É um final que dividiu muita gente por sua ambiguidade, mas eu particularmente achei um fechamento mais do que digno para a melhor série da história da HBO. Não foi uma conclusão precipitada, diversos personagens ensaiaram essa possibilidade em vários momentos da série e faz sentido acabar assim, pois não teria outro motivo para continuar a história desse ponto em diante. Obviamente estou falando de Sopranos. Já Game of Thrones foi uma série bem boa, porém com um final indefensável
Euron Greyjoy: Eu sou o homem que matou Jaime Lannister Jaime: *corre a São Silvestre de Porto Real pra encontrar a Cersei e definitivamente não morre por causa do Euron*
"ain, vocês queriam o que? final de novela? final feliz Disney? pipipi popopo" Olha, tem muito filme da Disney/novela com um final mais coerente que isso aí
Dava pra ter feito um esquema legal pra fechar a série, deixa eu fanficar aqui:
8ª temporada - Focada na ameaça do Rei da Noite com uma batalha que dura os dois últimos episódios, culminando na derrota do vilão (pode ser pelas mãos da Arya mesmo, fez sentido pra mim)
9ª temporada - Focada em tirar a Cersei do trono, sendo que no último episódio ela é morta pelo Jaime. Também é mostrado gradualmente a Daenerys ficando enlouquecida pelo poder
10ª temporada - Daenerys vai de vez para o lado negro da força e é morta pelo Jon Snow no final, essa parte não me incomoda, só que antes do dragão da Daenerys queimar o Trono de Ferro ele tenta queimar o Jon Snow, porém não dá certo porque afinal o Jon é Targaryen. A série acaba com Sansa tornando-se Rainha dos Sete Reinos com Tyrion como Mão e Bran como conselheiro e a paz assim toma conta de Westeros (porém o Bran, no melhor estilo Dr. Manhattan, alerta que os tempos de paz não vão durar para sempre)
Eu gostei (apesar de reconhecer vários problemas) dos três primeiros episódios, mas esses epis 4 e 5...não dá. Tá certo que seria impossível a série atender as expectativas individuais de cada fã, mas não atender as expectativas de NINGUÉM também não me parece muito inteligente. É CRIMINOSO o que fizeram com o desenvolvimento do Jaime Lannister, não faz o menor sentido
ele lutar a Batalha de Winterfell, tirar a virgindade de Brienne e depois dar um pé na bunda dela para morrer nos braços da Cersei, como se ele fosse a mesma pessoa de temporadas atrás.
Sobre a Daenerys, o problema não é o que eles estão fazendo, mas sim o como. E esqueceram a Yara Greyjoy no churrasco mesmo, né? Enfim, agora é conferir o episódio final e ver a forçação da barra pro Jon Snow sentar no trono ou algo do tipo
Eu concordo que a qualidade do roteiro da série caiu nas últimas temporadas, mas não acho que a série ficou tão ruim assim. Ao mesmo tempo que muitos personagens foram emburrecidos (ex: Tyrion), outros tiveram um bom desenvolvimento (ex: as irmãs Stark e o Theon) e a Batalha de Winterfell, por mais inconsistências lógicas (muitas delas cortesia de Jon Snow, o pior estrategista militar da cultura pop) e problemas de iluminação que ela tenha, foi uma experiência angustiante e caótica o suficiente pra me satisfazer enquanto espectador. Agora é assistir os últimos episódios e torcer pra que GoT consiga compensar os tropeços das últimas temporadas e terminar de maneira decente
"But if Philbert is just a way to help dumb assholes rationalize their own awful behavior, well, i'm sorry, but we can't put this out there". Foi este o desabafo de Diane sobre Philbert, mas que pode ser interpretado como um comentário do próprio criador de Bojack Horseman sobre como alguns fãs enxergam sua criação. É este tipo de comentário que tornou Bojack uma das séries mais consistentes da atualidade e uma inteligente sátira sobre a toxicidade existente em Hollywoo(d) que ainda consegue a proeza de abordar, de maneira responsável, temas como relacionamentos abusivos, machismo, depressão, solidão e tantos outros males sociais. E que venha a próxima temporada.
Que tipo de resultado pode-se obter com um anime sobre um grupo de caçadores de recompensa que mistura os gêneros sci-fi e western, adiciona umas pitadas de cinema noir e finaliza com uma animação fluida cujas sequências de violência coreografadas ao som de jazz são capazes de liberar adrenalina em organismos alheios como poucas obras audiovisuais conseguem? Se a resposta da pergunta em questão, o épico Cowboy Bebop, tivesse apenas os elementos citados anteriormente, a obra máxima de Shinichiro Watanabe não teria o lugar de destaque que a mesma ocupa na cultura pop atual. Não só de tiroteios brilhantemente complementados pela trilha sonora composta por Yoko Kanno ou de um design de produção que, de maneira proposital, soa arcaico e ao mesmo tempo moderno vive Cowboy Bebop. O triunfo maior da série sem dúvida encontra-se em seu significado filosófico principal: a falibilidade humana de lidar com o passado, característica compartilhada pelos quatro personagens principais, ainda remoendo dentro de si as dores causadas pelas lembranças do passado (ou ausência de um passado) e obrigando-os a procurar abrigo através da convivência inicialmente profissional, mas que com o tempo transforma a tripulação do Bebop em uma família de desajustados (disfuncional? é discutível). Quer dizer, isso até
as partidas de Ed e Ein, responsáveis por ser o coração e alívio cômico que ajudavam a manter o senso de união do grupo, que saem em busca de um futuro esperançoso que seus companheiros nunca seriam capazes de oferecer; e a partida de Spike, motivado pelo sentimento de vingança e pela inconformidade de ver a única parte afetuosa de seu passado ruir diante de seus olhos, fato que acaba por ser sua queda, já que Spike recusou-se a seguir em frente como caçador de recompensas (para decepção de Jet e desespero de Faye, que ao longo da série demonstrou indícios de sentir uma atração por Spike e o mesmo sutilmente mostrou reciprocidade quanto a este sentimento) e optou por caminhar rumo à sua emocionante autodestruição. Afinal, nada mais trágico do que testemunhar um protagonista dando adeus ao seu espectador como um ser cujo passado glorioso foi destruído, incapaz de suportar o peso da dor presente e sem real perspectiva de futuro.
Enfim, espero ter conseguido expor alguns dos motivos de Cowboy Bebop ter se tornado meu anime em forma de série favorito (em forma de filme, A Viagem de Chihiro é o campeão) e a você que chegou até só digo o seguinte: "You're gonna carry that weight."
Não posso deixar passar despercebido como o último plano de toda a série faz ligação direta com as superstições envolvendo animais na sequência do casamento do último episódio: a cabra simplesmente sai de quadro, dando lugar aos pombos que pousam no telhado da casa, como se os erros e pecados do passado de Kevin e Nora (representados pela cabra) estivessem indo embora e o amor pudesse finalmente entrar em cena (pombos), resultando numa rima narrativa que fecha a série com chave de ouro.
Agora, como superar o luto pelo fim de The Leftovers? Não sei, talvez alguma alma caridosa lendo este comentário possa recomendar alguma série de vibe parecida (ou não).
White Christmas tem tudo que se deve esperar de um episódio de Black Mirror: sci-fi a serviço de crítica social e estudo sobre a humanidade, humor britânico ácido e atuações sólidas, principalmente de um camarada chamado Jon Hamm, que me fez ter uma enorme vontade de começar a assistir Mad Men. Sua performance não apenas consegue entreter muito bem como funciona para a narrativa ir para a frente. É o contrastante destaque do especial em meio a diversos outros nomes desconhecidos, mas competentes em seus papéis. Sobre a crítica social, sinto que ela deixa a desejar. Não que ela seja inexistente, apenas não é tão impactante ou desenvolvida como Charlie Brooker fez nos episódios anteriores. Em vez disso, vemos mais um exercício de criatividade que cria um universo fascinante e ao mesmo tempo assustador. Isso devido ao humor negro presente no roteiro e nas tensões criadas pela ambientação e pelas já citadas atuações. Vale ressaltar também que a estrutura narrativa é excepcional, com três flashbacks interligados em uma única trama e que criam um ciclo que se fecha perfeitamente ao final do especial. Talvez o episódio da série com o roteiro mais "redondinho" neste sentido. Enfim, White Christmas é nada mais que o epílogo das duas temporadas de Black Mirror: não é o seu ápice, nem o elo mais fraco, mas é um ciclo que se fecha para esta que é uma das melhores séries da atualidade. E que venha a terceira temporada.
Minhas impressões sobre cada episódio para quem tiver paciência de ler: 1 - Be Right Back: Mulher perde seu marido em um acidente de carro e passa então a interagir com um aplicativo que simula os trejeitos do marido baseado em seu histórico de conversas na internet. Existe um interessante elo de ligação deste episódio com o filme Her, do Spike Jonze, lançado alguns meses depois do episódio. Ambos partem do princípio de inteligência artificial interagindo com seres humanos solitários e preenchendo o vazio dos mesmos. A diferença se dá nas motivações que levam os humanos a se relacionar com estas inteligências e nos rumos que as narrativas tomam. Não vou revelar mais nenhum detalhe sobre o que acontece no episódio. Vale conferir ele em conjunto com o filme Her. São duas obras que exploram a que ponto a tecnologia pode interferir em nossos relacionamentos e não apenas interferir como fazer parte deles, tendo conclusões ambíguas e repletas de discussão se este é um aspecto que deve ser aceito ou repudiado. 2 - White Bear: É impossível falar deste episódio sem dar spoiler. Digo apenas: assistam, é talvez o melhor de toda a série. Para quem assistiu o episódio e quer saber o que achei leia o que está na zona de spoilers abaixo:
De início, não estava gostando, pensava: "Ué, o episódio vai ficar só neste clima de infestação zumbi (só que com viciados em celular) e com estes mascarados se aproveitando da situação para anarquizar geral? Que conceito mais estúpido, isso não faz jus ao que é Black Mirror." Então ocorre um plot twist que faria Rod Serling aplaudir de pé. Toda esta realidade alternativa na verdade é uma encenação para punir uma criminosa acusada de sequestrar e matar uma garotinha. Melhor do que a revelação em si é o que vem depois dela, com uma multidão vaiando, gritando "assassina" e jogando tomates na protagonista, deixando transparecer o lado mais bestial e selvagem da humanidade. Pior que isso é perceber que as pessoas estavam filmando o sofrimento da personagem não por uma condição imposta por um vírus zumbi ou algo do tipo, mas por pura e espontânea vontade, rendendo uma sensação de completo desconforto diante deste fato. Este segmento lembrou-me o filme Laranja Mecânica, no sentido de questionar: o que é pior? a violência oriunda da marginalidade ou a violência das tentativas falhas do sistema de recuperar este mesmo marginal?
3 - The Waldo Moment: Do melhor episódio da série para o pior. Não que seja um episódio ruim, até porque não existe um episódio de Black Mirror realmente ruim, mas deixa a desejar em alguns pontos. Ele tem um conceito fantástico: um personagem ficcional chamado Waldo que tem apelo popular dos jovens por ser uma metralhadora de ofensas e palavrões ganhando força nas eleições locais. Porém este conceito não é tão bem explorado como deveria, criando situações previsíveis e que não resultam em tantos questionamentos quanto um episódio de Black Mirror deveria. Sem falar que aquele conceito do homem por trás da Waldo se relacionar romanticamente com a candidata de um partido concorrente é igualmente interessante e igualmente mau aproveitado muito por conta dos diálogos entre os dois que definitivamente não me convenceram do amor existente entre eles. Mas o episódio ainda assim é eficiente em criticar esta cultura dos ídolos adolescentes e ressaltar imaturidade política existente na maioria da população mundial.
Aparentemente, Black Mirror é o Twilight Zone da nossa geração, no sentido de utilizar da ficção científica como pano de fundo para, em nível mais superficial, servir um entretenimento de qualidade; mas com um olhar mais cuidadoso, é possível perceber críticas e comentários acerca de diversos aspectos de nossa sociedade e até mesmo de nossa natureza. Dito isso, eis minhas impressões sobre os três episódios da temporada para quem tiver paciência de ler: 1 - The National Anthem: Black Mirror mostrando logo de cara a que veio com talvez a sinopse mais absurda de toda a série. Sério, leia isso em voz alta: (certifique-se de que você está sozinho primeiro) "Primeiro-ministro inglês é chantageado por um criminoso que pede como resgate do sequestro de uma integrante da família que ele faça sexo com um porco com direito à transmissão ao vivo para todo o mundo". Um enredo tão bizarro, mas que é tão bem desenvolvido que o teor bizarro dá lugar a algo realista, como se tudo que acontece no episódio fosse completamente plausível, principalmente na forma como a mídia é mostrada filtrando as informações acerca deste escândalo em função de seus interesses próprios e como nós utilizamos da desgraça alheia para criar um espetáculo em cima disso. Irei parar por aqui para evitar spoilers e para não me estender muito. 2 - Fifteen Million Merits: Meu favorito da temporada. Ambientado em um futuro próximo onde pessoas interagem quase todo o tempo do dia com jogos virtuais para conseguir alimentos e entretenimento, o episódio conta a trajetória de Bing, rapaz que resolve financiar a entrada de sua amada Abi em um reality show musical após ouvi-la cantar por acaso. Cara, não sei nem por onde começar, mas vamos lá. Não apenas tece uma crítica genial à indústria de entretenimento e como ela só está interessada em fabricar ídolos e lucrar em cima dos mesmos, como retrata o consumismo exagerado e a supervalorização dos bens materiais supérfluos. Outro comentário fantástico é aquele feito em relação às minorias, representadas pelas figuras de pessoas obesas presentes em toda a obra e que são usadas somente como mão-de-obra que constantemente sofrem maus tratos e também servem como principal fonte de entretenimento em um programa onde são obrigados a se alimentar contra a própria vontade e, consequentemente humilhados diante das câmeras. Para finalizar, um pensamento sobre o final do episódio na zona de spoilers abaixo:
A entrada de Abi para a indústria pornográfica é bastante significativa. Mostra a realidade de mulheres que acabam sendo inseridas nesta realidade por serem iludidas pelo discurso de "você vai ter uma vida melhor" como também ilustra o fato de algumas mulheres serem julgadas por sua aparência e consequentemente vistas como pedaço de carne, não tendo a devida chance de ter seu talento reconhecido. E o destino de Bing é algo também a destacar: alguém que discursa e se revolta contra o sistema e acaba se vendendo ao mesmo, mas sem deixar de esboçar o seu desejo de se libertar daquela realidade. Destino trágico de dois personagens que dão ao final um impacto doloroso.
3 - The Entire Story of You: o segmento mais contido dos três e consequentemente, o menos interessante, mas ainda excepcional. Mostra uma realidade alternativa em que os seres humanos são capazes de armazenar e rever suas memórias, onde um homem suspeita de uma traição de sua esposa com um dos integrantes do círculo de amigos do casal e utiliza deste artifício para investigar melhor. Trata-se na realidade de um estudo sobre relacionamentos e como nossa memória e percepção sobre os mesmos mudam a forma como vemos os mesmos e como esquecer é importante para nosso crescimento, sendo um contraponto interessante ao altamente recomendável filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (na verdade não é, mas estou disposto a mencionar e recomendar Brilho Eterno... sempre que possível). Enfim, uma fábula clássica sobre relações amorosas e as consequências do ciúme que peca por não ousar como os episódios anteriores, mas de qualidade igualmente impressionante.
Sendo um semi-leigo em séries, encontro dificuldades em conseguir fazer uma análise de Twin Peaks. Por exemplo, devo dar nota para cada episódio e tirar a média ou analisar o conjunto da obra? Independente do critério de avaliação, TP é uma série que com certeza merece ser aclamada. O storytelling é envolvente, os personagens são carismáticos e a qualidade técnica é excelente, considerando que a série foi produzida em uma época que as séries de TV ainda não eram vistas como material audiovisual capaz de bater de frente com o cinema.
1 - Pilot - Um dos melhores pilotos que já vi numa série. O uso de narrativa circular funciona muito bem no episódio. O problema é a falta de carisma de alguns personagens, como Jesse, Hank e Skyler. 2 - Cat's in the Bag... - Excelente episódio com cenas de suspense bem elaboradas e um final que deixa o espectador com a mesma reação que os personagens (totalmente boquiabertos). 3 - ...And the Bag's in the River - O Hank já não é tão antipático assim, não é que ele funciona como alívio cômico? O episódio serve para fechar o arco deixado pelo anterior e é igualmente sensacional. 4 - Cancer Man - Eis o primeiro tropeço da série. Embora eu tenha gostado da participação do Jessie (ou seja, a Skyler agora é o único personagem irritante da série), o episódio em si é muito fraco em relação ao que a série tinha mostrado então. 5 - Gray Matter - Episódio fundamental para entender Walter White e apresenta personagens que vão ter sua importância para o enredo no futuro. 6 - Crazy Handful of Nothin' - Melhor episódio da temporada, simplesmente pelo nascimento de Heisenberg e a participação do primeiro vilão da série, o alucinado Tuco. 7 - A No-Rough-Stuff-Type Deal - Um season final fraco, mas que tem os seus momentos.
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Black Mirror (5ª Temporada)
3.2 959"E eu teria conseguido se não fossem essas meninas intrometidas e essa robôzinha idiota!"
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraÉ um final que dividiu muita gente por sua ambiguidade, mas eu particularmente achei um fechamento mais do que digno para a melhor série da história da HBO. Não foi uma conclusão precipitada, diversos personagens ensaiaram essa possibilidade em vários momentos da série e faz sentido acabar assim, pois não teria outro motivo para continuar a história desse ponto em diante.
Obviamente estou falando de Sopranos. Já Game of Thrones foi uma série bem boa, porém com um final indefensável
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraEuron Greyjoy: Eu sou o homem que matou Jaime Lannister
Jaime: *corre a São Silvestre de Porto Real pra encontrar a Cersei e definitivamente não morre por causa do Euron*
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista Agora"ain, vocês queriam o que? final de novela? final feliz Disney? pipipi popopo"
Olha, tem muito filme da Disney/novela com um final mais coerente que isso aí
Dava pra ter feito um esquema legal pra fechar a série, deixa eu fanficar aqui:
8ª temporada - Focada na ameaça do Rei da Noite com uma batalha que dura os dois últimos episódios, culminando na derrota do vilão (pode ser pelas mãos da Arya mesmo, fez sentido pra mim)
9ª temporada - Focada em tirar a Cersei do trono, sendo que no último episódio ela é morta pelo Jaime. Também é mostrado gradualmente a Daenerys ficando enlouquecida pelo poder
10ª temporada - Daenerys vai de vez para o lado negro da força e é morta pelo Jon Snow no final, essa parte não me incomoda, só que antes do dragão da Daenerys queimar o Trono de Ferro ele tenta queimar o Jon Snow, porém não dá certo porque afinal o Jon é Targaryen. A série acaba com Sansa tornando-se Rainha dos Sete Reinos com Tyrion como Mão e Bran como conselheiro e a paz assim toma conta de Westeros (porém o Bran, no melhor estilo Dr. Manhattan, alerta que os tempos de paz não vão durar para sempre)
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraEu gostei (apesar de reconhecer vários problemas) dos três primeiros episódios, mas esses epis 4 e 5...não dá.
Tá certo que seria impossível a série atender as expectativas individuais de cada fã, mas não atender as expectativas de NINGUÉM também não me parece muito inteligente.
É CRIMINOSO o que fizeram com o desenvolvimento do Jaime Lannister, não faz o menor sentido
ele lutar a Batalha de Winterfell, tirar a virgindade de Brienne e depois dar um pé na bunda dela para morrer nos braços da Cersei, como se ele fosse a mesma pessoa de temporadas atrás.
Sobre a Daenerys, o problema não é o que eles estão fazendo, mas sim o como.
E esqueceram a Yara Greyjoy no churrasco mesmo, né?
Enfim, agora é conferir o episódio final e ver a forçação da barra pro Jon Snow sentar no trono ou algo do tipo
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraEu concordo que a qualidade do roteiro da série caiu nas últimas temporadas, mas não acho que a série ficou tão ruim assim. Ao mesmo tempo que muitos personagens foram emburrecidos (ex: Tyrion), outros tiveram um bom desenvolvimento (ex: as irmãs Stark e o Theon) e a Batalha de Winterfell, por mais inconsistências lógicas (muitas delas cortesia de Jon Snow, o pior estrategista militar da cultura pop) e problemas de iluminação que ela tenha, foi uma experiência angustiante e caótica o suficiente pra me satisfazer enquanto espectador.
Agora é assistir os últimos episódios e torcer pra que GoT consiga compensar os tropeços das últimas temporadas e terminar de maneira decente
BoJack Horseman (5ª Temporada)
4.5 193 Assista Agora"But if Philbert is just a way to help dumb assholes rationalize their own awful behavior, well, i'm sorry, but we can't put this out there". Foi este o desabafo de Diane sobre Philbert, mas que pode ser interpretado como um comentário do próprio criador de Bojack Horseman sobre como alguns fãs enxergam sua criação.
É este tipo de comentário que tornou Bojack uma das séries mais consistentes da atualidade e uma inteligente sátira sobre a toxicidade existente em Hollywoo(d) que ainda consegue a proeza de abordar, de maneira responsável, temas como relacionamentos abusivos, machismo, depressão, solidão e tantos outros males sociais.
E que venha a próxima temporada.
Cowboy Bebop
4.6 251 Assista AgoraQue tipo de resultado pode-se obter com um anime sobre um grupo de caçadores de recompensa que mistura os gêneros sci-fi e western, adiciona umas pitadas de cinema noir e finaliza com uma animação fluida cujas sequências de violência coreografadas ao som de jazz são capazes de liberar adrenalina em organismos alheios como poucas obras audiovisuais conseguem?
Se a resposta da pergunta em questão, o épico Cowboy Bebop, tivesse apenas os elementos citados anteriormente, a obra máxima de Shinichiro Watanabe não teria o lugar de destaque que a mesma ocupa na cultura pop atual. Não só de tiroteios brilhantemente complementados pela trilha sonora composta por Yoko Kanno ou de um design de produção que, de maneira proposital, soa arcaico e ao mesmo tempo moderno vive Cowboy Bebop.
O triunfo maior da série sem dúvida encontra-se em seu significado filosófico principal: a falibilidade humana de lidar com o passado, característica compartilhada pelos quatro personagens principais, ainda remoendo dentro de si as dores causadas pelas lembranças do passado (ou ausência de um passado) e obrigando-os a procurar abrigo através da convivência inicialmente profissional, mas que com o tempo transforma a tripulação do Bebop em uma família de desajustados (disfuncional? é discutível).
Quer dizer, isso até
as partidas de Ed e Ein, responsáveis por ser o coração e alívio cômico que ajudavam a manter o senso de união do grupo, que saem em busca de um futuro esperançoso que seus companheiros nunca seriam capazes de oferecer; e a partida de Spike, motivado pelo sentimento de vingança e pela inconformidade de ver a única parte afetuosa de seu passado ruir diante de seus olhos, fato que acaba por ser sua queda, já que Spike recusou-se a seguir em frente como caçador de recompensas (para decepção de Jet e desespero de Faye, que ao longo da série demonstrou indícios de sentir uma atração por Spike e o mesmo sutilmente mostrou reciprocidade quanto a este sentimento) e optou por caminhar rumo à sua emocionante autodestruição. Afinal, nada mais trágico do que testemunhar um protagonista dando adeus ao seu espectador como um ser cujo passado glorioso foi destruído, incapaz de suportar o peso da dor presente e sem real perspectiva de futuro.
Enfim, espero ter conseguido expor alguns dos motivos de Cowboy Bebop ter se tornado meu anime em forma de série favorito (em forma de filme, A Viagem de Chihiro é o campeão) e a você que chegou até só digo o seguinte:
"You're gonna carry that weight."
The Leftovers (3ª Temporada)
4.5 427 Assista AgoraNão posso deixar passar despercebido como o último plano de toda a série faz ligação direta com as superstições envolvendo animais na sequência do casamento do último episódio: a cabra simplesmente sai de quadro, dando lugar aos pombos que pousam no telhado da casa, como se os erros e pecados do passado de Kevin e Nora (representados pela cabra) estivessem indo embora e o amor pudesse finalmente entrar em cena (pombos), resultando numa rima narrativa que fecha a série com chave de ouro.
Agora, como superar o luto pelo fim de The Leftovers? Não sei, talvez alguma alma caridosa lendo este comentário possa recomendar alguma série de vibe parecida (ou não).
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraAlguém sabe onde assistir sem ter de recorrer aos torrents da vida?
Breaking Bad (1ª Temporada)
4.5 1,4K Assista AgoraVim aqui só para escrever o comentário de número 1000.
Black Mirror: White Christmas
4.5 452White Christmas tem tudo que se deve esperar de um episódio de Black Mirror: sci-fi a serviço de crítica social e estudo sobre a humanidade, humor britânico ácido e atuações sólidas, principalmente de um camarada chamado Jon Hamm, que me fez ter uma enorme vontade de começar a assistir Mad Men. Sua performance não apenas consegue entreter muito bem como funciona para a narrativa ir para a frente. É o contrastante destaque do especial em meio a diversos outros nomes desconhecidos, mas competentes em seus papéis.
Sobre a crítica social, sinto que ela deixa a desejar. Não que ela seja inexistente, apenas não é tão impactante ou desenvolvida como Charlie Brooker fez nos episódios anteriores. Em vez disso, vemos mais um exercício de criatividade que cria um universo fascinante e ao mesmo tempo assustador. Isso devido ao humor negro presente no roteiro e nas tensões criadas pela ambientação e pelas já citadas atuações. Vale ressaltar também que a estrutura narrativa é excepcional, com três flashbacks interligados em uma única trama e que criam um ciclo que se fecha perfeitamente ao final do especial. Talvez o episódio da série com o roteiro mais "redondinho" neste sentido.
Enfim, White Christmas é nada mais que o epílogo das duas temporadas de Black Mirror: não é o seu ápice, nem o elo mais fraco, mas é um ciclo que se fecha para esta que é uma das melhores séries da atualidade. E que venha a terceira temporada.
Black Mirror (2ª Temporada)
4.4 753 Assista AgoraMinhas impressões sobre cada episódio para quem tiver paciência de ler:
1 - Be Right Back: Mulher perde seu marido em um acidente de carro e passa então a interagir com um aplicativo que simula os trejeitos do marido baseado em seu histórico de conversas na internet. Existe um interessante elo de ligação deste episódio com o filme Her, do Spike Jonze, lançado alguns meses depois do episódio. Ambos partem do princípio de inteligência artificial interagindo com seres humanos solitários e preenchendo o vazio dos mesmos. A diferença se dá nas motivações que levam os humanos a se relacionar com estas inteligências e nos rumos que as narrativas tomam. Não vou revelar mais nenhum detalhe sobre o que acontece no episódio. Vale conferir ele em conjunto com o filme Her. São duas obras que exploram a que ponto a tecnologia pode interferir em nossos relacionamentos e não apenas interferir como fazer parte deles, tendo conclusões ambíguas e repletas de discussão se este é um aspecto que deve ser aceito ou repudiado.
2 - White Bear: É impossível falar deste episódio sem dar spoiler. Digo apenas: assistam, é talvez o melhor de toda a série. Para quem assistiu o episódio e quer saber o que achei leia o que está na zona de spoilers abaixo:
De início, não estava gostando, pensava: "Ué, o episódio vai ficar só neste clima de infestação zumbi (só que com viciados em celular) e com estes mascarados se aproveitando da situação para anarquizar geral? Que conceito mais estúpido, isso não faz jus ao que é Black Mirror." Então ocorre um plot twist que faria Rod Serling aplaudir de pé. Toda esta realidade alternativa na verdade é uma encenação para punir uma criminosa acusada de sequestrar e matar uma garotinha. Melhor do que a revelação em si é o que vem depois dela, com uma multidão vaiando, gritando "assassina" e jogando tomates na protagonista, deixando transparecer o lado mais bestial e selvagem da humanidade. Pior que isso é perceber que as pessoas estavam filmando o sofrimento da personagem não por uma condição imposta por um vírus zumbi ou algo do tipo, mas por pura e espontânea vontade, rendendo uma sensação de completo desconforto diante deste fato. Este segmento lembrou-me o filme Laranja Mecânica, no sentido de questionar: o que é pior? a violência oriunda da marginalidade ou a violência das tentativas falhas do sistema de recuperar este mesmo marginal?
3 - The Waldo Moment: Do melhor episódio da série para o pior. Não que seja um episódio ruim, até porque não existe um episódio de Black Mirror realmente ruim, mas deixa a desejar em alguns pontos. Ele tem um conceito fantástico: um personagem ficcional chamado Waldo que tem apelo popular dos jovens por ser uma metralhadora de ofensas e palavrões ganhando força nas eleições locais. Porém este conceito não é tão bem explorado como deveria, criando situações previsíveis e que não resultam em tantos questionamentos quanto um episódio de Black Mirror deveria. Sem falar que aquele conceito do homem por trás da Waldo se relacionar romanticamente com a candidata de um partido concorrente é igualmente interessante e igualmente mau aproveitado muito por conta dos diálogos entre os dois que definitivamente não me convenceram do amor existente entre eles. Mas o episódio ainda assim é eficiente em criticar esta cultura dos ídolos adolescentes e ressaltar imaturidade política existente na maioria da população mundial.
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraAparentemente, Black Mirror é o Twilight Zone da nossa geração, no sentido de utilizar da ficção científica como pano de fundo para, em nível mais superficial, servir um entretenimento de qualidade; mas com um olhar mais cuidadoso, é possível perceber críticas e comentários acerca de diversos aspectos de nossa sociedade e até mesmo de nossa natureza. Dito isso, eis minhas impressões sobre os três episódios da temporada para quem tiver paciência de ler:
1 - The National Anthem: Black Mirror mostrando logo de cara a que veio com talvez a sinopse mais absurda de toda a série. Sério, leia isso em voz alta: (certifique-se de que você está sozinho primeiro) "Primeiro-ministro inglês é chantageado por um criminoso que pede como resgate do sequestro de uma integrante da família que ele faça sexo com um porco com direito à transmissão ao vivo para todo o mundo". Um enredo tão bizarro, mas que é tão bem desenvolvido que o teor bizarro dá lugar a algo realista, como se tudo que acontece no episódio fosse completamente plausível, principalmente na forma como a mídia é mostrada filtrando as informações acerca deste escândalo em função de seus interesses próprios e como nós utilizamos da desgraça alheia para criar um espetáculo em cima disso. Irei parar por aqui para evitar spoilers e para não me estender muito.
2 - Fifteen Million Merits: Meu favorito da temporada. Ambientado em um futuro próximo onde pessoas interagem quase todo o tempo do dia com jogos virtuais para conseguir alimentos e entretenimento, o episódio conta a trajetória de Bing, rapaz que resolve financiar a entrada de sua amada Abi em um reality show musical após ouvi-la cantar por acaso. Cara, não sei nem por onde começar, mas vamos lá. Não apenas tece uma crítica genial à indústria de entretenimento e como ela só está interessada em fabricar ídolos e lucrar em cima dos mesmos, como retrata o consumismo exagerado e a supervalorização dos bens materiais supérfluos. Outro comentário fantástico é aquele feito em relação às minorias, representadas pelas figuras de pessoas obesas presentes em toda a obra e que são usadas somente como mão-de-obra que constantemente sofrem maus tratos e também servem como principal fonte de entretenimento em um programa onde são obrigados a se alimentar contra a própria vontade e, consequentemente humilhados diante das câmeras. Para finalizar, um pensamento sobre o final do episódio na zona de spoilers abaixo:
A entrada de Abi para a indústria pornográfica é bastante significativa. Mostra a realidade de mulheres que acabam sendo inseridas nesta realidade por serem iludidas pelo discurso de "você vai ter uma vida melhor" como também ilustra o fato de algumas mulheres serem julgadas por sua aparência e consequentemente vistas como pedaço de carne, não tendo a devida chance de ter seu talento reconhecido. E o destino de Bing é algo também a destacar: alguém que discursa e se revolta contra o sistema e acaba se vendendo ao mesmo, mas sem deixar de esboçar o seu desejo de se libertar daquela realidade. Destino trágico de dois personagens que dão ao final um impacto doloroso.
3 - The Entire Story of You: o segmento mais contido dos três e consequentemente, o menos interessante, mas ainda excepcional. Mostra uma realidade alternativa em que os seres humanos são capazes de armazenar e rever suas memórias, onde um homem suspeita de uma traição de sua esposa com um dos integrantes do círculo de amigos do casal e utiliza deste artifício para investigar melhor. Trata-se na realidade de um estudo sobre relacionamentos e como nossa memória e percepção sobre os mesmos mudam a forma como vemos os mesmos e como esquecer é importante para nosso crescimento, sendo um contraponto interessante ao altamente recomendável filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (na verdade não é, mas estou disposto a mencionar e recomendar Brilho Eterno... sempre que possível). Enfim, uma fábula clássica sobre relações amorosas e as consequências do ciúme que peca por não ousar como os episódios anteriores, mas de qualidade igualmente impressionante.
Twin Peaks (1ª Temporada)
4.5 523Sendo um semi-leigo em séries, encontro dificuldades em conseguir fazer uma análise de Twin Peaks. Por exemplo, devo dar nota para cada episódio e tirar a média ou analisar o conjunto da obra? Independente do critério de avaliação, TP é uma série que com certeza merece ser aclamada. O storytelling é envolvente, os personagens são carismáticos e a qualidade técnica é excelente, considerando que a série foi produzida em uma época que as séries de TV ainda não eram vistas como material audiovisual capaz de bater de frente com o cinema.
Família Soprano (1ª Temporada)
4.5 257 Assista AgoraSó lá pelo episódio 8 que percebi que o Chris e a Dra. Melfi estiveram em Goodfellas. É, sou um péssimo fisionomista.
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraComo superar o luto? The Sopranos? Better Caul Saul?
Breaking Bad (1ª Temporada)
4.5 1,4K Assista AgoraEu sei que ninguém perguntou, mas segue aí na zona de spoilers minhas impressões sobre cada episódio da temporada.
1 - Pilot - Um dos melhores pilotos que já vi numa série. O uso de narrativa circular funciona muito bem no episódio. O problema é a falta de carisma de alguns personagens, como Jesse, Hank e Skyler.
2 - Cat's in the Bag... - Excelente episódio com cenas de suspense bem elaboradas e um final que deixa o espectador com a mesma reação que os personagens (totalmente boquiabertos).
3 - ...And the Bag's in the River - O Hank já não é tão antipático assim, não é que ele funciona como alívio cômico? O episódio serve para fechar o arco deixado pelo anterior e é igualmente sensacional.
4 - Cancer Man - Eis o primeiro tropeço da série. Embora eu tenha gostado da participação do Jessie (ou seja, a Skyler agora é o único personagem irritante da série), o episódio em si é muito fraco em relação ao que a série tinha mostrado então.
5 - Gray Matter - Episódio fundamental para entender Walter White e apresenta personagens que vão ter sua importância para o enredo no futuro.
6 - Crazy Handful of Nothin' - Melhor episódio da temporada, simplesmente pelo nascimento de Heisenberg e a participação do primeiro vilão da série, o alucinado Tuco.
7 - A No-Rough-Stuff-Type Deal - Um season final fraco, mas que tem os seus momentos.