores dos últimos anos.
Série divertida, com leves tons de humor negro. Cada episódio com a particularidade de sua personagem e a busca de uma detetive para encontrar o assassino, aliás, maravilhosamente interpretada por Tiffany Haddish.
Decepcionante 8ª temporada. Megan Boone saiu da série e encontraram uma maneira um tanto ridícula de fazer isso. De memorável o episódio onde fazem uma homenagem ao ator Clark Middleton, ainda que o convidado do episódio tenha sido o esquecível Huey Lewis.
Com produção de Steven Spielberg, a série está de volta, explorando o fantástico. Nessa nova primeira temporada (de 2020), as histórias são bem fracas, com destaque para o primero episódio, o melhor, mas ainda assim, bem aquém do que poderia ser. Vale pela nostalgia.
Série extremamente imersiva, por vezes perturbadora, mas muito bem realizada. Seu ritmo lento e aparentemente despretensioso nos enche de curiosidade e expectativa quanto ao próximo episódio. Aguardando a segunda temporada...
Gostei da primeira temporada. Achei bastante interessante o modo como abordaram a infância de Léia e as razões que levaram Obi Wan Kenobi a se esconder do Império e, em especial de Darth Vader. Depois do episódio IX, qualquer coisa de Star Wars é boa. Poderia ser melhor? É claro que sim, sempre há o que melhorar, mas no geral achei bem legal.
Série italiana charmosa, belos cenários, elenco bonito, mas a história...Bem, é um caso à parte. Tudo se desenvolve rápido demais, sem muitas sutilezas, o que surpreende numa produção italiana. Achei no geral tudo muito exagerado.
Minissérie com bons momentos de suspense, confusão de informações que, embora possam parecer inverossímeis, quando pensamos no mundo em que vivemos e nos segredos que as pessoas escondem, em especial nas redes sociais, torna tudo perfeitamente possível. Mantém a atmosfera até o fim, com um plot twist surpreendente. Recomendo
Comentando a primeira parte eu havia mencionado que achava que a série tinha o que melhorar. Infelizmente, isso não acontece. A série só piora nessa Parte 2. Muitos nem vão se importar com isso. A série é divertida e mantém alguns bons momentos, fazendo bom uso dos flash backs. Pena que só isso não consegue salvar o resultado final, que lamento dizer, é muito ruim. Mas a série deve conquistar alguns fãs a mais. Numa época em que boas ideias estão raríssimas, a série acaba atraindo pela velha fórmula onde o mocinho (no caso, um ladrão, mas ironia pouca é bobagem) sempre consegue se sair bem, não importando a situação difícil que o envolve, tudo sempre dá certo. Uns gostam. Quem sabe a terceira parte não tenha alguém que crie um roteiro onde não haja tantas coisas ao acaso. É esperar para ver.
“Lupin”, nova série da Netflix é baseada nos romances policiais de Maurice Leblanc, que contam histórias de um ladrão charmoso e bem intencionado, uma espécie de Robin Hood francês. Mas não é a história de Lupin que vemos na tela, e sim de Assane Diop, imigrante senegalês na França junto com seu pai e que, quando jovem, vê seu pai sendo acusado por um crime que não cometeu, o que trará consequências trágicas. Agora, 25 anos depois, ele quer desmascarar os responsáveis pela tragédia familiar e imita os métodos de Arsène Lupin para alcançar seus objetivos. Assane Diop é interpretado pelo ótimo ator e muito carismático Omar Sy. A tarefa dos criadores da série George Kay e François Uzan não é das mais simples. Eles têm que construir histórias engenhosas, numa espécie de Sherlock Holmes às avessas, e manter o interesse do telespectador nos episódios, o que dificulta as coisas. A série tem bons momentos, engenhosos e bem criativos, mas ao mesmo tempo, falha em deixar muitas soluções ao acaso e uma possível torcida para que as coisas deem certo e no final das contas, é claro que dará, o que torna algumas das soluções bastante inverossímeis, além de muito simplórias. No geral contém alguns buracos nos roteiros dos episódios, mas isso acaba beneficiando a série por torná-la mais ágil e menos cansativa. É uma diversão aceitável, embora há o que melhorar.
A série é ok. Direção de arte impecável, figurinos idem, cores bem utilizadas, parte do elenco se destaca, mas a maioria faz o óbvio. Não vi nada demais em Sophie Okonedo, cantada aqui por muitos comentaristas em verso e prosa. Ela faz o básico que qualquer boa atriz faria. As melhores do elenco são Sarah Paulson e Judy Davis. Nenhuma novidade. O erro está em tentar criar uma aproximação com o clássico "Um estranho no ninho". Essa poderia ser a história de qualquer enfermeira em qualquer hospital psiquiátrico. Não entendo por que mexer com filmes clássicos. Isso deveria ser proibido. Roteiro bem capenga, Sharon Stone artificial. Nota 2 e meio para uma série totalmente desnecessária.
Nunca tinha assistido. Me viciei....rsrsrsrs....É uma série que nos remete integralmente aos anos 80. Não só por informar isso logo no início, mas a ambientação, cenários, músicas, tudo muito bem orquestrado. Há alguns buracos no roteiro, mas nada que atrapalhe a experiência de ver a série. Muito empolgante.
Série extremamente enigmática e em muitos momentos, confusa. Há de se assistir com muita atenção, inclusive à detalhes quase imperceptíveis, o que torna muito difícil acompanhar o desenrolar dos acontecimentos de pronto. Talvez seja necessário pausar, pensar um pouco, rever na mente o que passou para poder entender plenamente tudo o que foi visto na tela. Ou depois de assistir tudo, buscar alguma informação que dê uma visão mais clara sobre a série. Mas no final, dá para entender o principal, os motivos e as intenções de cada personagem principal da série, que basicamente se resume a Jonas e Martha, mas não apenas eles. Existem outros que são tão importantes quanto eles para o desfecho da série com a maioria das pontas soltas amarradas e bem explicadas. É claro que uma série deste porte, sobre viagens no tempo aos montes, épocas diversas, mundos paralelos não tem como abranger tudo em 3 temporadas de 8 episódios cada, mas o resultado é muito bom, apesar de algumas perguntas sem respostas, pelo menos não diretas. Ao menos, Dark não se arrasta. Se as duas primeiras temporadas mostravam Jonas tentando achar um caminho para consertar tudo e falhando, a terceira temporada apresenta os motivos das falhas e como finalmente resolver a questão, tudo feito de maneira explicativa e inteligente, diria didática até. Traz um novo fôlego à série e termina de maneira aceitável. É uma das melhores séries da Netflix e merece ser conhecida.
A minissérie da HBO que acumulou prêmios, “Chernobyl”, é uma obra espetacular em muitos aspectos. Apesar de ter apenas cinco capítulos, ela é completa, narrada de tal forma para mostrar a sucessão de erros, decisões tomadas de maneira errada e a crueldade que pessoas dos altos escalões governamentais e outros querendo chegar lá são capazes de orquestrar, apenas dando ordens e canetadas, transmitindo notícias falsas, escondendo a verdade da população, o elo mais fraco, o que acaba culminando no maior acidente nuclear da história em 26 de abril de 1986, a explosão do reator número quatro da Usina nuclear de Chernobyl. Não importa o regime de governo e nem o cenário, vale tudo desde que seja para abafar uma crise. A série é chocante por mostrar como líderes governamentais agem como crianças birrentas, muitos sem condições de estar nas posições que ocupam. Há uma cena em que uma física nuclear explica para um líder político os perigos do desastre e é ignorada. Ela levanta a questão de que o líder, antes de entrar para o partido era dono de uma loja de sapatos. Ele confirma e diz que agora ele está no comando. Apesar da morosidade em resolver o problema, a série mostra também pessoas de bravura inequívoca que arriscaram suas vidas literalmente para salvar milhões. Muitos destes morreram poucas semanas depois enquanto outros contraíram câncer devido à exposição à radiação. Muito provavelmente, se não conseguissem parar o vazamento uma boa parte da Europa seria atingida, não sendo possível mensurar o número de pessoas que seriam afetadas. A série é grandiosa em refazer os cenários, convencendo qualquer um de que estamos vendo mesmo a Usina de Chernobyl e a cidade de Pripyat, onde ficava a Usina e que hoje é uma cidade fantasma. Segundo a própria HBO, a série foi filmada na Lituânia e Ucrânia, sendo usada até uma estação nuclear desativada muito parecida com a de Chernobyl, e algumas poucas cenas foram rodadas em Chernobyl mesmo e em Kiev, capital ucraniana. As personagens citadas na série são reais. Apenas a cientista Ulana Khomyuk (Emily Watson) é uma personagem fictícia, que foi incluída para representar todos os cientistas que ajudaram o personagem principal Valery Legasov (Jared Harris). O elenco é excepcional, apesar de a maioria ser pouco conhecida do grande público. Mas temos Stellan Skarsgard, impecável como Boris Shcherbina, vice-presidente do conselho de ministros da União Soviética. Acredito que “Chernobyl” seja uma das melhores séries já realizadas e merece ser vista.
Superfície
2.9 8 Assista Agora‘Surface‘, série de suspense psicológico da Apple TV+, com o nome em português "Superfície". A trama gira em torno da jornada de recuperação de uma mulher após sua tentativa de suicídio e a luta para se lembrar – e entender – tudo o que levou ao momento em que ela pulou. Todas as sextas-feiras um novo episódio. A primeira temporada está marcada para acabar em 02 de setembro. Vale a pena conferir.
Slow Horses (1ª Temporada)
3.8 17Um show de Gary Oldman e Kristin Scott Thomas com um elenco de apoio muito bom. História interessante e comum no mundo da espionagem. Já vimos filmes e séries assim. Essa é uma das melhores dos últimos anos.
Depois da Festa (1ª Temporada)
3.8 14 Assista AgoraSérie divertida, com leves tons de humor negro. Cada episódio com a particularidade de sua personagem e a busca de uma detetive para encontrar o assassino, aliás, maravilhosamente interpretada por Tiffany Haddish.
Lista Negra (8ª Temporada)
3.7 25 Assista AgoraSPOILER
Decepcionante 8ª temporada. Megan Boone saiu da série e encontraram uma maneira um tanto ridícula de fazer isso. De memorável o episódio onde fazem uma homenagem ao ator Clark Middleton, ainda que o convidado do episódio tenha sido o esquecível Huey Lewis.
Amor, Morte e Robôs (Volume 3)
4.1 344 Assista AgoraHistórias fracas e as que tem a ver com o título não são inspiradoras. As outras só enchem linguiça. Que fique claro que é minha opinião
Histórias Maravilhosas (1ª Temporada)
3.3 37 Assista AgoraCom produção de Steven Spielberg, a série está de volta, explorando o fantástico. Nessa nova primeira temporada (de 2020), as histórias são bem fracas, com destaque para o primero episódio, o melhor, mas ainda assim, bem aquém do que poderia ser. Vale pela nostalgia.
Ruptura (1ª Temporada)
4.5 750 Assista AgoraSérie extremamente imersiva, por vezes perturbadora, mas muito bem realizada. Seu ritmo lento e aparentemente despretensioso nos enche de curiosidade e expectativa quanto ao próximo episódio. Aguardando a segunda temporada...
Obi-Wan Kenobi
3.4 313 Assista AgoraGostei da primeira temporada. Achei bastante interessante o modo como abordaram a infância de Léia e as razões que levaram Obi Wan Kenobi a se esconder do Império e, em especial de Darth Vader. Depois do episódio IX, qualquer coisa de Star Wars é boa. Poderia ser melhor? É claro que sim, sempre há o que melhorar, mas no geral achei bem legal.
Confie em Mim
3.1 30 Assista AgoraMinissérie polonesa com um suspense razoável, bons atores e uma trama interessante, embora um tanto confusa. Mas é aceitável.
Fidelidade (1ª Temporada)
3.1 20Série italiana charmosa, belos cenários, elenco bonito, mas a história...Bem, é um caso à parte. Tudo se desenvolve rápido demais, sem muitas sutilezas, o que surpreende numa produção italiana. Achei no geral tudo muito exagerado.
Clickbait (1ª Temporada)
3.6 203 Assista AgoraMinissérie com bons momentos de suspense, confusão de informações que, embora possam parecer inverossímeis, quando pensamos no mundo em que vivemos e nos segredos que as pessoas escondem, em especial nas redes sociais, torna tudo perfeitamente possível. Mantém a atmosfera até o fim, com um plot twist surpreendente. Recomendo
Lupin (Parte 2)
4.0 161Comentando a primeira parte eu havia mencionado que achava que a série tinha o que melhorar. Infelizmente, isso não acontece. A série só piora nessa Parte 2. Muitos nem vão se importar com isso. A série é divertida e mantém alguns bons momentos, fazendo bom uso dos flash backs. Pena que só isso não consegue salvar o resultado final, que lamento dizer, é muito ruim. Mas a série deve conquistar alguns fãs a mais. Numa época em que boas ideias estão raríssimas, a série acaba atraindo pela velha fórmula onde o mocinho (no caso, um ladrão, mas ironia pouca é bobagem) sempre consegue se sair bem, não importando a situação difícil que o envolve, tudo sempre dá certo. Uns gostam. Quem sabe a terceira parte não tenha alguém que crie um roteiro onde não haja tantas coisas ao acaso. É esperar para ver.
Lupin (Parte 1)
4.0 332 Assista Agora“Lupin”, nova série da Netflix é baseada nos romances policiais de Maurice Leblanc, que contam histórias de um ladrão charmoso e bem intencionado, uma espécie de Robin Hood francês. Mas não é a história de Lupin que vemos na tela, e sim de Assane Diop, imigrante senegalês na França junto com seu pai e que, quando jovem, vê seu pai sendo acusado por um crime que não cometeu, o que trará consequências trágicas. Agora, 25 anos depois, ele quer desmascarar os responsáveis pela tragédia familiar e imita os métodos de Arsène Lupin para alcançar seus objetivos. Assane Diop é interpretado pelo ótimo ator e muito carismático Omar Sy. A tarefa dos criadores da série George Kay e François Uzan não é das mais simples. Eles têm que construir histórias engenhosas, numa espécie de Sherlock Holmes às avessas, e manter o interesse do telespectador nos episódios, o que dificulta as coisas. A série tem bons momentos, engenhosos e bem criativos, mas ao mesmo tempo, falha em deixar muitas soluções ao acaso e uma possível torcida para que as coisas deem certo e no final das contas, é claro que dará, o que torna algumas das soluções bastante inverossímeis, além de muito simplórias. No geral contém alguns buracos nos roteiros dos episódios, mas isso acaba beneficiando a série por torná-la mais ágil e menos cansativa. É uma diversão aceitável, embora há o que melhorar.
Toma Lá, Dá Cá (1ª Temporada)
4.1 271A questão é que não aguento mais Caco Antibes, não importa o programa.
Ratched (1ª Temporada)
3.8 393 Assista AgoraA série é ok. Direção de arte impecável, figurinos idem, cores bem utilizadas, parte do elenco se destaca, mas a maioria faz o óbvio. Não vi nada demais em Sophie Okonedo, cantada aqui por muitos comentaristas em verso e prosa. Ela faz o básico que qualquer boa atriz faria. As melhores do elenco são Sarah Paulson e Judy Davis. Nenhuma novidade. O erro está em tentar criar uma aproximação com o clássico "Um estranho no ninho". Essa poderia ser a história de qualquer enfermeira em qualquer hospital psiquiátrico. Não entendo por que mexer com filmes clássicos. Isso deveria ser proibido. Roteiro bem capenga, Sharon Stone artificial. Nota 2 e meio para uma série totalmente desnecessária.
Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraNunca tinha assistido. Me viciei....rsrsrsrs....É uma série que nos remete integralmente aos anos 80. Não só por informar isso logo no início, mas a ambientação, cenários, músicas, tudo muito bem orquestrado. Há alguns buracos no roteiro, mas nada que atrapalhe a experiência de ver a série. Muito empolgante.
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KSérie extremamente enigmática e em muitos momentos, confusa. Há de se assistir com muita atenção, inclusive à detalhes quase imperceptíveis, o que torna muito difícil acompanhar o desenrolar dos acontecimentos de pronto. Talvez seja necessário pausar, pensar um pouco, rever na mente o que passou para poder entender plenamente tudo o que foi visto na tela. Ou depois de assistir tudo, buscar alguma informação que dê uma visão mais clara sobre a série. Mas no final, dá para entender o principal, os motivos e as intenções de cada personagem principal da série, que basicamente se resume a Jonas e Martha, mas não apenas eles. Existem outros que são tão importantes quanto eles para o desfecho da série com a maioria das pontas soltas amarradas e bem explicadas. É claro que uma série deste porte, sobre viagens no tempo aos montes, épocas diversas, mundos paralelos não tem como abranger tudo em 3 temporadas de 8 episódios cada, mas o resultado é muito bom, apesar de algumas perguntas sem respostas, pelo menos não diretas. Ao menos, Dark não se arrasta. Se as duas primeiras temporadas mostravam Jonas tentando achar um caminho para consertar tudo e falhando, a terceira temporada apresenta os motivos das falhas e como finalmente resolver a questão, tudo feito de maneira explicativa e inteligente, diria didática até. Traz um novo fôlego à série e termina de maneira aceitável. É uma das melhores séries da Netflix e merece ser conhecida.
Chernobyl
4.7 1,4K Assista AgoraA minissérie da HBO que acumulou prêmios, “Chernobyl”, é uma obra espetacular em muitos aspectos. Apesar de ter apenas cinco capítulos, ela é completa, narrada de tal forma para mostrar a sucessão de erros, decisões tomadas de maneira errada e a crueldade que pessoas dos altos escalões governamentais e outros querendo chegar lá são capazes de orquestrar, apenas dando ordens e canetadas, transmitindo notícias falsas, escondendo a verdade da população, o elo mais fraco, o que acaba culminando no maior acidente nuclear da história em 26 de abril de 1986, a explosão do reator número quatro da Usina nuclear de Chernobyl. Não importa o regime de governo e nem o cenário, vale tudo desde que seja para abafar uma crise. A série é chocante por mostrar como líderes governamentais agem como crianças birrentas, muitos sem condições de estar nas posições que ocupam. Há uma cena em que uma física nuclear explica para um líder político os perigos do desastre e é ignorada. Ela levanta a questão de que o líder, antes de entrar para o partido era dono de uma loja de sapatos. Ele confirma e diz que agora ele está no comando. Apesar da morosidade em resolver o problema, a série mostra também pessoas de bravura inequívoca que arriscaram suas vidas literalmente para salvar milhões. Muitos destes morreram poucas semanas depois enquanto outros contraíram câncer devido à exposição à radiação. Muito provavelmente, se não conseguissem parar o vazamento uma boa parte da Europa seria atingida, não sendo possível mensurar o número de pessoas que seriam afetadas. A série é grandiosa em refazer os cenários, convencendo qualquer um de que estamos vendo mesmo a Usina de Chernobyl e a cidade de Pripyat, onde ficava a Usina e que hoje é uma cidade fantasma. Segundo a própria HBO, a série foi filmada na Lituânia e Ucrânia, sendo usada até uma estação nuclear desativada muito parecida com a de Chernobyl, e algumas poucas cenas foram rodadas em Chernobyl mesmo e em Kiev, capital ucraniana. As personagens citadas na série são reais. Apenas a cientista Ulana Khomyuk (Emily Watson) é uma personagem fictícia, que foi incluída para representar todos os cientistas que ajudaram o personagem principal Valery Legasov (Jared Harris). O elenco é excepcional, apesar de a maioria ser pouco conhecida do grande público. Mas temos Stellan Skarsgard, impecável como Boris Shcherbina, vice-presidente do conselho de ministros da União Soviética. Acredito que “Chernobyl” seja uma das melhores séries já realizadas e merece ser vista.