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Últimas opiniões enviadas

  • Thomaz

    Um pseudo-documentário de quase cinco décadas (!) que continua extremamente [e dolorosamente] pertinente para uma releitura na atualidade.

    A visão de Watkins sobre o microcosmo social que ele transpassa em Punishment Park é profundamente acentuada e, por um ótimo trabalho de condução, nunca maniqueísta. Porém, seria fácil para ele mergulhar em uma militância de baixo nível e inconsistente, como muitos cineastas eram capazes de fazer em sua época. Aqui, pelo contrário, apesar de seu visível compromisso do lado do acusado, eles nunca são apresentados como cavaleiros morais, mas ao contrário, cheios de contradições e tiques irritantes. Isso ele obtém pela escolha intencional de não buscar a atuação crua do ator ou a romantização do sujeito ('herói') e comportamentos. O que o interessa, acima de tudo, é a atmosfera criada durante as filmagens e o que ela pode nos ensinar sobre as tensões sociais, as relações de poder que interiorizam uma sociedade.

    Com sua encenação constantemente tentando distorcer as fronteiras pré-estabelecidas entre ficção e documentário, Watkins procura minar a posição passiva do espectador do cinema. Ele nos leva a questionar a natureza ontológica da imagem não para engoli-la facilmente, mas para observá-la com um olhar crítico, para entender melhor a ideologia que a sustenta.

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  • Thomaz

    Ken Loach retorna, após 'I, Daniel Blake', com o mesmo formato melodramático do antecessor e com sua principal fórmula de retratação de atrito entre uma classe proletária e o sistema capitalista - mais especificamente de um neoliberalismo "democrático" anglo-saxão.

    O background da família do protagonista é construído tendo como momento chave o colapso financeiro que se iniciou em 2007, em que explodiu a crise das hipotecas subprime. O banco Northern Rock é o primeiro a afundar e milhares de pessoas, incluindo a família, são prejudicadas profundamente.

    Na trama, que se passa dez anos após o colapso, temos Ricky e Abbie, o casal que sustenta a família. Ricky é um ex-trabalhador da construção civil que passa a trabalhar em uma firma de entregas. Em vez de se tornar um funcionário, ele é "franqueado" sem benefícios e deve aderir a metas rígidas ou enfrentar penalidades severas. Enquanto isso, Abbie enfrenta sua própria injustiça: como trabalhadora em contrato de zero horas, paga pelo tempo que passa com seus pacientes, mas não pelas longas jornadas de ida e volta às consultas. Acrescente um filho rebelde e o resultado é uma família que mal consegue suportar-se. Temos nesse núcleo os maiores elementos voltados ao melodrama, onde as relações macro influenciam as micro-familiares.

    Loach não pega leve na exposição de um sistema aparelhado para o benefício daqueles que estão no topo da cadeia alimentar. Apertando gradualmente os parafusos de Ricky e Abbie, esta é uma imagem instantânea das expectativas insustentáveis ​​colocadas na classe trabalhadora contemporânea.

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