Eu diria que Postcards from London é um daqueles que todo criativo """deveria""" ver, talvez para relembrar da natureza sem limites do trabalho deles. Apesar de diretrizes e estruturas ajudarem e as vezes serem até necessárias, elas não são inerentemente essenciais. Outra coisa, por que qualquer obra que tenha, mesmo que remotamente, arte como tema ou tópico é instantaneamente considerada pretensiosa? E qual é exatamente o problema com pretensão? Harris Dickinson foi uma escolha perfeita para o papel, não só por incorporar tanto da personagem, mas por seu incrível talento em transmitir tanto em tão pouco, seja espaço, tempo ou clareza. Postcards from London tem a sua própria essência enquanto também, talvez, uma carta de amor a arte e artistas (e a velha SoHo) como Fassbinder e apesar da falta (não que DEVESSE ter) do fogo que há em Querelle, o trabalho de McLean continua impressionante, não apenas pelos visuais que ele criou, mas também pelo seu trabalho de direção com o seu elenco, especialmente Dickinson e Hauer-King.
O filme todo tem 1 ideia e ainda é mal e parcamente desenvolvida? Sem falar que é um saco de clichês de filmes de terror, previsível do começo ao fim e não dá nem pra dizer que o trailer estraga o filme, pois o próprio filme se estraga ao não dar nem tempo de aproximar do personagem deixando claro sua intenção de não ser nada além de Destruction Porn com Superman do Mal.
Que orgulho desse filme! Tal qual sua personagem principal, não se curva em momento algum com meios comprometimentos. Todas as pequenas e grandes partes desse filme me agradaram. As pequenas decisões visuais que destacam o filme como um dos mais interessantes de todo o MCU (com Ragnarok, Guardians, Iron Man, Black Panther e os Avengers Infinity War e Endgame), o figurino, o cast perfeito!, a química do elenco que vende tudo MUITO bem, os efeitos especiais/visuais, não só a qualidade deles, mas a concepção, a concepção dos poderes da Carol, das cenas de ação, etc. o Goose provando que interestelar ou não, gato é tudo igual. Vi Endgame antes de Captain Marvel e de lá já amava a personalidade da Carol, mas aqui a Brie tem mais espaço e nos pequenos detalhes ela leva a outro nível, dançando bem entre a mentalidade de uma pessoa fragilizada pelo desconhecimento de sua própria história e todo seu treinamento militar no contexto da sua "nova identidade". Mesmo que o subtexto não se aplique a mim, homem cis, foi gratificante ver o arco sobre a libertação da Carol, feito de forma tão minuciosa, mas simples ao mesmo tempo e paradoxalmente universal para qualquer pessoa, seja ela subjugada por toda uma classe da sociedade ou que seja por membros de sua própria família ou qualquer figura de "superioridade" com a qual tenha de lidar. Daqui pra frente, na nova fase do MCU, eu só espero que os roteiristas saibam trabalhar com os "novatos", heavy hitters complicados de elaborar histórias e rivais a altura, especialmente com a Capitã e o Doutor Estranho, torço para que usem bem o tempo para pensar em limitações inteligentes e não saídas fáceis. O final do filme me agradou por toda a jornada e realmente não tinha o que colocar no caminho dela uma vez que se libertou completamente, mas vai ser interessante ver os próximos embates de Carol Danvers, especialmente após Endgame.
Endgame fez o inverso de Game of Thrones, enquanto um [GoT] reduziu complicações para poupar tempo e lidar com os múltiplos personagens e storylines enfim juntos, e por pouquíssimo tempo, o outro [Endgame] preferiu dar voltas desnecessárias na trama enquanto jogava personagens mais relevantes para escanteio e não realmente se importou com storylines que vai desenvolver em filmes futuros. Quando saiu a duração do filme imaginei que fosse de puro fan service, esses personagens voltando e interagindo por mais tempo (que não interessa quanto tempo for ainda seria pouco tempo já que os contratos estão se esgotando), mas acabou que foi só pra ter espaço pras 2 horas de complicação extra do plot, mas pelo menos o pay-off - aquela cena linda de batalha final - foi bom, deu aquele calorzinho no peito mesmo que por pouco tempo. Agora, ansioso pra ver o próximo filme de Avengers (que provavelmente vai ser New Avengers) com Capitã, Doutor Estranho e Black Panther, só torcendo pra criarem um plot complicado que não precise ficar jogando os heavy hitters pra escanteio pra não ser resolvido em 2p.
Dos episódios 8 à 18 melhora um pouco, no fim o saldo é positivo, mas a repetição de narrativas e clichês e o mais do mesmo em muitas histórias que só se salvam pela arte colocam a série bem abaixo do que eu esperava, pelo menos os que são bons carregam ela nas costas. Na ordem de qualidade: 1 - Zima Blue; 2 - Shape-shifters; 3 - Helping Hand; 4 - Lucky 13; 5 - Ice Age; 6 - When the Yogurt Took Over; 7 - Three Robots; 8 - Alternate Histories; 9 - Fish Night; 10 - Beyond the Aquila Rift; 11 - Secret War; 12 - Suits; 13 - Blindspot; 14 - Sucker of Souls; 15 - The Dump; 16 - The Witness; 17 - Sonnie's Edge; 18 - Good Hunting (eu fico pensando na lógica do autor que decide contar uma história de vingança de uma vitima de toda forma de abuso possível e do nada tem a ideia de botar a personagem toda arreganhada e o "amigo" tirando o TAMPO DA BUNDA dela, e não sentir 1 pingo de vergonha de botar isso no roteiro final. além disso a narrativa é péssima, a arte é a mais sem graça e genérica de toda a antologia - não tem problema com ela em si, imagino que seja tão difícil como qualquer outra, mas é uma antologia de 18 episódios pra netflix... deveria ser... "mais")
Do 1 ao 8 é... complicado. Apenas 2 com histórias realmente interessantes (Three Robots e When the Yoghurt Took Over), o resto são ideias interessantes com execuções genéricas, todas trabalhadas no pior do "ELES ESTAVAM MORTOS O TEMPO TODO" para dar algum sensação de "wow mind blowing", nada que N outras animações ou obras não já fizeram a exaustão. Quanto a arte a maioria é sensacional. Um grande problema desses 8 episódios da antologia porém é o espirito de porco do nerd punheteiro que não resiste de sexualizar personagens femininas nem quando abuso sexual é parte da história (aparentemente a ironia de merda é completamente perdida nos roteiristas). Good Hunting é uma completa porcaria, a arte é na melhor das hipóteses okay, mas definitivamente a menos criativa. Witness tem a arte mais incrível, mas o roteiro seria 200% melhor se novamente não apelasse tanto pra nudez desnecessária (e claro, só da personagem feminina). Parecia algo muito mais interessante do que o pior da Ficção Científica antiga com o pior do "edgelorderismo".
Já que o site não faz muito por onde de avisar, só passando pra deixar essa informação aqui: para denunciar comentários, mande o link do comentário para [email protected]. Para obter o link do comentário basta clicar onde diz há quanto tempo o comentário foi publicado.
Episódio 3 e acho difícil essa série desandar, pois esse time (de produtores, roteiristas, diretores e atores) sabe o que está fazendo. A série continua sabendo trabalhar pontos dos conflitos de cada personagem mesmo que eles não sejam os centros das atenções do episódio (Rita e seu constante estado de "meltdown" e Cyborg com seu pai ficando para trás, Cliff com e o choque após causar todo aquele estrago, Jane e sua própria situação envolvendo todas as outras Janes). E eu vou pessoalmente considerar o momento que a Jane escreve "Control is a Weapon for Fascists" na janela como o momento em que a própria Jane quebrou a 4º parede. P.S. Heróis DC acabando com nazistas é uma estética que eu amo de coração.
Linda produção, mas assim como em Umbrella Academy, ela é jogada fora em um roteiro preguiçoso de doer. Sério, 10 episódios, trocentos personagens mortos, outros se sacrificando (mulheres em refrigeradores a torto e a direita) para o segundo personagem mais insuportável da série conseguir o que "queria"? TUDO aquilo PRA ISSO? Nem a Melantha que foi construída pra ser sensata escapou à burrice desse roteiro. p.s. só por não ter matado o Rowan já merece o cancelamento.
O piloto é maravilhoso, mas a excelência narrativa do segundo episódio é de dar calafrios! Toda a sequência dentro do burro me deixou embasbacado na maestria em mixar o plot com os conflitos dos personagens sem usar eles como plot devices vazios
É decepcionante ver uma série com um ótimo elenco (destaque para Ellen Page e Aidan Gallagher) com um roteiro TÃO preguiçoso e uma história TÃO batida. A história se acha mais inteligente do que realmente é, e aquela cena ridícula que desfaz todos os avanços dos personagens jogando eles de volta no mesmo lugar foi a gota d'água. Além de repetir as mesmas tensões ("os irmãos não se entendem", "klaus vive se drogando e saindo das drogas e se drogando de novo", "Alisson continua com o mimimi da filha", "Diego e seu jeitão ~eu não me importo sou muito badass, agora pega meu background triste enquanto a série mata 2 mulheres na minha vida para impulsionar meu plot mais raso que a cabeça do Luther~ Luther é um completo inútil do começo ao fim e é usado como mero plot device, mal "personagem" ele é") em praticamente todos os episódios. É frustrante a quantidade de plots e situações nessa série que ocorrem pela pura falta de diálogo, e isso poderia MUITO funcionar se na falta do diálogo tivesse QUALQUER outra coisa acontecendo, mas não tem. Os personagens literalmente levantam e deixam um ambiente sem mover o plot para voltar para subplots que não vão a lugar nenhum. O que é feito com Klaus é ridículo, o pior subplot de um viciado em QUALQUER série é o vai e volta (vide Charlie em Lost) e sempre que falta plot, os autores jogam o personagem no vicio de novo... Klaus passa por isso 20 vezes num mesmo episódio. A série precisava de alguém muito mais experiente por trás, para realmente saber explorar o absurdo e misturá-lo com a "transgressão" do gênero que aqui é completamente inexistente (como foi feito em Preacher e Dirk Gently tão bem). Se a única coisa que mantém seu plot principal andando (o mundo vai acabar graças a uma super humana fora de controle) é a falta de comunicação entre seus personagens, bote algo mais na história, ESPECIALMENTE se seus 10 episódios só dão voltas e voltas nos MESMOS subplots para acabar como prequel da história real. Do começo ao fim, únicos personagens que tem histórias de verdade são Vanya e 5, o resto é plot device de uma história genérica.
Possivelmente o blockbuster mais lindo de 2018. E não esperava ter TANTA mitologia nesse filme, muito menos todos os reinos não só mencionados como visitados e presentes. Orm... eita vilão lindo da porra, nunca pensei que roxo funcionaria tão bem como roupa de uniforme, mas nenhum uniforme supera o clássico que é simplesmente fantástico (e eu adorei a vibe Subnautica na cena em que o Artur consegue o tridente). O roteiro tem seus altos e baixos (muitas coincidências, mas uma resolução positiva que eu não estava esperando), mas no geral é tão bom quanto e melhor que o resto dos filmes do gênero, e num gênero já bem saturadinho ao MEU ver isso é bem positivo. Elenco ótimo, roteiro okay, mitologia maravilhosa, mas as cenas de ação sim merecem a cereja desse bolo, cada uma com um toque especial na direção, fossem os planos sequências ou os ângulos insanos ou os movimentos de espiralar o terceiro olho, James Wan levou a sério o trabalho (tanto a sério que gerou alguns momentos meio "overdirected", com cenas simples em planos exagerados e desnecessários, especialmente onde o personagem deveria ser o foco, e não o plano ou movimento de câmera que só te distância ou te causa estranheza no meio de ter de se importar com o personagem). Desde já ansioso pelo segundo filme e quem sabe uma novo da liga, agora com o uniforme original e sem o Jossa Whedon
É pior do que eu esperava. Quando vi as primeiras reações ao filme, esperava algo nos moldes do primeiro ("Bestas Fantásticas e Aquele 1 Quarteirão de Nova Iorque em Que TUDO Acontece Por Preguiça da Produção Talvez?"), mas não, é um festival de plots desinteressantes e desnecessários que fazem com que esse filme não seja só ruim, mas chato, e MUITO chato. Torcer para o próximo filme só focar no núcleo Newt e no Dumbledore fazendo a desentendida com o voto por duas horas de filme (pq sério, ele não passou nem 1 horinha dos últimos o que, 20 anos desde o voto, tentando encontrar um jeito de desfazer ele?), e ainda, que os outros filmes não cheguem nem PERTO de tentar redimir a Queenie, que morra ou apodreça na cadeia com Grindevaldo.
O filme é uma merda mesmo, mas uma merda divertida pra caramba, ao que parece nem o próprio roteirista conseguiu levar o trabalho a sério, mas a relação EddieVenom é maravilhosa e tal qual Venom preenchendo todo buraco de Eddie, essa relação sustenta o roteiro cheio de "furos". Falando sério agora, a "história" é interessante, mas faltou uma bela hora de desenvolvimento (no começo quando Eddie perde tudo e Riot leva 6 meses pra chegar nos Estados Unidos e no final quando Venom decide proteger a terra), mas sinceramente eu to amando ver esse filme fazer tanta bilheteria e um povo espumando de raiva por que levou muito a sério 🤣
A principio Happy End me causou certo descontentamento, que acredito ser por esperar algo "diferente" dado o histórico do diretor (esperar algo diferente, aparentemente significa esperar algo igual a anteriormente apresentado, algo familiar, hm). Então, como com todo filme do Haneke (dentre outros diretores), eu comecei a ler as observações de pessoas com bagagens culturais maiores e mais capazes em digerir e eloquentes em expressas o que viram, e então eu vejo como minha própria insensibilidade ao filme "joga" na temática do mesmo. Talvez ser capaz de dizer que esse é o filme mais fácil ou menos desconfortável de Haneke exponha na verdade minha própria dessensibilização com "a coisa toda". O estranho e que confirma o meu sentimento pós filme/pós leitura é que adorei toda a parte técnico narrativa do filme, só não senti absolutamente nada por sua história além de uma superficial aflição com a "sociopatia" da garota. E agora sim, feito ressaca, o filme me deixa desconfortável.
Bom roteiro, ótimo elenco, boa execução, mas faltou algo, um certo brilho da direção, que em alguns momentos aparece, mas logo volta a desaparecer. É identificável como membro da franquia Ocean's 11, mas sem deixar de ter sua própria identidade, e assim como na trilogia de Cloney, o elenco carismático faz um ótimo trabalho, espero que haja duas continuações, não só por querer ver mais dessas personagens em situações mais tensas, mas por que sinto necessidade de completude haver Ocean's 9 e Ocean's 10.
O paradoxo aqui, é que a história do filme acaba sendo prejudicada pelo formato em que é contada (não a história como um todo, mas alguns momentos de virada que são grandes, mas pelo formato ficam engessados), mas caso fosse contada de um jeito mais "tradicional" provavelmente cairia num limbo de suspenses genéricos. Enfim, um filme simples e redondinho, Debra e John muito bem em seus papéis e uma direção inventiva.
Que direção fantástica! De todos os gêneros, terror talvez tenha sido o mais negligenciado (de forma geral) nos anos antecedentes a The Conjuring, It Follows e Babadook no que diz respeito a uma direção mais inventiva e pouco baseada nos clichês do gênero e dá gosto ver que mesmo com a leva de novos bons filmes de terror (no sentido mais técnico que no sentido "gostei desse filme") ainda é possível algum elevar o patamar ou no mínimo se colocar como igual perante os outros (inclusive ainda não vi A Quiet Place e The Witch, que talvez entrem nessa lista). Sim, parte da história é meio óbvia (o fato da avó fazer parte de um coven, mas a resolução foi completamente fora da caixa. O filme começou como trama familiar e então um twist demoníaco e no fim retorna a uma forma de drama familiar. O que mais me incomoda na cena final é não saber ao certo o estado mental de Peter, se era Peter ainda ou se estava possuído pela Charlie/Paimon, eu esperava que em um último plano o garoto desse aquele sorriso que ele vê no seu reflexo na sala de aula, mas a falta de um sorriso me faz pensar que é uma situação muito mais complicada que simplesmente "Pronto, agora ele está possuído". De certa forma, Hereditário parece ser uma versão menos sensacionalista e mais dramática da franquia Atividade Paranormal, que em seu terceiro filme aborda o Coven do qual a mãe da garota do primeiro filme fazia parte. No mais, ótimo filme, melhor ainda ter assistido sem saber nada, e com atuações fantásticas especialmente de Toni Collette, Alex Wolff e Ann Dowd.
Nunca joguei wow e não conhecia/conheço nada do jogo, dito isso... Esse filme tem alguns problemas óbvios de elenco, roteiro, edição e design de produção. Apesar de eu ter comprado a ideia do filme desde o começo, alguns desses problemas se mostraram rachaduras em todo o conceito. Por falta de definição melhor, Warcraft parece propositalmente mal feito, brega e com umas decisões que o colocam a beira de uma adaptação caricata e ridícula BEM distante de adaptações como Hobbit e Senhor dos Anéis. Apesar de tudo tem o seu charme. Vi alguns dizendo que o roteiro é previsível e sim, em alguns momentos é mesmo (como a morte do filho de Lothar), mas em outros fez até que um trabalho bem decente em estabelecer inúmeros personagens, no pouco tempo que teve, estabelecer um minimo de background para que eles funcionassem, e então matar um dos principais e mais carismáticos no que foi o ponto do alto do filme (seguido de um ponto morto, pq aquela cena pós morte do Durotan foi patética, mas enfim) e ainda conseguiu estabelecer 4 linhas para histórias futuras (Khadgar como "Guardião", aspas pq como a fonte parece ter sido destruída não sei se haverá um guardião, Garona como revolucionária infiltrada, Lothar como líder da Aliança e a Guerra entre humanos e orcs em si. Enfim, é um filme meio brega, mas que pra mim funcionou. Tivesse só uma direção mais capaz de lapidar o conteúdo (e uma edição que não fizesse parecer fanfilm) poderia ter saído algo bem melhor. E AH eu realmente adorei todas as cenas com magia. O sistema de Warcraft parece bem interessante e sinceramente, semelhante aos Jedis, eu adoraria um filme SÓ sobre os magos desse universo.
O roteiro é meio bagunçado, mas funciona na maior parte do tempo. Como adaptação, Ready Player One decepciona, mas não por não ser 100% fiel, mudanças são necessárias e etc, mas o problema é que Ready Player One apesar de ter a essência do "coração" do livro (embora tenha degolado a relação Wade/Aech), elimina por completo o lado distópico de todo aquele universo. Sério, chega a ser irônico que um livro sobre um futuro em que a sociedade praticamente abandona a realidade para viver de escapismo, tenha sido adaptado em uma versão mais palatável e que suaviza MUITO as consequências de uma empresa como a IOI existir e que só pincela as consequências da falta de neutralidade da rede. As referências são legais, mas só a batalha do final que realmente me empolgou (e Minecraft World no começo).
Talvez contenha spoilers Se eu soubesse que o diacho da pia não chumbada seria a causadora do dilúvio, eu teria superado as propagandas e o hype e visto essa maravilha muito antes! Eu já sabia de antemão (dado o tempo que levei para assistir) sobre se tratar de uma metáfora para, entre outras coisas, o nascimento do cristianismo e cia. mas por não saber o posicionamento do Aronofsky (se ateu, cristão, agnóstico, etc etc) acho que estava protelando assistir, mas oh boy, que bela surpresa. O urro que eu dei quando a Mãe berra "It's time to get the fuck out of my house!", e a explosão, QUE CENA! (ela não tava brincando quando disse que ia dar inicio no apocalipse).
Uma ótima surpresa, Frances McDormand e Sam Rockwell estão sensacionais. É um filme complicado, pois além de oferecer um arco de redenção a um personagem desprezível, Three Billboards Outside Ebbing, Missouri não se aprofunda em outros como a violência doméstica sofrida pela personagem de McDormand, o racismo, a violência policial e etc etc o que é meio frustrante considerando os últimos 3+ anos de constantes casos do tipo, mas isso é fora do filme e seria julgar pelo que ele não é ao invés de julgar pelo que ele é, e ele é sobre uma mãe, que perdeu sua filha de uma maneira brutal e que não viu ninguém ser punido pelo crime, e mesmo que não seja possível defender todas as atitudes dela, isso é parte do que é interessante em Three Billboards.
Uma surpresa deliciosa, mesmo que não tenha um final surpreendente (ainda mais se você conhecer o ator Hahaha), é um final que me foi muito satisfatório, pois bem... foi um final real. No começo a atuação do Kumail parece um pouco travadinha (pode ter sido intencional?), mas ele cresce de forma espantosa ao longo do filme, e as cenas com os pais da Emily, a cena do xenofóbico, a cena dele triste na apresentação dele falando da Emily são ótimas, e o final "wholesome" era sinceramente o que eu precisava, Call Me By Your Name, e Lady Bird e Blade Runner e Get Out já me deram o bastante de desgraçamento por um ano todo.
Ótima direção, montagem, edição, agora sem o elenco, essa história não se sustentaria não, especificamente sem um ator como Ansel Elgort. Trinta minutos no filme e já se torna um pouco cansativo, não insuportável, só que você sabe que vai ser aquilo ali o resto do filme, a maior surpresa ao final é o personagem do Predador de Hollywood ajudando Baby... Tipo, sério? Um trabalho técnico impecável, um ótimo protagonista, mas faltou sustança nesse roteiro.
Postcards From London
2.9 11Eu diria que Postcards from London é um daqueles que todo criativo """deveria""" ver, talvez para relembrar da natureza sem limites do trabalho deles. Apesar de diretrizes e estruturas ajudarem e as vezes serem até necessárias, elas não são inerentemente essenciais. Outra coisa, por que qualquer obra que tenha, mesmo que remotamente, arte como tema ou tópico é instantaneamente considerada pretensiosa? E qual é exatamente o problema com pretensão? Harris Dickinson foi uma escolha perfeita para o papel, não só por incorporar tanto da personagem, mas por seu incrível talento em transmitir tanto em tão pouco, seja espaço, tempo ou clareza. Postcards from London tem a sua própria essência enquanto também, talvez, uma carta de amor a arte e artistas (e a velha SoHo) como Fassbinder e apesar da falta (não que DEVESSE ter) do fogo que há em Querelle, o trabalho de McLean continua impressionante, não apenas pelos visuais que ele criou, mas também pelo seu trabalho de direção com o seu elenco, especialmente Dickinson e Hauer-King.
Brightburn: Filho das Trevas
2.7 607 Assista AgoraO filme todo tem 1 ideia e ainda é mal e parcamente desenvolvida? Sem falar que é um saco de clichês de filmes de terror, previsível do começo ao fim e não dá nem pra dizer que o trailer estraga o filme, pois o próprio filme se estraga ao não dar nem tempo de aproximar do personagem deixando claro sua intenção de não ser nada além de Destruction Porn com Superman do Mal.
Capitã Marvel
3.7 1,9K Assista AgoraQue orgulho desse filme! Tal qual sua personagem principal, não se curva em momento algum com meios comprometimentos. Todas as pequenas e grandes partes desse filme me agradaram. As pequenas decisões visuais que destacam o filme como um dos mais interessantes de todo o MCU (com Ragnarok, Guardians, Iron Man, Black Panther e os Avengers Infinity War e Endgame), o figurino, o cast perfeito!, a química do elenco que vende tudo MUITO bem, os efeitos especiais/visuais, não só a qualidade deles, mas a concepção, a concepção dos poderes da Carol, das cenas de ação, etc. o Goose provando que interestelar ou não, gato é tudo igual. Vi Endgame antes de Captain Marvel e de lá já amava a personalidade da Carol, mas aqui a Brie tem mais espaço e nos pequenos detalhes ela leva a outro nível, dançando bem entre a mentalidade de uma pessoa fragilizada pelo desconhecimento de sua própria história e todo seu treinamento militar no contexto da sua "nova identidade". Mesmo que o subtexto não se aplique a mim, homem cis, foi gratificante ver o arco sobre a libertação da Carol, feito de forma tão minuciosa, mas simples ao mesmo tempo e paradoxalmente universal para qualquer pessoa, seja ela subjugada por toda uma classe da sociedade ou que seja por membros de sua própria família ou qualquer figura de "superioridade" com a qual tenha de lidar. Daqui pra frente, na nova fase do MCU, eu só espero que os roteiristas saibam trabalhar com os "novatos", heavy hitters complicados de elaborar histórias e rivais a altura, especialmente com a Capitã e o Doutor Estranho, torço para que usem bem o tempo para pensar em limitações inteligentes e não saídas fáceis. O final do filme me agradou por toda a jornada e realmente não tinha o que colocar no caminho dela uma vez que se libertou completamente, mas vai ser interessante ver os próximos embates de Carol Danvers, especialmente após Endgame.
Vingadores: Ultimato
4.3 2,6K Assista AgoraEndgame fez o inverso de Game of Thrones, enquanto um [GoT] reduziu complicações para poupar tempo e lidar com os múltiplos personagens e storylines enfim juntos, e por pouquíssimo tempo, o outro [Endgame] preferiu dar voltas desnecessárias na trama enquanto jogava personagens mais relevantes para escanteio e não realmente se importou com storylines que vai desenvolver em filmes futuros. Quando saiu a duração do filme imaginei que fosse de puro fan service, esses personagens voltando e interagindo por mais tempo (que não interessa quanto tempo for ainda seria pouco tempo já que os contratos estão se esgotando), mas acabou que foi só pra ter espaço pras 2 horas de complicação extra do plot, mas pelo menos o pay-off - aquela cena linda de batalha final - foi bom, deu aquele calorzinho no peito mesmo que por pouco tempo. Agora, ansioso pra ver o próximo filme de Avengers (que provavelmente vai ser New Avengers) com Capitã, Doutor Estranho e Black Panther, só torcendo pra criarem um plot complicado que não precise ficar jogando os heavy hitters pra escanteio pra não ser resolvido em 2p.
Amor, Morte e Robôs (Volume 1)
4.3 673 Assista AgoraDos episódios 8 à 18 melhora um pouco, no fim o saldo é positivo, mas a repetição de narrativas e clichês e o mais do mesmo em muitas histórias que só se salvam pela arte colocam a série bem abaixo do que eu esperava, pelo menos os que são bons carregam ela nas costas. Na ordem de qualidade:
1 - Zima Blue;
2 - Shape-shifters;
3 - Helping Hand;
4 - Lucky 13;
5 - Ice Age;
6 - When the Yogurt Took Over;
7 - Three Robots;
8 - Alternate Histories;
9 - Fish Night;
10 - Beyond the Aquila Rift;
11 - Secret War;
12 - Suits;
13 - Blindspot;
14 - Sucker of Souls;
15 - The Dump;
16 - The Witness;
17 - Sonnie's Edge;
18 - Good Hunting (eu fico pensando na lógica do autor que decide contar uma história de vingança de uma vitima de toda forma de abuso possível e do nada tem a ideia de botar a personagem toda arreganhada e o "amigo" tirando o TAMPO DA BUNDA dela, e não sentir 1 pingo de vergonha de botar isso no roteiro final. além disso a narrativa é péssima, a arte é a mais sem graça e genérica de toda a antologia - não tem problema com ela em si, imagino que seja tão difícil como qualquer outra, mas é uma antologia de 18 episódios pra netflix... deveria ser... "mais")
Amor, Morte e Robôs (Volume 1)
4.3 673 Assista AgoraDo 1 ao 8 é... complicado. Apenas 2 com histórias realmente interessantes (Three Robots e When the Yoghurt Took Over), o resto são ideias interessantes com execuções genéricas, todas trabalhadas no pior do "ELES ESTAVAM MORTOS O TEMPO TODO" para dar algum sensação de "wow mind blowing", nada que N outras animações ou obras não já fizeram a exaustão. Quanto a arte a maioria é sensacional. Um grande problema desses 8 episódios da antologia porém é o espirito de porco do nerd punheteiro que não resiste de sexualizar personagens femininas nem quando abuso sexual é parte da história (aparentemente a ironia de merda é completamente perdida nos roteiristas). Good Hunting é uma completa porcaria, a arte é na melhor das hipóteses okay, mas definitivamente a menos criativa. Witness tem a arte mais incrível, mas o roteiro seria 200% melhor se novamente não apelasse tanto pra nudez desnecessária (e claro, só da personagem feminina). Parecia algo muito mais interessante do que o pior da Ficção Científica antiga com o pior do "edgelorderismo".
Capitã Marvel
3.7 1,9K Assista AgoraJá que o site não faz muito por onde de avisar, só passando pra deixar essa informação aqui: para denunciar comentários, mande o link do comentário para [email protected]. Para obter o link do comentário basta clicar onde diz há quanto tempo o comentário foi publicado.
Patrulha do Destino (1ª Temporada)
4.2 156 Assista AgoraEpisódio 3 e acho difícil essa série desandar, pois esse time (de produtores, roteiristas, diretores e atores) sabe o que está fazendo. A série continua sabendo trabalhar pontos dos conflitos de cada personagem mesmo que eles não sejam os centros das atenções do episódio (Rita e seu constante estado de "meltdown" e Cyborg com seu pai ficando para trás, Cliff com e o choque após causar todo aquele estrago, Jane e sua própria situação envolvendo todas as outras Janes). E eu vou pessoalmente considerar o momento que a Jane escreve "Control is a Weapon for Fascists" na janela como o momento em que a própria Jane quebrou a 4º parede.
P.S. Heróis DC acabando com nazistas é uma estética que eu amo de coração.
Nightflyers (1ª Temporada)
2.9 46Linda produção, mas assim como em Umbrella Academy, ela é jogada fora em um roteiro preguiçoso de doer. Sério, 10 episódios, trocentos personagens mortos, outros se sacrificando (mulheres em refrigeradores a torto e a direita) para o segundo personagem mais insuportável da série conseguir o que "queria"? TUDO aquilo PRA ISSO? Nem a Melantha que foi construída pra ser sensata escapou à burrice desse roteiro.
p.s. só por não ter matado o Rowan já merece o cancelamento.
Patrulha do Destino (1ª Temporada)
4.2 156 Assista AgoraO piloto é maravilhoso, mas a excelência narrativa do segundo episódio é de dar calafrios! Toda a sequência dentro do burro me deixou embasbacado na maestria em mixar o plot com os conflitos dos personagens sem usar eles como plot devices vazios
"Who are you talking to?" "Grant Morrison's fans, reddit trolls with DC subscriptions and 3 new fans that stuck around after the donkey's fart"
The Umbrella Academy (1ª Temporada)
3.9 566É decepcionante ver uma série com um ótimo elenco (destaque para Ellen Page e Aidan Gallagher) com um roteiro TÃO preguiçoso e uma história TÃO batida. A história se acha mais inteligente do que realmente é, e aquela cena ridícula que desfaz todos os avanços dos personagens jogando eles de volta no mesmo lugar foi a gota d'água. Além de repetir as mesmas tensões ("os irmãos não se entendem", "klaus vive se drogando e saindo das drogas e se drogando de novo", "Alisson continua com o mimimi da filha", "Diego e seu jeitão ~eu não me importo sou muito badass, agora pega meu background triste enquanto a série mata 2 mulheres na minha vida para impulsionar meu plot mais raso que a cabeça do Luther~ Luther é um completo inútil do começo ao fim e é usado como mero plot device, mal "personagem" ele é") em praticamente todos os episódios. É frustrante a quantidade de plots e situações nessa série que ocorrem pela pura falta de diálogo, e isso poderia MUITO funcionar se na falta do diálogo tivesse QUALQUER outra coisa acontecendo, mas não tem. Os personagens literalmente levantam e deixam um ambiente sem mover o plot para voltar para subplots que não vão a lugar nenhum. O que é feito com Klaus é ridículo, o pior subplot de um viciado em QUALQUER série é o vai e volta (vide Charlie em Lost) e sempre que falta plot, os autores jogam o personagem no vicio de novo... Klaus passa por isso 20 vezes num mesmo episódio. A série precisava de alguém muito mais experiente por trás, para realmente saber explorar o absurdo e misturá-lo com a "transgressão" do gênero que aqui é completamente inexistente (como foi feito em Preacher e Dirk Gently tão bem). Se a única coisa que mantém seu plot principal andando (o mundo vai acabar graças a uma super humana fora de controle) é a falta de comunicação entre seus personagens, bote algo mais na história, ESPECIALMENTE se seus 10 episódios só dão voltas e voltas nos MESMOS subplots para acabar como prequel da história real. Do começo ao fim, únicos personagens que tem histórias de verdade são Vanya e 5, o resto é plot device de uma história genérica.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraPossivelmente o blockbuster mais lindo de 2018. E não esperava ter TANTA mitologia nesse filme, muito menos todos os reinos não só mencionados como visitados e presentes. Orm... eita vilão lindo da porra, nunca pensei que roxo funcionaria tão bem como roupa de uniforme, mas nenhum uniforme supera o clássico que é simplesmente fantástico (e eu adorei a vibe Subnautica na cena em que o Artur consegue o tridente). O roteiro tem seus altos e baixos (muitas coincidências, mas uma resolução positiva que eu não estava esperando), mas no geral é tão bom quanto e melhor que o resto dos filmes do gênero, e num gênero já bem saturadinho ao MEU ver isso é bem positivo.
Elenco ótimo, roteiro okay, mitologia maravilhosa, mas as cenas de ação sim merecem a cereja desse bolo, cada uma com um toque especial na direção, fossem os planos sequências ou os ângulos insanos ou os movimentos de espiralar o terceiro olho, James Wan levou a sério o trabalho (tanto a sério que gerou alguns momentos meio "overdirected", com cenas simples em planos exagerados e desnecessários, especialmente onde o personagem deveria ser o foco, e não o plano ou movimento de câmera que só te distância ou te causa estranheza no meio de ter de se importar com o personagem).
Desde já ansioso pelo segundo filme e quem sabe uma novo da liga, agora com o uniforme original e sem o Jossa Whedon
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraÉ pior do que eu esperava. Quando vi as primeiras reações ao filme, esperava algo nos moldes do primeiro ("Bestas Fantásticas e Aquele 1 Quarteirão de Nova Iorque em Que TUDO Acontece Por Preguiça da Produção Talvez?"), mas não, é um festival de plots desinteressantes e desnecessários que fazem com que esse filme não seja só ruim, mas chato, e MUITO chato. Torcer para o próximo filme só focar no núcleo Newt e no Dumbledore fazendo a desentendida com o voto por duas horas de filme (pq sério, ele não passou nem 1 horinha dos últimos o que, 20 anos desde o voto, tentando encontrar um jeito de desfazer ele?), e ainda, que os outros filmes não cheguem nem PERTO de tentar redimir a Queenie, que morra ou apodreça na cadeia com Grindevaldo.
Venom
3.1 1,4K Assista AgoraO filme é uma merda mesmo, mas uma merda divertida pra caramba, ao que parece nem o próprio roteirista conseguiu levar o trabalho a sério, mas a relação EddieVenom é maravilhosa e tal qual Venom preenchendo todo buraco de Eddie, essa relação sustenta o roteiro cheio de "furos". Falando sério agora, a "história" é interessante, mas faltou uma bela hora de desenvolvimento (no começo quando Eddie perde tudo e Riot leva 6 meses pra chegar nos Estados Unidos e no final quando Venom decide proteger a terra), mas sinceramente eu to amando ver esse filme fazer tanta bilheteria e um povo espumando de raiva por que levou muito a sério 🤣
Happy End
3.5 93 Assista AgoraA principio Happy End me causou certo descontentamento, que acredito ser por esperar algo "diferente" dado o histórico do diretor (esperar algo diferente, aparentemente significa esperar algo igual a anteriormente apresentado, algo familiar, hm).
Então, como com todo filme do Haneke (dentre outros diretores), eu comecei a ler as observações de pessoas com bagagens culturais maiores e mais capazes em digerir e eloquentes em expressas o que viram, e então eu vejo como minha própria insensibilidade ao filme "joga" na temática do mesmo.
Talvez ser capaz de dizer que esse é o filme mais fácil ou menos desconfortável de Haneke exponha na verdade minha própria dessensibilização com "a coisa toda".
O estranho e que confirma o meu sentimento pós filme/pós leitura é que adorei toda a parte técnico narrativa do filme, só não senti absolutamente nada por sua história além de uma superficial aflição com a "sociopatia" da garota. E agora sim, feito ressaca, o filme me deixa desconfortável.
Oito Mulheres e um Segredo
3.6 1,1K Assista AgoraBom roteiro, ótimo elenco, boa execução, mas faltou algo, um certo brilho da direção, que em alguns momentos aparece, mas logo volta a desaparecer. É identificável como membro da franquia Ocean's 11, mas sem deixar de ter sua própria identidade, e assim como na trilogia de Cloney, o elenco carismático faz um ótimo trabalho, espero que haja duas continuações, não só por querer ver mais dessas personagens em situações mais tensas, mas por que sinto necessidade de completude haver Ocean's 9 e Ocean's 10.
Buscando...
4.0 1,3K Assista AgoraO paradoxo aqui, é que a história do filme acaba sendo prejudicada pelo formato em que é contada (não a história como um todo, mas alguns momentos de virada que são grandes, mas pelo formato ficam engessados), mas caso fosse contada de um jeito mais "tradicional" provavelmente cairia num limbo de suspenses genéricos. Enfim, um filme simples e redondinho, Debra e John muito bem em seus papéis e uma direção inventiva.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraQue direção fantástica! De todos os gêneros, terror talvez tenha sido o mais negligenciado (de forma geral) nos anos antecedentes a The Conjuring, It Follows e Babadook no que diz respeito a uma direção mais inventiva e pouco baseada nos clichês do gênero e dá gosto ver que mesmo com a leva de novos bons filmes de terror (no sentido mais técnico que no sentido "gostei desse filme") ainda é possível algum elevar o patamar ou no mínimo se colocar como igual perante os outros (inclusive ainda não vi A Quiet Place e The Witch, que talvez entrem nessa lista). Sim, parte da história é meio óbvia (o fato da avó fazer parte de um coven, mas a resolução foi completamente fora da caixa. O filme começou como trama familiar e então um twist demoníaco e no fim retorna a uma forma de drama familiar. O que mais me incomoda na cena final é não saber ao certo o estado mental de Peter, se era Peter ainda ou se estava possuído pela Charlie/Paimon, eu esperava que em um último plano o garoto desse aquele sorriso que ele vê no seu reflexo na sala de aula, mas a falta de um sorriso me faz pensar que é uma situação muito mais complicada que simplesmente "Pronto, agora ele está possuído". De certa forma, Hereditário parece ser uma versão menos sensacionalista e mais dramática da franquia Atividade Paranormal, que em seu terceiro filme aborda o Coven do qual a mãe da garota do primeiro filme fazia parte. No mais, ótimo filme, melhor ainda ter assistido sem saber nada, e com atuações fantásticas especialmente de Toni Collette, Alex Wolff e Ann Dowd.
Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos
3.4 940 Assista AgoraNunca joguei wow e não conhecia/conheço nada do jogo, dito isso...
Esse filme tem alguns problemas óbvios de elenco, roteiro, edição e design de produção. Apesar de eu ter comprado a ideia do filme desde o começo, alguns desses problemas se mostraram rachaduras em todo o conceito. Por falta de definição melhor, Warcraft parece propositalmente mal feito, brega e com umas decisões que o colocam a beira de uma adaptação caricata e ridícula BEM distante de adaptações como Hobbit e Senhor dos Anéis. Apesar de tudo tem o seu charme. Vi alguns dizendo que o roteiro é previsível e sim, em alguns momentos é mesmo (como a morte do filho de Lothar), mas em outros fez até que um trabalho bem decente em estabelecer inúmeros personagens, no pouco tempo que teve, estabelecer um minimo de background para que eles funcionassem, e então matar um dos principais e mais carismáticos no que foi o ponto do alto do filme (seguido de um ponto morto, pq aquela cena pós morte do Durotan foi patética, mas enfim) e ainda conseguiu estabelecer 4 linhas para histórias futuras (Khadgar como "Guardião", aspas pq como a fonte parece ter sido destruída não sei se haverá um guardião, Garona como revolucionária infiltrada, Lothar como líder da Aliança e a Guerra entre humanos e orcs em si.
Enfim, é um filme meio brega, mas que pra mim funcionou. Tivesse só uma direção mais capaz de lapidar o conteúdo (e uma edição que não fizesse parecer fanfilm) poderia ter saído algo bem melhor. E AH eu realmente adorei todas as cenas com magia. O sistema de Warcraft parece bem interessante e sinceramente, semelhante aos Jedis, eu adoraria um filme SÓ sobre os magos desse universo.
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista AgoraO roteiro é meio bagunçado, mas funciona na maior parte do tempo. Como adaptação, Ready Player One decepciona, mas não por não ser 100% fiel, mudanças são necessárias e etc, mas o problema é que Ready Player One apesar de ter a essência do "coração" do livro (embora tenha degolado a relação Wade/Aech), elimina por completo o lado distópico de todo aquele universo. Sério, chega a ser irônico que um livro sobre um futuro em que a sociedade praticamente abandona a realidade para viver de escapismo, tenha sido adaptado em uma versão mais palatável e que suaviza MUITO as consequências de uma empresa como a IOI existir e que só pincela as consequências da falta de neutralidade da rede. As referências são legais, mas só a batalha do final que realmente me empolgou (e Minecraft World no começo).
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraTalvez contenha spoilers
Se eu soubesse que o diacho da pia não chumbada seria a causadora do dilúvio, eu teria superado as propagandas e o hype e visto essa maravilha muito antes! Eu já sabia de antemão (dado o tempo que levei para assistir) sobre se tratar de uma metáfora para, entre outras coisas, o nascimento do cristianismo e cia. mas por não saber o posicionamento do Aronofsky (se ateu, cristão, agnóstico, etc etc) acho que estava protelando assistir, mas oh boy, que bela surpresa. O urro que eu dei quando a Mãe berra "It's time to get the fuck out of my house!", e a explosão, QUE CENA! (ela não tava brincando quando disse que ia dar inicio no apocalipse).
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraUma ótima surpresa, Frances McDormand e Sam Rockwell estão sensacionais. É um filme complicado, pois além de oferecer um arco de redenção a um personagem desprezível, Three Billboards Outside Ebbing, Missouri não se aprofunda em outros como a violência doméstica sofrida pela personagem de McDormand, o racismo, a violência policial e etc etc o que é meio frustrante considerando os últimos 3+ anos de constantes casos do tipo, mas isso é fora do filme e seria julgar pelo que ele não é ao invés de julgar pelo que ele é, e ele é sobre uma mãe, que perdeu sua filha de uma maneira brutal e que não viu ninguém ser punido pelo crime, e mesmo que não seja possível defender todas as atitudes dela, isso é parte do que é interessante em Three Billboards.
Doentes de Amor
3.7 379 Assista AgoraUma surpresa deliciosa, mesmo que não tenha um final surpreendente (ainda mais se você conhecer o ator Hahaha), é um final que me foi muito satisfatório, pois bem... foi um final real. No começo a atuação do Kumail parece um pouco travadinha (pode ter sido intencional?), mas ele cresce de forma espantosa ao longo do filme, e as cenas com os pais da Emily, a cena do xenofóbico, a cena dele triste na apresentação dele falando da Emily são ótimas, e o final "wholesome" era sinceramente o que eu precisava, Call Me By Your Name, e Lady Bird e Blade Runner e Get Out já me deram o bastante de desgraçamento por um ano todo.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraÓtima direção, montagem, edição, agora sem o elenco, essa história não se sustentaria não, especificamente sem um ator como Ansel Elgort. Trinta minutos no filme e já se torna um pouco cansativo, não insuportável, só que você sabe que vai ser aquilo ali o resto do filme, a maior surpresa ao final é o personagem do Predador de Hollywood ajudando Baby... Tipo, sério? Um trabalho técnico impecável, um ótimo protagonista, mas faltou sustança nesse roteiro.