Aflorem suas percepções, reparem muito no enquadramento, na fotografia, nas cores usadas e não pisquem. O filme tem poucos diálogos, porém tem muito a dizer.
"Somos um bando de gente que comete os mesmos erros várias vezes. Não sei porque achamos que vai ser diferente em outro lugar..."
Essa doeu, hein!
É evidente os furos e falta de desenvolvimento no roteiro. Tinha uma premissa genial que poderia ter sido bem aproveitada. Mas de qualquer forma faz pensar. Os últimos 20min é de detonar o coraçãozinho.
Pouco sei sobre o mundo da fotografia, mas percebo o quão fascinante é poder guardar um pedacinho de cada tempo, de cada cultura, de cada detalhe, além de conhecer as várias interpretações que os fotógrafos tem desse fazer tão importante. Muitas questões são levantadas: quais as relações entre cor e forma? A câmera importa ou ela é o que menos importa? É preciso se atentar para a técnica? Qual a relação com o que é fotografado? A composição existe? Ou as coisas e as pessoas já estão na realidade, e só é documentado um fragmento desse caos? O documentário ajuda a pensar nisso e em muitas outras coisas interessantíssimas, indico fortemente! <3
Com uma fotografia e edição impecáveis, Yorgos Lanthimos nos deixa desconfortáveis, mais uma vez aqui. Pra quem já viu The Lobster e Kynodontas, identifica as relações e os diálogos duros entre os personagens, a forma como eles lidam com os conflitos... nos surpreendemos porque na maior parte do tempo não esperamos determinadas atitudes, sem contar que os temas abordados pelo diretor, em todos seus filmes, são bem inusitados: indico muito! Mas, ainda sim, Kynodontas continua sendo meu filme preferido dele, o desenvolvimento e as discussões que aquele traz me interessaram mais.
Magnólia foi um filme fora dos padrões nos anos 90, original e inovador, o núcleo do filme conta com protagonistas importantíssimos para a trama, conta histórias cruas... embarcar em um filme de Paul Thomas Anderson é literalmente fazer parte do seu mundo. Você repara nos detalhes com o zoom, os cortes bruscos de cenas, mas mesmo assim acompanha o objeto o tempo todo porque a câmera não para. Cada história dos protagonistas carregam suas singularidades, carregam o que há de mais humano (e desumano) em nós, é um reflexo crítico e constante da vida. Além dos significados que alimentam o filme, já listados por outros comentários aqui, eu penso que
é um filme sobre escolhas, mas que nos lembra como o controle total escapa de nossas mãos, e que "coisas podem acontecer o tempo todo", inclusive quando não esperamos... uma briga, uma morte, um segundo, um encontro, responder sim ou não, a vida é curta? a vida é longa? podemos nos arrepender? o que pode ser perdoado? o tempo não volta nunca mais e traz marcas significativas nas pessoas, compõem quem elas são, um trauma de infância, um abuso infantil, casamento por dinheiro, suicídio, traição, doenças...
sério, no começo eu demorei para entrar no filme, mas depois de um certo tempo eu já tinha descido ladeira abaixo com a história, me permiti, me entreguei. Vale a experiência, vale cada reflexão.
Documentário essencial para ter um parâmetro do que é o sistema penitenciário nos EUA desde de sua origem, bem como seus vários desdobramentos e consequências desastrosas. Sugiro a série "Olhos que Condenam", da mesma diretora. "Time: The Kalief Browder Story" de Jenner Furst, o caso dele foi citado nesse doc. Sugiro fortemente também "Infiltrado na Klan" de Spike Lee.
"As pessoas dizem: como as pessoas podiam tolerar a escravidão? Como podem ter aceitado isso? Como as pessoas podem ter participado de linchamentos? Como as pessoas justificavam a segregação, a separação de negros e brancos... Isso é loucura. Se eu vivesse naquela época nunca teria tolerado algo assim.
A verdade é que estamos vivendo nessa época e estamos tolerando."
- A Sra. Jacob falando sobre os filhos, a falta de amor, e ausência de sentido em sua vida: "A vida que levei sufocou meu potencial. Chegou a hora de mudar isso. O primeiro passo é o divórcio. Meu marido e eu... anulamos um ao outro". - Johan contando sobre o caso que levava com Paula, um louco desvairado falando tudo que estava engasgado há anos, exaltando as angústias. Ele foi frio. A cena foi doída. - Marianne lendo o diário, aquelas lindas fotos passando, que mulher maravilhosa, que crítica ao modo como levamos a vida - ou melhor - como não levamos. Verei esse trecho mais vezes, é de uma extrema delicadeza e sensibilidade que transcende a tela e toca a vida. - Na mesa do escritório, Marianne se exaltando, expondo suas ideias e sentimentos dormentes, foi digno. Torci para ela não se render aos dramas de Johan. - Da agressão física, e meu ódio pujante por Johan - mais uma vez - nessa cena. - O olhar de Johan e seu ar de desprezo enquanto Eva o criticava. - Todas as cenas finais em que Marianne e Johan estavam na casa de Fredrik. (Entre outras cenas).
As cobranças sociais massacram relacionamentos, mas a mentira, encenação, traição e a falta de sinceridade também o fazem. Bergman só nos mostrou de forma real e bruta as consequências dessas escolhas e atitudes. São tantos momentos, diálogos, close ups, tapas na cara... que só assistindo pra entender mesmo.
Como Markus pode ser tão maravilhoso e apaixonante? Que homem, que delicadeza, que simplicidade.
O filme enfoca as sutilezas do amor, coloca em xeque a cobrança da aparência, o status, o trabalho, o poder aquisitivo, o medo. Filme dedicado ao sentimento que se livra das amarras socialmente impostas. Um tanto difícil, né? Pode ser... mas o filme vale pelas críticas que são necessárias, faz com que repensemos alguns conceitos.
Fiquei tão envolvida e convivendo com os três que quando olho para o poster do filme sinto que já os conheço.
Cada personagem tem uma característica que mexe com a gente: Veronika e sua(s) maneira(s) de dizer tudo o que pensa e sente. Marie tão mãe de Alexandre que ao mesmo tempo em que briga e o critica, ela passa a mão em sua cabeça. Alexandre é mesquinho, machista, perdido na vida, como a própria Marie diz: "Só pensa em si mesmo. Não faz nada por ninguém (...) Só sabe drenar as pessoas". Ele faz cenas de ciúmes, é possessivo com Marie, onde esta não "pode" ter relação aberta, enquanto Alexandre as tem.
Veronika, mesmo sendo um pouco melancólica e sombria, que abusa de roupas pretas que escondem todo corpo, é aberta aos desejos e despe sua alma em relações, em boates e bebidas. É uma mulher dona de si, dona do seu corpo e de suas vontades. Acho tão lindo quando ela fala sobre sexo, sobre a mulher ter vontade de o fazê-lo e que não deve se sentir puta por isso. Afinal, "o que significa a palavra puta?". "Por que dão tanta importância às histórias de sexo?". Ela não dá a mínima para o sexo.
Diz que o sexo é sórdido, talvez é sórdido quando não há amor? Ela se envolve com o casal porque ali há "amor", algo que ela nunca sentiu... talvez? Não sei. Não entendi muito bem o que ela quis dizer. Veronika coloca em xeque também o amor, mas não fica muito claro qual a sua percepção. Nesse seu monólogo, mesmo acompanhada, ela está solitária e chora, expõe tudo o que sente, e isso é tão humano.
Muitas mulheres gostariam de ter a liberdade e coragem que Veronika tem
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Esperando Bojangles
3.9 9 Assista Agora"Eu prometo amar as mulheres que você será e segui-las a qualquer lugar." ♥
Começa em uma bagunça, depois cria a densidade que precisa... os diálogos são maravilhosos!
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraNo começo eu pensei: "que filme doido é esse"?
E conforme foi passando o tempo... "que filme genial é esse? não tô dando conta".
Fala pouco, mas diz tanto!
Aflorem suas percepções, reparem muito no enquadramento, na fotografia, nas cores usadas e não pisquem. O filme tem poucos diálogos, porém tem muito a dizer.
Monsieur e Madame Adelman
4.1 134Não sei se eu estava vendo um filme ou se estava em um brinquedo de montanha russa.
Prepara as emoções aí, minha gente!
Um caso de amor, indignação e ódio, no mínimo! Haha <3
A Descoberta
3.3 385 Assista Agora"Somos um bando de gente que comete os mesmos erros várias vezes. Não sei porque achamos que vai ser diferente em outro lugar..."
Essa doeu, hein!
É evidente os furos e falta de desenvolvimento no roteiro. Tinha uma premissa genial que poderia ter sido bem aproveitada. Mas de qualquer forma faz pensar. Os últimos 20min é de detonar o coraçãozinho.
Close-Up: Photographers at Work
4.2 1Pouco sei sobre o mundo da fotografia, mas percebo o quão fascinante é poder guardar um pedacinho de cada tempo, de cada cultura, de cada detalhe, além de conhecer as várias interpretações que os fotógrafos tem desse fazer tão importante.
Muitas questões são levantadas: quais as relações entre cor e forma? A câmera importa ou ela é o que menos importa? É preciso se atentar para a técnica? Qual a relação com o que é fotografado? A composição existe? Ou as coisas e as pessoas já estão na realidade, e só é documentado um fragmento desse caos?
O documentário ajuda a pensar nisso e em muitas outras coisas interessantíssimas, indico fortemente! <3
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraCom uma fotografia e edição impecáveis, Yorgos Lanthimos nos deixa desconfortáveis, mais uma vez aqui.
Pra quem já viu The Lobster e Kynodontas, identifica as relações e os diálogos duros entre os personagens, a forma como eles lidam com os conflitos... nos surpreendemos porque na maior parte do tempo não esperamos determinadas atitudes, sem contar que os temas abordados pelo diretor, em todos seus filmes, são bem inusitados: indico muito!
Mas, ainda sim, Kynodontas continua sendo meu filme preferido dele, o desenvolvimento e as discussões que aquele traz me interessaram mais.
Achei que na cena final, quando Martin está encarando a família, ele iria encarar a câmera (nós) depois. Fiquei tensa.
Magnólia
4.1 1,3K Assista AgoraMagnólia foi um filme fora dos padrões nos anos 90, original e inovador, o núcleo do filme conta com protagonistas importantíssimos para a trama, conta histórias cruas... embarcar em um filme de Paul Thomas Anderson é literalmente fazer parte do seu mundo.
Você repara nos detalhes com o zoom, os cortes bruscos de cenas, mas mesmo assim acompanha o objeto o tempo todo porque a câmera não para.
Cada história dos protagonistas carregam suas singularidades, carregam o que há de mais humano (e desumano) em nós, é um reflexo crítico e constante da vida.
Além dos significados que alimentam o filme, já listados por outros comentários aqui, eu penso que
é um filme sobre escolhas, mas que nos lembra como o controle total escapa de nossas mãos, e que "coisas podem acontecer o tempo todo", inclusive quando não esperamos... uma briga, uma morte, um segundo, um encontro, responder sim ou não, a vida é curta? a vida é longa? podemos nos arrepender? o que pode ser perdoado? o tempo não volta nunca mais e traz marcas significativas nas pessoas, compõem quem elas são, um trauma de infância, um abuso infantil, casamento por dinheiro, suicídio, traição, doenças...
sério, no começo eu demorei para entrar no filme, mas depois de um certo tempo eu já tinha descido ladeira abaixo com a história, me permiti, me entreguei.
Vale a experiência, vale cada reflexão.
A 13ª Emenda
4.6 354 Assista AgoraDocumentário essencial para ter um parâmetro do que é o sistema penitenciário nos EUA desde de sua origem, bem como seus vários desdobramentos e consequências desastrosas.
Sugiro a série "Olhos que Condenam", da mesma diretora.
"Time: The Kalief Browder Story" de Jenner Furst, o caso dele foi citado nesse doc.
Sugiro fortemente também "Infiltrado na Klan" de Spike Lee.
Fica a reflexão:
"As pessoas dizem:
como as pessoas podiam tolerar a escravidão? Como podem ter aceitado isso? Como as pessoas podem ter participado de linchamentos? Como as pessoas justificavam a segregação, a separação de negros e brancos... Isso é loucura. Se eu vivesse naquela época nunca teria tolerado algo assim.
A verdade é que estamos vivendo nessa época e estamos tolerando."
O que dizer das cenas históricas quando são contrastadas com as cenas de agora? Mesmos erros com roupagens diferentes.
A Excêntrica Família de Antonia
4.3 359Mulheres e suas forças indomáveis...
Obrigada por nos retratar tão maravilhosamente bem, Marleen Gorris!
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista Agora"Tudo que ele queria era um cobertor..."
Cenas de um Casamento
4.4 232Cenas que ficarão na minha mente:
- A Sra. Jacob falando sobre os filhos, a falta de amor, e ausência de sentido em sua vida: "A vida que levei sufocou meu potencial. Chegou a hora de mudar isso. O primeiro passo é o divórcio. Meu marido e eu... anulamos um ao outro".
- Johan contando sobre o caso que levava com Paula, um louco desvairado falando tudo que estava engasgado há anos, exaltando as angústias. Ele foi frio. A cena foi doída.
- Marianne lendo o diário, aquelas lindas fotos passando, que mulher maravilhosa, que crítica ao modo como levamos a vida - ou melhor - como não levamos. Verei esse trecho mais vezes, é de uma extrema delicadeza e sensibilidade que transcende a tela e toca a vida.
- Na mesa do escritório, Marianne se exaltando, expondo suas ideias e sentimentos dormentes, foi digno. Torci para ela não se render aos dramas de Johan.
- Da agressão física, e meu ódio pujante por Johan - mais uma vez - nessa cena.
- O olhar de Johan e seu ar de desprezo enquanto Eva o criticava.
- Todas as cenas finais em que Marianne e Johan estavam na casa de Fredrik.
(Entre outras cenas).
As cobranças sociais massacram relacionamentos, mas a mentira, encenação, traição e a falta de sinceridade também o fazem. Bergman só nos mostrou de forma real e bruta as consequências dessas escolhas e atitudes.
São tantos momentos, diálogos, close ups, tapas na cara... que só assistindo pra entender mesmo.
Acordar para a Vida
4.3 789Duvido que você não se encontre em alguma conversa, em alguma palavra, em algum momento dessa obra.
Esse filme é uma experiência existencial.
A Delicadeza do Amor
3.9 919 Assista AgoraComo Markus pode ser tão maravilhoso e apaixonante? Que homem, que delicadeza, que simplicidade.
O filme enfoca as sutilezas do amor, coloca em xeque a cobrança da aparência, o status, o trabalho, o poder aquisitivo, o medo. Filme dedicado ao sentimento que se livra das amarras socialmente impostas. Um tanto difícil, né? Pode ser... mas o filme vale pelas críticas que são necessárias, faz com que repensemos alguns conceitos.
O final é de encher o coração de alegria.
A Mãe e a Puta
4.3 95Fiquei tão envolvida e convivendo com os três que quando olho para o poster do filme sinto que já os conheço.
Cada personagem tem uma característica que mexe com a gente: Veronika e sua(s) maneira(s) de dizer tudo o que pensa e sente.
Marie tão mãe de Alexandre que ao mesmo tempo em que briga e o critica, ela passa a mão em sua cabeça. Alexandre é mesquinho, machista, perdido na vida, como a própria Marie diz: "Só pensa em si mesmo. Não faz nada por ninguém (...) Só sabe drenar as pessoas". Ele faz cenas de ciúmes, é possessivo com Marie, onde esta não "pode" ter relação aberta, enquanto Alexandre as tem.
Veronika, mesmo sendo um pouco melancólica e sombria, que abusa de roupas pretas que escondem todo corpo, é aberta aos desejos e despe sua alma em relações, em boates e bebidas.
É uma mulher dona de si, dona do seu corpo e de suas vontades.
Acho tão lindo quando ela fala sobre sexo, sobre a mulher ter vontade de o fazê-lo e que não deve se sentir puta por isso. Afinal, "o que significa a palavra puta?". "Por que dão tanta importância às histórias de sexo?". Ela não dá a mínima para o sexo.
Diz que o sexo é sórdido, talvez é sórdido quando não há amor? Ela se envolve com o casal porque ali há "amor", algo que ela nunca sentiu... talvez? Não sei. Não entendi muito bem o que ela quis dizer.
Veronika coloca em xeque também o amor, mas não fica muito claro qual a sua percepção. Nesse seu monólogo, mesmo acompanhada, ela está solitária e chora, expõe tudo o que sente, e isso é tão humano.
Muitas mulheres gostariam de ter a liberdade e coragem que Veronika tem