Últimas opiniões enviadas
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Melancolia
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Me lembra a discussão de um podcast sobre pulsão de morte e pulsão de vida. Cada irmã tá em um polo. A Justine só quer se autodestruir e o fim do mundo nunca foi tão acolhedor, tão confortável. É palpável como todo mundo sofre pra acomodar alguém que quer tanto largar tudo, sufocando a Justine e a forçando a um lugar de melancolia cada vez mais tangente e autodestrutivo.
A outra irmã tá muito focada em querer viver e projetar esse dejeso nos outros pra aceitar a Justine de fato, por isso ela sofre horrores na iminência do fim. As duas se completam, assim como o resto da família completa o caos.
Fotografía, cenário e atuação impecáveis. O tempo podia ser mais curto. Tem uns momentos pra gerar desconforto que ao invés de 6 minutos podia ser 3 e o resultado seria o mesmo.
Últimos recados
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Filmow
O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!
Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)
Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
Boa sorte! :)* Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/
O filme é impecável. Ele demonstra um problema comum no mundo: o descompasso entre as Políticas Públicas do Estado e os grupos sociais vulneráveis. Claro que tabalha isso a partir da coexistência entre governo oficial e organização indigena, abordando problemas externos (como estrangeiros e pessoas brancas desumanizando nativos), políticos (debate sobre primazia de direito internacional e nacional à infância ou sistema indigena) e socio-culturais (como a fuga da norma amplia vulnerabilidade das vítimas e culmina em violências cíciclas). Tudo isso sem abandonar um viés de raça, classe, gênero e etário por meio da Shula. Uma criança que, tão silenciada, é quase muda e só encontra voz no grupo mais marginalizado, isto é: mulheres indígenas julgadas arbitrariamente e condenadas à um trabalho análogo ao escravo.
Até o exemplo de superação, a esposa do servidor público, é só mais uma vítima numa gaiola bonita.
Tudo isso sob transcorrendo como um fato absurdo (dependendo do ponto de vista), mas incrivelmente normal.
A atuação, a trilha sonora, e toda a composição visual é belíssima e se encaixa de forma fluida.