Felipe

Columbus é um filme que vai ser julgado por muitos como um filme lento e que 'poderia ser resumido em 20 minutos que a historia continuaria igual', isso se dá por cenas 'aleatórias' sobre a cidade de Columbus, onde o filme é retratado. Mas só que essa cenas foram colocadas ali propositalmente e eleva a qualidade no filme absurdamente em minha opinião, Columbus (cidade) é exaltada durante todo o filme, mas em um dado momento a personagem da Oscar Winner moral Haley Lu Richardson diz que as pessoas que moram lá não dão a mínima para as obras arquitetônicas da cidade (não entendem a gradeza daquilo) além da cidade não receber muitos visitantes, quanto outras cidades de destaque. O diretor quer nos mostrar o quão grande Columbus é artisticamente, enquanto acompanhamos a trajetória da Casey e nos perguntamos, 'Porque é uma cidade esquecida/subestimada?"
Analisando todo o filme e sua narrativa: a Casey é Columbus, um potencial perdido em uma cidade onde ela nunca alcançaria seu ápice, e o Jin passa o filme tentando fazer ela enxergar isso, em cenas muitos bem escritas e diálogos muito inteligentes e grandiosos. Esta necessidade de pertencimento e aceitação de seu 'destino' é muito forte na personagem da Casey, por n motivos (não quero dar mais spoilers).

Querida pessoa leiga,

Columbus não foi feita pra você. Nunca vai ser pra você. Eu não espero que você entenda o quão emocional, poderoso e marcante ele é. Eu literalmente não espero que você ache o melhor filme do ano. Eu não espero que a sua opinião concorde com a minha. Eu não espero que você se simpatize com o movimento artístico, até porque entender a arte também é entender as emoções humanas. Eu não espero que você chore como eu chorei. Eu não espero que isso marque você como me marcou. O que eu espero é que você cale a sua boca e aceite que não foi feito pra você. Columbus é simplicidade. Columbus é silenciosamente devastador. Columbus é a prova de como o homem pode ser o arquiteto de seu próprio futuro. Columbus é um novo suspiro da arte. COLUMBUS É RESISTÊNCIA.

Sofro que acho que estou mais íntimo das costas da Portman do que a própria, quem engole isso bicho, a direção do filme pecou muito, demasiado a quantidade de cenas filmadas dessa forma (por trás), me incomodou bastante na primeira hora de filme.
O filme teve seus altos e baixos, mas foi mesmo nos últimos 20 minutos, que atingiu seu ápice, ali eles conseguiram dosar tudo, levando (finalmente) o telespectador se conectar inteiramente com a personagem.
Portman tava magnífica, btw, carregou o filme nas costas. O roteiro ótimo, e a trilha sonora? Magnífica! Minha única crítica é a direção mesmo.