Ainda que eu compactue com o Michael Moore em diversas questões, é difícil assistir esse filme sem questionar o caminho escolhido por ele para defender seu posicionamento. Ao invés de se apoiar em dados, pesquisas e fatos comprovados, como um documentário supostamente deveria fazer, o diretor espera que o público compre suas ideias apenas por causa dos exemplos filmados, que por mais que sejam reais, não necessariamente refletem o todo.
Mais do que tendencioso, Where to invade next (ou O invasor americano) é desonesto ao tentar fazer com que o espectador acredite em afirmações que, do modo como são mostradas, não têm fundamento nenhum. Afinal, o fato de uma ou duas empresas italianas que aparecem no filme buscarem o melhor para seus funcionários não prova que a Itália como um todo é um bom país para se trabalhar, e é muito fácil comparar o sistema prisional dos EUA com o de outros países sem considerar diferenças básicas como a densidade populacional. Ainda mais absurdo, há até um momento em que diretor compara os impostos dos EUA com os da França e coloca na tela um gráfico que, além de não citar fontes, sequer informa dados numéricos. Não dá pra levar a sério.
Ao apropriar-se de imagens e sons da época em questão, Cinema Novo retrata o movimento homônimo de maneira bastante original, criando através de colagens uma narrativa própria que suscita uma série de reflexões.
Esteticamente, o resultado positivo é praticamente inquestionável. Porém, a escolha de mostrar o Cinema Novo partindo apenas de declarações dos cineastas que o fizeram e cenas de seus filmes, sem qualquer "auxílio" narrativo, pode funcionar bem para cinéfilos e quem já tenha familiaridade com o movimento, mas é provável que afaste quem nunca ouviu falar nele - o que é uma pena.
Mesmo assim, feita essa ou outras ressalvas, fica que Cinema Novo é um filme excepcional, uma bela homenagem e sem dúvida merecedor de toda a atenção que recebeu nos festivais dentro e fora do Brasil.
É admirável a habilidade que o Richard Linklater tem pra aprofundar personagens partindo de aparentes banalidades, do jeito como se vestem, das músicas que houvem, do que eles dizem quando conversam sobre qualquer coisa e como se comportam quando não têm nada pra fazer. Nenhuma cena no filme acontece fora do pequeno universo das personagens, e ainda assim, o lugar e a época que representam é perfeitamente visível através deles. Tudo seguindo o esquema de outros filmes do diretor de não ter trama definida nem estabelecer muito bem coadjuvantes e protagonistas, muito fácil de se identificar porque é assim que vivemos a vida real.
Junte-se a isso o humor leve e prazeroso, a trilha sonora envolvente, o elenco simpático e a ótima direção e o resultado é um dos melhores filmes do ano.
Aquarius é um filme sobre resistência, num momento do Brasil em que resistir – à difícil situação econômica, aos desafetos políticos, à perspectiva negativa do que reserva o futuro – é algo necessário. A potência de Sonia Braga em cena faz com que o público se identifique com ela desde o primeiro momento em que aparece, e permaneça ao seu lado durante toda a projeção.
Na forma, é um filme maravilhoso: uso criativo da trilha sonora, enquadramentos marcantes, figurinos bem colocados (em algumas cenas bem não-colocados, se é que me entendem), montagem impressionante e um notável domínio da construção das cenas. Ainda tem outras coisas interessantes, como o próprio Glauber aparecer em cena dirigindo o filme e as repetições de falas (mesmo que depois de um tempo elas cansem pra caramba). Porém, é no conteúdo que decepciona. Não sei se pela psicodelia exagerada ou por pura arrogância do diretor, parece que há toda uma mensagem que é escondida e tornada inacessível de propósito, atrás de diálogos e imagens que ora fazem sentido, ora não. Se o objetivo era chamar a atenção e fazer pensar sobre problemas do Brasil e do mundo, o filme acaba é afastando quem assiste dessas questões. Até funciona como uma espécie de fotografia da época em que foi filmado, o que se pensava e o que se discutia sobre religião, política, subdesenvolvimento, ditaduras, guerras e o escambau. Mas pra realmente instigar uma reflexão, tem vários de filmes da época, inclusive outros do Glauber, que abordam os mesmos temas com mais profundidade e sem precisar do tom exibido de "esse filme é muito bom mas você não vai entender o porquê".
Assim, tem algumas falhas que, principalmente vendo hoje, não dá pra ignorar. Os indianos que aparecem são todos fanáticos religiosos e que se alimentam de comidas ridiculamente "exóticas". A única mulher que tem um papel relevante, além de ser par romântico do Indy, só serve pra reclamar da unha quebrada, ser salva pelos outros e gritar o filme inteiro. Além disso, a trama é bem fraquinha, e a sucessão de cenas de ação uma atrás da outra em certos momentos fica cansativa.
Mesmo assim, é divertido do começo ao fim, muito bonito visualmente e com várias cenas (várias mesmo) que fazem sorrir de tão bem executadas. Em termos de engenhosidade, vai ainda mais longe do que o primeiro filme, e é repleto de sequências absurdas que só o Spielberg mesmo pra conseguir fazer tão bem.
Com esse filme, acho que foi a primeira vez que eu vi o Hitler como um homem, um ser humano de verdade, bem diferente da figura quase mitológica, e consequentemente distante da realidade, que a gente cria quando lê/ouve sobre ele ou vê algum outro filme em que um ator o interpreta. Já que o que o filme faz é justamente tentar mitificar o ditador, é irônico, mas acredito que pra quem assiste hoje ele pode justamente ter o efeito de desmistificá-lo, mostrar que ele não foi "apenas" o maníaco que imaginamos nas aulas de história, mas um cara real, que conseguiu chegar ao poder e causou toda a destruição de que ouvimos falar. Destruição de verdade. Ver esse filme me ajudou a criar uma imagem mais clara de quem esse cara foi. E assistir seus discursos cínicos, a maneira enfática com que ele os pronunciava, sabendo de toda a tragédia que viria a acontecer pouco tempo depois, também consegue deixar essa imagem ainda mais perturbadora.
Acho incrível como esse filme consegue lidar com o número relativamente grande de protagonistas (eu contei cinco que acho serem os mais importantes) de uma maneira tão consistente. São quatro anos em duas horas, e a evolução de nenhum deles fica mal resolvida. Aliás, se hoje a gente ainda se admira quando algum filme ou série tem um elenco com representatividade, Fame é um ótimo exemplo, e provavelmente naquela época isso era mais admirável ainda. Só que o que mais me agrada é o modo sem glamour, um pouco pessimista, como a busca pelo sucesso é mostrada. Mesmo quando os personagens começam a pular e dançar em cima dos carros, o cenário em volta é sujo e as pessoas na rua reclamam. Só de estarem ali eles sabem que são especiais, talentosos, mas isso não basta para serem bem sucedidos, ainda vão precisar sofrer bastante, vão ter que dar a cara a tapa, vão ter que fazer o que não querem e continuam correndo o risco de tudo dar errado e fracassarem assim mesmo. É um ótimo "coming of age".
Muito legal o modo como a Marvel usa, separadamente, cada um dos Vingadores pra expandir seu universo. É possível aproveitar o melhor de cada herói do grupo e cria-se uma expectativa cada vez maior para a próxima aventura em que eles trabalharão juntos.
(Tomara que, a partir de agora, aproveitem mais a personagem da Viúva Negra. Depois desse filme, ela me parece muito mais interessante. Quanto ao próprio Capitão América, não consegui me convencer com o modo como lidou quando reconheceu o velho amigo no Soldado Invernal. Vamos ver o que vai ser feito com isso daqui pra frente.)
"I know you're living in my mind It's not the same as being alive"
Esse é um trecho de uma das músicas (Supersymmetry, do Arcade Fire) que compõem a trilha sonora do filme, e ajuda a chegar numa das reflexões possíveis acerca dele. São várias, o que é ótimo, e essa foi uma das que mais me chamou a atenção.
Quando conversamos com alguém que ainda não conhecemos pessoalmente, através do que essa pessoa nos diz, podemos criar uma imagem a respeito dela que não condiz com o a realidade. Vemos um amigo, vemos um amante, vemos um colega, vemos uma namorada. Não vemos que isso pode ser apenas um reflexo do que acreditamos ou queremos acreditar e nada mais do que isso. Theo ama Samantha e Samantha diz que ama Theo, mas ele não sabe dizer se esse amor existe ou é artificial, se é real, ou acontece apenas na sua cabeça.
E aí aparece outra discussão, sobre como a tecnologia pode prejudicar (ou ajudar) nossas relações sociais. Essa confusão entre fatos e suposições é muito comum nos relacionamentos em que não há o encontro físico, como os que temos pela internet.
Ainda assim, mesmo nas relações "corpo a corpo", não é possível dizer ao certo o que sentem os que estão a nossa volta. Dessa forma, supomos ser amados, supomos ser queridos, supomos ser odiados, e na verdade só temos certeza do que nós próprios sentimos (e às vezes nem isso).
E é aí que Her faz bonito outra vez, por mostrar um futuro que é completamente plausível, e tratar a paixão de Theodore e seu sistema operacional como qualquer outra
(o que fica bem explícito na cena do encontro de casais, por exemplo)
. No filme, a dúvida está presente o tempo inteiro, mas em momento algum o amor de Samantha é mostrado como algo impossível. Ou seja, ainda que não se possa provar, nada impede que o sentimento seja real.
Não entendo o motivo de a maioria dos comentários (que li/ouvi) a respeito de The Bling Ring serem tão negativos. É claro que o filme tem um tom debochado, superficial, principalmente pelas atuações, mas tudo isso parece ser totalmente proposital. O que sentimos o tempo inteiro em relação aos personagens é nojo, desprezo, e é através do comportamento deles que Sofia Coppola expõe sua crítica à idolatria ao estilo de vida dos famosos. Mesmo ricos e de famílias super-protetoras, são jovens egocêntricos, mesquinhos e irresponsáveis, cuja única preocupação é ser o centro das atenções, assim como as celebridades que os mesmos idolatram. A todo momento isso é visível e, no final, fica mais evidente ainda
(Como quando todos são finalmente descobertos e punidos pelo que fizeram: cada um acusa os outros e tenta se defender, declarando-se inocente ou vítima de má influência. Ou também na última cena, em que a personagem de Emma Watson é entrevistada depois de ter passado alguns dias na prisão, e não mostra sequer um sinal de arrependimento. Do contrário, parece contente. Afinal, tudo o que idolatrava e queria desde o início, ela conseguiu: fama e atenção.)
É interessante como o filme procura distanciar quase todos os personagens de serem considerados mocinhos ou vilões. Todos sofrem e no fundo têm seus próprios preconceitos. Exatamente como nós.
É uma boa história. Só que alguns personagens deveriam ter sido mais explorados. Tanto a fotografia quanto a trilha sonora poderiam ter oscilado menos entre o agradável e o exagerado. Ainda assim, temos ótimas cenas e um elenco perfeito.
É ótimo como alguns filmes do John Hughes conseguem ter histórias simples e comuns (como matar aula ou ficar detido na escola, como em Clube dos Cinco) e ainda assim serem tão bons.
O Invasor Americano
4.2 75 Assista AgoraAinda que eu compactue com o Michael Moore em diversas questões, é difícil assistir esse filme sem questionar o caminho escolhido por ele para defender seu posicionamento. Ao invés de se apoiar em dados, pesquisas e fatos comprovados, como um documentário supostamente deveria fazer, o diretor espera que o público compre suas ideias apenas por causa dos exemplos filmados, que por mais que sejam reais, não necessariamente refletem o todo.
Mais do que tendencioso, Where to invade next (ou O invasor americano) é desonesto ao tentar fazer com que o espectador acredite em afirmações que, do modo como são mostradas, não têm fundamento nenhum. Afinal, o fato de uma ou duas empresas italianas que aparecem no filme buscarem o melhor para seus funcionários não prova que a Itália como um todo é um bom país para se trabalhar, e é muito fácil comparar o sistema prisional dos EUA com o de outros países sem considerar diferenças básicas como a densidade populacional. Ainda mais absurdo, há até um momento em que diretor compara os impostos dos EUA com os da França e coloca na tela um gráfico que, além de não citar fontes, sequer informa dados numéricos. Não dá pra levar a sério.
Cinema Novo
3.9 55Ao apropriar-se de imagens e sons da época em questão, Cinema Novo retrata o movimento homônimo de maneira bastante original, criando através de colagens uma narrativa própria que suscita uma série de reflexões.
Esteticamente, o resultado positivo é praticamente inquestionável. Porém, a escolha de mostrar o Cinema Novo partindo apenas de declarações dos cineastas que o fizeram e cenas de seus filmes, sem qualquer "auxílio" narrativo, pode funcionar bem para cinéfilos e quem já tenha familiaridade com o movimento, mas é provável que afaste quem nunca ouviu falar nele - o que é uma pena.
Mesmo assim, feita essa ou outras ressalvas, fica que Cinema Novo é um filme excepcional, uma bela homenagem e sem dúvida merecedor de toda a atenção que recebeu nos festivais dentro e fora do Brasil.
Jovens, Loucos e Mais Rebeldes
3.4 147 Assista AgoraÉ admirável a habilidade que o Richard Linklater tem pra aprofundar personagens partindo de aparentes banalidades, do jeito como se vestem, das músicas que houvem, do que eles dizem quando conversam sobre qualquer coisa e como se comportam quando não têm nada pra fazer. Nenhuma cena no filme acontece fora do pequeno universo das personagens, e ainda assim, o lugar e a época que representam é perfeitamente visível através deles. Tudo seguindo o esquema de outros filmes do diretor de não ter trama definida nem estabelecer muito bem coadjuvantes e protagonistas, muito fácil de se identificar porque é assim que vivemos a vida real.
Junte-se a isso o humor leve e prazeroso, a trilha sonora envolvente, o elenco simpático e a ótima direção e o resultado é um dos melhores filmes do ano.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraAquarius é um filme sobre resistência, num momento do Brasil em que resistir – à difícil situação econômica, aos desafetos políticos, à perspectiva negativa do que reserva o futuro – é algo necessário. A potência de Sonia Braga em cena faz com que o público se identifique com ela desde o primeiro momento em que aparece, e permaneça ao seu lado durante toda a projeção.
A Idade da Terra
3.6 52 Assista AgoraNa forma, é um filme maravilhoso: uso criativo da trilha sonora, enquadramentos marcantes, figurinos bem colocados (em algumas cenas bem não-colocados, se é que me entendem), montagem impressionante e um notável domínio da construção das cenas. Ainda tem outras coisas interessantes, como o próprio Glauber aparecer em cena dirigindo o filme e as repetições de falas (mesmo que depois de um tempo elas cansem pra caramba).
Porém, é no conteúdo que decepciona. Não sei se pela psicodelia exagerada ou por pura arrogância do diretor, parece que há toda uma mensagem que é escondida e tornada inacessível de propósito, atrás de diálogos e imagens que ora fazem sentido, ora não. Se o objetivo era chamar a atenção e fazer pensar sobre problemas do Brasil e do mundo, o filme acaba é afastando quem assiste dessas questões.
Até funciona como uma espécie de fotografia
da época em que foi filmado, o que se pensava e o que se discutia sobre religião, política, subdesenvolvimento, ditaduras, guerras e o escambau. Mas pra realmente instigar uma reflexão, tem vários de filmes da época, inclusive outros do Glauber, que abordam os mesmos temas com mais profundidade e sem precisar do tom exibido de "esse filme é muito bom mas você não vai entender o porquê".
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraUm pesadelo de duas horas e meia, ou talvez um pouco mais, já que assisti há algum tempo e não tenho certeza se acordei mesmo.
Indiana Jones e o Templo da Perdição
3.9 507 Assista AgoraAssim, tem algumas falhas que, principalmente vendo hoje, não dá pra ignorar. Os indianos que aparecem são todos fanáticos religiosos e que se alimentam de comidas ridiculamente "exóticas". A única mulher que tem um papel relevante, além de ser par romântico do Indy, só serve pra reclamar da unha quebrada, ser salva pelos outros e gritar o filme inteiro. Além disso, a trama é bem fraquinha, e a sucessão de cenas de ação uma atrás da outra em certos momentos fica cansativa.
Mesmo assim, é divertido do começo ao fim, muito bonito visualmente e com várias cenas (várias mesmo) que fazem sorrir de tão bem executadas. Em termos de engenhosidade, vai ainda mais longe do que o primeiro filme, e é repleto de sequências absurdas que só o Spielberg mesmo pra conseguir fazer tão bem.
O Triunfo da Vontade
3.8 95 Assista AgoraCom esse filme, acho que foi a primeira vez que eu vi o Hitler como um homem, um ser humano de verdade, bem diferente da figura quase mitológica, e consequentemente distante da realidade, que a gente cria quando lê/ouve sobre ele ou vê algum outro filme em que um ator o interpreta. Já que o que o filme faz é justamente tentar mitificar o ditador, é irônico, mas acredito que pra quem assiste hoje ele pode justamente ter o efeito de desmistificá-lo, mostrar que ele não foi "apenas" o maníaco que imaginamos nas aulas de história, mas um cara real, que conseguiu chegar ao poder e causou toda a destruição de que ouvimos falar. Destruição de verdade.
Ver esse filme me ajudou a criar uma imagem mais clara de quem esse cara foi. E assistir seus discursos cínicos, a maneira enfática com que ele os pronunciava, sabendo de toda a tragédia que viria a acontecer pouco tempo depois, também consegue deixar essa imagem ainda mais perturbadora.
Fama
3.7 75 Assista AgoraAcho incrível como esse filme consegue lidar com o número relativamente grande de protagonistas (eu contei cinco que acho serem os mais importantes) de uma maneira tão consistente. São quatro anos em duas horas, e a evolução de nenhum deles fica mal resolvida. Aliás, se hoje a gente ainda se admira quando algum filme ou série tem um elenco com representatividade, Fame é um ótimo exemplo, e provavelmente naquela época isso era mais admirável ainda. Só que o que mais me agrada é o modo sem glamour, um pouco pessimista, como a busca pelo sucesso é mostrada. Mesmo quando os personagens começam a pular e dançar em cima dos carros, o cenário em volta é sujo e as pessoas na rua reclamam. Só de estarem ali eles sabem que são especiais, talentosos, mas isso não basta para serem bem sucedidos, ainda vão precisar sofrer bastante, vão ter que dar a cara a tapa, vão ter que fazer o que não querem e continuam correndo o risco de tudo dar errado e fracassarem assim mesmo. É um ótimo "coming of age".
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraMuito legal o modo como a Marvel usa, separadamente, cada um dos Vingadores pra expandir seu universo. É possível aproveitar o melhor de cada herói do grupo e cria-se uma expectativa cada vez maior para a próxima aventura em que eles trabalharão juntos.
(Tomara que, a partir de agora, aproveitem mais a personagem da Viúva Negra. Depois desse filme, ela me parece muito mais interessante.
Quanto ao próprio Capitão América, não consegui me convencer com o modo como lidou quando reconheceu o velho amigo no Soldado Invernal. Vamos ver o que vai ser feito com isso daqui pra frente.)
Ela
4.2 5,8K Assista Agora"I know you're living in my mind
It's not the same as being alive"
Esse é um trecho de uma das músicas (Supersymmetry, do Arcade Fire) que compõem a trilha sonora do filme, e ajuda a chegar numa das reflexões possíveis acerca dele. São várias, o que é ótimo, e essa foi uma das que mais me chamou a atenção.
Quando conversamos com alguém que ainda não conhecemos pessoalmente, através do que essa pessoa nos diz, podemos criar uma imagem a respeito dela que não condiz com o a realidade. Vemos um amigo, vemos um amante, vemos um colega, vemos uma namorada. Não vemos que isso pode ser apenas um reflexo do que acreditamos ou queremos acreditar e nada mais do que isso. Theo ama Samantha e Samantha diz que ama Theo, mas ele não sabe dizer se esse amor existe ou é artificial, se é real, ou acontece apenas na sua cabeça.
E aí aparece outra discussão, sobre como a tecnologia pode prejudicar (ou ajudar) nossas relações sociais. Essa confusão entre fatos e suposições é muito comum nos relacionamentos em que não há o encontro físico, como os que temos pela internet.
Ainda assim, mesmo nas relações "corpo a corpo", não é possível dizer ao certo o que sentem os que estão a nossa volta. Dessa forma, supomos ser amados, supomos ser queridos, supomos ser odiados, e na verdade só temos certeza do que nós próprios sentimos (e às vezes nem isso).
E é aí que Her faz bonito outra vez, por mostrar um futuro que é completamente plausível, e tratar a paixão de Theodore e seu sistema operacional como qualquer outra
(o que fica bem explícito na cena do encontro de casais, por exemplo)
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraNão entendo o motivo de a maioria dos comentários (que li/ouvi) a respeito de The Bling Ring serem tão negativos. É claro que o filme tem um tom debochado, superficial, principalmente pelas atuações, mas tudo isso parece ser totalmente proposital. O que sentimos o tempo inteiro em relação aos personagens é nojo, desprezo, e é através do comportamento deles que Sofia Coppola expõe sua crítica à idolatria ao estilo de vida dos famosos. Mesmo ricos e de famílias super-protetoras, são jovens egocêntricos, mesquinhos e irresponsáveis, cuja única preocupação é ser o centro das atenções, assim como as celebridades que os mesmos idolatram. A todo momento isso é visível e, no final, fica mais evidente ainda
(Como quando todos são finalmente descobertos e punidos pelo que fizeram: cada um acusa os outros e tenta se defender, declarando-se inocente ou vítima de má influência. Ou também na última cena, em que a personagem de Emma Watson é entrevistada depois de ter passado alguns dias na prisão, e não mostra sequer um sinal de arrependimento. Do contrário, parece contente. Afinal, tudo o que idolatrava e queria desde o início, ela conseguiu: fama e atenção.)
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista AgoraVazio e desnecessário. http://thenerdfellas.blogspot.com.br/2013/12/carrie-estranha.html
Crash: No Limite
3.9 1,2KÉ interessante como o filme procura distanciar quase todos os personagens de serem considerados mocinhos ou vilões. Todos sofrem e no fundo têm seus próprios preconceitos. Exatamente como nós.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraÉ uma boa história. Só que alguns personagens deveriam ter sido mais explorados. Tanto a fotografia quanto a trilha sonora poderiam ter oscilado menos entre o agradável e o exagerado. Ainda assim, temos ótimas cenas e um elenco perfeito.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraMe pareceu tão íntimo em alguns momentos. Como se estivesse assistindo a história de um parente, um conhecido, ou até visualizando meu próprio futuro.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraNão parei de sorrir com a fotografia linda desse filme.
Curtindo a Vida Adoidado
4.2 2,3K Assista AgoraÉ ótimo como alguns filmes do John Hughes conseguem ter histórias simples e comuns (como matar aula ou ficar detido na escola, como em Clube dos Cinco) e ainda assim serem tão bons.
Os Reis do Iê Iê Iê
4.1 270Awesome! (Tirando o título do filme em português que pelo amor de Deus...)