A violência é tratada de forma extremamente sem importância e não é sem proposito, já que é através dessa banalização que o diretor demonstra a visão e o psicológico do personagem frente a própria violência. Para ele, aquilo se tornou algo tão rotineiro que perdeu toda importância. Ainda sobre a violência, acho que a abordagem também dialoga com as expectativas do espectador que sempre espera algo mais visual e detalhista, algo que cause impacto. Hoje enxergamos a violência muito como puro entretenimento, de forma que também nos tornamos acostumados com ela, mas acostumados no sentido explicito, assim como o personagem do Joaquim o é. A montagem trabalha então nesse sentido, de criar esse estranhamento em quem assisti: a sensação de que poderia ser mais visual, mais brutal, já que para muitos o significado da própria violência está estruturado puramente em cima do que é expositivo e escapista. Outro aspecto notável é que o filme me parece completamente descompromissado em desenvolver uma trama externa que exista um antagonismo delineado de personagens. O antagonismo aqui é muito mais do personagem consigo mesmo, estar naquela mente perturbada é estar sofrendo de forma integral. Cenas que mostram sufocamento, comportamento violento, uso de determinado medicamento, as transições com um passado traumático e a enorme culpa carregada possuem relação direta de causa e efeito, sendo assim, me parece que um dos argumentos principais do filme, é o de mostrar a violência sob o ponto de vista de um homem perturbado, que não se encaixa em lugar algum dentro de uma sociedade estabelecida.
Tive a sensação de ter assistido a dois filmes completamente diferentes, justamente pela variação de tom que este possui. A atmosfera ora parece ter saído de algo como malhação, ora de um filme experimental e surrealista. No fim, há aqui a tentativa de apresentar um subtexto, mas que a meu ver não é bem desenvolvido. Também achei as atuações ( com exceção da atriz que faz a personagem Bia) bastante medianas. Outro problema que tem a ver com o que disse no inicio, é a quantidade de cenas e diálogos sem função, são excessos que poderiam diminuir a duração do filme e o tornar mais interessante. Mate-me por favor é um filme que tenta ser diferente, mas possuí muito mais falhas em sua execução do que méritos. Os elementos positivos do filme são algumas cenas muito bem construídas (o plano final por exemplo) e a trilha que de uma forma geral se encaixa muito bem, principalmente quando a câmera trabalha de forma subjetiva.
Obra de arte! É um filme extremamente imersivo, um dos melhores que já vi nesse sentido. Eu acho que ele consegue ir além do que o gênero convencionalmente nos oferece. Tem uma fotografia tão boa que você sente tudo que está ali: o isolamento, a fome iminente, o medo e a paranoia que se apresenta através da crença e do dogma religioso. Há ainda excelentes interpretações e uma discussão sobre a falsa moralidade do ser humano e como esse conceito é antinatural. Discussão que se relaciona com a questão da sexualidade, principalmente a sexualidade manifestada pelo corpo feminino e pela presença deste num contexto social onde a organização familiar tem como base estrutural a figura masculina do pai. Essa presença, nesse caso, transcende o que é considerado normal, tornando-se através da irracionalidade da crença em algo pecaminoso e imoral. Tudo isso, nos remete historicamente, a forma como a mulher foi tratada, punida e considerada bruxa pela religião, punição essa que se dava muitas das vezes, simplesmente pelo fato de ser mulher e representar o pecado carnal. Outro ponto e também outra critica a ideias religiosas, diz respeito a condenação, a alienação e a punição eterna até mesmo para crianças. Nesse sentido, é interessante notar como se dá o surgimento do medo a partir da crença. Fica explicita a relação entre a inocência infantil e a formação do medo através desta. Essa inocência, presente nesse ponto inicial da vida de um ser humano, emana-se para além da infância e contamina até o mesmo aqueles que são responsáveis pelos outros, aqueles que são os organizadores da sociedade e detentores do "conhecimento". A mitologia da bruxa nesse contexto, seria uma forma de se opor a esses valores hipócritas que estão enraizados até hoje em nossa sociedade. Enfim, o filme permite uma boa analise das influências de poder e controle que a religião pode ter não só dentro do contexto familiar, mas dentro de toda a organização social.
Odeio entender tudo logo de cara, acho que toda forma de arte tem que gerar mais perguntas do que respostas e nisso, esse filme aqui consegue muito bem. Nem todo filme precisa ser formulaico até a raíz e te entregar aquilo que você quer assistir, acho que isso é importantíssimo ser sabido antes de sair por aí dizendo que algo é chato por causa do ritmo ou porque algo decaiu no decorrer do processo. Eu pelo menos, tento enxergar as motivações para a criação de algo, seja na literatura, no cinema ou em qualquer outra forma de expressão. É muito bom quando você percebe que a violência não é graruita, que até o suspense e ritmo (que eu vejo muitos criticando) servem a um fim, a um proposito. Quando todos esses elementos são pensandos, desde a fotografia até a trilha com o intuito de construir uma composição, aí chega-se a conclusão que de fato, aquilo que é visto transcende além do estético, justamente porque o conceito vai além e pode ser entendido de diferentes formas por diferentes pessoas.
Sério, cansei de filmes de casas assombradas, espíritos e exorcismo. Poderia pelo menos ter o esforço por parte dos caras que fazem esse tipo de filme de tentar entregar algo minimamente decente, mas não, aqui a velha formula é usada novamente e tudo que é mostrado em tela te dá a sensação de repetição e saturação. Mas nem seguir a receita de bolo com o mínimo de competência o filme consegue. O roteiro é fraco e o desenvolvimento dos personagens é tão mal feito e caricato, que pela primeira vez eu tive vergonha pelos realizadores e por mim mesmo por estar assistindo a esse tipo de filme. Além disso, o filme conta ainda com efeitos especiais bizarros e uma montagem quebrada e sem sentido que torna a narrativa e o seu ritmo um problema para o desenvolvimento da história que já é por si só bem fraquinha. Ah, e não dá pra esquecer os jumpscare que quando utilizados no momento correto e de forma criativa eu até engulo, coisa que não acontece nesse filme aqui, que utiliza do recurso de forma completamente desastrosa. A pessoa pra tomar susto nos casos apresentados aqui, tem que ser alguém completamente iniciante nesse gênero e ainda assim corre o risco de não se assustar de tão mal utilizado que é. Enfim, pior filme do ano que assisti até agora.
Se pararmos pra pensar o todo da consciência humana e as memórias de todas as experiências vividas, então fica bastante claro que de fato não existe uma linearidade e que o tempo, como a imagem refletida por um espelho é apenas uma ilusão. Acho que de fato tudo é parte da mesma coisa, tudo está no mesmo recipiente: passado, presente, futuro... a cena final desse filme é incrível e me causou um surto filosófico gigantesco hahaha. Não é um filme fácil, e na minha opinião impossível de se classificar. Como toda autêntica manifestação artística, há aqui possibilidade de se pensar a respeito de muitos elementos de sua composição, mas acho que o todo permanece quase completamente inalcançável.. é minha segunda experiência com filmes desse diretor e estou cada vez mais embasbacado.. quero mais!
Sempre tive pra mim que o ritmo da narrativa não define a qualidade de um filme. E vi muitas pessoas criticando justamente isso, como se uma narrativa mais lenta ( que nesse caso, juro, não consegui perceber) é algo negativo, que deteriora o filme e o impossibilita de ser bom. Existem sim, muitos filmes lentos que são apenas lentos e nada mais. Não dialogam com nada; não discutem e questionam nada; são um completo vazio! E tudo isso não é o caso deste filme aqui que apresenta um personagem complexo e cheio de camadas. Tá que o roteiro, não é aquele roteiro que você olha e fala: nossa, que roteiro foda! mas acho que esse filme, assim como outros dessa leva do Oscar, cito aqui "o destino de uma nação", tem na figura do protagonista e na interpretação deste pelo o ator o seu ponto forte. Vejo que são filmes que nos levam completamente por esse ponto: a atuação principal. Então, levando tudo isso em consideração, o filme tem essa necessidade de ser mais denso mesmo, já que é através de diálogos e situações que apresentam toda a tal "burocracia chata" que alguns reclamam é que, juntamente com outras situações cotidianas, a profundidade e as camadas do personagem são criadas . A meu ver, assim como o que acontece no drama político (que tem sua parcela de discussão nesse filme) toda a densidade do tema abordado funciona como um mecanismo que evita a artificialidade e superficialidade de um roteiro barato e torna o filme mais rico e verossímil em todos os sentidos.
Os filmes desse diretor me dão uma sensação de estranheza muito grande. Notável como ele ao longo de sua carreira vem construindo essa característica peculiar, que pelo menos para mim, é sempre muito explicita. Isso que chamo de explorar a linguagem e conseguir um efeito final que destoa das demais produções. Numa época em que a originalidade é algo cada vez mais difícil de se conseguir, Paul Thomas Anderson se firma como um dos diretores mais autorais dos últimos tempos.
é muito bem filmado e em termos de atuação todo no mundo está muito bem. meu único problema com o filme ( e acho que é um problema pessoal mesmo) é o tema discutido que não me atraiu e empolgou como deveria.
Se você leu o livro provavelmente o filme vai perder muito do impacto e suspense que possuí. É uma boa adaptação e possuí modificações consideráveis em relação ao livro, mesmo assim, a essência da obra como um todo prevalece. Pra mim, o maior problema do filme (se tornou um problema para mim porque li o livro) é o lance das pilulas. No livro a droga Novril tem um papel infinitamente mais decisivo do que no filme. Achei a solução adotada para isso na adaptação um ponto fraco. Outra coisa, embora aja brutalidade e violência aqui, as cenas que envolvem esse elemento no livro, são de um gore mais acentuado e portanto consideravelmente mais brutais. Em relação a caracterização dos personagens tanto a Kathy Bates como o James Caan fazem um excelente trabalho. Obviamente que o filme, nesse quesito, tem na figura de Annie Willkes o maior diferencial e destaque. Pelo menos sua interpretação buscou ao máximo algo que está bastante próximo do original. É claro, novamente, a Annie do livro é mais bizarra, macabra e louca hahaha.. mas isso, acho eu, se dá mais por uma questão de linguagem, que na literatura nos toca, através da sensibilidade de cada um, de uma forma mais subjetiva e mental, fato que está relacionado a uma caracterização e descrição mais detalhada do fator psicológico. Se fosse indicar uma ordem para conhecer Misery, eu com certeza diria para a pessoa começar pelo filme e depois o livro, mas acho que vai de cada um. De qualquer forma tive essa sensação de um certo ofuscamento ao assistir o filme, justamente por ter lido o livro antes.
A superação de três mulheres que mesmo contra todas as adversidades dentro do contexto literário e social da época, conseguiram se sobressair em relação a tudo. Mulheres que normalmente já nasciam predestinadas e prometidas aos seus futuros maridos e a instituição do casamento. É interessante notar nisso tudo que, mesmo elas estando isoladas do mundo em uma pequena cidade do interior da Inglaterra e não fazerem parte do circulo literário da época, as mesmo persistiram, acreditaram e romperam com todas as barreiras impostas. A união foi mais importante, tanto no sentido da superação do drama familiar vivido pela família, quanto em relação a questão social e profissional. Pode-se dizer que elas escolheram o caminho mais difícil, mais improvável e mesmo assim conseguiram vencer. É uma pena que tenham desfrutado tão pouco do reconhecimento em vida.
Euforia
3.2 62 Assista AgoraRelevante e necessário.
Vingança
3.2 581 Assista Agoraoh louco.. sobrevive a um fatality e ainda é mais overpower do que Lara Croft em seus dias de tpm
The Little Girl Who Was Too Fond Of Matches
3.5 7Filme de extrema qualidade! Não sei como é tão pouco conhecido
Você Nunca Esteve Realmente Aqui
3.6 521 Assista AgoraA violência é tratada de forma extremamente sem importância e não é sem proposito, já que é através dessa banalização que o diretor demonstra a visão e o psicológico do personagem frente a própria violência. Para ele, aquilo se tornou algo tão rotineiro que perdeu toda importância. Ainda sobre a violência, acho que a abordagem também dialoga com as expectativas do espectador que sempre espera algo mais visual e detalhista, algo que cause impacto. Hoje enxergamos a violência muito como puro entretenimento, de forma que também nos tornamos acostumados com ela, mas acostumados no sentido explicito, assim como o personagem do Joaquim o é. A montagem trabalha então nesse sentido, de criar esse estranhamento em quem assisti: a sensação de que poderia ser mais visual, mais brutal, já que para muitos o significado da própria violência está estruturado puramente em cima do que é expositivo e escapista. Outro aspecto notável é que o filme me parece completamente descompromissado em desenvolver uma trama externa que exista um antagonismo delineado de personagens. O antagonismo aqui é muito mais do personagem consigo mesmo, estar naquela mente perturbada é estar sofrendo de forma integral. Cenas que mostram sufocamento, comportamento violento, uso de determinado medicamento, as transições com um passado traumático e a enorme culpa carregada possuem relação direta de causa e efeito, sendo assim, me parece que um dos argumentos principais do filme, é o de mostrar a violência sob o ponto de vista de um homem perturbado, que não se encaixa em lugar algum dentro de uma sociedade estabelecida.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraTive mais medo daquele maldito prego do que das criaturas em si
Os Olhos de Minha Mãe
3.6 180 Assista Agoramaravilhoso!
Mate-me Por Favor
3.0 232 Assista AgoraTive a sensação de ter assistido a dois filmes completamente diferentes, justamente pela variação de tom que este possui. A atmosfera ora parece ter saído de algo como malhação, ora de um filme experimental e surrealista. No fim, há aqui a tentativa de apresentar um subtexto, mas que a meu ver não é bem desenvolvido. Também achei as atuações ( com exceção da atriz que faz a personagem Bia) bastante medianas. Outro problema que tem a ver com o que disse no inicio, é a quantidade de cenas e diálogos sem função, são excessos que poderiam diminuir a duração do filme e o tornar mais interessante. Mate-me por favor é um filme que tenta ser diferente, mas possuí muito mais falhas em sua execução do que méritos. Os elementos positivos do filme são algumas cenas muito bem construídas (o plano final por exemplo) e a trilha que de uma forma geral se encaixa muito bem, principalmente quando a câmera trabalha de forma subjetiva.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraObra de arte! É um filme extremamente imersivo, um dos melhores que já vi nesse sentido. Eu acho que ele consegue ir além do que o gênero convencionalmente nos oferece. Tem uma fotografia tão boa que você sente tudo que está ali: o isolamento, a fome iminente, o medo e a paranoia que se apresenta através da crença e do dogma religioso. Há ainda excelentes interpretações e uma discussão sobre a falsa moralidade do ser humano e como esse conceito é antinatural. Discussão que se relaciona com a questão da sexualidade, principalmente a sexualidade manifestada pelo corpo feminino e pela presença deste num contexto social onde a organização familiar tem como base estrutural a figura masculina do pai. Essa presença, nesse caso, transcende o que é considerado normal, tornando-se através da irracionalidade da crença em algo pecaminoso e imoral. Tudo isso, nos remete historicamente, a forma como a mulher foi tratada, punida e considerada bruxa pela religião, punição essa que se dava muitas das vezes, simplesmente pelo fato de ser mulher e representar o pecado carnal. Outro ponto e também outra critica a ideias religiosas, diz respeito a condenação, a alienação e a punição eterna até mesmo para crianças. Nesse sentido, é interessante notar como se dá o surgimento do medo a partir da crença. Fica explicita a relação entre a inocência infantil e a formação do medo através desta. Essa inocência, presente nesse ponto inicial da vida de um ser humano, emana-se para além da infância e contamina até o mesmo aqueles que são responsáveis pelos outros, aqueles que são os organizadores da sociedade e detentores do "conhecimento". A mitologia da bruxa nesse contexto, seria uma forma de se opor a esses valores hipócritas que estão enraizados até hoje em nossa sociedade. Enfim, o filme permite uma boa analise das influências de poder e controle que a religião pode ter não só dentro do contexto familiar, mas dentro de toda a organização social.
Dívida Perigosa
2.9 101 Assista AgoraTitulo em português horroroso e genérico. Já o filme é bom e está longe de ser ruim como estão falando
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraOdeio entender tudo logo de cara, acho que toda forma de arte tem que gerar mais perguntas do que respostas e nisso, esse filme aqui consegue muito bem. Nem todo filme precisa ser formulaico até a raíz e te entregar aquilo que você quer assistir, acho que isso é importantíssimo ser sabido antes de sair por aí dizendo que algo é chato por causa do ritmo ou porque algo decaiu no decorrer do processo. Eu pelo menos, tento enxergar as motivações para a criação de algo, seja na literatura, no cinema ou em qualquer outra forma de expressão. É muito bom quando você percebe que a violência não é graruita, que até o suspense e ritmo (que eu vejo muitos criticando) servem a um fim, a um proposito. Quando todos esses elementos são pensandos, desde a fotografia até a trilha com o intuito de construir uma composição, aí chega-se a conclusão que de fato, aquilo que é visto transcende além do estético, justamente porque o conceito vai além e pode ser entendido de diferentes formas por diferentes pessoas.
A Maldição da Casa Winchester
2.6 460 Assista AgoraSério, cansei de filmes de casas assombradas, espíritos e exorcismo. Poderia pelo menos ter o esforço por parte dos caras que fazem esse tipo de filme de tentar entregar algo minimamente decente, mas não, aqui a velha formula é usada novamente e tudo que é mostrado em tela te dá a sensação de repetição e saturação. Mas nem seguir a receita de bolo com o mínimo de competência o filme consegue. O roteiro é fraco e o desenvolvimento dos personagens é tão mal feito e caricato, que pela primeira vez eu tive vergonha pelos realizadores e por mim mesmo por estar assistindo a esse tipo de filme. Além disso, o filme conta ainda com efeitos especiais bizarros e uma montagem quebrada e sem sentido que torna a narrativa e o seu ritmo um problema para o desenvolvimento da história que já é por si só bem fraquinha. Ah, e não dá pra esquecer os jumpscare que quando utilizados no momento correto e de forma criativa eu até engulo, coisa que não acontece nesse filme aqui, que utiliza do recurso de forma completamente desastrosa. A pessoa pra tomar susto nos casos apresentados aqui, tem que ser alguém completamente iniciante nesse gênero e ainda assim corre o risco de não se assustar de tão mal utilizado que é. Enfim, pior filme do ano que assisti até agora.
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista Agoraa lição que fica é: nunca confie em alguém que tem um par de crocs
Sem Amor
3.8 319 Assista Agoratô chorando até hoje
O Espelho
4.3 264 Assista AgoraSe pararmos pra pensar o todo da consciência humana e as memórias de todas as experiências vividas, então fica bastante claro que de fato não existe uma linearidade e que o tempo, como a imagem refletida por um espelho é apenas uma ilusão. Acho que de fato tudo é parte da mesma coisa, tudo está no mesmo recipiente: passado, presente, futuro... a cena final desse filme é incrível e me causou um surto filosófico gigantesco hahaha. Não é um filme fácil, e na minha opinião impossível de se classificar. Como toda autêntica manifestação artística, há aqui possibilidade de se pensar a respeito de muitos elementos de sua composição, mas acho que o todo permanece quase completamente inalcançável.. é minha segunda experiência com filmes desse diretor e estou cada vez mais embasbacado.. quero mais!
Roman J. Israel
3.2 209 Assista AgoraSempre tive pra mim que o ritmo da narrativa não define a qualidade de um filme. E vi muitas pessoas criticando justamente isso, como se uma narrativa mais lenta ( que nesse caso, juro, não consegui perceber) é algo negativo, que deteriora o filme e o impossibilita de ser bom. Existem sim, muitos filmes lentos que são apenas lentos e nada mais. Não dialogam com nada; não discutem e questionam nada; são um completo vazio! E tudo isso não é o caso deste filme aqui que apresenta um personagem complexo e cheio de camadas. Tá que o roteiro, não é aquele roteiro que você olha e fala: nossa, que roteiro foda! mas acho que esse filme, assim como outros dessa leva do Oscar, cito aqui "o destino de uma nação", tem na figura do protagonista e na interpretação deste pelo o ator o seu ponto forte. Vejo que são filmes que nos levam completamente por esse ponto: a atuação principal.
Então, levando tudo isso em consideração, o filme tem essa necessidade de ser mais denso mesmo, já que é através de diálogos e situações que apresentam toda a tal "burocracia chata" que alguns reclamam é que, juntamente com outras situações cotidianas, a profundidade e as camadas do personagem são criadas . A meu ver, assim como o que acontece no drama político (que tem sua parcela de discussão nesse filme) toda a densidade do tema abordado funciona como um mecanismo que evita a artificialidade e superficialidade de um roteiro barato e torna o filme mais rico e verossímil em todos os sentidos.
Pelos Caminhos do Inferno
3.9 80ótimo pra ser assistido na hora do almoço de um monótono e quente domingo de ressaca. recomendo, muito agradável, a mente fica até mais leve.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraDos indicados ao oscar de melhor filme esse é o meu favorito.
Trama Fantasma
3.7 804 Assista AgoraOs filmes desse diretor me dão uma sensação de estranheza muito grande. Notável como ele ao longo de sua carreira vem construindo essa característica peculiar, que pelo menos para mim, é sempre muito explicita. Isso que chamo de explorar a linguagem e conseguir um efeito final que destoa das demais produções. Numa época em que a originalidade é algo cada vez mais difícil de se conseguir, Paul Thomas Anderson se firma como um dos diretores mais autorais dos últimos tempos.
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista Agoraé muito bem filmado e em termos de atuação todo no mundo está muito bem. meu único problema com o filme ( e acho que é um problema pessoal mesmo) é o tema discutido que não me atraiu e empolgou como deveria.
Extraordinário
4.3 2,1K Assista Agorao problema principal desse filme é o roteiro
As Duas Faces de um Crime
4.1 1,0K Assista AgoraSe salva pela atuação do Norton
Gênios do Mal
4.0 82 Assista Agoraexcepcional! um dos melhores filmes que vi esse ano
Louca Obsessão
4.1 1,3K Assista AgoraSe você leu o livro provavelmente o filme vai perder muito do impacto e suspense que possuí. É uma boa adaptação e possuí modificações consideráveis em relação ao livro, mesmo assim, a essência da obra como um todo prevalece. Pra mim, o maior problema do filme (se tornou um problema para mim porque li o livro) é o lance das pilulas. No livro a droga Novril tem um papel infinitamente mais decisivo do que no filme. Achei a solução adotada para isso na adaptação um ponto fraco. Outra coisa, embora aja brutalidade e violência aqui, as cenas que envolvem esse elemento no livro, são de um gore mais acentuado e portanto consideravelmente mais brutais. Em relação a caracterização dos personagens tanto a Kathy Bates como o James Caan fazem um excelente trabalho. Obviamente que o filme, nesse quesito, tem na figura de Annie Willkes o maior diferencial e destaque. Pelo menos sua interpretação buscou ao máximo algo que está bastante próximo do original. É claro, novamente, a Annie do livro é mais bizarra, macabra e louca hahaha.. mas isso, acho eu, se dá mais por uma questão de linguagem, que na literatura nos toca, através da sensibilidade de cada um, de uma forma mais subjetiva e mental, fato que está relacionado a uma caracterização e descrição mais detalhada do fator psicológico. Se fosse indicar uma ordem para conhecer Misery, eu com certeza diria para a pessoa começar pelo filme e depois o livro, mas acho que vai de cada um. De qualquer forma tive essa sensação de um certo ofuscamento ao assistir o filme, justamente por ter lido o livro antes.
As Irmãs Brontë
3.8 34 Assista AgoraA superação de três mulheres que mesmo contra todas as adversidades dentro do contexto literário e social da época, conseguiram se sobressair em relação a tudo. Mulheres que normalmente já nasciam predestinadas e prometidas aos seus futuros maridos e a instituição do casamento. É interessante notar nisso tudo que, mesmo elas estando isoladas do mundo em uma pequena cidade do interior da Inglaterra e não fazerem parte do circulo literário da época, as mesmo persistiram, acreditaram e romperam com todas as barreiras impostas. A união foi mais importante, tanto no sentido da superação do drama familiar vivido pela família, quanto em relação a questão social e profissional. Pode-se dizer que elas escolheram o caminho mais difícil, mais improvável e mesmo assim conseguiram vencer. É uma pena que tenham desfrutado tão pouco do reconhecimento em vida.