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1997, BR.

Últimas opiniões enviadas

  • Letícia

    Alice Rohrwacher faz filmes como quem sonha. Sair da sala de cinema é como despertar duma soneca delicada. “La Chimera” traz um tempo deslocalizado – no seu cinema é sempre difícil determinar uma época histórica, um ano, uma década (“Feliz como Lázaro” é feudal & tecno). Isso porque seu sublime dá corda a certa mistura entre memória, corpo, cidade, campo. Uma anti-geografia. Uma estética de tempo indefinido. Em La Chimera, Brasil, Itália e Inglaterra. A senhora na cadeira de rodas falando uma língua matriarcal que se faz através da violência, do permanecimento no espaço da casa – que não deixa de ser o espaço do passado;
    passado onde as coisas não passam;
    onde a morte não pode passar, e portanto não pode ir embora. O personagem de Arthur, ladrão-amado e anti-héroi, narrado através dos elementos arqueológicos materiais (recalcados no chão) e imateriais (fossilizados na memória). É indefinido. Indefinido porque não pousa. E não pousa porque não pode pousar – andarilho, itinerante, apátrida. Sem chão – embora extremamente fincado lá, no mais essencial dos solos (o do amor e da morte). Um homem ora bruto ora encantado por um dom que seduz, enigmatiza, desumaniza. Ele e sua quimeras… Seu presente mais íntimo que parece vir com um preço alto, o preço de não poder voar para cima. Ele caminha, caminha, caminha, e só caminha pra trás. Seu andar é sempre um regresso. Ainda quando ele tenta – beijar outra boca que não aquela, primeira – a terra o suga de volta. Como se trabalhasse para a terra, como se impossível fosse seguir a vida, como se o elemento onírico e escavador de recordação fosse seu único possível. Ainda que convidado a estar entre várias outras – mulheres e crianças – numa espécie de lar encantado, há uma imagem que o assombra, uma imagem para a qual não pode deixar de não retornar. Uma tristeza, uma beleza... Poxa, gosto muitíiissimo desse cinema. Graciassssss, Alice

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  • Letícia

    Avvv

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Sobre os casais e a morte da Lisa:
    a morte da Lisa, nussa pareceu um exagero kkk ela era chata, mas não menos nem mais que o nate agindo como um pau mandado covarde pq estava "confortável" com o "destino" que a vida reservou e com medo de agir. foi tenso acompanhar ele nessa temporada, triste a todo tempo... ele só passou por B.O. no início anestesiado, mas claramente em sofrimento nesse casamento sem sentido e sem paixão, sem tempo pra processar o término com a brenda. depois ele explode na mesma proporção desse estado de anestesiamento. ele e o david nessa temporada assumiram uma postura totalmente submissa, cada qual a sua maneira. na verdade, todos ali se submetem de alguma forma e acho que essa "herança" familiar é muito bem mostrada. é uma submissão nas relações amorosas mas também uma certa submissão à própria vida, as vezes eles não agem, só vão conforme a maré. david estava mais ativamente tentando fazer as coisas funcionarem, na base do diálogo etc, nate estava ignorando completamente tudo o que incomodava como estratégia pra deixar a relação "boa". o casamento da ruth com o nathaniel surge desse mesmo jeito, acomodado... direto as confusões do nate com a figura da mãe e da esposa. as vezes é possível haver paixão e criar algo bom com o que a vida oferece, mas tem coisa que não tem jeito. o casamento da ruth foi de algum modo forçado, mas havia amor etc, o nate tentou criar algo inexistente com a lisa. ele é um personagem conservador, em alguma medida. escolher casar com a lisa topando seguir o protocolo de ter uma família, mas a paixão não é algo que se possa inventar ou construir, ela só existe ou não existe. e todo o esforço dessa temporada foi nate e lisa tentando fazer com que esse impossível acontecesse. ele foi muito mané de não ter terminado... do outro lado, david e keith, que são apaixonados um pelo outro, também não conseguindo manter uma relação "feliz"...cada casal com suas faltas e excessos quase que opostas, um com muita química sexual e apaixonamento (david e keith) e o outro zero paixão mas muito diálogo (nate e lisa). é difícil dizer a verdade, fiquei pensando nisso. acho que a lisa morre pros personagens do mesmo jeito que pra nós que assistimos: dá uma sensação de pena... ela era "boa demais", rola uma culpa por achar ela tão irritante em sua amabilidade e paciência com o mundo. e agora morreu.. acho um exagero essa morte, pegaram o nate pra cruz nessa temporada kkk só se fodeu... e sim, ele tem responsabilidade sobre o próprio sofrimento, lidou de forma merda, mas a vida pegou pesado ali.

    Sobre Claire
    como comentaram embaixo, bem conservador e bizarro mostrarem o "bebê" da claire no céu... também achei a personagem bem conservadora com relação a sexualidade do namorado. pq não bi? um excesso de preocupação com ele ser gay que enfim zzz aquele professor imbecil, preguiça total...

    ainda bem que a brenda voltou, personagem super interessante, com arco tbm muito massa de acompanhar. tomara que ela fique com aquele vizinho gato

    muito triste essa temporada. Senti falta da comédia no estilo da 1 e 2... tenho gostado muito de acompanhar!!

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  • Luis Carlos
    Luis Carlos

    Depois me fala o que você achou. :D

  • Luis Carlos
    Luis Carlos

    Opa, valeu por aceitar. :D

    Eu sei que tu não pediu, mas vou deixar uma indicação aqui. "Projeto Flórida", já viu? É recente. Acho que deve ter visto, rs.

    Então, lá vai outro: "Amor à Flor da Pele", do Wong Kar Wai. Se não viu, tente assistir, quando der... É o meu filme preferido desse século.

  • Herval
    Herval

    Cheguei à você pelo comentário sobre Febre do Rato. Compartilho muito do seu pensamento sobre o Cláudio Assis, inclusive penso no Zizo como um alter ego dele.
    Então, curioso sobre suas ideias, acabei noutros comentários sobre o cinema nacional. Permita-me continuar te acompanhando...

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