Após o quarto, achei todas as sequências fracas, exceto esse. O único, que ao meu ver, deu umas dez voltas e ficou bom pra c*. Justamente porque é doidaço das ideias e conta (a sua maneira kkkk) uma estória mais empolgante cheia de gore e humor caótico.
Reafirma os conceitos mais pop do quinto, galhofa, com resquícios da brutalidade dos quatro primeiros filmes. Sei que em conceito visual esse pode ser o Jason definitivo pra muitos, mas em qualidade, ao meu ver os quatro primeiros são bem superiores. Tanto no roteiro, criatividade, gore, ambientação e narrativa
Única coisa que poderia salvar um pouco esse filme é o final, mas não foi o caso kkkk. Um pouco pela ideia de Plot, lançando o Roy como assassino não o Jason. E pela ideia de continuidade, agora sem o Jason e Roy, mas com o tommy assumido a máscara, mas não souberam desenvolver isso direito.
Isso aqui é tão bom, em tantas camadas, que ahhhhh... Assistam, vcs não vão se arrepender. Metáforas sobre preconceitos afiadissímas. Ótimo texto que faz paralelos com o social, trazendo reflexos cotidianos que conversam muito bem com a atualidade.
Definitivamente Xmen está muito longe de ser apenas entretenimento nostálgico como é ressaltado por aí. Muito menos um desenho feito pra atender uns caba véi besta e reaça, viciados por apelos de ação desenfreada e adversos a qualquer tipo de pluralidade. Não me entendam mal, tem ação pra caralho nesse desenho, mas sua qualidade vai além disso.
A animação é muito bem feita, tem influência de arcos dos quadrinhos anos 90, mas conversa bem com a nova geração e não larga mão do apelo crítico. Assim como é e sempre foi X-Men, uma representação de grupos marginalizados, excluídos, expondo uma sociedade preconceituosa, inimiga de minorias e segregadora.
E isso é muito bom, necessário pra esse segmento na cultura pop hoje em dia. E lógico tem pra baixar via torrent sim!
Esse filme me fez chorar ao mesmo tempo que mostrava uma montagem meio desastrada de cenas, sequências meio sem pé nem cabeça. Muitos acontecimentos a esmo, que não dá sentido nenhum pra narrativa.kkkkk
Concepção visual incrível, bonita e a serviço da narrativa. História contudente, com senso crítico, forte melancólico e ainda sim extraindo humor em alguns momentos. Uma obra pra marcar o ano. Filmaço.
Esse filme carrega uma crueldade poética muito bem executada. Assisti sem saber nada antes e fiquei muito surpreendido. Acredito que se você tiver disposto a curtir um terror mais contemplativo, ou ter uma experiência mais inusitada ele entregará uma boa resposta.
Doidera essa procura dela pela humanidade, como uma saga dolorosa. Tentando compreende-la por outras perspectivas, assumindo literalmente outras formas. E principalmente entender o que é ser mulher na sociedade, seja pela perspectiva de um homem, um animal, uma bruxa, uma reclusa. A dor circula por todas essas vias. Como diz o próprio filme é um mundo cruel e ardente, mas ainda assim...
Adorei o conceito visual, lindo e ao mesmo tempo brutal.
Filme diz muito sobre os nossos comportamentos sociais, exposições as quais estamos sujeitos, condicionamento coletivo, assédio e violência comercial, utilizando muitos símbolos e metáforas interessantes.
O humor do filme também é bem esperto, dosando muito vezes com o absurdo e a proximidade do real, uma representação alegórica dessa realidade cheia de absurdos como a nossa. Curti esse lance também de pincelar por uma saga kafkiana.
E que o diabo do Zuckerberg nunca pense em criar uma startup desse Norio kkkkkkk. Se bem que as redes sociais já estão tão entranhadas nas nossas vidas que o nosso imaginário vive poluído com esses estímulos, anúncios, toxicidades e distrações.
Filme que se escora em uma premissa excêntrica de cunho chocante, mas que desenvolve uma história qualquer coisa e manjada. É de fato um clichezaço digno de Supercine.
É impossível não sentir a força emocional desse documentário. Embarquei de coração como se estivesse em cada lugar e em cada época, dentro de um teletransporte pelas memórias e as raízes afetivas/culturais do Kléber Mendonça e de Recife.
E esse é o poder de uma boa obra, fazer com que o coração e os olhos do autor se manifeste em simetria com o coração e os olhos do público.
O começo narra partes mais subjetivas, como a infância e a relação do autor com sua mãe, sua casa e seu bairro. Mas, você pode se flagrar com uma certa identificação, com algum aspecto cronológico ou detalhe do cotidiano. Como se aquelas memórias estivessem alinhadas, conversando com as nossas.
O capítulo dos cinemas do Centro, com suas marquises e letreiros, as pessoas envolta desses lugares como o Seu Alexandre também me pegou demais. O processo de venda para shoppings e igrejas se assemelha muito com a da minha cidade Fortaleza. Perdermos o cine Diogo e o fortaleza, mas não perdemos nosso cinema mais bonito o São Luiz. Assim como o de recife hoje é um espaço público e é um patrimônio cultural da cidade, um equipamento que promove a pluralidade, conta com exibição de música, teatro e cinema
Enfim...só querida dizer que retrato fantasmas é uma obra muito linda, fluída, faz uma declaração de amor ao cinema, sem deixar de carregar uma sensibilidade crítica. O final é outra declaração de amor aos prazeres orgânicos, dessa forma de sentir as pessoas e os lugares que parecem estar sumindo devido a automação do nosso cotidiano.
O Quentin Dupieux sabe proporcionar como ninguém risadas das situações mais inesperadas. E esse seu tipo de humor caótico, parece carregar sempre uma sátira em cima das tentativas de impor significados a arte. Esse filme é aparentemente uma mistura de ficção, surrealismo, com doses de estranhamento reais e engraçadas de um modo peculiar. E acho que não adianta muito ficar procurando significados pra isso, apesar desses significados estarem lá kkk.
Como o próprio diretor disse: tornou-se mais difícil escrever algo absurdo neste mundo absurdo. Então mermão só me resta concordar e dar mérito a quem consegue quebrar essa máxima.
Meu sonho era ver um crossover de Rubber, a jaqueta e a força tabaco em uma história contada por um peixe sendo frito. Nada mais normal que isso.
Retrato perturbador de uma faceta americana pouca mostrada, mesmo que muito marcado por uma época, fim dos anos 70 começo dos 80.
Out of the blue é filme bem problemático, mas que com seu ritmo de punk/folk, traz uma perspectiva crítica quando não pisa no freio ao abordar essa américa mórbida e nada brilhante. Carregando esse cenário fodido e imundo, onde nenhuma inocência é permitida e tolerada, cuja violência vem acompanhada da precariedade, da miséria intelectual e social.
É de fato uma obra muito boa, mas incômoda, com uma ótima trilha sonora.
Curti muito o filme, ele é intrigante com uma direção que sabe explorar dos atores as nuances de realidade para construir uma ficção. Provando ser mais do que um filme sobre distopia, quando explora temas subjetivos facilmente identificáveis nos dias de hoje. Uma abordagem mais sensível aos símbolos, as discussões, do que preocupado com cenas de ação mirabolantes ou apelativas.
E tecnicamente o filme se sai até classudo, quando se compara com a pasteurização dos filmes netflix. A dinâmica de imagem, som, roteiro é muito boa. Mostrando o caos gradativamente, por meio do texto, ou até mesmo se comunicando com movimentos de câmera e transições, com muita fluidez.
Inclusive achei a fotografia carregada de uma identidade visual charmosa, mas com uma estética que está a serviço da narrativa. Ou seja, que está lá ajudando a contar a história, não como um mero enfeite a esmo. Você pode assistir e montar uma, duas, cinco interpretações ou mais do que viu. Dá pra se divertir também em cima dos desafios, dos conflitos propostos pela história sem a necessidade do conforto linear ou do que é explícito.
São muitos elementos a ser admirados, mas que talvez a impaciência pelas respostas concretas não ajudam a galera a captar as emoções contemplativas do filme, o humor, e as reflexões das nossas fugas. Sejam elas provenientes da automação do nosso cotidiano, racismo, vício tecnológico, xenofobia, paranóia social, individualismo, deterioração das relações-sociais-orgânicas, conflitos globais, ou do próprio ser humano como indivíduo ou ser social, funcionando como uma arma letal a si.
Custei pra entender a pegada da série, mas enfim consegui enxergar de fato a sua essência. No começo não vi nada demais, bacaninha, legal, mas não algo tão bom quanto comentam por aí. Mas, depois de ficar acompanhando, entendi o porquê do hype, e até o que não tinha curtido tanto lá atrás, fez mais sentido mais na frente. Mudei completamente minha opinião.
Não estou dizendo que os clichês, assim como algumas situações bobas, e as interpretações às vezes caricatas somem de repente. Nada disso! Tudo continua lá, mas você vai relevando e percebendo a mensagem que a série transmite. Tal hora me vi reconhecendo que ela de fato é muito boa. Aborda tópicos necessários como a conduta ética nas organizações, exposição virtual, homofobia, senso empático, amizade, limites comportamentais nos estádios, elitização do futebol, posições anti xenófobas, saúde mental, divórcio, entre outras coisas.
Na realidade quando você desencana, percebe que todos os episódios são gostosos de assistir, divertidos, leves. E você percebe que a tal "superficialidade" é justamente um recurso para que essas sensações cheguem de maneira acessível ao maior número de pessoas possível. Sem precisar ser dramática ou sisuda.
As temporadas anteriores serviram de alicerce pra isso, o sexto episódio dessa 3 temporada (na holanda) desmontou qualquer resistência que eu tinha. Série que fui assistindo e me encantando, sem esperar que nada disso fosse acontecer. Vale a pena até fazer textão pra isso, não que minha opinião tenha alguma importância, mas a mensagem que essa série traz tem, e muita.
A crítica da Rebeca em cima das estratégias de despopularização do futebol para o encarecimento dos ingressos no ep 10 é simplesmente maravilhosa. Texto emocional e digno de quem realmente ama o esporte e entende que ele deve ser feito para todos.
Jason X
1.8 626De primeiro momento parece ser um filme ruim, daí vc assiste com calma, e percebe que ele é brutalmente pior do que parece.
Jason Vai Para o Inferno: A Última Sexta-Feira
2.3 349 Assista AgoraApós o quarto, achei todas as sequências fracas, exceto esse. O único, que ao meu ver, deu umas dez voltas e ficou bom pra c*. Justamente porque é doidaço das ideias e conta (a sua maneira kkkk) uma estória mais empolgante cheia de gore e humor caótico.
Sexta-Feira 13, Parte 6: Jason Vive
3.2 307 Assista AgoraReafirma os conceitos mais pop do quinto, galhofa, com resquícios da brutalidade dos quatro primeiros filmes. Sei que em conceito visual esse pode ser o Jason definitivo pra muitos, mas em qualidade, ao meu ver os quatro primeiros são bem superiores. Tanto no roteiro, criatividade, gore, ambientação e narrativa
Sexta-Feira 13, Parte 5: Um Novo Começo
2.7 306 Assista AgoraSeguraram legal a mão no gore! Comparado aos anteriores, esse talvez lança a faceta mais terror pop da saga. Ironicamente o mais fraco.
Única coisa que poderia salvar um pouco esse filme é o final, mas não foi o caso kkkk. Um pouco pela ideia de Plot, lançando o Roy como assassino não o Jason. E pela ideia de continuidade, agora sem o Jason e Roy, mas com o tommy assumido a máscara, mas não souberam desenvolver isso direito.
Sexta-Feira 13
3.4 779 Assista AgoraEsse primeiro é perfeição pô.
X-Men '97 (1ª Temporada)
4.5 217 Assista AgoraIsso aqui é tão bom, em tantas camadas, que ahhhhh... Assistam, vcs não vão se arrepender. Metáforas sobre preconceitos afiadissímas. Ótimo texto que faz paralelos com o social, trazendo reflexos cotidianos que conversam muito bem com a atualidade.
Definitivamente Xmen está muito longe de ser apenas entretenimento nostálgico como é ressaltado por aí. Muito menos um desenho feito pra atender uns caba véi besta e reaça, viciados por apelos de ação desenfreada e adversos a qualquer tipo de pluralidade. Não me entendam mal, tem ação pra caralho nesse desenho, mas sua qualidade vai além disso.
A animação é muito bem feita, tem influência de arcos dos quadrinhos anos 90, mas conversa bem com a nova geração e não larga mão do apelo crítico. Assim como é e sempre foi X-Men, uma representação de grupos marginalizados, excluídos, expondo uma sociedade preconceituosa, inimiga de minorias e segregadora.
E isso é muito bom, necessário pra esse segmento na cultura pop hoje em dia. E lógico tem pra baixar via torrent sim!
Dente de Leite
3.8 59Esse filme me fez chorar ao mesmo tempo que mostrava uma montagem meio desastrada de cenas, sequências meio sem pé nem cabeça. Muitos acontecimentos a esmo, que não dá sentido nenhum pra narrativa.kkkkk
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraConcepção visual incrível, bonita e a serviço da narrativa. História contudente, com senso crítico, forte melancólico e ainda sim extraindo humor em alguns momentos. Uma obra pra marcar o ano. Filmaço.
Plano 9 do Espaço Sideral
3.1 227 Assista AgoraTosqueira forte e não intencional, um clássico trash acidental. Assitir o filme do Ed wood dirigido pelo Tim Burton é um ótimo complemento.
Zona de Interesse
3.6 604 Assista AgoraA naturalidade cotidiana diante do horror é algo muito assustador. Incrível como esse filme consegue estabelecer esse contraste através do áudio.
* Assistir com um fone de ouvido ou um aparelho de som legal potencializa ainda mais essa imersão.
Vampira Humanista Procura Suicida Voluntário
3.7 17Divertido, bonito e com um humor aparentemente despretencioso. Além de entreter, comover, consegue pontuar bem sobre temas complexos.
Tekkonkinkreet
4.3 86Curti mais o mangá, principalmente os três volumes antigos da Conrad que tinha as onomatopeias.
Belas Criaturas
3.9 11Bonito ao seu jeito simultaneamente pesadinho.
Anatomia de uma Queda
4.0 822 Assista AgoraMuitooooo bom!! Mas, me devastou kkk
Vidas Passadas
4.2 769 Assista AgoraUm filme romântico que explora as afetividades por um ângulo bem menos covencional!
Monstro
4.3 281 Assista AgoraQue pancada minha gente! Bonito, comovente e com muitos ensinamentos.
Você Não Estará Só
3.6 126 Assista AgoraEsse filme carrega uma crueldade poética muito bem executada. Assisti sem saber nada antes e fiquei muito surpreendido. Acredito que se você tiver disposto a curtir um terror mais contemplativo, ou ter uma experiência mais inusitada ele entregará uma boa resposta.
Doidera essa procura dela pela humanidade, como uma saga dolorosa. Tentando compreende-la por outras perspectivas, assumindo literalmente outras formas. E principalmente entender o que é ser mulher na sociedade, seja pela perspectiva de um homem, um animal, uma bruxa, uma reclusa. A dor circula por todas essas vias. Como diz o próprio filme é um mundo cruel e ardente, mas ainda assim...
Adorei o conceito visual, lindo e ao mesmo tempo brutal.
O Homem dos Sonhos
3.5 154Filme diz muito sobre os nossos comportamentos sociais, exposições as quais estamos sujeitos, condicionamento coletivo, assédio e violência comercial, utilizando muitos símbolos e metáforas interessantes.
O humor do filme também é bem esperto, dosando muito vezes com o absurdo e a proximidade do real, uma representação alegórica dessa realidade cheia de absurdos como a nossa. Curti esse lance também de pincelar por uma saga kafkiana.
E que o diabo do Zuckerberg nunca pense em criar uma startup desse Norio kkkkkkk. Se bem que as redes sociais já estão tão entranhadas nas nossas vidas que o nosso imaginário vive poluído com esses estímulos, anúncios, toxicidades e distrações.
Bom Garoto
2.5 169 Assista AgoraFilme que se escora em uma premissa excêntrica de cunho chocante, mas que desenvolve uma história qualquer coisa e manjada. É de fato um clichezaço digno de Supercine.
Retratos Fantasmas
4.2 231 Assista AgoraÉ impossível não sentir a força emocional desse documentário. Embarquei de coração como se estivesse em cada lugar e em cada época, dentro de um teletransporte pelas memórias e as raízes afetivas/culturais do Kléber Mendonça e de Recife.
E esse é o poder de uma boa obra, fazer com que o coração e os olhos do autor se manifeste em simetria com o coração e os olhos do público.
O começo narra partes mais subjetivas, como a infância e a relação do autor com sua mãe, sua casa e seu bairro. Mas, você pode se flagrar com uma certa identificação, com algum aspecto cronológico ou detalhe do cotidiano. Como se aquelas memórias estivessem alinhadas, conversando com as nossas.
O capítulo dos cinemas do Centro, com suas marquises e letreiros, as pessoas envolta desses lugares como o Seu Alexandre também me pegou demais. O processo de venda para shoppings e igrejas se assemelha muito com a da minha cidade Fortaleza. Perdermos o cine Diogo e o fortaleza, mas não perdemos nosso cinema mais bonito o São Luiz. Assim como o de recife hoje é um espaço público e é um patrimônio cultural da cidade, um equipamento que promove a pluralidade, conta com exibição de música, teatro e cinema
Enfim...só querida dizer que retrato fantasmas é uma obra muito linda, fluída, faz uma declaração de amor ao cinema, sem deixar de carregar uma sensibilidade crítica. O final é outra declaração de amor aos prazeres orgânicos, dessa forma de sentir as pessoas e os lugares que parecem estar sumindo devido a automação do nosso cotidiano.
Fumer fait tousser
3.2 8O Quentin Dupieux sabe proporcionar como ninguém risadas das situações mais inesperadas. E esse seu tipo de humor caótico, parece carregar sempre uma sátira em cima das tentativas de impor significados a arte. Esse filme é aparentemente uma mistura de ficção, surrealismo, com doses de estranhamento reais e engraçadas de um modo peculiar. E acho que não adianta muito ficar procurando significados pra isso, apesar desses significados estarem lá kkk.
Como o próprio diretor disse: tornou-se mais difícil escrever algo absurdo neste mundo absurdo. Então mermão só me resta concordar e dar mérito a quem consegue quebrar essa máxima.
Meu sonho era ver um crossover de Rubber, a jaqueta e a força tabaco em uma história contada por um peixe sendo frito. Nada mais normal que isso.
Anos de Rebeldia
3.8 22 Assista AgoraRetrato perturbador de uma faceta americana pouca mostrada, mesmo que muito marcado por uma época, fim dos anos 70 começo dos 80.
Out of the blue é filme bem problemático, mas que com seu ritmo de punk/folk, traz uma perspectiva crítica quando não pisa no freio ao abordar essa américa mórbida e nada brilhante.
Carregando esse cenário fodido e imundo, onde nenhuma inocência é permitida e tolerada, cuja violência vem acompanhada da precariedade, da miséria intelectual e social.
É de fato uma obra muito boa, mas incômoda, com uma ótima trilha sonora.
O Mundo Depois de Nós
3.2 899 Assista AgoraCurti muito o filme, ele é intrigante com uma direção que sabe explorar dos atores as nuances de realidade para construir uma ficção. Provando ser mais do que um filme sobre distopia, quando explora temas subjetivos facilmente identificáveis nos dias de hoje. Uma abordagem mais sensível aos símbolos, as discussões, do que preocupado com cenas de ação mirabolantes ou apelativas.
E tecnicamente o filme se sai até classudo, quando se compara com a pasteurização dos filmes netflix. A dinâmica de imagem, som, roteiro é muito boa. Mostrando o caos gradativamente, por meio do texto, ou até mesmo se comunicando com movimentos de câmera e transições, com muita fluidez.
Inclusive achei a fotografia carregada de uma identidade visual charmosa, mas com uma estética que está a serviço da narrativa. Ou seja, que está lá ajudando a contar a história, não como um mero enfeite a esmo. Você pode assistir e montar uma, duas, cinco interpretações ou mais do que viu. Dá pra se divertir também em cima dos desafios, dos conflitos propostos pela história sem a necessidade do conforto linear ou do que é explícito.
São muitos elementos a ser admirados, mas que talvez a impaciência pelas respostas concretas não ajudam a galera a captar as emoções contemplativas do filme, o humor, e as reflexões das nossas fugas. Sejam elas provenientes da automação do nosso cotidiano, racismo, vício tecnológico, xenofobia, paranóia social, individualismo, deterioração das relações-sociais-orgânicas, conflitos globais, ou do próprio ser humano como indivíduo ou ser social, funcionando como uma arma letal a si.
Ted Lasso (3ª Temporada)
4.3 100Custei pra entender a pegada da série, mas enfim consegui enxergar de fato a sua essência. No começo não vi nada demais, bacaninha, legal, mas não algo tão bom quanto comentam por aí. Mas, depois de ficar acompanhando, entendi o porquê do hype, e até o que não tinha curtido tanto lá atrás, fez mais sentido mais na frente. Mudei completamente minha opinião.
Não estou dizendo que os clichês, assim como algumas situações bobas, e as interpretações às vezes caricatas somem de repente. Nada disso! Tudo continua lá, mas você vai relevando e percebendo a mensagem que a série transmite. Tal hora me vi reconhecendo que ela de fato é muito boa. Aborda tópicos necessários como a conduta ética nas organizações, exposição virtual, homofobia, senso empático, amizade, limites comportamentais nos estádios, elitização do futebol, posições anti xenófobas, saúde mental, divórcio, entre outras coisas.
Na realidade quando você desencana, percebe que todos os episódios são gostosos de assistir, divertidos, leves. E você percebe que a tal "superficialidade" é justamente um recurso para que essas sensações cheguem de maneira acessível ao maior número de pessoas possível. Sem precisar ser dramática ou sisuda.
As temporadas anteriores serviram de alicerce pra isso, o sexto episódio dessa 3 temporada (na holanda) desmontou qualquer resistência que eu tinha. Série que fui assistindo e me encantando, sem esperar que nada disso fosse acontecer. Vale a pena até fazer textão pra isso, não que minha opinião tenha alguma importância, mas a mensagem que essa série traz tem, e muita.
A crítica da Rebeca em cima das estratégias de despopularização do futebol para o encarecimento dos ingressos no ep 10 é simplesmente maravilhosa. Texto emocional e digno de quem realmente ama o esporte e entende que ele deve ser feito para todos.