2 rostos conhecidos num roteiro horrendo, nada mais do que isso. Em geral é quase palatável pra assistir com o cérebro desligado, mas teve momentos tão ruins que me arrancaram sinceras gargalhadas:
O protagonista, absolutamente do nada: "Olha, uma planta! Já sei, o código genético da planta é a senha da maleta!". Essa parte pareceu escrita por uma criança que acabou de ouvir sobre código genético na escola.
Outra:
Eles estão num restaurante chique lá, aí do nada "Não sei quantos caça-recompensas têm aqui, mas..." - aí do nada tem uma dezena de criminosos caçadores de recompensas no restaurante, que supostamente estavam ali por coincidência? Horrível
E a participação do Ryan Reynolds eu tô até agora tentando entender. Parece que ele deu uma passada no set de gravação e aproveitaram pra colocar ele de última hora nas filmagens.
Não perca seu tempo, não tem motivo absolutamente nenhum pra assistir isso.
Esse é o filme que o ChatGPT criaria se pedissem pra ele misturar um monte de histórias populares de ficção.
Como fã de ficção-científica, infelizmente fui achando que seria uma história original interessante, mas poucas vezes vi um filme tão sem originalidade. Não tem absolutamente nada de novo. Só repetição de coisas que já vimos mil vezes antes. Um clichê atrás do outro.
Eu não conheço o trabalho do Zack Snyder mas o roteiro chega a ser engraçado de tão ruim.
sai pelos planetas recrutando pessoas pra ajudar ela a defender a sua comunidade. Até aí ok, só que ela tá basicamente falando pra essas pessoas arriscarem suas vidas por uma causa que mal conhecem. E ela mal precisa falar nada e todo mundo já vai aceitando, na maior naturalidade.
O recrutamento do general lá é especialmente cômico. O cara tá todo acabado, sem interesse na causa, até que a Kora fala a palavra mágica: "faça por vingança". E aí booom, isso foi suficiente. O convencimento do rebelde Bloodaxe lá pareceu tirado de um filme B de baixo orçamento.
E aquele dispositivo mecânico que imobiliza os personagens? Sério que o mecanismo que MATA a pessoa é o mesmo que SOLTA ela, só muda o lado do giro? Girou pra um lado, matou; girou pro outro, soltou. E aí deram o controle disso nas mãos do amigo da Kora?
E o personagem Kai: ele trai a Kora por que supostamente não quer ficar no lado perdedor da história, tá lutando pela própria sobrevivência de certa forma. Beleza. Mas aí do nada ele se transforma num sádico que quer ver o amigo da Kora matar ela? A traição dele foi por um motivo que até é possível tentar entender, mas do nada ele se torna cruel? Puts, lembrei também do começo do vídeo em que um soldado começa a atirar no único robô que eles têm pra fazer trabalho pesado de carregar caixas. Isso era só pra mostrar como o personagem era malvadão? Tão escrachado e caricato que parece um vilão de filme infantil, ridículo.
No final, é uma cópia fajuta de Star Wars com elementos de Avatar, Duna, Exterminador do Futuro, Kill Bill, Vikings e por aí vai. Uma fuleragem sem tamanho que só deve ter recebido um orçamento gigantesco porque o diretor e roteirista é famoso e tem uma legião de fãs, não tem outra explicação.
É uma alegoria irretocável da desinformação na nossa sociedade atual. Como nenhum assunto sério é levado com seriedade e como não chegamos a consensos sobre coisas óbvias. É sobre o coronavírus surgir e líderes mundiais ignorarem o problema, diminuírem, por pura politicagem e/ou ideologia. É sobre a ideologização de coisas que não deveriam ter lado. Um cometa vindo pra Terra é ruim e pronto, não deveríamos ter uma parte da sociedade torcendo pro cometa. É sobre o aquecimento global botar o maior desafio da história da humanidade na nossa frente e ninguém fazer nada, líderes mundiais criarem metas pífias pra lidar com a situação, as pessoas ignorarem e ficarem consumindo mais notícias de fofoca do que do possível "fim do mundo".
Supostos "especialistas" chegam a minimizar a questão do cometa, como a chefe da NASA, que fala que o lance do cometa é muito drama. Quando há informações defendendo os dois lados, em quem acreditar? Em certo momento o Dr. Mindy vai ao programa de TV lá e a repórter pergunta algo tipo "tem boatos de que não existe cometa, ou que existe, mas que pode ser bom, pode ser ruim... estamos tão confusos".
E tem também a representação da alienação quando um ator famoso de Hollywood usa um broche com uma seta pra cima e outra pra baixo, supostamente representando a "neutralidade" sobre a polêmica do cometa, dizendo que as pessoas precisam parar de brigar, precisam entrar em harmonia, e a repórter concorda dizendo "acho que estamos todos cansados de política".
Uma das partes mais engraçadas é quando a "solução" que as pessoas encontram é começar a cavar, pra se esconder no subterrâneo, e assim todo mundo começa a comprar pás e o preço sobe até 500 dólares. Algo semelhante ao que aconteceu com todo mundo estocando papel higiênico e comida no início da pandemia e até com os preços de álcool em gel que dispararam.
Curiosamente o programa The Daily Rip tenta trazer um alívio cômico pras notícias ruins, o que é criticado pelo personagem principal do di Caprio, mas é exatamente o mesmo que esse filme tá tentando fazer: passar uma mensagem bem séria através da comédia.
Não Olhe Para Cima é puro suco da nossa realidade atual.
Eu queria muito gostar de Matrix 4. Sou fã da trilogia. Reassisti os 3 primeiros e o Animatrix pra me preparar. Mas o 4 parece um tributo raso e vazio ao universo de Matrix.
Sim, os personagens de Matrix são esses. A ambientação e a estética são essas. Os elementos de Matrix estão ali. Mas Matrix Resurrections parece que não tem a inteligência, os conflitos filosóficos e nem de longe a originalidade dos primeiros filmes.
O primeiro filme foi uma obra de arte original e marcante. O segundo aprofundou. O terceiro fechou. O quarto veio pra que exatamente? O enredo inteiro parece genérico e sem profundidade. Pareceu uma tentativa desesperada de ressucitar Neo e Trinity, talvez pra "consertar" o final do Revolutions, que muitos não gostaram, ou talvez só pra fazer mais um filme da série e lucrar com isso — coisa que o próprio filme faz piada sobre.
Aliás, a primeira hora do filme é quase toda uma paródia de si mesmo. De falar sobre a falta de originalidade da indústria, das críticas aos reboots, do "trazer de volta uma série depois de encerrada a trilogia" até "a Warner disse que vai fazer, com ou sem a gente", ficou o sentimento de que fazer piada sobre algo sério não torna aquilo menos sério. O reconhecimento de que o 4º filme é possivelmente algo forçado, pra lucrar, não torna o filme melhor.
De certa maneira esse deboche se apresentou durante todo o filme. Primeiro com as tentativas de ser engraçado com piadinhas que pareceram não encaixar, apenas uma tentativa de adaptar a obra ao modelo de filmes contemporâneos que deram certo, como aqueles de heróis lotados de momentos pra rir. Depois o desrespeito aos personagens: Trinity espancando o Analista no final, repetidamente, algo totalmente fora de personagem, enquanto o Neo assiste aparentemente aprovando? Era pra ser um momento cômico? E a volta do Morpheus desfigurado, sem qualquer parte do filme se importar em desenvolver esse "novo" personagem? Passaram 3 filmes desenvolvendo a história do Neo como escolhido, pra no 4 trazerem ele de volta depois do seu sacrifício e ainda fazerem uma recém-acordada Trinity sair voando como se ela fosse também escolhida? Parece que a conclusão inteira da trilogia foi jogada pela janela, o que me pareceu um desrespeito com a própria história de Matrix e com os fãs dos primeiros 3 filmes, que aprenderam a dar valor àquela história, à sua profundidade e seus dilemas. É quase inaceitável.
O corpo de Matrix está lá, mas sem a alma. Teria sido melhor permanecer uma trilogia mesmo.
não era o que sonhava ser, um humano nascido, ainda lida com a perda da Joi encontrando uma propaganda interativa dela gigante na rua. Joi se aproxima e diz, de forma fria e comercial, que ele seria um bom Joe. É latente o contraste com cenas anteriores, em que ele desenvolvia seu afeto pela Joi dele, com ela chorando, parecendo humana, dizendo que ele era amado, um humano, e chamando-o de Joe. E ali na rua, com a cara toda arrebentada e vendo o gigante holograma rosa da Joi, seu castelo de cartas cai. E curiosamente a reação dele é fazer o que os humanos menos esperam de um replicante: agir como um humano.
Nesse ponto o filme me lembrou muito uma passagem de "A Vida de David Gale", outro filme fantástico: "O que significa ser realmente humano é viver por idéias e ideais." K então entrega sua
com certo receio dos replicantes, que fugiram, mataram, se rebelaram e soam como ameaça. Mas aos poucos você e o Deckard começam a enxergar a humanidade deles, ver seus sentimentos e perceber que nada mais querem do que viver. A separação entre humanos e replicantes então cai por terra à medida que passamos a ver ambos como iguais.
Inclusive acho que esse é o único motivo pelo qual o Roy não
matou o Deckard na cena final. Ele sabia que seu tempo estava acabando e se viu desesperado pra viver mais, mas nos seus últimos momentos, quando vê Deckard lutando com todas as suas forças pra não cair pra morte, se vê nele. Aqui toda a reflexão do filme, que vai sendo construída de modo a você e o Deckard enxergarem os replicantes como iguais, se inverte. Agora é o replicante que antes movido pelo ódio vê naquele humano alguém tão desesperado pela vida como ele. E por isso Roy salva Deckard, nos contemplando com um dos discursos mais interessantes que vi num filme, com tudo se perdendo na chuva.
Isso tudo nos faz refletir muito sobre os múltiplos preconceitos ainda presentes na nossa sociedade atual, na exploração sem escrúpulos de povos, classes e outros subgrupos, e também me fez pensar muito em como tratamos os animais: como coisas, escravos a serem confinados, escravizados, assassinados e consumidos, quando na verdade sentem dor e medo, carinho e afeto, e merecem viver livres.
Entrou direto pra minha lista de filmes favoritos.
Não se engane. Sob o verniz da comédia romântica temos um filme bastante politizado. Ainda que não entre a fundo em nenhuma questão, aborda pontualmente racismo, misoginia, preconceito, polarização política, hipocrisia na sociedade. Fala sobre fazer concessões no amor, sobre aceitação do diferente, sobre empoderamento. Cria interessantes dilemas do tipo "manter minha essência ou me vender". Isso além de ser engraçadinho. Achei uma belíssima surpresa.
Excelente como ao invés de mostrar as provas de que a Terra não é plana, o documentário focou nos lados psicológico e social dos envolvidos. Pra mim dá pra resumir o documentário naquela parte que
a Patrícia fala sobre as teorias da conspiração sobre ela. Fala como não importa quantos fatos e provas ela apresente, os conspiracionistas dizem que tudo é falso, tudo é manipulado. Dá pra perceber o cérebro dela dando um nó quando ela percebe que tudo isso, que ela vinha falando sobre as conspirações contra ela, é exatamente o que ela faz pra desacreditar qualquer fato, informação e prova contra a Terra plana.
Também muito importante o final, quando surge a reflexão de que daqui a pouco algumas dessas pessoas começam a chegar em posições de poder e tomar decisões absurdas, como certos governantes que negam o aquecimento global.
Na noite em que se juntaram no amor, Gale e Constance tomaram uma última atitude em direção àquilo que acreditavam. E mataram dois coelhos de uma vez só. Um com a vida destroçada, outro vendo a morte perto, aproveitaram a "oportunidade" e acabaram com os próprios sofrimentos, dando sentido maior às suas vidas.
O advogado, "incompetente", fazia o que era pedido. O caubói não foi ao encontro no posto pois queria mesmo que a fita fosse encontrada. Gale conseguiu a própria execução, que dispensou um discurso final, já que sua armação falava por si só. Provou seu ponto e de quebra ainda arranjou uma grana pra sua família, junto com um singelo cartão para a esposa, livrando-o da culpa pelo estupro. Agradecido, fez questão de deixar à jornalista o seu maior segredo, salvando ela da própria culpa que sentia em não ter conseguido livrar Gale da execução.
O documentário mostra detalhes do impacto do jogo na vida dos jogadores e até no futebol moderno. Nunca botei um terno para jogar a final da Champions, mas é bom saber que tem gente tão louca por FM quanto a gente. Vale muito a pena!
Dos documentários que assisti nesse tema, é o primeiro que aborda com um pouco mais de profundidade a questão psicológica, muito interessante. Mais do que uma mudança na alimentação, temos que mudar a forma de viver, em vários aspectos.
Triste que uma das coisas mais belas da história da medicina seja tão desconhecida. Nosso trabalho é divulgar esse documentário maravilhoso e tentar mudar o mundo devagarinho, começando com a gente e depois compartilhando essas informações que agora temos.
Quando um ator te convence o filme inteiro que o seu personagem é uma coisa, quando na verdade é outra, e faz a mesma coisa contigo 3 anos depois, é porque ele é foda mesmo.
Na última cena do filme, foi bem sutil, mas tive a impressão de que o Martin Vail passa reto por um saguão que seria a saída natural do tribunal, com umonte de repórteres amontoados na porta. Dessa vez, não quis dar entrevista, não quis fama. Culpado, saiu pela porta do estacionamento, pela porta dos fundos.
Caraca, que perda de tempo. Fui assistir achando que ia ser daqueles trashs que te faz rir pelo menos, mas nem isso. Não tenta ser bom e não tenta ser ruim. É medíocre.
O filme é bom pra caramba. Te deixa tenso o tempo todo. Nunca sabemos quem tá falando a verdade ou não. Lembro de uma cena bem do começo do filme, logo após que o jogo começa, em que o Nicholas entra no prédio do escritório olhando para todos os lados, desconfiando de todo mundo. E é bem assim que a gente assiste ao filme inteiro.
Mas mesmo sendo bom, é muito absurdo. Tem tantos furos, tantas coisas inexplicáveis que acontecem que só fariam sentido se algum ser onipresente e onisciente estivesse planejando o jogo. Tanta coisa poderia ter dado errado. Imagina se ele dá o tiro na testa do irmão (ou no saco, haha), ao invés de no peito. Imagina se ele se "suicida" do lado do prédio, ao invés de na parede da frente. "Imagina" se umonte de coisas.
Como disse o Isaias aqui embaixo: "Ame-o ou odeio-o. Eu ainda não me decidi."
Fiquei pensando na ida do John à Terra 2. Chegando lá, apesar da curiosidade do seu "filho" e "mulher", eles não são sua família. São do John 2 digamos assim. Teria a oportunidade de reencontrá-los, vê-los e tal, mas nada a mais que isso. A mulher ama o marido dela - John 2. Não é porque o John da Terra 1 chega lá que isso vai mudar, o que pode acarretar em várias coisas, inclusive numa depressão pior ainda, por ter sua "família" na sua frente, mas sem ter o amor deles.
Na verdade o que aconteceu na Terra 2 depois do dessincronismo dos planetas fica à cargo da nossa imaginação. Viajando aqui cheguei a pensar que na Terra 2, John pode até mesmo ter se separado da sua mulher, dando espaço para um estranho e confuso possível relacionamento do John 1 com sua mulher na Terra 2, assim se reunindo com a família. Apenas especulação, tudo é possível.
Quanto à ida da Rhoda 2 para a Terra 1, faz sentido que ela tenha sido premiada com uma viagem, mas quando acabou o filme o que me veio à cabeça foi o mesmo que o Willian comentou aqui: que o John chegando na Terra 2 "deu um jeito" de mandar a Rhoda de lá para a Terra 1, como uma forma de agradecimento. Se ela proporcionou à ele um reencontro com sua família, ele proporciona à ela um reencontro com ela mesma.
Fiquei estático quando acabou. Horas divagando depois. Filme fantástico.
Essa passagem para mim resume o argumento que o Moore tentou desenvolver sobre a cultura do medo: "Minha estatística preferida é essa: enquanto os assassinatos abaixaram em 20%, a cobertura televisiva dos crimes cresceu 600%".
Engraçado que qualquer comentário sobre esse filme sem graça, maçante e tedioso que não eleve o filme ao status de super clássico blá blá blá leva uns dedões para baixo aqui como se você tivesse defendido o nazismo. Dá licensa
Ghosted: Sem Resposta
2.8 972 rostos conhecidos num roteiro horrendo, nada mais do que isso. Em geral é quase palatável pra assistir com o cérebro desligado, mas teve momentos tão ruins que me arrancaram sinceras gargalhadas:
O protagonista, absolutamente do nada: "Olha, uma planta! Já sei, o código genético da planta é a senha da maleta!". Essa parte pareceu escrita por uma criança que acabou de ouvir sobre código genético na escola.
Outra:
Eles estão num restaurante chique lá, aí do nada "Não sei quantos caça-recompensas têm aqui, mas..." - aí do nada tem uma dezena de criminosos caçadores de recompensas no restaurante, que supostamente estavam ali por coincidência? Horrível
E a participação do Ryan Reynolds eu tô até agora tentando entender. Parece que ele deu uma passada no set de gravação e aproveitaram pra colocar ele de última hora nas filmagens.
Não perca seu tempo, não tem motivo absolutamente nenhum pra assistir isso.
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista Agora"Bella descobriu a felicidade a qualquer momento e precisa compartilhar".
Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo
2.6 305 Assista AgoraEsse é o filme que o ChatGPT criaria se pedissem pra ele misturar um monte de histórias populares de ficção.
Como fã de ficção-científica, infelizmente fui achando que seria uma história original interessante, mas poucas vezes vi um filme tão sem originalidade. Não tem absolutamente nada de novo. Só repetição de coisas que já vimos mil vezes antes. Um clichê atrás do outro.
Eu não conheço o trabalho do Zack Snyder mas o roteiro chega a ser engraçado de tão ruim.
A protagonista
sai pelos planetas recrutando pessoas pra ajudar ela a defender a sua comunidade. Até aí ok, só que ela tá basicamente falando pra essas pessoas arriscarem suas vidas por uma causa que mal conhecem. E ela mal precisa falar nada e todo mundo já vai aceitando, na maior naturalidade.
O recrutamento do general lá é especialmente cômico. O cara tá todo acabado, sem interesse na causa, até que a Kora fala a palavra mágica: "faça por vingança". E aí booom, isso foi suficiente. O convencimento do rebelde Bloodaxe lá pareceu tirado de um filme B de baixo orçamento.
E aquele dispositivo mecânico que imobiliza os personagens? Sério que o mecanismo que MATA a pessoa é o mesmo que SOLTA ela, só muda o lado do giro? Girou pra um lado, matou; girou pro outro, soltou. E aí deram o controle disso nas mãos do amigo da Kora?
E o personagem Kai: ele trai a Kora por que supostamente não quer ficar no lado perdedor da história, tá lutando pela própria sobrevivência de certa forma. Beleza. Mas aí do nada ele se transforma num sádico que quer ver o amigo da Kora matar ela? A traição dele foi por um motivo que até é possível tentar entender, mas do nada ele se torna cruel? Puts, lembrei também do começo do vídeo em que um soldado começa a atirar no único robô que eles têm pra fazer trabalho pesado de carregar caixas. Isso era só pra mostrar como o personagem era malvadão? Tão escrachado e caricato que parece um vilão de filme infantil, ridículo.
No final, é uma cópia fajuta de Star Wars com elementos de Avatar, Duna, Exterminador do Futuro, Kill Bill, Vikings e por aí vai. Uma fuleragem sem tamanho que só deve ter recebido um orçamento gigantesco porque o diretor e roteirista é famoso e tem uma legião de fãs, não tem outra explicação.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraA perfeita representação de uma sociedade que nunca teve tanta informação disponível, mas que nunca foi tão ignorante.
É uma alegoria irretocável da desinformação na nossa sociedade atual. Como nenhum assunto sério é levado com seriedade e como não chegamos a consensos sobre coisas óbvias. É sobre o coronavírus surgir e líderes mundiais ignorarem o problema, diminuírem, por pura politicagem e/ou ideologia. É sobre a ideologização de coisas que não deveriam ter lado. Um cometa vindo pra Terra é ruim e pronto, não deveríamos ter uma parte da sociedade torcendo pro cometa. É sobre o aquecimento global botar o maior desafio da história da humanidade na nossa frente e ninguém fazer nada, líderes mundiais criarem metas pífias pra lidar com a situação, as pessoas ignorarem e ficarem consumindo mais notícias de fofoca do que do possível "fim do mundo".
Supostos "especialistas" chegam a minimizar a questão do cometa, como a chefe da NASA, que fala que o lance do cometa é muito drama. Quando há informações defendendo os dois lados, em quem acreditar? Em certo momento o Dr. Mindy vai ao programa de TV lá e a repórter pergunta algo tipo "tem boatos de que não existe cometa, ou que existe, mas que pode ser bom, pode ser ruim... estamos tão confusos".
E tem também a representação da alienação quando um ator famoso de Hollywood usa um broche com uma seta pra cima e outra pra baixo, supostamente representando a "neutralidade" sobre a polêmica do cometa, dizendo que as pessoas precisam parar de brigar, precisam entrar em harmonia, e a repórter concorda dizendo "acho que estamos todos cansados de política".
Uma das partes mais engraçadas é quando a "solução" que as pessoas encontram é começar a cavar, pra se esconder no subterrâneo, e assim todo mundo começa a comprar pás e o preço sobe até 500 dólares. Algo semelhante ao que aconteceu com todo mundo estocando papel higiênico e comida no início da pandemia e até com os preços de álcool em gel que dispararam.
Curiosamente o programa The Daily Rip tenta trazer um alívio cômico pras notícias ruins, o que é criticado pelo personagem principal do di Caprio, mas é exatamente o mesmo que esse filme tá tentando fazer: passar uma mensagem bem séria através da comédia.
Não Olhe Para Cima é puro suco da nossa realidade atual.
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraDesnecessário.
Eu queria muito gostar de Matrix 4. Sou fã da trilogia. Reassisti os 3 primeiros e o Animatrix pra me preparar. Mas o 4 parece um tributo raso e vazio ao universo de Matrix.
Sim, os personagens de Matrix são esses. A ambientação e a estética são essas. Os elementos de Matrix estão ali. Mas Matrix Resurrections parece que não tem a inteligência, os conflitos filosóficos e nem de longe a originalidade dos primeiros filmes.
O primeiro filme foi uma obra de arte original e marcante. O segundo aprofundou. O terceiro fechou. O quarto veio pra que exatamente? O enredo inteiro parece genérico e sem profundidade. Pareceu uma tentativa desesperada de ressucitar Neo e Trinity, talvez pra "consertar" o final do Revolutions, que muitos não gostaram, ou talvez só pra fazer mais um filme da série e lucrar com isso — coisa que o próprio filme faz piada sobre.
Aliás, a primeira hora do filme é quase toda uma paródia de si mesmo. De falar sobre a falta de originalidade da indústria, das críticas aos reboots, do "trazer de volta uma série depois de encerrada a trilogia" até "a Warner disse que vai fazer, com ou sem a gente", ficou o sentimento de que fazer piada sobre algo sério não torna aquilo menos sério. O reconhecimento de que o 4º filme é possivelmente algo forçado, pra lucrar, não torna o filme melhor.
De certa maneira esse deboche se apresentou durante todo o filme. Primeiro com as tentativas de ser engraçado com piadinhas que pareceram não encaixar, apenas uma tentativa de adaptar a obra ao modelo de filmes contemporâneos que deram certo, como aqueles de heróis lotados de momentos pra rir. Depois o desrespeito aos personagens: Trinity espancando o Analista no final, repetidamente, algo totalmente fora de personagem, enquanto o Neo assiste aparentemente aprovando? Era pra ser um momento cômico? E a volta do Morpheus desfigurado, sem qualquer parte do filme se importar em desenvolver esse "novo" personagem? Passaram 3 filmes desenvolvendo a história do Neo como escolhido, pra no 4 trazerem ele de volta depois do seu sacrifício e ainda fazerem uma recém-acordada Trinity sair voando como se ela fosse também escolhida? Parece que a conclusão inteira da trilogia foi jogada pela janela, o que me pareceu um desrespeito com a própria história de Matrix e com os fãs dos primeiros 3 filmes, que aprenderam a dar valor àquela história, à sua profundidade e seus dilemas. É quase inaceitável.
O corpo de Matrix está lá, mas sem a alma. Teria sido melhor permanecer uma trilogia mesmo.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraO fantástico arco narrativo de quase 3 horas do K vira de fato 180º quando ele depois de descobrir que
não era o que sonhava ser, um humano nascido, ainda lida com a perda da Joi encontrando uma propaganda interativa dela gigante na rua. Joi se aproxima e diz, de forma fria e comercial, que ele seria um bom Joe. É latente o contraste com cenas anteriores, em que ele desenvolvia seu afeto pela Joi dele, com ela chorando, parecendo humana, dizendo que ele era amado, um humano, e chamando-o de Joe. E ali na rua, com a cara toda arrebentada e vendo o gigante holograma rosa da Joi, seu castelo de cartas cai. E curiosamente a reação dele é fazer o que os humanos menos esperam de um replicante: agir como um humano.
Nesse ponto o filme me lembrou muito uma passagem de "A Vida de David Gale", outro filme fantástico: "O que significa ser realmente humano é viver por idéias e ideais." K então entrega sua
vida pra lutar contra aquilo que até ontem ele defendia e se sacrifica pra unir um pai com uma filha.
A cena final do K na escada nevada é triste, desoladora e ao mesmo tempo linda de se ver.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraBlade Runner não é sobre tecnologia ou futuro. É sobre humanidade. O que é ser humano e o que nos separa?
Creio que a chave pra entender o filme é o Deckard, personagem principal, porque assistindo o filme você passa pela mesma jornada que ele. Começa
com certo receio dos replicantes, que fugiram, mataram, se rebelaram e soam como ameaça. Mas aos poucos você e o Deckard começam a enxergar a humanidade deles, ver seus sentimentos e perceber que nada mais querem do que viver. A separação entre humanos e replicantes então cai por terra à medida que passamos a ver ambos como iguais.
Inclusive acho que esse é o único motivo pelo qual o Roy não
matou o Deckard na cena final. Ele sabia que seu tempo estava acabando e se viu desesperado pra viver mais, mas nos seus últimos momentos, quando vê Deckard lutando com todas as suas forças pra não cair pra morte, se vê nele. Aqui toda a reflexão do filme, que vai sendo construída de modo a você e o Deckard enxergarem os replicantes como iguais, se inverte. Agora é o replicante que antes movido pelo ódio vê naquele humano alguém tão desesperado pela vida como ele. E por isso Roy salva Deckard, nos contemplando com um dos discursos mais interessantes que vi num filme, com tudo se perdendo na chuva.
Isso tudo nos faz refletir muito sobre os múltiplos preconceitos ainda presentes na nossa sociedade atual, na exploração sem escrúpulos de povos, classes e outros subgrupos, e também me fez pensar muito em como tratamos os animais: como coisas, escravos a serem confinados, escravizados, assassinados e consumidos, quando na verdade sentem dor e medo, carinho e afeto, e merecem viver livres.
Entrou direto pra minha lista de filmes favoritos.
Contágio
3.2 1,8K Assista AgoraCorrida aos mercados, dificuldade em criar vacina, isolamento social, médicos morrendo da doença, teorias da conspiração.
Em "Contágio" o vírus é bem mais letal. Mas fora isso, o filme já previa com precisão algumas das coisas pelas quais estamos passando.
Taylor Swift: Miss Americana
4.0 215 Assista AgoraGrande artista, ganhou meu máximo respeito com esse documentário.
Casal Improvável
3.4 290 Assista AgoraNão se engane. Sob o verniz da comédia romântica temos um filme bastante politizado. Ainda que não entre a fundo em nenhuma questão, aborda pontualmente racismo, misoginia, preconceito, polarização política, hipocrisia na sociedade. Fala sobre fazer concessões no amor, sobre aceitação do diferente, sobre empoderamento. Cria interessantes dilemas do tipo "manter minha essência ou me vender". Isso além de ser engraçadinho. Achei uma belíssima surpresa.
A Terra é Plana
3.5 196Excelente como ao invés de mostrar as provas de que a Terra não é plana, o documentário focou nos lados psicológico e social dos envolvidos. Pra mim dá pra resumir o documentário naquela parte que
a Patrícia fala sobre as teorias da conspiração sobre ela. Fala como não importa quantos fatos e provas ela apresente, os conspiracionistas dizem que tudo é falso, tudo é manipulado. Dá pra perceber o cérebro dela dando um nó quando ela percebe que tudo isso, que ela vinha falando sobre as conspirações contra ela, é exatamente o que ela faz pra desacreditar qualquer fato, informação e prova contra a Terra plana.
A Vida de David Gale
4.2 945 Assista Agora"O que significa ser realmente humano é viver por idéias e ideais."
Na noite em que se juntaram no amor, Gale e Constance tomaram uma última atitude em direção àquilo que acreditavam. E mataram dois coelhos de uma vez só. Um com a vida destroçada, outro vendo a morte perto, aproveitaram a "oportunidade" e acabaram com os próprios sofrimentos, dando sentido maior às suas vidas.
O advogado, "incompetente", fazia o que era pedido. O caubói não foi ao encontro no posto pois queria mesmo que a fita fosse encontrada. Gale conseguiu a própria execução, que dispensou um discurso final, já que sua armação falava por si só. Provou seu ponto e de quebra ainda arranjou uma grana pra sua família, junto com um singelo cartão para a esposa, livrando-o da culpa pelo estupro. Agradecido, fez questão de deixar à jornalista o seu maior segredo, salvando ela da própria culpa que sentia em não ter conseguido livrar Gale da execução.
An Alternative Reality: The Football Manager Documentary
4.4 3O documentário mostra detalhes do impacto do jogo na vida dos jogadores e até no futebol moderno. Nunca botei um terno para jogar a final da Champions, mas é bom saber que tem gente tão louca por FM quanto a gente. Vale muito a pena!
Sentidos do Amor
4.1 1,2KSe não sobrar nada, ainda sobra o amor.
Hungry for Change
4.1 11Dos documentários que assisti nesse tema, é o primeiro que aborda com um pouco mais de profundidade a questão psicológica, muito interessante. Mais do que uma mudança na alimentação, temos que mudar a forma de viver, em vários aspectos.
O Milagre de Gerson
4.2 16Triste que uma das coisas mais belas da história da medicina seja tão desconhecida. Nosso trabalho é divulgar esse documentário maravilhoso e tentar mudar o mundo devagarinho, começando com a gente e depois compartilhando essas informações que agora temos.
O Alimento é Importante
4.0 53Não tem como assistir e não agir. Eu já tomei minha decisão.
As Duas Faces de um Crime
4.1 1,0K Assista AgoraQuando um ator te convence o filme inteiro que o seu personagem é uma coisa, quando na verdade é outra, e faz a mesma coisa contigo 3 anos depois, é porque ele é foda mesmo.
Na última cena do filme, foi bem sutil, mas tive a impressão de que o Martin Vail passa reto por um saguão que seria a saída natural do tribunal, com umonte de repórteres amontoados na porta. Dessa vez, não quis dar entrevista, não quis fama. Culpado, saiu pela porta do estacionamento, pela porta dos fundos.
Orc Wars
1.6 11Caraca, que perda de tempo. Fui assistir achando que ia ser daqueles trashs que te faz rir pelo menos, mas nem isso. Não tenta ser bom e não tenta ser ruim. É medíocre.
Vidas em Jogo
3.8 726 Assista AgoraO filme é bom pra caramba. Te deixa tenso o tempo todo. Nunca sabemos quem tá falando a verdade ou não. Lembro de uma cena bem do começo do filme, logo após que o jogo começa, em que o Nicholas entra no prédio do escritório olhando para todos os lados, desconfiando de todo mundo. E é bem assim que a gente assiste ao filme inteiro.
Mas mesmo sendo bom, é muito absurdo. Tem tantos furos, tantas coisas inexplicáveis que acontecem que só fariam sentido se algum ser onipresente e onisciente estivesse planejando o jogo. Tanta coisa poderia ter dado errado. Imagina se ele dá o tiro na testa do irmão (ou no saco, haha), ao invés de no peito. Imagina se ele se "suicida" do lado do prédio, ao invés de na parede da frente. "Imagina" se umonte de coisas.
Como disse o Isaias aqui embaixo: "Ame-o ou odeio-o. Eu ainda não me decidi."
A Outra Terra
3.7 874 Assista AgoraFiquei pensando na ida do John à Terra 2. Chegando lá, apesar da curiosidade do seu "filho" e "mulher", eles não são sua família. São do John 2 digamos assim. Teria a oportunidade de reencontrá-los, vê-los e tal, mas nada a mais que isso. A mulher ama o marido dela - John 2. Não é porque o John da Terra 1 chega lá que isso vai mudar, o que pode acarretar em várias coisas, inclusive numa depressão pior ainda, por ter sua "família" na sua frente, mas sem ter o amor deles.
Na verdade o que aconteceu na Terra 2 depois do dessincronismo dos planetas fica à cargo da nossa imaginação. Viajando aqui cheguei a pensar que na Terra 2, John pode até mesmo ter se separado da sua mulher, dando espaço para um estranho e confuso possível relacionamento do John 1 com sua mulher na Terra 2, assim se reunindo com a família. Apenas especulação, tudo é possível.
Quanto à ida da Rhoda 2 para a Terra 1, faz sentido que ela tenha sido premiada com uma viagem, mas quando acabou o filme o que me veio à cabeça foi o mesmo que o Willian comentou aqui: que o John chegando na Terra 2 "deu um jeito" de mandar a Rhoda de lá para a Terra 1, como uma forma de agradecimento. Se ela proporcionou à ele um reencontro com sua família, ele proporciona à ela um reencontro com ela mesma.
Fiquei estático quando acabou. Horas divagando depois. Filme fantástico.
É o Fim
3.0 2,0K Assista Agora"Anything?"
Tiros em Columbine
4.2 350Essa passagem para mim resume o argumento que o Moore tentou desenvolver sobre a cultura do medo: "Minha estatística preferida é essa: enquanto os assassinatos abaixaram em 20%, a cobertura televisiva dos crimes cresceu 600%".
Clube dos Cinco
4.2 2,6K Assista AgoraEngraçado que qualquer comentário sobre esse filme sem graça, maçante e tedioso que não eleve o filme ao status de super clássico blá blá blá leva uns dedões para baixo aqui como se você tivesse defendido o nazismo. Dá licensa