Muito do incômodo e desconforto que o filme estabelece está no silêncio, naquilo que está entalado na garganta e não sai da boca dos personagens. É um roteiro muito cuidadoso, que trabalha nas sutilezas das dinâmicas de poder estabelecidas naquela família disfuncional. Os atores estão excelentes, sem exceção. Adoro o estilo do Todd Haynes, que muito bebe na fonte de Douglas Sirk, outro grande cineasta, de quem sou fã. A personagem de Julianne Moore é intrigante, assustadora, um tipo que sabe comer pelas beiradas e que marca seu território de maneiras muito estranhas, sob um véu de uma performance mega abilolada de meninez e graciosidade. Enquanto isso, ver Charles Melton fazer um adulto que obviamente cultiva uma criança atrofiada e solitária dentro de si foi desesperador. Muito bom.
Quando teu um problema no teu quintal, lide com ele com calma e ponderação, ao invés de jogar o teu problema no quintal dos outros. Basicamente! Muito bem feito e bem tenebroso.
A estrutura não-linear e a ausência de didatismo demasiado é uma virtude do filme, mas o torna difícil de acompanhar para quem não conhece muito bem aquele recorte histórico da China e seus conflitos com o Japão durante a Segunda Guerra. Há de se ter um pouco de paciência, porque as informações vão aparecendo aos poucos e preenchendo lacunas, mas conhecer o mínimo do contexto é uma lição de casa para o espectador também. De qualquer forma, as atuações são ótimas - Tony Leung é um mestre, mas o elenco de apoio também dá conta de seus personagens. Muitos consideram esse filme propagandista e eu compreendo - caracterizaria ele como patriótico, talvez, mas é definitivamente menos simplista, direto e maniqueísta do que uma mera propaganda. O diretor é muito competente e o roteiro é interessante, mas senti falta de ver em mais detalhe o trabalho de espionagem dos personagens e de ver suas relações mais aprofundadas, em meio a tanta performance e mentira. Existem vislumbres do preço a se pagar, emocionalmente, pelo trabalho de espionagem, principalmente nas cenas entre os casais, e acho que esses momentos poderiam ser mais bem aproveitados, em contraste com as várias cenas entre os homens do governo Wang, que às vezes parecem um pouco redundantes. Apesar dessas ressalvas, é um filme bem feito, que suscita curiosidade sobre aquele contexto histórico que eu conhecia muito mal.
Minha vida inteira fui fã de musicais e a adaptação de 61 é um filme que marcou a história do cinema e a minha vida. Tendo dito isso, a versão de 2021 roubou meu coração e, em alguns aspectos, até superou o filme antigo. Adorei o respeito que Spielberg teve com o musical, com suas características mais teatrais e tradicionais dos musicais clássicos da Broadway. Foi emocionante ver esse trabalho do meu ídolo, Sondheim, sendo honrado desse jeito - está evidente que Spielberg ama essa história e esse projeto. O roteiro do Tony Kushner trouxe mudanças muito inteligentes para essa história, mas manteve a dramaticidade elevada, até porque é uma adaptação de Romeu e Julieta. Infelizmente, Ansel Elgort é duramente ofuscado por seus colegas de cena e, por mais que o Tony nunca tenha sido um protagonista muito forte, o novo roteiro inseriu mais profundidade para ele que o ator simplesmente não deu conta de expressar. Isso também é sintoma de um elenco de apoio esplêndido, vindo dos palcos, que simplesmente manja de musical e sabe muito bem o que está fazendo. Rachel é linda de Maria, mas os destaques mesmo são Mike Faist, Ariana DeBose e David Alvarez (que eu lembro de ver ganhar o prêmio Tony pequenininho, quando fez Billy Elliot), como Riff, Anita e Bernardo, que merecem indicações em todos os prêmios (mas suspeito que serão esnobados em vários). Por fim, tenho que dizer que a escolha de repaginar o personagem do Doc e torná-lo Valentina, trazendo de volta a lenda Rita Moreno, foi muito acertada e me emocionei com ela cantando Somewhere, uma das canções mais lindas do cânone do teatro musical americano. Ótimo filme.
Um filme que transmite bem a sensação de desamparo e hostilidade de uma pequena comunidade na Lapônia, marcada pela escassez, corrupção e falta de perspectiva. Achei o filme parado em alguns momentos, mas melhora de ritmo no meio. Os personagens despertam curiosidade, mas senti falta de conhecê-los mais profundamente. Em geral, achei bem interessante e gostei da escolha de ter um protagonista contido, tímido, que está tentando encontrar seu heroísmo em um ambiente tão inóspito para isso.
se o zac e o christopher tivessem transado logo, teríamos sido poupados daquelas montagens com foto de banco de imagens
e, sinceramente, é a mais pura verdade. Tinha uns atores bons aí, uma premissa interessante aí e o diretor/roteirista fez uma coisa bem meia boca. Uma mistura bem ordinária de Senhor das Moscas com Among Us, que tenta ser High Life, mas não tem a coragem necessária.
Fiquei com vontade de ver mais sobre os personagens, mas entendi que a proposta era justamente representar a simulação de intimidade entre estranhos, então, talvez, não faça tanto sentido cobrar mais profundidade (numa camada mais visível) do filme. Como sempre, filmes dessa época exigem um pouco de generosidade do espectador mais jovem, principalmente quando se trata da edição de som e dublagem. Tendo dito isso, a direção de fotografia é impressionante e os personagens são muito interessantes. A direção é bem cuidadosa e a personagem da Odete Lara é um mood eterno. Adorei a representação da noite de São Paulo que o filme faz e o bom equilíbrio entre pathos e espirituosidade do roteiro. O filme passou seu recado e vou lembrar de várias falas icônicas da Regina.
Frank Dillane e Evan Rachel Wood são os únicos atores que parece estar acordados durante o filme todo e foram criminalmente subutilizados. O longa é arrastado, a premissa interessante é mal desenvolvida, os personagens não são aprofundados... Enfim, uma grande decepção que demorou um tempão pra sair e agora percebo o porquê. Todo o comentário interessante sobre a toxicidade dessas bandas cheias de narcisistas e sobre a desgastante vida em turnê... jogado fora. Não entendi o motivo pelo qual todos estavam obcecados pela Viena, a pobrezinha é uma mosca morta. Dou uma estrela por partes da trilha-sonora que gostei muito e outra estrela pela ambientação esquisitíssima e dessaturada, que nem sempre funcionou, mas foi uma escolha interessante. Fui até generosa nessa avaliação rs. Fazer um trabalho mequetrefe com um elenco desse requer muito esforço!
O livro me marcou muito, então eu estava muito ansiosa para ver a adaptação. Alguns aspectos deixam a desejar, principalmente por conta da inconsistência geral de tom e da superficialidade com que trata alguns assuntos. A direção também poderia ter sido um pouco mais criativa e o roteiro um pouco menos didático. Entretanto, esses pequenos defeitos são facilmente relevados, já que o filme conta com enorme sinceridade emocional, um elenco que está se divertindo muito e o protagonismo efervescente de Beanie Feldstein. O livro e sua adaptação cinematográfica são homenagens contundentes à força da garota adolescente - sua resiliência, seu entusiasmo, seu otimismo. Os minutos passaram voando, porque o longa é simplesmente divertido e cumpre seu papel em esmagar o cinismo da galera cool, ao enaltecer a inocência e ambição de moças que querem ser felizes. Garotas (e garotos também) precisam de filmes e livros assim. Eu precisava, quando era adolescente e, francamente, preciso até hoje.
O que mais me pegou foi o desequilíbrio de poder entre os dois protagonistas, que fica ainda mais escancarado com esse final indigesto. A conclusão é que Elder sempre foi o mais vulnerável na relação e Armando enxerga isso através da agressividade do garoto. Armando, portanto, entende muito bem sua posição de poder e aproveita dela do começo ao fim. Tenso.
Há um ano, li a peça alemã "Mártir" de Marius von Mayenburg e fiquei encantada com o tema, os diálogos e os personagens, apesar de que, durante a leitura, senti o texto um pouco seco demais. Talvez por não ter assistido nenhuma montagem, senti falta de um pouco de "molho", por assim dizer... Até que encontrei este filme, adaptação cinematográfica da peça, que, para minha surpresa, foi dirigido por Kirill Serebrennikov, um diretor russo que havia me interessado depois que assisti "Verão" esse ano.
Em "O Estudante", consegui enxergar ainda melhor a qualidade da peça. O filme não é extremamente mirabolante e conta com um protagonista difícil e inflexível. Pra mim, isso não foi um grande defeito - talvez tenha até contribuído para a riqueza dos personagens coadjuvantes. Em geral, os personagens são, para mim, misteriosos - fico me perguntando qual o fascínio de Grisha por Venya, ou o porquê dessa obsessão de Venya pelo fundamentalismo cristão. Essas questão não explicitamente resolvidas no filme deixaram espaço para o espectador especular, algo que considero um mérito da trama.
A transferência da história para a Rússia, ao invés de se passar na Alemanha, deixou tudo mais contundente e doloroso, levando em consideração as várias problemáticas sociais deste novo contexto. Inclusive iluminou ainda mais o motivo pelo qual o diretor deste filme está sendo tão perseguido pelo governo russo, com acusações infundadas. Ele é um artista que está fazendo um trabalho importante e ousado em seu país, através do cinema e do teatro.
O filme tem seus defeitos - a dublagem é bem capenga, algumas atuações são fraquinhas (ainda mais em comparação ao sempre cativante Vincent Price) e, claro, alguns efeitos não envelheceram bem. Relevando algumas destas questões, de maioria técnicas e idiossincráticas de seu tempo, o filme é muito divertido e contundente. Não sei não me apaixonar por Vincent Price em cena, o enredo é muito bom e gostei de muitas escolhas estéticas também. Recomendo.
Apesar de algumas convenções dos filmes da época terem envelhecido de forma não tão lisonjeira, como o estilo de interpretação de alguns atores (especialmente de Evelyn Venable), além de alguns diálogos um pouco didáticos, o filme oferece um olhar excêntrico e romântico sobre a vida e a morte que é, no final das contas, bem interessante. Fredric March é, como de costume, muito charmoso, e o ar místico e onírico do filme são um deleite de assistir.
Gente, esse filme é cheio de defeitos, mas amei??????? Injustiçado! Teria dado uma nota um pouco mais baixinha, mas fiquei tão enamorada que dei bônus hehe
Segredos de um Escândalo
3.5 316 Assista AgoraMuito do incômodo e desconforto que o filme estabelece está no silêncio, naquilo que está entalado na garganta e não sai da boca dos personagens. É um roteiro muito cuidadoso, que trabalha nas sutilezas das dinâmicas de poder estabelecidas naquela família disfuncional. Os atores estão excelentes, sem exceção. Adoro o estilo do Todd Haynes, que muito bebe na fonte de Douglas Sirk, outro grande cineasta, de quem sou fã. A personagem de Julianne Moore é intrigante, assustadora, um tipo que sabe comer pelas beiradas e que marca seu território de maneiras muito estranhas, sob um véu de uma performance mega abilolada de meninez e graciosidade. Enquanto isso, ver Charles Melton fazer um adulto que obviamente cultiva uma criança atrofiada e solitária dentro de si foi desesperador. Muito bom.
O Mal Que Nos Habita
3.6 534 Assista AgoraQuando teu um problema no teu quintal, lide com ele com calma e ponderação, ao invés de jogar o teu problema no quintal dos outros. Basicamente! Muito bem feito e bem tenebroso.
Hidden Blade
3.9 3A estrutura não-linear e a ausência de didatismo demasiado é uma virtude do filme, mas o torna difícil de acompanhar para quem não conhece muito bem aquele recorte histórico da China e seus conflitos com o Japão durante a Segunda Guerra. Há de se ter um pouco de paciência, porque as informações vão aparecendo aos poucos e preenchendo lacunas, mas conhecer o mínimo do contexto é uma lição de casa para o espectador também. De qualquer forma, as atuações são ótimas - Tony Leung é um mestre, mas o elenco de apoio também dá conta de seus personagens. Muitos consideram esse filme propagandista e eu compreendo - caracterizaria ele como patriótico, talvez, mas é definitivamente menos simplista, direto e maniqueísta do que uma mera propaganda. O diretor é muito competente e o roteiro é interessante, mas senti falta de ver em mais detalhe o trabalho de espionagem dos personagens e de ver suas relações mais aprofundadas, em meio a tanta performance e mentira. Existem vislumbres do preço a se pagar, emocionalmente, pelo trabalho de espionagem, principalmente nas cenas entre os casais, e acho que esses momentos poderiam ser mais bem aproveitados, em contraste com as várias cenas entre os homens do governo Wang, que às vezes parecem um pouco redundantes. Apesar dessas ressalvas, é um filme bem feito, que suscita curiosidade sobre aquele contexto histórico que eu conhecia muito mal.
Amor, Sublime Amor
3.4 355 Assista AgoraMinha vida inteira fui fã de musicais e a adaptação de 61 é um filme que marcou a história do cinema e a minha vida. Tendo dito isso, a versão de 2021 roubou meu coração e, em alguns aspectos, até superou o filme antigo. Adorei o respeito que Spielberg teve com o musical, com suas características mais teatrais e tradicionais dos musicais clássicos da Broadway. Foi emocionante ver esse trabalho do meu ídolo, Sondheim, sendo honrado desse jeito - está evidente que Spielberg ama essa história e esse projeto. O roteiro do Tony Kushner trouxe mudanças muito inteligentes para essa história, mas manteve a dramaticidade elevada, até porque é uma adaptação de Romeu e Julieta. Infelizmente, Ansel Elgort é duramente ofuscado por seus colegas de cena e, por mais que o Tony nunca tenha sido um protagonista muito forte, o novo roteiro inseriu mais profundidade para ele que o ator simplesmente não deu conta de expressar. Isso também é sintoma de um elenco de apoio esplêndido, vindo dos palcos, que simplesmente manja de musical e sabe muito bem o que está fazendo. Rachel é linda de Maria, mas os destaques mesmo são Mike Faist, Ariana DeBose e David Alvarez (que eu lembro de ver ganhar o prêmio Tony pequenininho, quando fez Billy Elliot), como Riff, Anita e Bernardo, que merecem indicações em todos os prêmios (mas suspeito que serão esnobados em vários). Por fim, tenho que dizer que a escolha de repaginar o personagem do Doc e torná-lo Valentina, trazendo de volta a lenda Rita Moreno, foi muito acertada e me emocionei com ela cantando Somewhere, uma das canções mais lindas do cânone do teatro musical americano. Ótimo filme.
The Last Ones
3.0 3Um filme que transmite bem a sensação de desamparo e hostilidade de uma pequena comunidade na Lapônia, marcada pela escassez, corrupção e falta de perspectiva. Achei o filme parado em alguns momentos, mas melhora de ritmo no meio. Os personagens despertam curiosidade, mas senti falta de conhecê-los mais profundamente. Em geral, achei bem interessante e gostei da escolha de ter um protagonista contido, tímido, que está tentando encontrar seu heroísmo em um ambiente tão inóspito para isso.
Zola
3.2 52 Assista AgoraEstou esperando por esse filme desde aquele dia histórico no twitter e não creio que ele agora está entre nós!
Viajantes: Instinto e Desejo
2.6 112 Assista AgoraVi no letterboxd uma resenha que dizia que
se o zac e o christopher tivessem transado logo, teríamos sido poupados daquelas montagens com foto de banco de imagens
Um Ato de Esperança
3.3 59 Assista AgoraAi Emma... Te amo
Duas Tias Loucas de Férias
3.0 57 Assista AgoraCompletamente tresloucado, apenas apostas ousadas. Adorei.
Noite Vazia
4.1 88Fiquei com vontade de ver mais sobre os personagens, mas entendi que a proposta era justamente representar a simulação de intimidade entre estranhos, então, talvez, não faça tanto sentido cobrar mais profundidade (numa camada mais visível) do filme. Como sempre, filmes dessa época exigem um pouco de generosidade do espectador mais jovem, principalmente quando se trata da edição de som e dublagem. Tendo dito isso, a direção de fotografia é impressionante e os personagens são muito interessantes. A direção é bem cuidadosa e a personagem da Odete Lara é um mood eterno. Adorei a representação da noite de São Paulo que o filme faz e o bom equilíbrio entre pathos e espirituosidade do roteiro. O filme passou seu recado e vou lembrar de várias falas icônicas da Regina.
BLACK IS KING: Um Filme de Beyoncé
4.5 198 Assista AgoraA Beyoncé faz TUDO
Viena and the Fantomes
2.0 7Frank Dillane e Evan Rachel Wood são os únicos atores que parece estar acordados durante o filme todo e foram criminalmente subutilizados. O longa é arrastado, a premissa interessante é mal desenvolvida, os personagens não são aprofundados... Enfim, uma grande decepção que demorou um tempão pra sair e agora percebo o porquê. Todo o comentário interessante sobre a toxicidade dessas bandas cheias de narcisistas e sobre a desgastante vida em turnê... jogado fora. Não entendi o motivo pelo qual todos estavam obcecados pela Viena, a pobrezinha é uma mosca morta. Dou uma estrela por partes da trilha-sonora que gostei muito e outra estrela pela ambientação esquisitíssima e dessaturada, que nem sempre funcionou, mas foi uma escolha interessante. Fui até generosa nessa avaliação rs. Fazer um trabalho mequetrefe com um elenco desse requer muito esforço!
Como Se Tornar Influente
3.1 13 Assista AgoraO livro me marcou muito, então eu estava muito ansiosa para ver a adaptação. Alguns aspectos deixam a desejar, principalmente por conta da inconsistência geral de tom e da superficialidade com que trata alguns assuntos. A direção também poderia ter sido um pouco mais criativa e o roteiro um pouco menos didático. Entretanto, esses pequenos defeitos são facilmente relevados, já que o filme conta com enorme sinceridade emocional, um elenco que está se divertindo muito e o protagonismo efervescente de Beanie Feldstein. O livro e sua adaptação cinematográfica são homenagens contundentes à força da garota adolescente - sua resiliência, seu entusiasmo, seu otimismo. Os minutos passaram voando, porque o longa é simplesmente divertido e cumpre seu papel em esmagar o cinismo da galera cool, ao enaltecer a inocência e ambição de moças que querem ser felizes. Garotas (e garotos também) precisam de filmes e livros assim. Eu precisava, quando era adolescente e, francamente, preciso até hoje.
Fogo Contra Fogo
4.0 662 Assista AgoraLegal, mas cortaria uns 40 minutos e uns 10 personagens
De Longe Te Observo
3.4 86 Assista AgoraO que mais me pegou foi o desequilíbrio de poder entre os dois protagonistas, que fica ainda mais escancarado com esse final indigesto. A conclusão é que Elder sempre foi o mais vulnerável na relação e Armando enxerga isso através da agressividade do garoto. Armando, portanto, entende muito bem sua posição de poder e aproveita dela do começo ao fim. Tenso.
O Farol
3.8 1,6K Assista Agoramisericórdia
O Estudante
3.5 51Há um ano, li a peça alemã "Mártir" de Marius von Mayenburg e fiquei encantada com o tema, os diálogos e os personagens, apesar de que, durante a leitura, senti o texto um pouco seco demais. Talvez por não ter assistido nenhuma montagem, senti falta de um pouco de "molho", por assim dizer... Até que encontrei este filme, adaptação cinematográfica da peça, que, para minha surpresa, foi dirigido por Kirill Serebrennikov, um diretor russo que havia me interessado depois que assisti "Verão" esse ano.
Em "O Estudante", consegui enxergar ainda melhor a qualidade da peça. O filme não é extremamente mirabolante e conta com um protagonista difícil e inflexível. Pra mim, isso não foi um grande defeito - talvez tenha até contribuído para a riqueza dos personagens coadjuvantes. Em geral, os personagens são, para mim, misteriosos - fico me perguntando qual o fascínio de Grisha por Venya, ou o porquê dessa obsessão de Venya pelo fundamentalismo cristão. Essas questão não explicitamente resolvidas no filme deixaram espaço para o espectador especular, algo que considero um mérito da trama.
A transferência da história para a Rússia, ao invés de se passar na Alemanha, deixou tudo mais contundente e doloroso, levando em consideração as várias problemáticas sociais deste novo contexto. Inclusive iluminou ainda mais o motivo pelo qual o diretor deste filme está sendo tão perseguido pelo governo russo, com acusações infundadas. Ele é um artista que está fazendo um trabalho importante e ousado em seu país, através do cinema e do teatro.
Mortos que Matam
3.8 96 Assista AgoraO filme tem seus defeitos - a dublagem é bem capenga, algumas atuações são fraquinhas (ainda mais em comparação ao sempre cativante Vincent Price) e, claro, alguns efeitos não envelheceram bem. Relevando algumas destas questões, de maioria técnicas e idiossincráticas de seu tempo, o filme é muito divertido e contundente. Não sei não me apaixonar por Vincent Price em cena, o enredo é muito bom e gostei de muitas escolhas estéticas também. Recomendo.
Uma Sombra que Passa
3.9 5Apesar de algumas convenções dos filmes da época terem envelhecido de forma não tão lisonjeira, como o estilo de interpretação de alguns atores (especialmente de Evelyn Venable), além de alguns diálogos um pouco didáticos, o filme oferece um olhar excêntrico e romântico sobre a vida e a morte que é, no final das contas, bem interessante. Fredric March é, como de costume, muito charmoso, e o ar místico e onírico do filme são um deleite de assistir.
A Morta-Viva
3.8 64Pioneiro
Viagem das Garotas
3.5 219 Assista Agoraa cena
do xixi na tiroleza
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraOs bolsominions vindo aqui dar nota baixa pra filme que nem viram kkkkkkkkkkkkk auge
As Aventuras de Paddington 2
4.0 131FILMÃO
Extra! Extra!
3.5 34 Assista AgoraGente, esse filme é cheio de defeitos, mas amei??????? Injustiçado! Teria dado uma nota um pouco mais baixinha, mas fiquei tão enamorada que dei bônus hehe