Não sou fã de faroestes e costumo ter preguiça dos filmes de Clint.
Dito isso, me surpreendi bastante. Mesmo com a melancolia, ainda consegue ter um dedo "cômico" graças à quebra da ideia de pistoleiros lendários e fatais. Também gostei de como é uma história sobre perdão sem soar didática ou manipuladora demais. Em filmes assim, seria esperado que tentassem humanizar os agressores da prostituta, mas esse passou longe disso. Não terminamos o filme achando que eles não são pessoas ruins. Mas sim pensando que a vingança e a violência são coisas ruins por si só, que envenenam e apenas causam mais dor.
Considerando os comentários, esperava bem menos. Não que seja um filme BOM, o roteiro é bem ruinzinho e a duração exagerada quase estraga tudo. Mas divertiu.
A estética é linda mesmo, o uso de cores me lembrou Almodóvar (não me surpreenderia se fosse uma inspiração), mas a história é bem desinteressante. Na verdade, o filme todo é cheio de altos e baixos. Cenas divertidas (as quebras de quarta parede) e outras que se arrastam e parecem acrescentar pouquíssimo (a cantoria na floresta). Diálogos ótimos (como o sobre cinema) e outros que falharam em me instigar. No fim, vai me marcar só como um filme bonito mesmo mas com uma mensagem que, vendo em 2021, poderia ser melhor desenvolvida.
Decidi rever os três filmes de Evangelion antes de finalmente ver o desfecho tão aguardado. Como bem lembrava, esse é bastante fiel à ordem de eventos no anime e no mangá e parecia indicar uma versão resumida do original (o que acabou não sendo bem o caso, como vimos nas sequências). Sinto que poderiam ser menos didáticos sobre os conflitos de Shinji, mas como fã, foi o suficiente para me agradar. Sobre a dublagem brasileira, estranhei um pouco as vozes diferentes da versão exibida no Animax, mas ainda gostei.
Biografia leve, que conta as dificuldades dela sem cair em um dramalhão e ainda tendo uma edição bem divertida ajudando a entender a perspectiva dela. A atuação de Claire Danes é realmente ótima, elogios merecidos.
Durante a primeira metade estava até estranhando as críticas negativas. Bárbara e Diana com boa química, premissa interessante com aquela pedra, clima bacana nos anos 80... Mas aí o filme foi passando e, nossa senhora... O que foi isso? Tudo parece jogado de qualquer jeito, nada tem coerência. Parece até que os roteiristas sabotaram de propósito o filme
As cenas iniciais e finais são mesmo ótimas, mas a história infelizmente não prende. O casal se apaixona com um desenvolvimento mínimo e a trama policial é arrastada. Mas é interessante perceber o quanto ele influenciou filmes de espionagem atuais e a própria ideia de um filme mudo de ação, algo inusitado para mim.
Com uma história beirando o romance, alterna momentos surpreendentemente pesados e cenas leves e "infantis" em uma mistura que deve fazer mais sentido no contexto japonês. A animação em CG surpreende por manter a expressividade dos personagens, mesmo que eu não tenha gostado tanto do design de Gabu. O que me deixa um pouco reticente é a mensagem do filme... De uma perspectiva "romântica", acho ok. Mas tenho um pouco de dificuldade para analisar apenas como um "respeito pelas diferenças" quando um precisa matar seus iguais para sobreviver... Mas talvez eu só esteja pensando demais.
É um bom filme, tem um ritmo bacana. Charlie é um personagem trágico e o filme não esconde o mal que ele faz a quem se aproxima dele, mesmo que isso acabe tornando-o irritante. Adam Sandler está ok, sua atuação não atrapalha mas também não surpreende.
Sim, bem melhor que a versão que foi para os cinemas (não que seja muito difícil, mas...). Os personagens são melhor desenvolvidos e seus dilemas sustentam melhor o longa. Sim, há vários maneirismos do Snyder, mas acho que foram bem utilizados. O clima mais sério combina com a ameaça e com o luto pelo Superman, mas ainda há espaço para alívios cômicos que funcionam melhor que na versão anterior. Não achei a câmera lenta excessiva e, no caso do Flash, combinam bastante com o poder do personagem. A fotografia é escura e sim, os uniformes poderiam ter mais cor (principalmente o Superman, me deu até uma dor), mas a "escuridão" realça as luzes sempre presentes nos detalhes, como o laço de Diana, a eletricidade de Flash ou os componentes de Ciborgue. Esses dois, inclusive, são bem melhor trabalhados, principalmente o último.
O que falta pro Snyder é sutileza e modéstia. Alguns diálogos são bem ruins e Diana dá umas falas de empoderamento que poderiam ter saído do twitter. Tem muito material que poderia ter sido cortado também, especialmente no final.
Em resumo, ele não acho que ele seja esse gênio visionário que uns fãs emocionados pintam. Loooonge disso, tem muito que trabalhar ainda. Mas sim, ele tem talento e conseguiu dar uma identidade boa quando o caminho mais fácil seria seguir uma fórmula manjada.
Mas o que me dói mais é isso de heróis que matam... Se rolasse alguma discussão sobre isso, até poderia considerar. Mas do jeito edgy que foi apresentado... Complicado, hein?
É uma biografia bem típica, não inova e nem se destaca em nada em termos mais cinematográficos. Mas, conta uma história muito importante e infelizmente ainda necessária, merecendo meu respeito.
Fiquei interessado em ver algo dessa franquia após ver o personagem em alguns memes e achar o design fofo kkkk É um filme bem infantil. Bonitinho, mas nada lá muito interessante.
Segue vários clichês de filmes do tipo, mas ainda foi ótimo! Nem sou tão fã de musicais e conhecia muito pouco sobre Elton John, mas achei que foi uma ótima escolha tornar sua biografia um musical com suas músicas. Eu só não gostei muito do ritmo corrido quando a fama chega. Há vários saltos que deixam a passagem do tempo muito rasa.
Poderia seguir o estilo de uma biografia tradicional, que conta uma história de vida de maneira quase documental e sem muita criatividade estética e fotográfica. Mas, felizmente, Schnabel optou pelo outro caminho, sendo um filme que não reduz a própria linguagem para pôr em evidência os "fatos" biográficos.
Assistindo logo após ver O Escafandro e a Borboleta, inclusive, consigo perceber algumas marcas de estilo do diretor. A câmera subjetiva, sempre eficiente em causar desconforto e sufocamento, foi novamente utilizada com primor, evidenciando a forme que Van Gogh era observado pelas outras pessoas. A câmera manual fazendo a imagem "tremer" tanto quanto o mundo mental do artista.
Os diálogos também são lindos e interessantes. Minha única crítica é que no cabo de guerra enredo x poesia, a poesia acabou puxando mais forte. O que não é ruim, mas acaba tornando vagas algumas informações, como a amizade entre Gogh e Gauguin e um pouco do contexto artístico da época.
Em outras mãos, poderia facilmente se tornar um dramalhão sobre uma história de superação feita sob medida para as grandes premiações. Mas me surpreendi muito. A direção e a edição são fantásticas, nos levando a sentir toda a angústia de Bauby. Melancólico, mas sem perder a poesia.
Tá aí um filme que merecia mais atenção. Grande surpresa. A suavidade e nostalgia da inocência infantil durante a primeira metade nem dá pistas de como a história se desenvolve na segunda metade... Até custo a acreditar que era um filme infantil, pesado.
Há críticas muito boas a como a guerra às drogas tem deixado muito mais vítimas que salvado vidas de fato. De policiais a moradores de comunidades, quem não morre ou fica com sequelas físicas, carrega cicatrizes psicológicas pelo resto da vida. Mas foi muito difícil pra mim não reparar uma construção discursiva que glorifica o Bope. O filme os mostra como acima dos policiais corruptos, que querem corrigir o Brasil na base da porrada, os f0dões, com direito até a música tema que reforça o quão eles são f0das. Mas será essa a realidade mesmo? Complicado. Senti que o filme quis mostrá-los como anti-heróis desvalorizados, mas me parecem muito mais engrenagens de um sistema tão problemático quanto eles mesmos. Ainda acho Cidade de Deus um filme superior em todos os sentidos na abordagem desse problema.
Como observação extra, e essa fotografia com contraste super forte e luz estourada, hein? Se a ideia era ter uma estética tão feia quanto a realidade que retrataram, conseguiram.
Tão ruim que fica divertido pelos barracos que acontecem.
Quando a personagem já começa o filme dizendo que há um estereótipo de mulheres negras serem taxadas de loucas quando estão com raiva, pensei que o filme iria alfinetar esse problema. Mas aí ela mostrou realmente ter alguns problemas e pensei que ele iria construir uma situação onde todos estão errados e certos de algum modo. Até que a balança do descontrole realmente pende bastante para ela e não tem como. Caricata demais. A direção péssima da cena final é a cereja do bolo.
Sei que marcou uma época (John Travolta mesmo era um dos ídolos de minha mãe), mas nossa...Sofri para terminar. Super brega e nem as músicas salvam. E ainda exige muita imaginação e miopia para acreditar que os atores de 30 anos estão interpretando adolescentes.
Me emocionei várias vezes, mas nem sempre por causa da história.
Há 10/9 anos, lá estava eu desbravando o Orkut após ver o primeiro anime de Fate/stay night no Animax. Descobri essa "coisa esquisita" chamada visual novel, senti minha cabeça explodindo com toda a história que ainda existia e lamentei não existir anime mostrando tantos eventos incríveis. Pulamos alguns anos no futuro e aqui estou eu, lembrando de tudo que vivi nesse período de tempo, de como me emocionei com o final da história e como continuo apaixonado por esses personagens. Assistir a esse filme proporcionou uma nostalgia que eu nem sabia que sentia. Acho que só quem acompanha a franquia há tanto tempo assim deve conhecer essa sensação.
Um filme realmente único. Mesmo sem entender bem a história (quem entende?), as imagens são todas marcantes e criam uma atmosfera de melancolia, solidão e decadência incomparáveis.
Não chegaria a chamar isso de interpretação, mas são umas coisas que pensei enquanto assistia:
Percebi que em todo o filme há presença forte de dualidades: Luz x Sombra Feminino x Masculino Criança x Adulto Vida x Morte Natureza x Máquina Água x Concreto Fé (cuidar com ardor de um ovo mesmo sem saber o que ele guarda) x Ciência (querer abri-lo para compreender o que é)
O que não fica muito claro para mim é o que a história quer contar com esses contrastes. A impressão que tive é que o filme adota uma postura pessimista em que a destruição é inevitável e esses opostos uma hora ou outra irão romper com o equilíbrio e se atacar. Perto do final, há várias rochas enfileiradas em que uma horizontal se equilibra em cima de uma vertical. Esse equilíbrio parece extremamente frágil e quase fisicamente impossível, como se estivesse a beira de um colapso. Essa imagem sintetizou a impressão que eu tive sobre a mensagem da obra.
Filme ótimo, infelizmente bastante fácil de se identificar. A presença do vermelho na fotografia me lembrou bastante a estética de Almodóvar. Mas esperava que Angela ocupasse uma posição mais central na história, pelas imagens de divulgação. No final, ela serviu só como um gatilho (bem pouco convincente, por sinal) para a mudança de Lester e para ser uma flor decorativa.
Os Imperdoáveis
4.3 655Não sou fã de faroestes e costumo ter preguiça dos filmes de Clint.
Dito isso, me surpreendi bastante. Mesmo com a melancolia, ainda consegue ter um dedo "cômico" graças à quebra da ideia de pistoleiros lendários e fatais. Também gostei de como é uma história sobre perdão sem soar didática ou manipuladora demais. Em filmes assim, seria esperado que tentassem humanizar os agressores da prostituta, mas esse passou longe disso. Não terminamos o filme achando que eles não são pessoas ruins. Mas sim pensando que a vingança e a violência são coisas ruins por si só, que envenenam e apenas causam mais dor.
Army of the Dead: Invasão em Las Vegas
2.8 957Considerando os comentários, esperava bem menos. Não que seja um filme BOM, o roteiro é bem ruinzinho e a duração exagerada quase estraga tudo. Mas divertiu.
O Demônio das Onze Horas
4.2 431 Assista AgoraA estética é linda mesmo, o uso de cores me lembrou Almodóvar (não me surpreenderia se fosse uma inspiração), mas a história é bem desinteressante.
Na verdade, o filme todo é cheio de altos e baixos. Cenas divertidas (as quebras de quarta parede) e outras que se arrastam e parecem acrescentar pouquíssimo (a cantoria na floresta). Diálogos ótimos (como o sobre cinema) e outros que falharam em me instigar. No fim, vai me marcar só como um filme bonito mesmo mas com uma mensagem que, vendo em 2021, poderia ser melhor desenvolvida.
Evangelion: 1.11 Você (Não) Está Sozinho
4.2 106 Assista AgoraDecidi rever os três filmes de Evangelion antes de finalmente ver o desfecho tão aguardado. Como bem lembrava, esse é bastante fiel à ordem de eventos no anime e no mangá e parecia indicar uma versão resumida do original (o que acabou não sendo bem o caso, como vimos nas sequências).
Sinto que poderiam ser menos didáticos sobre os conflitos de Shinji, mas como fã, foi o suficiente para me agradar.
Sobre a dublagem brasileira, estranhei um pouco as vozes diferentes da versão exibida no Animax, mas ainda gostei.
Temple Grandin
4.3 336 Assista AgoraBiografia leve, que conta as dificuldades dela sem cair em um dramalhão e ainda tendo uma edição bem divertida ajudando a entender a perspectiva dela. A atuação de Claire Danes é realmente ótima, elogios merecidos.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraDurante a primeira metade estava até estranhando as críticas negativas. Bárbara e Diana com boa química, premissa interessante com aquela pedra, clima bacana nos anos 80... Mas aí o filme foi passando e, nossa senhora... O que foi isso? Tudo parece jogado de qualquer jeito, nada tem coerência. Parece até que os roteiristas sabotaram de propósito o filme
Os Espiões
3.8 12As cenas iniciais e finais são mesmo ótimas, mas a história infelizmente não prende. O casal se apaixona com um desenvolvimento mínimo e a trama policial é arrastada.
Mas é interessante perceber o quanto ele influenciou filmes de espionagem atuais e a própria ideia de um filme mudo de ação, algo inusitado para mim.
Arashi no Yoru ni
3.7 4Com uma história beirando o romance, alterna momentos surpreendentemente pesados e cenas leves e "infantis" em uma mistura que deve fazer mais sentido no contexto japonês. A animação em CG surpreende por manter a expressividade dos personagens, mesmo que eu não tenha gostado tanto do design de Gabu. O que me deixa um pouco reticente é a mensagem do filme... De uma perspectiva "romântica", acho ok. Mas tenho um pouco de dificuldade para analisar apenas como um "respeito pelas diferenças" quando um precisa matar seus iguais para sobreviver... Mas talvez eu só esteja pensando demais.
Reine Sobre Mim
3.8 592 Assista AgoraÉ um bom filme, tem um ritmo bacana. Charlie é um personagem trágico e o filme não esconde o mal que ele faz a quem se aproxima dele, mesmo que isso acabe tornando-o irritante. Adam Sandler está ok, sua atuação não atrapalha mas também não surpreende.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KSim, bem melhor que a versão que foi para os cinemas (não que seja muito difícil, mas...). Os personagens são melhor desenvolvidos e seus dilemas sustentam melhor o longa. Sim, há vários maneirismos do Snyder, mas acho que foram bem utilizados. O clima mais sério combina com a ameaça e com o luto pelo Superman, mas ainda há espaço para alívios cômicos que funcionam melhor que na versão anterior. Não achei a câmera lenta excessiva e, no caso do Flash, combinam bastante com o poder do personagem. A fotografia é escura e sim, os uniformes poderiam ter mais cor (principalmente o Superman, me deu até uma dor), mas a "escuridão" realça as luzes sempre presentes nos detalhes, como o laço de Diana, a eletricidade de Flash ou os componentes de Ciborgue. Esses dois, inclusive, são bem melhor trabalhados, principalmente o último.
O que falta pro Snyder é sutileza e modéstia. Alguns diálogos são bem ruins e Diana dá umas falas de empoderamento que poderiam ter saído do twitter. Tem muito material que poderia ter sido cortado também, especialmente no final.
Em resumo, ele não acho que ele seja esse gênio visionário que uns fãs emocionados pintam. Loooonge disso, tem muito que trabalhar ainda. Mas sim, ele tem talento e conseguiu dar uma identidade boa quando o caminho mais fácil seria seguir uma fórmula manjada.
Mas o que me dói mais é isso de heróis que matam... Se rolasse alguma discussão sobre isso, até poderia considerar. Mas do jeito edgy que foi apresentado... Complicado, hein?
Luta Por Justiça
4.2 250 Assista AgoraÉ uma biografia bem típica, não inova e nem se destaca em nada em termos mais cinematográficos.
Mas, conta uma história muito importante e infelizmente ainda necessária, merecendo meu respeito.
Muumindani no Suisei
3.7 2Fiquei interessado em ver algo dessa franquia após ver o personagem em alguns memes e achar o design fofo kkkk
É um filme bem infantil. Bonitinho, mas nada lá muito interessante.
Rocketman
4.0 921 Assista AgoraSegue vários clichês de filmes do tipo, mas ainda foi ótimo! Nem sou tão fã de musicais e conhecia muito pouco sobre Elton John, mas achei que foi uma ótima escolha tornar sua biografia um musical com suas músicas. Eu só não gostei muito do ritmo corrido quando a fama chega. Há vários saltos que deixam a passagem do tempo muito rasa.
No Portal da Eternidade
3.8 349 Assista AgoraPoderia seguir o estilo de uma biografia tradicional, que conta uma história de vida de maneira quase documental e sem muita criatividade estética e fotográfica. Mas, felizmente, Schnabel optou pelo outro caminho, sendo um filme que não reduz a própria linguagem para pôr em evidência os "fatos" biográficos.
Assistindo logo após ver O Escafandro e a Borboleta, inclusive, consigo perceber algumas marcas de estilo do diretor. A câmera subjetiva, sempre eficiente em causar desconforto e sufocamento, foi novamente utilizada com primor, evidenciando a forme que Van Gogh era observado pelas outras pessoas. A câmera manual fazendo a imagem "tremer" tanto quanto o mundo mental do artista.
Os diálogos também são lindos e interessantes. Minha única crítica é que no cabo de guerra enredo x poesia, a poesia acabou puxando mais forte. O que não é ruim, mas acaba tornando vagas algumas informações, como a amizade entre Gogh e Gauguin e um pouco do contexto artístico da época.
O Escafandro e a Borboleta
4.2 1,2KEm outras mãos, poderia facilmente se tornar um dramalhão sobre uma história de superação feita sob medida para as grandes premiações. Mas me surpreendi muito. A direção e a edição são fantásticas, nos levando a sentir toda a angústia de Bauby. Melancólico, mas sem perder a poesia.
O Cão de Flandres
3.7 5Tá aí um filme que merecia mais atenção. Grande surpresa. A suavidade e nostalgia da inocência infantil durante a primeira metade nem dá pistas de como a história se desenvolve na segunda metade... Até custo a acreditar que era um filme infantil, pesado.
Tropa de Elite
4.0 1,8K Assista AgoraHá críticas muito boas a como a guerra às drogas tem deixado muito mais vítimas que salvado vidas de fato. De policiais a moradores de comunidades, quem não morre ou fica com sequelas físicas, carrega cicatrizes psicológicas pelo resto da vida.
Mas foi muito difícil pra mim não reparar uma construção discursiva que glorifica o Bope. O filme os mostra como acima dos policiais corruptos, que querem corrigir o Brasil na base da porrada, os f0dões, com direito até a música tema que reforça o quão eles são f0das. Mas será essa a realidade mesmo? Complicado. Senti que o filme quis mostrá-los como anti-heróis desvalorizados, mas me parecem muito mais engrenagens de um sistema tão problemático quanto eles mesmos. Ainda acho Cidade de Deus um filme superior em todos os sentidos na abordagem desse problema.
Como observação extra, e essa fotografia com contraste super forte e luz estourada, hein? Se a ideia era ter uma estética tão feia quanto a realidade que retrataram, conseguiram.
Acrimônia
3.2 127 Assista AgoraTão ruim que fica divertido pelos barracos que acontecem.
Quando a personagem já começa o filme dizendo que há um estereótipo de mulheres negras serem taxadas de loucas quando estão com raiva, pensei que o filme iria alfinetar esse problema. Mas aí ela mostrou realmente ter alguns problemas e pensei que ele iria construir uma situação onde todos estão errados e certos de algum modo. Até que a balança do descontrole realmente pende bastante para ela e não tem como. Caricata demais. A direção péssima da cena final é a cereja do bolo.
Grease: Nos Tempos da Brilhantina
3.9 1,2K Assista AgoraSei que marcou uma época (John Travolta mesmo era um dos ídolos de minha mãe), mas nossa...Sofri para terminar. Super brega e nem as músicas salvam. E ainda exige muita imaginação e miopia para acreditar que os atores de 30 anos estão interpretando adolescentes.
Fate/Stay Night: Heaven's Feel III. Spring Song
3.9 28Me emocionei várias vezes, mas nem sempre por causa da história.
Há 10/9 anos, lá estava eu desbravando o Orkut após ver o primeiro anime de Fate/stay night no Animax. Descobri essa "coisa esquisita" chamada visual novel, senti minha cabeça explodindo com toda a história que ainda existia e lamentei não existir anime mostrando tantos eventos incríveis. Pulamos alguns anos no futuro e aqui estou eu, lembrando de tudo que vivi nesse período de tempo, de como me emocionei com o final da história e como continuo apaixonado por esses personagens. Assistir a esse filme proporcionou uma nostalgia que eu nem sabia que sentia. Acho que só quem acompanha a franquia há tanto tempo assim deve conhecer essa sensação.
O Poder e a Lei
3.8 612 Assista grátisAquele tipo de filme que, se não impressionada em nada, também não entedia muito.
A Menina e o Ovo de Anjo
4.0 128Um filme realmente único. Mesmo sem entender bem a história (quem entende?), as imagens são todas marcantes e criam uma atmosfera de melancolia, solidão e decadência incomparáveis.
Não chegaria a chamar isso de interpretação, mas são umas coisas que pensei enquanto assistia:
Percebi que em todo o filme há presença forte de dualidades:
Luz x Sombra
Feminino x Masculino
Criança x Adulto
Vida x Morte
Natureza x Máquina
Água x Concreto
Fé (cuidar com ardor de um ovo mesmo sem saber o que ele guarda) x Ciência (querer abri-lo para compreender o que é)
O que não fica muito claro para mim é o que a história quer contar com esses contrastes. A impressão que tive é que o filme adota uma postura pessimista em que a destruição é inevitável e esses opostos uma hora ou outra irão romper com o equilíbrio e se atacar. Perto do final, há várias rochas enfileiradas em que uma horizontal se equilibra em cima de uma vertical. Esse equilíbrio parece extremamente frágil e quase fisicamente impossível, como se estivesse a beira de um colapso. Essa imagem sintetizou a impressão que eu tive sobre a mensagem da obra.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraFilme ótimo, infelizmente bastante fácil de se identificar. A presença do vermelho na fotografia me lembrou bastante a estética de Almodóvar. Mas esperava que Angela ocupasse uma posição mais central na história, pelas imagens de divulgação. No final, ela serviu só como um gatilho (bem pouco convincente, por sinal) para a mudança de Lester e para ser uma flor decorativa.
Billy Elliot
4.2 967 Assista AgoraHistória muito bonita e o filme tem um ritmo bem gostoso. Se ainda tem uma mensagem necessária hoje, certeza que era muito mais em 2000.