Sabe aqueles filmes paródias dentro do filme? É essa sensação que tive ao assistir "Jolene". É tudo tão mal feito que você não consegue levar tudo aquilo à sério. Principalmente no 3° ato do filme quando ela está com o tatuador. É um show de vergonha alheia. Os diálogos são péssimos também.
O que sustenta o filme é a beleza, carisma e um talento nato da diva Jessica Chastain em seu primeiro filme, tirando isso, nada se salva, nem mesmo o sotaque dela, apesar de tudo.
Minhas sapatonas trambiqueiras e assassinas vivíssimas!
Brincadeiras à parte, gostei da mistura de gêneros usando do body horror e fisiculturismo como parte da narrativa. O filme não tem camadas, é tudo entregue logo para que possamos nos envolver com esse relacionamento que envereda para uma série de coisas ruins na vida dessas duas que, por si só, já carregam no corpo, na mente e na vida, as coisas ruins ou má decisões que as fizeram ser quem são no momento em que suas vidas se cruzam.
Dito isso, senti uma vibe meio "Bom Comportamento" dos Safdie.
E a questão de família como alicerce é fundamental aqui. Quem é realmente de fato família?
Revisto e como envelheceu como o melhor dos vinhos, né? Um dos melhores filmes sobre relacionamentos líquidos já feitos (Bauman ficaria orgulhoso!). Está tudo ali: posse, direito sobre o corpo, projeções, implicações sociais, capitalismo, enfim. Um filme grandioso.
Muito palpável a saga de descoberta de Etero como mulher e seus desejos reprimidos. Infelizmente ao redor do mundo ainda existem (e acredito que sempre existirá) mulheres como ela, que abdicam das suas vidas e necessidades em prol de cuidar da família, e quem cuida delas, afinal? Claramente ela é uma pessoa com danos psicológicos por conta disso, talvez a sua rigidez e poucas palavras demonstrem essa sua frieza, também pelo fato de ter cuidado sempre de dois homens, pai e irmão e assumir um pequeno negócio da família. É uma vida cruel. E a cena final quando ela descobre... deu um nó na garganta. O que foi aquilo, gente? É a síntese de um alívio? Desespero? Tudo envolvido. Há muitas questões aí.
O filme é muito mais profundo que aparenta ser, mas é também propositalmente non sense justamente para não entregar algo mastigado e didático. Mesmo que dê uma escorregada do meio para o fim, há algo de verdadeiro ali. Me senti submerso nesse universo punk intergaláctico com essa juventude transviada, com um ideal e um sonho. São coisas que nunca adormecem mesmo que a sociedade mude.
E que delícia ver uma atriz do nível de Nicole Kidman se jogando, claramente se divertindo e entregando. Achei sensacional.
Gosto como o filme em boa parte é um monólogo. Aqui temos um assassino (excelente performance de Fassbender, para variar) monossilábico e que vai direto ao ponto. O roteiro e direção não precisa de grandes efeitos especiais, tiros e explosões para gerar uma tensão gélida, é um filme de ação mas fincado com os dois pés no drama e não tensão. Gosto da densidade e do perigo eminente que Fincher imprime em seus filmes e, depois da escorregada em "Mank", ele voltou com grande estilo. Ok, abaixo dos outros clássicos dele, mas, ainda assim, muito bom e acima da média se comparado com filmes do gênero lançados nos últimos tempos.
E para além do monólogo, os diálogos são muito bons! A sequência com Tilda Swinton te faz prender a respiração.
Ps: adorei ver a Sophie Charlotte, um personagem pequeno mas de grande importância na trama.
Sou grande fã de J.Lo, contudo, não tinha gostado desse álbum novo, com os visuais gostei mais das músicas. Porém, verdade seja dita: esse filme é cafona sim, piegas, mas eficaz no sentido de se conectar com as músicas. Achei tudo muito over, embora o clipe de "Rebound" seja bem legal.
No mais, é Jennifer Lopez sambando na nossa cara sua beleza e gostosura.
Eu adoro como as comédias de humor ácido britânico tem essa áurea de não se levar tão à sério assim dentro de uma narrativa de uma história muito boa, complexa e reflexiva. Esse filme não foge à regra.
Primeiro, tenho que dizer sobra a repressão da mulher, do corpo, desejos, necessidades e sua liberdade, é a partir dela e toda hipocrisia que ronda a "castração" da liberdade feminina de ir e vir que tudo se desenrola. Acho uma ótima sacada essa questão sem cair no didatismo ou algo mastigado, você compreende nas entrelinhas, dessas mulheres tão diferentes, com suas necessidades diferentes, mas reprimidas de alguma forma pelo poder fortíssimo do patriarcado e a religião como uma válvula de escape para apagar certas necessidades.
Um pequeno filme, com drama e humor na medida que merece ser descoberto.
Uma receita de como estragar uma boa premissa, história e elenco. Tudo muito vago, bem regular, para não dizer outra coisa. E começou TÃO BEM! Fora que achei tudo muito puritano e "clean" demais.
Filme com diversas camadas para além dos zumbis: principalmente o racismo nas entrelinhas de forma magistralmente colocada.
Além dos conflitos. Filmes de zumbi estão além da questão dos mortos-vivos, mas muito mais sobre coletividade, convivência e aceitar uma nova realidade. Gostei bastante.
Revisto e concordo muito com alguns comentários abaixo. Roteiro meia boca, totalmente discrepante, só se salvam mesmo os efeitos especiais e em cenas bem pontuais.
2:30h de uma baboseira tendo que aguentar a canastrice do John Cusak.
"Cabaré Mineiro" é um filme performance, pelo menos vejo dessa forma. Não há um enredo linear como estamos acostumados, mas cenas que aparentemente soltas, mas que fazem sentido na estranheza.
Como disse, um filme performance para falar de desejos, sexo, destemperos, vontades e anseios. Achei eficaz.
Achei muito progressista, desafiador e à frente do seu tempo para os temas abordados. Achei também com uma pegada surrealista que se casa perfeitamente com o enredo. Aquele pequeno grande filme que merece ser revisto.
Uma boa história, contudo, confesso, achei a execução de Otto Preminger um tanto regular, me julguem! Acho que nos dias atuais daria uma ótima minissérie, porque há diversas camadas há serem exploradas nesse enredo.
Gosto do jeito frenético que o "old Danny Boyle" imprimia em suas produções. Aqui não é diferente. Filme muito bom e um enredo envolvente.
Gosto como a imagem amadora serve como se fossemos testemunhas de uma gravação de pessoas desesperadas para sobreviver em um novo mundo sob o domínio dos mortos vivos, mas será mesmo que somente eles são algozes? O que a humanidade aprendeu com esse apocalipse? Fica aí o questionamento.
Só consegui me conectar com a série a partir do 4° episódio, acho que só engata mesmo a partir daí. Antes disso, achei o excesso de gritaria muito chato, mas que vai fazendo sentido ao longo dos episódios quando a complexidade dos personagens são expostas. O elenco é afiadíssimo, destaque total para Jeremy Allen White, Ayo Edebiri e L-Boy, ótimos! Não posso dizer o mesmo de Ebon Moss-Bachrach que só berra.
Fora isso, o clima gélido e a trilha sonora dão um tom frenético e entendo perfeitamente ser considerada uma série de comédia pelo ar tragicômico.
Tantas camadas, tantas discussões, tanta complexidade e tanta genialidade. Um encanto de filme, me bateu de forma avassaladora. É muito empírico, sensorial e necessário. Um ode à liberdade, à liberdade da mulher principalmente, seus desejos, anseios, necessidades e poder ao seu próprio corpo. Em um mundo patriarcal é revolucionário ser uma mulher que se compreende como dona de si, de compreender o mundo ao redor, de apontar defeitos, desigualdades (de todas as formas), etc.
A cenografia e figurinos são um capítulo à parte. Um deleite. Elenco afiadíssimo e Emma Stone, ah, Emma Stone, que atriz, que afinco, que entrega!
Que filme bom e necessário. Está tudo ali explicado, quase didático. Uma perfeita sátira de como a indústria enxerga os corpos negros e de como eles limitam vivências e ocupação de espaços por conta desses estereótipos que a mídia corroborou e ainda corrobora para manter os estigmas sociais e raciais e se colocar em um lugar de conforto de “mea culpa pero no mucho”. Sensacional!
Um deslumbre visual? Sim! Mas os maneirismos do Wes Anderson estão me incomodando profundamente. O curta começa bem, depois torna-se chatíssimo. O bom que só tem 40 minutos.
Jolene
3.7 52Sabe aqueles filmes paródias dentro do filme? É essa sensação que tive ao assistir "Jolene". É tudo tão mal feito que você não consegue levar tudo aquilo à sério. Principalmente no 3° ato do filme quando ela está com o tatuador. É um show de vergonha alheia. Os diálogos são péssimos também.
O que sustenta o filme é a beleza, carisma e um talento nato da diva Jessica Chastain em seu primeiro filme, tirando isso, nada se salva, nem mesmo o sotaque dela, apesar de tudo.
E era uma história com um potencial absurdo.
Rotting in the Sun
3.5 85 Assista AgoraOlha, eu tentei, juro! Mas achei bem medíocre.
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra
3.6 135Minhas sapatonas trambiqueiras e assassinas vivíssimas!
Brincadeiras à parte, gostei da mistura de gêneros usando do body horror e fisiculturismo como parte da narrativa. O filme não tem camadas, é tudo entregue logo para que possamos nos envolver com esse relacionamento que envereda para uma série de coisas ruins na vida dessas duas que, por si só, já carregam no corpo, na mente e na vida, as coisas ruins ou má decisões que as fizeram ser quem são no momento em que suas vidas se cruzam.
Dito isso, senti uma vibe meio "Bom Comportamento" dos Safdie.
E a questão de família como alicerce é fundamental aqui. Quem é realmente de fato família?
E sim, o amor sangra!
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraRevisto e como envelheceu como o melhor dos vinhos, né? Um dos melhores filmes sobre relacionamentos líquidos já feitos (Bauman ficaria orgulhoso!). Está tudo ali: posse, direito sobre o corpo, projeções, implicações sociais, capitalismo, enfim. Um filme grandioso.
Blackbird Blackbird Blackberry
3.7 2Muito palpável a saga de descoberta de Etero como mulher e seus desejos reprimidos. Infelizmente ao redor do mundo ainda existem (e acredito que sempre existirá) mulheres como ela, que abdicam das suas vidas e necessidades em prol de cuidar da família, e quem cuida delas, afinal? Claramente ela é uma pessoa com danos psicológicos por conta disso, talvez a sua rigidez e poucas palavras demonstrem essa sua frieza, também pelo fato de ter cuidado sempre de dois homens, pai e irmão e assumir um pequeno negócio da família. É uma vida cruel. E a cena final quando ela descobre... deu um nó na garganta. O que foi aquilo, gente? É a síntese de um alívio? Desespero? Tudo envolvido. Há muitas questões aí.
Como Falar com Garotas em Festas
3.2 205 Assista AgoraO filme é muito mais profundo que aparenta ser, mas é também propositalmente non sense justamente para não entregar algo mastigado e didático. Mesmo que dê uma escorregada do meio para o fim, há algo de verdadeiro ali. Me senti submerso nesse universo punk intergaláctico com essa juventude transviada, com um ideal e um sonho. São coisas que nunca adormecem mesmo que a sociedade mude.
E que delícia ver uma atriz do nível de Nicole Kidman se jogando, claramente se divertindo e entregando. Achei sensacional.
O Assassino
3.3 515Gosto como o filme em boa parte é um monólogo. Aqui temos um assassino (excelente performance de Fassbender, para variar) monossilábico e que vai direto ao ponto. O roteiro e direção não precisa de grandes efeitos especiais, tiros e explosões para gerar uma tensão gélida, é um filme de ação mas fincado com os dois pés no drama e não tensão. Gosto da densidade e do perigo eminente que Fincher imprime em seus filmes e, depois da escorregada em "Mank", ele voltou com grande estilo. Ok, abaixo dos outros clássicos dele, mas, ainda assim, muito bom e acima da média se comparado com filmes do gênero lançados nos últimos tempos.
E para além do monólogo, os diálogos são muito bons! A sequência com Tilda Swinton te faz prender a respiração.
Ps: adorei ver a Sophie Charlotte, um personagem pequeno mas de grande importância na trama.
Esta Sou Eu... Agora: Uma História de Amor
2.9 23 Assista AgoraSou grande fã de J.Lo, contudo, não tinha gostado desse álbum novo, com os visuais gostei mais das músicas. Porém, verdade seja dita: esse filme é cafona sim, piegas, mas eficaz no sentido de se conectar com as músicas. Achei tudo muito over, embora o clipe de "Rebound" seja bem legal.
No mais, é Jennifer Lopez sambando na nossa cara sua beleza e gostosura.
Wicked Little Letters
3.3 3Eu adoro como as comédias de humor ácido britânico tem essa áurea de não se levar tão à sério assim dentro de uma narrativa de uma história muito boa, complexa e reflexiva. Esse filme não foge à regra.
Primeiro, tenho que dizer sobra a repressão da mulher, do corpo, desejos, necessidades e sua liberdade, é a partir dela e toda hipocrisia que ronda a "castração" da liberdade feminina de ir e vir que tudo se desenrola. Acho uma ótima sacada essa questão sem cair no didatismo ou algo mastigado, você compreende nas entrelinhas, dessas mulheres tão diferentes, com suas necessidades diferentes, mas reprimidas de alguma forma pelo poder fortíssimo do patriarcado e a religião como uma válvula de escape para apagar certas necessidades.
Um pequeno filme, com drama e humor na medida que merece ser descoberto.
E Olivia Colman, que atriz, meus amores!
Os 3
3.4 561Uma receita de como estragar uma boa premissa, história e elenco. Tudo muito vago, bem regular, para não dizer outra coisa. E começou TÃO BEM! Fora que achei tudo muito puritano e "clean" demais.
Simplesmente Irresistível
2.8 89REVISÃO:
Simplesmente bobo, sem pé nem cabeça e charmosinho.
A Noite dos Mortos-Vivos
4.0 549 Assista AgoraFilme com diversas camadas para além dos zumbis: principalmente o racismo nas entrelinhas de forma magistralmente colocada.
Além dos conflitos. Filmes de zumbi estão além da questão dos mortos-vivos, mas muito mais sobre coletividade, convivência e aceitar uma nova realidade. Gostei bastante.
2012
2.6 3,3K Assista AgoraRevisto e concordo muito com alguns comentários abaixo. Roteiro meia boca, totalmente discrepante, só se salvam mesmo os efeitos especiais e em cenas bem pontuais.
2:30h de uma baboseira tendo que aguentar a canastrice do John Cusak.
Cabaret Mineiro
3.1 35"Cabaré Mineiro" é um filme performance, pelo menos vejo dessa forma. Não há um enredo linear como estamos acostumados, mas cenas que aparentemente soltas, mas que fazem sentido na estranheza.
Como disse, um filme performance para falar de desejos, sexo, destemperos, vontades e anseios. Achei eficaz.
Borderline
3.2 1Achei muito progressista, desafiador e à frente do seu tempo para os temas abordados. Achei também com uma pegada surrealista que se casa perfeitamente com o enredo. Aquele pequeno grande filme que merece ser revisto.
Laura
4.1 132 Assista AgoraUma boa história, contudo, confesso, achei a execução de Otto Preminger um tanto regular, me julguem! Acho que nos dias atuais daria uma ótima minissérie, porque há diversas camadas há serem exploradas nesse enredo.
E Gene Tierney? Que encanto de mulher!
Nunca Fui Beijada
3.2 574 Assista AgoraPassa ano, sai ano e sou completamente a Josie: nunca fui beijado. Choro horrores com esse filme.
O Casamento do Meu Melhor Amigo
3.4 901 Assista AgoraNunca envelhece! Comédia romântica sem defeitos, uma elenco lindo, uma química absurda. E a cena do musical para guardar no peito.
Línguas Desatadas
4.4 32Isso aqui me bateu como aquelas porradas que doem por toda a vida. Ainda hoje é um filme necessário, sobre vida e o direito da bicha preta em viver.
Extermínio
3.7 947Gosto do jeito frenético que o "old Danny Boyle" imprimia em suas produções. Aqui não é diferente. Filme muito bom e um enredo envolvente.
Gosto como a imagem amadora serve como se fossemos testemunhas de uma gravação de pessoas desesperadas para sobreviver em um novo mundo sob o domínio dos mortos vivos, mas será mesmo que somente eles são algozes? O que a humanidade aprendeu com esse apocalipse? Fica aí o questionamento.
O Urso (1ª Temporada)
4.3 412 Assista AgoraSó consegui me conectar com a série a partir do 4° episódio, acho que só engata mesmo a partir daí. Antes disso, achei o excesso de gritaria muito chato, mas que vai fazendo sentido ao longo dos episódios quando a complexidade dos personagens são expostas. O elenco é afiadíssimo, destaque total para Jeremy Allen White, Ayo Edebiri e L-Boy, ótimos! Não posso dizer o mesmo de Ebon Moss-Bachrach que só berra.
Fora isso, o clima gélido e a trilha sonora dão um tom frenético e entendo perfeitamente ser considerada uma série de comédia pelo ar tragicômico.
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraTantas camadas, tantas discussões, tanta complexidade e tanta genialidade. Um encanto de filme, me bateu de forma avassaladora. É muito empírico, sensorial e necessário. Um ode à liberdade, à liberdade da mulher principalmente, seus desejos, anseios, necessidades e poder ao seu próprio corpo. Em um mundo patriarcal é revolucionário ser uma mulher que se compreende como dona de si, de compreender o mundo ao redor, de apontar defeitos, desigualdades (de todas as formas), etc.
A cenografia e figurinos são um capítulo à parte. Um deleite. Elenco afiadíssimo e Emma Stone, ah, Emma Stone, que atriz, que afinco, que entrega!
Ficção Americana
3.8 376 Assista AgoraQue filme bom e necessário. Está tudo ali explicado, quase didático. Uma perfeita sátira de como a indústria enxerga os corpos negros e de como eles limitam vivências e ocupação de espaços por conta desses estereótipos que a mídia corroborou e ainda corrobora para manter os estigmas sociais e raciais e se colocar em um lugar de conforto de “mea culpa pero no mucho”. Sensacional!
A Incrível História de Henry Sugar
3.6 164 Assista AgoraUm deslumbre visual? Sim! Mas os maneirismos do Wes Anderson estão me incomodando profundamente. O curta começa bem, depois torna-se chatíssimo. O bom que só tem 40 minutos.