Como o Mel Gibson conta a história de um pacifista? Exaltando a violência, claro. Pior indicado ao Oscar desde Sniper Americano. Brega até dizer chega e o Andrew Garfield tem bons momentos intercalados com outros constrangedores em que parece imitar Forrest Gump. O Mel Gibson mostra como é uma fraude por sabotar uma história interessante de um pacifista com cenas em que a violência extrema é exaltada como cenas de sexo em um pornô. As tão comentadas cenas de batalha chegam a ser cômicas de tão exageradas.
A entrega do elenco é válida, principalmente a do James Franco, numa atuação difícil de esquecer. A fotografia também tem seus bons momentos. O problema é o roteiro repleto de clichês e com personagens sem a menor complexidade. O diretor parece ter tentado fazer sua versão com crítica social da perdição de garotas numa estética a la Terrence Malick, mas tudo não passa de uma sucessão de imagens desconexas que contam uma história rasa com a qual é difícil se importar.
Com exceção da Julie Christie, numa atuação tão complexa quanto sensual, o filme é teatral e capenga. Coincidências absurdas e situações dramáticas que não funcionam, além de momentos supostamente cômicos que não têm a menor graça. Chega a ser curioso ver Nick Nolte no papel de pegador e Lara Flynn Boyle sem a cara cheia de botox.
A primeira parte é lenta pra caramba, mas constrói bem o clima de tensão e paranoia. A segunda parte é agonia pura, quase torture porn. A revelação do fim me fez querer rever o filme (pelo menos até a tortura começar).
A confecção dos personagens e do mundo em que eles vivem impressiona, tanto que parece mais real do que muito filme que não é animado. A abordagem naturalista também contribui pra isso. A sacada das vozes iguais é legal, ainda que desconfortável. Porém, o roteiro é tão enfadonho e metido a ser uma reflexão profunda que acaba se tornando ultra pedante. Só melhora um pouco quando a personagem-título entra em cena.
Vi numa sessão cheia e deu pra notar que a maioria detestou e riu quando não era pra rir. Não importa, trata-se de um terror psicológico que não se apoia em sustos fáceis, mas em uma atmosfera de panaoia que vai crescendo até o 3º ato macabro (se eu acreditasse no demo morreria de medo de dormir depois). A direção é segura, a fotografia é claustrofóbica na medida, a parte sonora arrebenta e o elenco tá ótimo, em especial a protagonista. Anya Taylor-Joy tem potencial pra virar uma estrela se conseguir novos papeis bons assim.
Carey Mulligan carrega nas costas esse filme mediano. Apesar da ótima atuação da protagonista, o filme é pouco memorável e não explora todo o potencial da história. O que mais irritou foi o final, não só por ser anticlimático, mas porque dá destaque a uma personagem que surgiu do nada e teve desenvolvimento zero.
Preciso de um banho depois de ver esse doc (absurdo não ter sido indicado ao Oscar). Fiquei extremamente enojado com tudo que foi apresentado e revoltado com a ganância e falta de caráter de todos que cometem e encobertam esse tipo de crime.
Belo filme do diretor de Tangerine. O cara tem uma mão ótima pra direção e tato pra tratar temas simples de maneira delicada com um grande frescor. Fiquei surpreso em como ele mostra a profissão da protagonista, de forma natural, ao mesmo tempo com crueza e humor, e sem julgamentos. A Dree Hemingway é bem talentosa (filha da Mariel Hemingway mas com cara de filha da Bridget Fonda). E a senhora Besedka Johnson rouba a cena (interessante ser o único filme da vida dela).
Um dos mais fracos e irregulares do Woody Allen que eu vi até agora. Únicas cenas que são boas mesmo são as envolvendo a Samantha Morton, justificando sua indicação ao Oscar. Decisão equivocada de incluir relatos pra narrar as coisas e atuação caricata do Sean Penn não ajudam em nada. Aliás, já é a 3ª vez que considero o overacting do Penn incômodo (junto com Uma Lição de Amor e Sobre Meninos e Lobos, em que ele extrapola todos os limites do exagero.
Impressionante (e triste) como esse filme parece ter sido feito ontem. Uma pancada mesmo, daquelas que te deixam meio atordoado. A Beverly D'Angelo bem que podia ter sido mais lembrado como atriz coadjuvante, tá muito boa. E se antes era trágico pensar no Roberto Benigni vencendo o Ian McKellen, agora tem o Edward Norton pra ver como foi um prêmio equivocado. Até gosto da atuação do Benigni naquele filme, mas o Norton tá em muitos níveis acima.
Mesmo com a leveza que o personagem inocente dá ao filme, trata-se de um belíssimo e arrasador drama. Amei o roteiro, a direção, o design de produção. Feliz pelo reconhecimento à Brie Larson. O Jacob Tremblay devia estar entre os indicados a melhor ator (nada de coadjuvante) e a Joan Allen tbm merecia mais menções.
Não incluiria no meu top 10, mas é um filme mega encantador. Uma delícia assistir, tudo bonito e feito com muito cuidado. A indicação da Saoirse Ronan foi justíssima, taí uma atriz que tem tudo pra brilhar cada vez mais. O Emory Cohen é um grande achado, não é à toa que a melhor parte é quando ele ganha destaque. Difícil não se apaixonar por ele e pelo personagem dele. Consegui até vislumbrar um pouco de Marlon Brando nele.
Não chega a ser ruim, apenas é bem banal, o que é o mais frustrante, já que a história não tem nada de simplória. A Alicia Vikander está magnífica e é a grande protagonista, com a única personagem desenvolvida com complexidade pelo roteiro. Eddie Redmayne até se esforça, mas é ofuscado e seus cacoetes vistos em A Teoria de Tudo continua a todo vapor. Faltou uma passagem de tempo mais clara. E o Tom Hooper continua mostrando a fraude que é. Impressionante como ele não sabe onde colocar as câmeras e dirige como um amador, dá até agonia daqueles enquadramentos.
Embasbacado com o filme. De uma beleza ímpar. Sim, o personagem sofre mais que Cristo, mas não é um show de miserabilismo como em Biutiful, por exemplo. O diretor aproveita essa história simples pra mostrar coisas de uma forma empolgante e até lírica. As atuações estão incríveis. Gostei muito do Poulter, do Hardy e, claro, do DiCaprio, que merece o Oscar só pela última cena (e pela anterior, e pela que veio antes...). Me senti vendo Garota Exemplar de novo, no sentido de que parecia estar numa montanha-russa, a cada nova cena eu pensava "não é possível que vai acontecer algo ainda mais wtf e bam, aí vem outra bomba).
Dramédia incrível que parece um Quem Tem Medo de Virginia Wolf? em um resort de ski. O casal protagonista em grandes atuações (ele merecia um prêmio só pela melhor cena de crise de choro desde a de Diane Keaton em Alguém Tem Que Ceder).
A atuação pela qual Michelle Pfeiffer deveria ter vencido o Oscar de coadjuvante. A cada nova cena eu me impressionava mais com a forma como ela me hipnotizava e fazia cada aparição ser o bastante pra ela mostrar todas as camadas da sua complexa personagem. Tirando ela, o filme é bem qualquer coisa e super datado (atrizes que só fizeram sucesso na época, adolescentes se comunicando por carta, etc).
A história é revoltante? Sim Os personagens são estúpidos? Sim. Mas o que mais impressiona é que o filme fez um ótimo trabalho ao retratar uma história real. Pra quem não viu, o vídeo relatando o fato é bem o que o filme mostrou. https://www.youtube.com/watch?v=LuH3GYmSjzU
ps: A atuação da Ann Dowd foi sensacional
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Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraComo o Mel Gibson conta a história de um pacifista? Exaltando a violência, claro. Pior indicado ao Oscar desde Sniper Americano. Brega até dizer chega e o Andrew Garfield tem bons momentos intercalados com outros constrangedores em que parece imitar Forrest Gump. O Mel Gibson mostra como é uma fraude por sabotar uma história interessante de um pacifista com cenas em que a violência extrema é exaltada como cenas de sexo em um pornô. As tão comentadas cenas de batalha chegam a ser cômicas de tão exageradas.
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraA entrega do elenco é válida, principalmente a do James Franco, numa atuação difícil de esquecer. A fotografia também tem seus bons momentos. O problema é o roteiro repleto de clichês e com personagens sem a menor complexidade. O diretor parece ter tentado fazer sua versão com crítica social da perdição de garotas numa estética a la Terrence Malick, mas tudo não passa de uma sucessão de imagens desconexas que contam uma história rasa com a qual é difícil se importar.
O Despertar do Desejo
2.7 9Com exceção da Julie Christie, numa atuação tão complexa quanto sensual, o filme é teatral e capenga. Coincidências absurdas e situações dramáticas que não funcionam, além de momentos supostamente cômicos que não têm a menor graça. Chega a ser curioso ver Nick Nolte no papel de pegador e Lara Flynn Boyle sem a cara cheia de botox.
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraA primeira parte é lenta pra caramba, mas constrói bem o clima de tensão e paranoia. A segunda parte é agonia pura, quase torture porn. A revelação do fim me fez querer rever o filme (pelo menos até a tortura começar).
Anomalisa
3.8 497 Assista AgoraA confecção dos personagens e do mundo em que eles vivem impressiona, tanto que parece mais real do que muito filme que não é animado. A abordagem naturalista também contribui pra isso. A sacada das vozes iguais é legal, ainda que desconfortável. Porém, o roteiro é tão enfadonho e metido a ser uma reflexão profunda que acaba se tornando ultra pedante. Só melhora um pouco quando a personagem-título entra em cena.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraVi numa sessão cheia e deu pra notar que a maioria detestou e riu quando não era pra rir. Não importa, trata-se de um terror psicológico que não se apoia em sustos fáceis, mas em uma atmosfera de panaoia que vai crescendo até o 3º ato macabro (se eu acreditasse no demo morreria de medo de dormir depois). A direção é segura, a fotografia é claustrofóbica na medida, a parte sonora arrebenta e o elenco tá ótimo, em especial a protagonista. Anya Taylor-Joy tem potencial pra virar uma estrela se conseguir novos papeis bons assim.
As Sufragistas
4.1 778 Assista AgoraCarey Mulligan carrega nas costas esse filme mediano. Apesar da ótima atuação da protagonista, o filme é pouco memorável e não explora todo o potencial da história. O que mais irritou foi o final, não só por ser anticlimático, mas porque dá destaque a uma personagem que surgiu do nada e teve desenvolvimento zero.
The Hunting Ground
4.5 161Preciso de um banho depois de ver esse doc (absurdo não ter sido indicado ao Oscar). Fiquei extremamente enojado com tudo que foi apresentado e revoltado com a ganância e falta de caráter de todos que cometem e encobertam esse tipo de crime.
Uma Estranha Amizade
3.7 88Belo filme do diretor de Tangerine. O cara tem uma mão ótima pra direção e tato pra tratar temas simples de maneira delicada com um grande frescor. Fiquei surpreso em como ele mostra a profissão da protagonista, de forma natural, ao mesmo tempo com crueza e humor, e sem julgamentos. A Dree Hemingway é bem talentosa (filha da Mariel Hemingway mas com cara de filha da Bridget Fonda). E a senhora Besedka Johnson rouba a cena (interessante ser o único filme da vida dela).
A Escolha Perfeita
3.8 1,6K Assista AgoraNão entendi o hype. Só uma espécie de Glee na faculdade. Roteiro esquemático e previsível.
Poucas e Boas
3.6 130 Assista AgoraUm dos mais fracos e irregulares do Woody Allen que eu vi até agora. Únicas cenas que são boas mesmo são as envolvendo a Samantha Morton, justificando sua indicação ao Oscar. Decisão equivocada de incluir relatos pra narrar as coisas e atuação caricata do Sean Penn não ajudam em nada. Aliás, já é a 3ª vez que considero o overacting do Penn incômodo (junto com Uma Lição de Amor e Sobre Meninos e Lobos, em que ele extrapola todos os limites do exagero.
A Outra História Americana
4.4 2,2K Assista AgoraImpressionante (e triste) como esse filme parece ter sido feito ontem. Uma pancada mesmo, daquelas que te deixam meio atordoado. A Beverly D'Angelo bem que podia ter sido mais lembrado como atriz coadjuvante, tá muito boa. E se antes era trágico pensar no Roberto Benigni vencendo o Ian McKellen, agora tem o Edward Norton pra ver como foi um prêmio equivocado. Até gosto da atuação do Benigni naquele filme, mas o Norton tá em muitos níveis acima.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraMesmo com a leveza que o personagem inocente dá ao filme, trata-se de um belíssimo e arrasador drama. Amei o roteiro, a direção, o design de produção. Feliz pelo reconhecimento à Brie Larson. O Jacob Tremblay devia estar entre os indicados a melhor ator (nada de coadjuvante) e a Joan Allen tbm merecia mais menções.
Brooklin
3.8 1,1KNão incluiria no meu top 10, mas é um filme mega encantador. Uma delícia assistir, tudo bonito e feito com muito cuidado. A indicação da Saoirse Ronan foi justíssima, taí uma atriz que tem tudo pra brilhar cada vez mais. O Emory Cohen é um grande achado, não é à toa que a melhor parte é quando ele ganha destaque. Difícil não se apaixonar por ele e pelo personagem dele. Consegui até vislumbrar um pouco de Marlon Brando nele.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraNão chega a ser ruim, apenas é bem banal, o que é o mais frustrante, já que a história não tem nada de simplória. A Alicia Vikander está magnífica e é a grande protagonista, com a única personagem desenvolvida com complexidade pelo roteiro. Eddie Redmayne até se esforça, mas é ofuscado e seus cacoetes vistos em A Teoria de Tudo continua a todo vapor. Faltou uma passagem de tempo mais clara. E o Tom Hooper continua mostrando a fraude que é. Impressionante como ele não sabe onde colocar as câmeras e dirige como um amador, dá até agonia daqueles enquadramentos.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraEmbasbacado com o filme. De uma beleza ímpar. Sim, o personagem sofre mais que Cristo, mas não é um show de miserabilismo como em Biutiful, por exemplo. O diretor aproveita essa história simples pra mostrar coisas de uma forma empolgante e até lírica. As atuações estão incríveis. Gostei muito do Poulter, do Hardy e, claro, do DiCaprio, que merece o Oscar só pela última cena (e pela anterior, e pela que veio antes...). Me senti vendo Garota Exemplar de novo, no sentido de que parecia estar numa montanha-russa, a cada nova cena eu pensava "não é possível que vai acontecer algo ainda mais wtf e bam, aí vem outra bomba).
Força Maior
3.6 241Dramédia incrível que parece um Quem Tem Medo de Virginia Wolf? em um resort de ski. O casal protagonista em grandes atuações (ele merecia um prêmio só pela melhor cena de crise de choro desde a de Diane Keaton em Alguém Tem Que Ceder).
Deixe-me Viver
3.7 170A atuação pela qual Michelle Pfeiffer deveria ter vencido o Oscar de coadjuvante. A cada nova cena eu me impressionava mais com a forma como ela me hipnotizava e fazia cada aparição ser o bastante pra ela mostrar todas as camadas da sua complexa personagem. Tirando ela, o filme é bem qualquer coisa e super datado (atrizes que só fizeram sucesso na época, adolescentes se comunicando por carta, etc).
Obediência
3.4 309A história é revoltante? Sim Os personagens são estúpidos? Sim. Mas o que mais impressiona é que o filme fez um ótimo trabalho ao retratar uma história real. Pra quem não viu, o vídeo relatando o fato é bem o que o filme mostrou. https://www.youtube.com/watch?v=LuH3GYmSjzU
ps: A atuação da Ann Dowd foi sensacional