Clássico moderno. O livro é uma baita reflexão sobre a mudanças de gerações e o filme não fica atrás. Os monólogos do Tommy Lee Jones são bem pontuais e mostram que apesar do trabalho, ele nunca teve um contato com uma força da natureza como o Chiguhr. E que baita atuação do Barden, talvez nunca superem esse personagem no cinema. Metódico, frio, extremamente inteligente e pontual. Enfim, pra uns pode ser um filme extremamente monótono com umas cenas de ação, mas pra quem curte western moderno, é um prato cheio.
Meu primeiro filme do Haneke. Estava anos baixado aqui mas eu nunca tinha tido disposição pra assistir.
Hoje, 14/04/24, a disposição surgiu e meus amigos... Que obra.
Acho que por eu ter assistido o sofrível Speak No Evil (que claramente tem inspiração em Funny Games) eu já esperava um filme onde o pai de família é um inútil, a mãe uma figura sofrível, mas resiliente e bom... A criança é a vítima. Mas nada me preparou pra um personagem tão frouxo como o pai dessa família. O sujeito tomou uma porrada no joelho e ficou de fralda cheia o filme inteiro. Foi de longe o que eu mais odiei durante toda a história.
O que também me pegou de surpresa foi a quebra da quarta parede, uma boa sacada que eu simplesmente sentei direito no sofá e prestei mais atenção... Até o ato final do filme. Que quebra de expectativas, meu Deus. Até demorei pra entender o que tinha acontecido.
E bom, a cena do controle remoto é tão fora do roteiro que eu não tive certeza se tinha gostado, mas entendi que era uma metáfora pra "ele estava tão no controle da situação que isso jamais aconteceria". Genial.
Não lembro o nome de nenhum personagem direito, Mas o Jorginho pai merece todo meu ódio pelo simples fato de ter parado pra comer um pão enquanto a situação mais traumática da vida acontecia.
Espero que não façam o Ariano Suassuna se revirar no túmulo. A história sequer precisava dessa continuação, mas o cinema tem aquela necessidade patológica de não largar o osso. Já temos poucos filmes nacionais que são considerados clássicos, aí os caras vão lá e criam uma continuação.
Um pouco previsível, mas muito bom. Adorei ver o Robin Williams em um papel dramático (não considero Homem Bicentenário um drama). Uma narrativa bem linear envolvendo culpa e meias verdades. Vale a pena o tempo investido.
E se fizéssemos o Anthony Hopkins interpretar mais um criminoso inteligente, mas não tão inteligente e carismático quanto o Hannibal? Aí saiu esse filme.
Sinceramente, uma das coisas mais aterrorizantes, sufocantes e geniais que já vi. E o pior, é real.
Histórias de stalkers/perseguidores existem ao montes, mas eu nunca tinha visto um ponto de vista onde a vítima sente uma breve empatia pelo perseguidor. É incrível como a série dá uma virada de 180º no 4º episódio e as coisas começam a se encaixar e tudo parece fazer sentido.
Gosto de como o protagonista/criador não esconde os sentimentos, ele se expõe e diz (mais de uma vez) que a validação da Martha era algo que no fundo, ele gostava. Ela não era atraente, mas admirava, validava e elogiava ele, um fod*do que não tinha nenhuma personalidade marcante até ela colocar uma lupa sobre ele e tornar ele, o centro da existência dela.
Vale a pena procurar sobre limerência e o que ela significa, somente assim você entende como a mente de pessoas como a Martha funcionam. E garanto, vocês não irão gostar.
Mais um grandíssimo "nada acontece feijoada" da A24 (junto com Moonlight, A Ghost Story, Aftersun, Minari).
Mas esse aqui é legal, pegou bem na minha artéria femoral (ui, rimou). Nada é pior na nossa vida do que um eterno "E se...". Vivemos a sombra do que poderíamos ter sido, vivido e nos tornado. E esse filme aborda isso de forma muito sutil, de duas pessoas que olham constantemente pro passado e que estão em busca de suas próprias raízes. Ela, numa forma de se conectar a terra que abandonou cedo. Ele, num amor não-dito. E esse arco se estende por mais de 20 anos, com ambos crescidos, com vivências diferentes e mentalidades diferentes.
Até o idioma estrangeiro (americano) só é dialogado depois que a personagem "rompe" com seu passado. Um detalhe que não passou despercebido.
Confesso que ali no take final, eu fiquei com receio de acontecer algo que ARRUINARIA tudo, afinal o marido da nora não merecia aquele tipo de situação vexatória. Mas o filme não se destrói, muito pelo contrário, ele se sustenta com muito esforço e lágrimas.
Acho que fui injusto, esse filme acontece coisa pra caralho. Basta você deixar seus ressentimentos completarem as lacunas do roteiro.
Infelizmente a intenção DÚBIA que o roteiro propõe desde o início, foi arruinada pra mim porque me interessei pelo filme quando vi um corte de uma das cenas mais emblemáticas e reveladoras do filme.
Isso por si só, já meio que tirou o peso que a obra iria me propor, como se eu também estivesse julgando a protagonista de antemão.
Sim, o marido dela era problemático e claramente se sentia o prefeito da Coitadolândia, mas você não empurra uma pessoa pro precipício mesmo numa situação difícil. É um ótimo filme, realmente vale o hype que foi proposto, mas fica claro ali que a manipulação foi descarada.
Bom, eu confesso que esperava bem mais do filme. O "Moonlight" de relações parentais. Extremamente contemplativo, cheio de subcamadas que só resta a você mesmo interpretar o que está acontecendo. Meu medo era o
Um baita dorama. Deduzi algumas coisas corretamente (o atropelamento, o benfeitor etc), mas mas não tava preparado pro que viria a seguir. Depois do quarto episódio (sim, só nele) que o egoísmo do protagonista vai sendo desconstruído pouco a pouco. A quinta e última morte são cruéis.
Me irritou um pouco o sujeito ser tão tapado e só de dar conta das pessoas que ele deixou pra trás depois de vários episódios, mas é bom que isso foi inserido antes senão ficaria muito forçado o que aconteceu no último episódio (que é um moedor de corações).
Enfim, nota 4.5 porque eu acho que faltou coragem no ato final.
Um baita dorama. Deduzi algumas coisas corretamente (o atropelamento, o benfeitor etc), mas mas não tava preparado pro que viria a seguir. Depois do quarto episódio (sim, só nele) que o egoísmo do protagonista vai sendo desconstruído pouco a pouco. A quinta e última morte são cruéis.
Me irritou um pouco o sujeito ser tão tapado e só de dar conta das pessoas que ele deixou pra trás depois de vários episódios, mas é bom que isso foi inserido antes senão ficaria muito forçado o que aconteceu no último episódio (que é um moedor de corações).
Enfim, nota 4.5 porque eu acho que faltou coragem no ato final.
Fui assistir com um pé atrás. Quebrei a cara. Um filme extremamente sensível e revoltante onde tudo mora nos detalhes. A antipatia ou empatia que você cria pelos personagens é quase imediata. A empregada solicita e humilde, o filho-patrão que substituiu a filha, a patroa esnobe, o patriarca relapso, a filha biológica distuptiva totalmente oposta a mãe.
A Val é o típico caso de serviçais que foram adestrados pelos patrões. É até curioso fazer o paralelo com a Maggie (a labradora) que todas as vezes que aparece em cena, nunca obedece. Parece enxergar ela como alguém que não está em posição de autoridade naquela casa. A proximidade de mãe-filho com o filho dos patrões é notada logo na primeira cena de ambos (que vai se estender até o final). Fabinho vê em Val a mãe que ela nunca pode ser pra própria filha.
O patriarca Carlos (representado por um ator incrível que se mostra depressivo, carente e até mesmo bastante omisso) não consegue deixar de mostrar fascínio por uma pessoa que muda o ambiente familiar já na sua primeira interação. Apesar dele ser o provedor com a herança da família, sua postura dá a entender que a esposa que sustenta a casa. Até o fato dela sentar na cabeceira mostra que ela está no comando.
Bárbara é a vilã sem ser vilã. Nós conhecemos milhares de Bárbaras, algumas até convivemos e estão em nosso círculo social/familiar. É uma pessoa que não gosta de subversão do status quo. Baita atriz que conseguiu passar o desprezo da personagem pelas situações só com o olhar/expressões faciais.
Jéssica é o ponto de virada da trama. Chega de longe, sem se ater aos papéis sociais que sua mãe exerce e não se deixa ser afetada pelo ambiente claramente hostil para sua personalidade.
Enfim, tive receio de ver antes porque é muito fácil se deixar levar pelo discurso que esse tipo de filme impõe. Mas é tudo tão claro desde os primeiros minutos, que só se deixa levar quem não tem senso crítico.
Sam Esmail (te amo Mr. Robot), no melhor estilo Shyamalan: Explicativo, cheio de monólogos e efeitos expositivos. Quando os dentes do moleque começaram a cair, eu já achei que ia desaguar pra filme de zumbis. Felizmente não foi tão ruim assim.
Gosto do Mahershala Ali, mas ele podia mudar um pouco o papel de homem-negro-sofisticado. Esse é o 5º papel que ele interpreta esse personagem, desde o saudoso Remy Danton de House of Cards (que lembrem, morreu na 4ª temporada). Virou o Adam Sandler dos dramas.
Mas enfim, falando sobre o filme, a minha resenha vai ficar pela metade, igual ele. O filme não tem final. Eu não aceito que o final é aquele. Não é possível que seja.
Vou esperar uns meses pra anunciar a segunda parte. Caso contrário, eu edito essa resenha e baixo a nota pra 1.
Que filme péssimo, puta merda. Shyamalan simplesmente desaprendeu como fazer filmes (A Vila é o último bom filme dele), porque desde daí ele vem colecionando uma sucessão de obras rasas, esdrúxulas e sem um pingo de carisma.
E carisma é o que falta nesses personagens. Todos padecem de um fator "EU VOU ME IMPORTAR SE ALGO ACONTECER COM ELE". Tudo acontece rápido demais, sem emoção demais e dentro de um cenário plano (a praia), então nada ali é imersivo, sequer vem uma catarse. Quando anoitece e o filme entra no sentido mais filósofico (tão filósofico quanto ele consegue ser), ele fica mais profundo que uma poça de mijo no chão.
"Ohhh eles envelheceram e só quando eles estão perdendo os sentidos, eles conseguiram descobrir o verdadeiro amor ohhhh"
Faça-me o favor...
Meu Deus, ainda bem que esse filme não teve duas horas. 108 minutos foram o suficiente pra me deixar entediado e me fazer lembrar de pagar um boleto que eu tinha esquecido. Se tivesse mais 12 minutos, provavelmente eu lembraria só no dia seguinte e pagaria juros. O filme esqueceu de citar isso: Todo mundo na ilha envelhece com tanta rapidez, um personagem morrendo a cada 5 minutos, que elas acabam esquecendo de coisas fúteis como pagar contas e seu time não contratando bons jogadores pro campeonato brasileiro do ano que vem.
Vamos ter que lutar pra não cair de novo.
Até esqueci da crítica Esse filme não vale o esforço.
. Não fazia ideia de como o filme se desenrolava a partir de então. Uma grata surpresa ver que é uma história sobre facetas escondidas e psicopatia. Uma pena que todo mundo seja tão burro que não tenham ligado os pontos já na primeira ou segunda interação com o sujeito.
Tudo em Atlanta tem que ser tão surreal? Eu não esqueço da sensação quando vi a primeira temporada anos atrás. Como é legal ter séries que arriscam e são experimentais a sua maneira. Infelizmente não fez tanto sucesso aqui no Brasil porque muito dos "memes" só são populares dentro da comunidade afro-americana. Então muitas piadas sempre vão passar despercebidas pra nós. Mas devo confessar que a música do Cirilo no último episódio me pegou desprevenido.
Bom, começo dizendo que se você enxerga uma mensagem de extrema-direita nesse filme, você precisa de duas coisas: - Checar se seu expectro político não tá te fazendo se tornar um animal insensível - A polícia federal precisa dar uma olhada no seu HD e nas suas pastas seguras do celular.
Dito isso, é um filme linear. Por se basear em fatos reais, não tem viradas de roteiro, grandes explosões ou subterfúgios pra alongar a história. Alguns personagens não são aprofundados, os que são, é algo que arranha só a casca. Um bom mocismo meio cínico. Mas o que eu posso dizer? Eles estão do lado do bem. Dito isso, ótimo filme. É bom ver algo desse tipo numa Hollywood tão woke. Algo pra te puxar pra realidade.
Esse era um dos filmes do Lars que eu tinha mais curiosidade de assistir. Não fazia ideia do plot e sequer que era um musical (deprimente, mas um musical). O filme vai construindo os personagens muito metodicamente pela primeira hora, até tudo deslanchar numa sucessão de decisões equivocadas (vale ressaltar, nenhuma delas vindo da protagonista). Confesso que dei uma adiantadas na parte dos musicais, mas isso porque não curto a voz da Bjork... Mas enfim, no final eu me rendi.
Brincadeiras à parte, é uma obra bem rasa. A atuação do Ryan Gosling é tão ruim que chega a ser caricata. Me surpreendeu nas partes da violência que é bem gráfica, fora isso eu só pensava na fábula do sapo e do escorpião... Aí o roteiro me faz o favor de deixar isso mais expositivo colocando exatamente isso nos diálogos.
Que temporada maravilhosa, pqp. Atlanta é uma série que leva o surrealismo a máxima potência. O que foi aquele suicídio assistido do 2Pac? Eu gargalho só de lembrar.
Não vou conseguir pontuar todos os episódios aqui, mas muitas coisas que acontecem na série, são memes/casos que acontecem dentro da comunidade afro-americana. Talvez passe batido, mas se vocês não entenderam o primeiro episódio, procurem saber que é baseado numa história real.
Ledger deixou um fardo enorme pro vilão posterior é o Tom Hardy conseguiu segurar nas costas com facilidade. Tenho minhas ressalvas quanto ao desfecho/origem dele, mas que baita personagem. Botou o plano do Coringa em prática e derrotou o Batman, coisa que nenhum dos anteriores conseguiu.
Não sei se foi a intenção, mas o Limão é Tangerina me passaram uma vibe meio pulp fiction. São a melhor coisa do filme. Eu tinha uma certeza que o Brad Pitt não morreria, parece que tá no contrato dele ele ter que ser o sobrevivente.
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraClássico moderno. O livro é uma baita reflexão sobre a mudanças de gerações e o filme não fica atrás. Os monólogos do Tommy Lee Jones são bem pontuais e mostram que apesar do trabalho, ele nunca teve um contato com uma força da natureza como o Chiguhr. E que baita atuação do Barden, talvez nunca superem esse personagem no cinema. Metódico, frio, extremamente inteligente e pontual. Enfim, pra uns pode ser um filme extremamente monótono com umas cenas de ação, mas pra quem curte western moderno, é um prato cheio.
Violência Gratuita
3.8 739 Assista AgoraMeu primeiro filme do Haneke. Estava anos baixado aqui mas eu nunca tinha tido disposição pra assistir.
Hoje, 14/04/24, a disposição surgiu e meus amigos... Que obra.
Acho que por eu ter assistido o sofrível Speak No Evil (que claramente tem inspiração em Funny Games) eu já esperava um filme onde o pai de família é um inútil, a mãe uma figura sofrível, mas resiliente e bom... A criança é a vítima. Mas nada me preparou pra um personagem tão frouxo como o pai dessa família. O sujeito tomou uma porrada no joelho e ficou de fralda cheia o filme inteiro. Foi de longe o que eu mais odiei durante toda a história.
O que também me pegou de surpresa foi a quebra da quarta parede, uma boa sacada que eu simplesmente sentei direito no sofá e prestei mais atenção... Até o ato final do filme. Que quebra de expectativas, meu Deus. Até demorei pra entender o que tinha acontecido.
E bom, a cena do controle remoto é tão fora do roteiro que eu não tive certeza se tinha gostado, mas entendi que era uma metáfora pra "ele estava tão no controle da situação que isso jamais aconteceria". Genial.
Não lembro o nome de nenhum personagem direito, Mas o Jorginho pai merece todo meu ódio pelo simples fato de ter parado pra comer um pão enquanto a situação mais traumática da vida acontecia.
O Auto da Compadecida 2
16Espero que não façam o Ariano Suassuna se revirar no túmulo. A história sequer precisava dessa continuação, mas o cinema tem aquela necessidade patológica de não largar o osso. Já temos poucos filmes nacionais que são considerados clássicos, aí os caras vão lá e criam uma continuação.
Insônia
3.4 412 Assista AgoraUm pouco previsível, mas muito bom. Adorei ver o Robin Williams em um papel dramático (não considero Homem Bicentenário um drama). Uma narrativa bem linear envolvendo culpa e meias verdades. Vale a pena o tempo investido.
Sobre Meninos e Lobos
4.1 1,5K Assista AgoraO livro é melhor.
Um Crime de Mestre
3.8 729E se fizéssemos o Anthony Hopkins interpretar mais um criminoso inteligente, mas não tão inteligente e carismático quanto o Hannibal? Aí saiu esse filme.
Bebê Rena
4.1 497Sinceramente, uma das coisas mais aterrorizantes, sufocantes e geniais que já vi. E o pior, é real.
Histórias de stalkers/perseguidores existem ao montes, mas eu nunca tinha visto um ponto de vista onde a vítima sente uma breve empatia pelo perseguidor. É incrível como a série dá uma virada de 180º no 4º episódio e as coisas começam a se encaixar e tudo parece fazer sentido.
Gosto de como o protagonista/criador não esconde os sentimentos, ele se expõe e diz (mais de uma vez) que a validação da Martha era algo que no fundo, ele gostava. Ela não era atraente, mas admirava, validava e elogiava ele, um fod*do que não tinha nenhuma personalidade marcante até ela colocar uma lupa sobre ele e tornar ele, o centro da existência dela.
Vale a pena procurar sobre limerência e o que ela significa, somente assim você entende como a mente de pessoas como a Martha funcionam. E garanto, vocês não irão gostar.
Vidas Passadas
4.2 751Mais um grandíssimo "nada acontece feijoada" da A24 (junto com Moonlight, A Ghost Story, Aftersun, Minari).
Mas esse aqui é legal, pegou bem na minha artéria femoral (ui, rimou). Nada é pior na nossa vida do que um eterno "E se...". Vivemos a sombra do que poderíamos ter sido, vivido e nos tornado. E esse filme aborda isso de forma muito sutil, de duas pessoas que olham constantemente pro passado e que estão em busca de suas próprias raízes. Ela, numa forma de se conectar a terra que abandonou cedo. Ele, num amor não-dito. E esse arco se estende por mais de 20 anos, com ambos crescidos, com vivências diferentes e mentalidades diferentes.
Até o idioma estrangeiro (americano) só é dialogado depois que a personagem "rompe" com seu passado. Um detalhe que não passou despercebido.
Confesso que ali no take final, eu fiquei com receio de acontecer algo que ARRUINARIA tudo, afinal o marido da nora não merecia aquele tipo de situação vexatória. Mas o filme não se destrói, muito pelo contrário, ele se sustenta com muito esforço e lágrimas.
Acho que fui injusto, esse filme acontece coisa pra caralho. Basta você deixar seus ressentimentos completarem as lacunas do roteiro.
Anatomia de uma Queda
4.0 810Infelizmente a intenção DÚBIA que o roteiro propõe desde o início, foi arruinada pra mim porque me interessei pelo filme quando vi um corte de uma das cenas mais emblemáticas e reveladoras do filme.
Isso por si só, já meio que tirou o peso que a obra iria me propor, como se eu também estivesse julgando a protagonista de antemão.
Sim, o marido dela era problemático e claramente se sentia o prefeito da Coitadolândia, mas você não empurra uma pessoa pro precipício mesmo numa situação difícil. É um ótimo filme, realmente vale o hype que foi proposto, mas fica claro ali que a manipulação foi descarada.
Mas você tem que decidir, quem manipulou quem.
Eu aposto no filho.
Aftersun
4.1 707Bom, eu confesso que esperava bem mais do filme. O "Moonlight" de relações parentais. Extremamente contemplativo, cheio de subcamadas que só resta a você mesmo interpretar o que está acontecendo. Meu medo era o
sujeito fazer algo contra a própria vida e marcar a filha pra sempre. Mas dada o final do filme, provavelmente isso mesmo que aconteceu.
Ponto Final: Match Point
3.9 1,4K Assista AgoraPlot de Crime e Castigo, mas sem a parte do Castigo. Eu vi na tela quente há muitos anos, assistindo de novo, vejo que é um baita filme.
Uma cunhada como a Scarlett deve ser o inferno na terra.
O Jogo da Morte: Parte 2
4.5 28Um baita dorama. Deduzi algumas coisas corretamente (o atropelamento, o benfeitor etc), mas mas não tava preparado pro que viria a seguir. Depois do quarto episódio (sim, só nele) que o egoísmo do protagonista vai sendo desconstruído pouco a pouco. A quinta e última morte são cruéis.
Me irritou um pouco o sujeito ser tão tapado e só de dar conta das pessoas que ele deixou pra trás depois de vários episódios, mas é bom que isso foi inserido antes senão ficaria muito forçado o que aconteceu no último episódio (que é um moedor de corações).
Enfim, nota 4.5 porque eu acho que faltou coragem no ato final.
Mas a mensagem é linda
O Jogo da Morte: Parte 1
4.4 44Um baita dorama. Deduzi algumas coisas corretamente (o atropelamento, o benfeitor etc), mas mas não tava preparado pro que viria a seguir. Depois do quarto episódio (sim, só nele) que o egoísmo do protagonista vai sendo desconstruído pouco a pouco. A quinta e última morte são cruéis.
Me irritou um pouco o sujeito ser tão tapado e só de dar conta das pessoas que ele deixou pra trás depois de vários episódios, mas é bom que isso foi inserido antes senão ficaria muito forçado o que aconteceu no último episódio (que é um moedor de corações).
Enfim, nota 4.5 porque eu acho que faltou coragem no ato final.
Mas a mensagem é linda
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraFui assistir com um pé atrás. Quebrei a cara. Um filme extremamente sensível e revoltante onde tudo mora nos detalhes. A antipatia ou empatia que você cria pelos personagens é quase imediata. A empregada solicita e humilde, o filho-patrão que substituiu a filha, a patroa esnobe, o patriarca relapso, a filha biológica distuptiva totalmente oposta a mãe.
A Val é o típico caso de serviçais que foram adestrados pelos patrões. É até curioso fazer o paralelo com a Maggie (a labradora) que todas as vezes que aparece em cena, nunca obedece. Parece enxergar ela como alguém que não está em posição de autoridade naquela casa. A proximidade de mãe-filho com o filho dos patrões é notada logo na primeira cena de ambos (que vai se estender até o final). Fabinho vê em Val a mãe que ela nunca pode ser pra própria filha.
O patriarca Carlos (representado por um ator incrível que se mostra depressivo, carente e até mesmo bastante omisso) não consegue deixar de mostrar fascínio por uma pessoa que muda o ambiente familiar já na sua primeira interação. Apesar dele ser o provedor com a herança da família, sua postura dá a entender que a esposa que sustenta a casa. Até o fato dela sentar na cabeceira mostra que ela está no comando.
Bárbara é a vilã sem ser vilã. Nós conhecemos milhares de Bárbaras, algumas até convivemos e estão em nosso círculo social/familiar. É uma pessoa que não gosta de subversão do status quo. Baita atriz que conseguiu passar o desprezo da personagem pelas situações só com o olhar/expressões faciais.
Jéssica é o ponto de virada da trama. Chega de longe, sem se ater aos papéis sociais que sua mãe exerce e não se deixa ser afetada pelo ambiente claramente hostil para sua personalidade.
Enfim, tive receio de ver antes porque é muito fácil se deixar levar pelo discurso que esse tipo de filme impõe. Mas é tudo tão claro desde os primeiros minutos, que só se deixa levar quem não tem senso crítico.
O Mundo Depois de Nós
3.2 891Quê? Hã? Já acabou?
Sam Esmail (te amo Mr. Robot), no melhor estilo Shyamalan: Explicativo, cheio de monólogos e efeitos expositivos. Quando os dentes do moleque começaram a cair, eu já achei que ia desaguar pra filme de zumbis. Felizmente não foi tão ruim assim.
Gosto do Mahershala Ali, mas ele podia mudar um pouco o papel de homem-negro-sofisticado. Esse é o 5º papel que ele interpreta esse personagem, desde o saudoso Remy Danton de House of Cards (que lembrem, morreu na 4ª temporada). Virou o Adam Sandler dos dramas.
Mas enfim, falando sobre o filme, a minha resenha vai ficar pela metade, igual ele. O filme não tem final. Eu não aceito que o final é aquele. Não é possível que seja.
Vou esperar uns meses pra anunciar a segunda parte. Caso contrário, eu edito essa resenha e baixo a nota pra 1.
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraQue filme péssimo, puta merda. Shyamalan simplesmente desaprendeu como fazer filmes (A Vila é o último bom filme dele), porque desde daí ele vem colecionando uma sucessão de obras rasas, esdrúxulas e sem um pingo de carisma.
E carisma é o que falta nesses personagens. Todos padecem de um fator "EU VOU ME IMPORTAR SE ALGO ACONTECER COM ELE". Tudo acontece rápido demais, sem emoção demais e dentro de um cenário plano (a praia), então nada ali é imersivo, sequer vem uma catarse. Quando anoitece e o filme entra no sentido mais filósofico (tão filósofico quanto ele consegue ser), ele fica mais profundo que uma poça de mijo no chão.
"Ohhh eles envelheceram e só quando eles estão perdendo os sentidos, eles conseguiram descobrir o verdadeiro amor ohhhh"
Faça-me o favor...
Meu Deus, ainda bem que esse filme não teve duas horas. 108 minutos foram o suficiente pra me deixar entediado e me fazer lembrar de pagar um boleto que eu tinha esquecido. Se tivesse mais 12 minutos, provavelmente eu lembraria só no dia seguinte e pagaria juros. O filme esqueceu de citar isso: Todo mundo na ilha envelhece com tanta rapidez, um personagem morrendo a cada 5 minutos, que elas acabam esquecendo de coisas fúteis como pagar contas e seu time não contratando bons jogadores pro campeonato brasileiro do ano que vem.
Vamos ter que lutar pra não cair de novo.
Até esqueci da crítica
Esse filme não vale o esforço.
Nota 2 porque a Maddox adulta é um pitel.
O Talentoso Ripley
3.8 663 Assista AgoraQue filmaço. Lembro de ter visto centenas de vezes a chamada dele na rede globo e só vi até
a morte do Dickie
Atlanta (4ª Temporada)
4.4 53Tudo em Atlanta tem que ser tão surreal? Eu não esqueço da sensação quando vi a primeira temporada anos atrás. Como é legal ter séries que arriscam e são experimentais a sua maneira. Infelizmente não fez tanto sucesso aqui no Brasil porque muito dos "memes" só são populares dentro da comunidade afro-americana. Então muitas piadas sempre vão passar despercebidas pra nós. Mas devo confessar que a música do Cirilo no último episódio me pegou desprevenido.
Som da Liberdade
3.8 482 Assista AgoraBom, começo dizendo que se você enxerga uma mensagem de extrema-direita nesse filme, você precisa de duas coisas:
- Checar se seu expectro político não tá te fazendo se tornar um animal insensível
- A polícia federal precisa dar uma olhada no seu HD e nas suas pastas seguras do celular.
Dito isso, é um filme linear. Por se basear em fatos reais, não tem viradas de roteiro, grandes explosões ou subterfúgios pra alongar a história. Alguns personagens não são aprofundados, os que são, é algo que arranha só a casca. Um bom mocismo meio cínico. Mas o que eu posso dizer? Eles estão do lado do bem. Dito isso, ótimo filme. É bom ver algo desse tipo numa Hollywood tão woke. Algo pra te puxar pra realidade.
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraEsse era um dos filmes do Lars que eu tinha mais curiosidade de assistir. Não fazia ideia do plot e sequer que era um musical (deprimente, mas um musical). O filme vai construindo os personagens muito metodicamente pela primeira hora, até tudo deslanchar numa sucessão de decisões equivocadas (vale ressaltar, nenhuma delas vindo da protagonista). Confesso que dei uma adiantadas na parte dos musicais, mas isso porque não curto a voz da Bjork... Mas enfim, no final eu me rendi.
Nota 9.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraMeu Deus, ele é literalmente eu™
Brincadeiras à parte, é uma obra bem rasa. A atuação do Ryan Gosling é tão ruim que chega a ser caricata. Me surpreendeu nas partes da violência que é bem gráfica, fora isso eu só pensava na fábula do sapo e do escorpião... Aí o roteiro me faz o favor de deixar isso mais expositivo colocando exatamente isso nos diálogos.
Sinceramente...
Atlanta (3ª Temporada)
4.4 84Que temporada maravilhosa, pqp. Atlanta é uma série que leva o surrealismo a máxima potência. O que foi aquele suicídio assistido do 2Pac? Eu gargalho só de lembrar.
Não vou conseguir pontuar todos os episódios aqui, mas muitas coisas que acontecem na série, são memes/casos que acontecem dentro da comunidade afro-americana. Talvez passe batido, mas se vocês não entenderam o primeiro episódio, procurem saber que é baseado numa história real.
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraLedger deixou um fardo enorme pro vilão posterior é o Tom Hardy conseguiu segurar nas costas com facilidade. Tenho minhas ressalvas quanto ao desfecho/origem dele, mas que baita personagem. Botou o plano do Coringa em prática e derrotou o Batman, coisa que nenhum dos anteriores conseguiu.
Reassistindo agora em 2023.
Trem-Bala
3.6 584 Assista AgoraNão sei se foi a intenção, mas o Limão é Tangerina me passaram uma vibe meio pulp fiction. São a melhor coisa do filme. Eu tinha uma certeza que o Brad Pitt não morreria, parece que tá no contrato dele ele ter que ser o sobrevivente.