"O medo os trouxe aqui. O medo horrendo e supersticioso. Medo da divina punição. Um raio de fogo dos céus, a vingança do senhor, a justiça de Deus. Mas vocês esqueceram do amor de Jesus. Vocês menosprezaram o sacrifício dele. Morte. Medo. Chamas, horror, roupas pretas. Façam a sua reunião. Mas saibam que se a fizerem em nome de Deus na casa de Deus, vocês blasfemam contra Ele e contra a Sua palavra."
Finalmente, depois de anos de produções carentes de qualidade e coração (do aperto ao quentinho), posso dizer que, sim tivemos um BOM filme da Marvel ❤️ Se Rocket Racoon está feliz, eu também estou ☝🏼
Sendo tentado (sem heresias) a atravessar o Muro de Berlim que separava o sublime (sem angústias) do humano (cheio de lamúrias e pequenos prazeres a se regozijar aqui e ali), um ser alado descobre - no gosto e nas cores do sangue pulsante - a bênção da dor e o prazer do amor (físico e espiritual) em viver: "Agora sei o que nenhum outro anjo sabe". Poético em tudo que se propõe, apenas.
"- Eu fui sincero quando falei na nossa viagem. Sobre a nossa ligação. Gosto de ter você como irmão. - Eu dirijo muito bem. - Sim, dirige... Gosto de ter você como irmão mais velho. - Certo... C-h-a-r-l-i-e. C-h-a-r-l-i-e. Meu bom amigo."
"- Adoro quando você sente frio com 22º lá fora. Adoro que leve uma hora e meia pra pedir um sanduíche. Adoro sua ruguinha em cima do nariz ao me olhar como se eu fosse doido. Adoro sentir o seu perfume em minhas roupas depois de passarmos o dia todo juntos. E o fato de você ser a última pessoa com quem quero falar antes de dormir. E não é porque estou sozinho ou porque é Ano Novo. Vim aqui hoje porque, quando você percebe que quer passar o resto da vida com alguém, você quer que o resto da sua vida comece o mais rápido possível. - Está vendo? Você não tem jeito, Harry. Você diz as coisas e fica impossível para mim odiar você. E eu te odeio, Harry. Eu odeio mesmo. Odeio você."
"É como se houvesse duas irmãs: a fé e o acaso. Bom, minha fé não pode excluir o acaso, mas o acaso não pode explicar a fé. Minha fé não me permite esperar pelo acaso, e o acaso não me deu essa fé. Então eu li que a vida privada é como uma peça, e eu representei papéis menores do que eu... E ainda sim os represento. Sofro, acredito, sou... Mas ao mesmo tempo eu sei que há uma terceira possibilidade. Como o câncer, ou a loucura. Mas o câncer e a loucura deformam a realidade. A possibilidade que estou dizendo fura a realidade. Porque você olha para mim como se eu precisasse de você, como se eu fosse um espaço vazio pedindo para ser preenchida."
Se Deus é uma doença, alcançado apenas por drogas ou sexo, ou não, só algo simplesmente inexplicável, Andrzej usa todos os recursos possíveis para criar uma atmosfera absolutamente enervante e alucinada (em cada sentido da palavra e da produção), que pode ter fundos de críticas e reflexões ao que chamaram em alguns séculos de "histeria feminina", bem como às relações (de poder/controle) amorosas e aos dramas dos construtos sociais, engolfados num terror psicológico impressionante formulado na degradação humana e nas opressões causadas pela crença e pelo destino. Mesmo com alguns pontos soltos aqui e ali. Porém, a real é uma só: Isabelle Adjani simplesmente ASSOMBROSA aqui. Não consigo explicar o que essa mulher fez nesse filme.
"Como assim? Pelo amor de Deus..." foi minha única reação a cada cena com ela. Um surto, apenas. Mas dos bons (acho).
Mais um grande trabalho de Franz Rogowski num filme sobre questões pouco abordadas no cinema, como o pós-Nazismo na Alemanha nas leis que enquadravam a homossexualidade como crime de "perversão" (apenas uma transição jurídica e burocrática para o mesmo fim de tratamento).
Mas, acima de tudo, é um filme que questiona qual e como se dá a "liberdade" quando posta de frente à opressão: de ir, de vir, de amar, de ser, é um estado físico, emocional ou de espírito? A resposta nunca é das mais fáceis. E o longa demonstra isso muito bem.
Certo, certo... Deixa eu ver se entendi: o cara disse que não se importa em ser visto e marchar com nazistas, racistas e ultranacionalistas, que "conseguir falar com todos" é um "superpoder político" que ele possui e o documentário seguiu por quase uma hora depois sem questionar ou problematizar essa fala??? Tá bom, então...
Se fingirmos que isso não acontece, e que o Daniel não explora quase nada além do circulo de Navalny para falar sobre um contexto enorme e complexo da Rússia, além de por vezes parecer mais um thriller político do que um documentário, é válido pelas denúncias (tão absurdas e escrachadas que parecem realmente ficcionais) e discussões - mesmo que restritas até demais.
Apesar de curto, não deixa de sofrer por sua pouca dinâmica. Mas, no mais, é um documentário lindamente filmado que usa de um abrigo de aves em Nova Dheli para dar asas a algumas discussões interessantes sobre poluição, destruição de habitats naturais, o ambiente urbano como regrador da vida selvagem, sobre conflitos religiosos e políticos e sobre o ar que respiramos como o centro de tudo - inclusive da nossa própria ruína. Valeu a indicação ao Oscar.
Não convence tanto quanto Assunto de Família, pois possui incursões que envolvem um humor melancólico, um thriller policial compassado (até demais) e um drama familiar emulado de denúncia social sobre tráfico de crianças que é faltoso em seu ritmo. Mas se sustenta pelo seu ótimo elenco e pela sensibilidade em tratar uma questão que transpassa todo tipo de relação: abandonar também pode ser visto como um complexo ato de amor?
Quase 10 anos depois, a Ucrânia segue sendo território de guerras, mas o documentário, apesar de cansativo, traz uma perspectiva mais restrita e igualmente devastadora: os efeitos das invasões nas vidas das famílias e das crianças num orfanato.
"Nossa casa é feita de muita tristeza, mas a esperança ainda segue piscando por aqui. Cada criança deixa uma marca duradoura nas paredes esgotadas do abrigo, em nós e nos amigos que elas fazem aqui. Espero que isso signifique algo. Como o ditado diz: 'a esperança é a última que morre'."
"O sol veio e se foi entre rajadas de vento e nevascas que apagaram toda a vida. Neste mundo, vivia um fogo, e neste fogo dois amantes fizeram sua morada. Katia, eu e os vulcões... é uma história de amor."
Sou muito burro por perceber só na última cena que isso aqui é praticamente um remake de Viver, do Kurosawa? De qualquer modo, essa versão é bem "ok" em tudo que se propõe, em um momento parece interminável.
Bill Nighy indicado pela cota dos v3lh0s brancos ingleses (pleonasmo, eu sei) na Academia. Nada mais, nada menos.
"Eu acho a Bíblia perturbadora", concordo. Mas também beira o perturbador como o diretor e o roteirista não seguiram o conselho da cena de abertura do filme: revisem seus textos! Porque isso aqui não foi nada persuasivo, mas claro até demais em um sensacionalismo apelativo de "apitos", uma trilha sonora somada a gritos de "Você vai morrer!", "Procure um hospital!", "Você é nojento!", "Deus pode te salvar!", e etc., toda vez que o protagonista está em dificuldades. Decerto que tudo pode ser encarado como "Nossa, isso é bem real...", mas "As pessoas são incríveis" me quebrou - não da forma positiva.
É quase um "Blonde" não-biográfico, com o personagem sendo guiado por uma redação-macguffin enquanto sofre, sofre e sofre numa via crucis de autoflagelos e autoindulgências, analogias, Moby Dicks e o "caminhar em direção à luz" de uma "Nova Vida" que fora levada pelo mar.
Brendan Fraser está muito bem, fico feliz por ele estar sendo aclamado novamente. Mas o filme não me tocou em nada, e Hong Chau também não. Indicação bem qualquer coisa. Mas ok, gosto dela, então vou aceitar.
Apesar de a Direção de Fotografia estar nas mãos de Zack Snyder em 70% do filme, roteiro, diálogos e atuações (um crime nenhuma delas ter sido indicada ao Oscar), aqui, são atemporais e mais potentes do que qualquer coisa.
Como Era Verde Meu Vale
4.1 152 Assista Agora"O medo os trouxe aqui. O medo horrendo e supersticioso. Medo da divina punição. Um raio de fogo dos céus, a vingança do senhor, a justiça de Deus. Mas vocês esqueceram do amor de Jesus. Vocês menosprezaram o sacrifício dele. Morte. Medo. Chamas, horror, roupas pretas. Façam a sua reunião. Mas saibam que se a fizerem em nome de Deus na casa de Deus, vocês blasfemam contra Ele e contra a Sua palavra."
A Morte do Demônio: A Ascensão
3.3 820 Assista Agora"Estava um dia perfeito, e eu só conseguia pensar em com eu queria cortar todos vocês e entrar nos seus corpos para sermos uma família feliz."
Shazam! Fúria dos Deuses
2.8 354 Assista Agora"É, dá pra melhorar..."
Guardiões da Galáxia: Vol. 3
4.2 807 Assista AgoraFinalmente, depois de anos de produções carentes de qualidade e coração (do aperto ao quentinho), posso dizer que, sim tivemos um BOM filme da Marvel ❤️
Se Rocket Racoon está feliz, eu também estou ☝🏼
Asas do Desejo
4.3 493 Assista AgoraSendo tentado (sem heresias) a atravessar o Muro de Berlim que separava o sublime (sem angústias) do humano (cheio de lamúrias e pequenos prazeres a se regozijar aqui e ali), um ser alado descobre - no gosto e nas cores do sangue pulsante - a bênção da dor e o prazer do amor (físico e espiritual) em viver: "Agora sei o que nenhum outro anjo sabe". Poético em tudo que se propõe, apenas.
Rain Man
4.1 767 Assista Agora"- Eu fui sincero quando falei na nossa viagem. Sobre a nossa ligação. Gosto de ter você como irmão.
- Eu dirijo muito bem.
- Sim, dirige... Gosto de ter você como irmão mais velho.
- Certo... C-h-a-r-l-i-e. C-h-a-r-l-i-e. Meu bom amigo."
Um Peixe Chamado Wanda
3.5 169 Assista AgoraEntão Jamie Lee Curtis venceu o Oscar por esse filme, né?
Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas
4.0 399 Assista Agora"Um dia serão mortos juntos e enterrados lado a lado. Para poucos, tristeza. Para a lei, um alívio. Mas será a morte para Bonnie e Clyde."
Harry & Sally: Feitos um Para o Outro
3.9 505 Assista Agora"- Adoro quando você sente frio com 22º lá fora. Adoro que leve uma hora e meia pra pedir um sanduíche. Adoro sua ruguinha em cima do nariz ao me olhar como se eu fosse doido. Adoro sentir o seu perfume em minhas roupas depois de passarmos o dia todo juntos. E o fato de você ser a última pessoa com quem quero falar antes de dormir. E não é porque estou sozinho ou porque é Ano Novo. Vim aqui hoje porque, quando você percebe que quer passar o resto da vida com alguém, você quer que o resto da sua vida comece o mais rápido possível.
- Está vendo? Você não tem jeito, Harry. Você diz as coisas e fica impossível para mim odiar você. E eu te odeio, Harry. Eu odeio mesmo. Odeio você."
Um Lugar No Céu
3.5 3 Assista AgoraSimplesmente um musical da década de 40 com um elenco 100% negro. Precioso e foda demais.
Possessão
3.9 592"É como se houvesse duas irmãs: a fé e o acaso. Bom, minha fé não pode excluir o acaso, mas o acaso não pode explicar a fé. Minha fé não me permite esperar pelo acaso, e o acaso não me deu essa fé. Então eu li que a vida privada é como uma peça, e eu representei papéis menores do que eu... E ainda sim os represento. Sofro, acredito, sou... Mas ao mesmo tempo eu sei que há uma terceira possibilidade. Como o câncer, ou a loucura. Mas o câncer e a loucura deformam a realidade. A possibilidade que estou dizendo fura a realidade. Porque você olha para mim como se eu precisasse de você, como se eu fosse um espaço vazio pedindo para ser preenchida."
Se Deus é uma doença, alcançado apenas por drogas ou sexo, ou não, só algo simplesmente inexplicável, Andrzej usa todos os recursos possíveis para criar uma atmosfera absolutamente enervante e alucinada (em cada sentido da palavra e da produção), que pode ter fundos de críticas e reflexões ao que chamaram em alguns séculos de "histeria feminina", bem como às relações (de poder/controle) amorosas e aos dramas dos construtos sociais, engolfados num terror psicológico impressionante formulado na degradação humana e nas opressões causadas pela crença e pelo destino. Mesmo com alguns pontos soltos aqui e ali. Porém, a real é uma só: Isabelle Adjani simplesmente ASSOMBROSA aqui. Não consigo explicar o que essa mulher fez nesse filme.
"Como assim? Pelo amor de Deus..." foi minha única reação a cada cena com ela.
Um surto, apenas. Mas dos bons (acho).
John Wick 4: Baba Yaga
3.9 693 Assista AgoraSuch is life!!!
Great Freedom
4.0 57 Assista AgoraMais um grande trabalho de Franz Rogowski num filme sobre questões pouco abordadas no cinema, como o pós-Nazismo na Alemanha nas leis que enquadravam a homossexualidade como crime de "perversão" (apenas uma transição jurídica e burocrática para o mesmo fim de tratamento).
Mas, acima de tudo, é um filme que questiona qual e como se dá a "liberdade" quando posta de frente à opressão: de ir, de vir, de amar, de ser, é um estado físico, emocional ou de espírito? A resposta nunca é das mais fáceis. E o longa demonstra isso muito bem.
Perigo Próximo
3.4 485 Assista AgoraAshley, o terror dos incels kkkkkkkkk
All the Beauty and the Bloodshed
3.6 23Oscar Winner moral
Navalny
3.5 54 Assista AgoraCerto, certo... Deixa eu ver se entendi: o cara disse que não se importa em ser visto e marchar com nazistas, racistas e ultranacionalistas, que "conseguir falar com todos" é um "superpoder político" que ele possui e o documentário seguiu por quase uma hora depois sem questionar ou problematizar essa fala??? Tá bom, então...
Se fingirmos que isso não acontece, e que o Daniel não explora quase nada além do circulo de Navalny para falar sobre um contexto enorme e complexo da Rússia, além de por vezes parecer mais um thriller político do que um documentário, é válido pelas denúncias (tão absurdas e escrachadas que parecem realmente ficcionais) e discussões - mesmo que restritas até demais.
Tudo o que Respira
3.2 38 Assista AgoraApesar de curto, não deixa de sofrer por sua pouca dinâmica. Mas, no mais, é um documentário lindamente filmado que usa de um abrigo de aves em Nova Dheli para dar asas a algumas discussões interessantes sobre poluição, destruição de habitats naturais, o ambiente urbano como regrador da vida selvagem, sobre conflitos religiosos e políticos e sobre o ar que respiramos como o centro de tudo - inclusive da nossa própria ruína. Valeu a indicação ao Oscar.
Não Fale o Mal
3.6 683"- Por que estão fazendo isso?
- Porque vocês deixaram."
Broker - Uma Nova Chance
3.6 29Não convence tanto quanto Assunto de Família, pois possui incursões que envolvem um humor melancólico, um thriller policial compassado (até demais) e um drama familiar emulado de denúncia social sobre tráfico de crianças que é faltoso em seu ritmo. Mas se sustenta pelo seu ótimo elenco e pela sensibilidade em tratar uma questão que transpassa todo tipo de relação: abandonar também pode ser visto como um complexo ato de amor?
A House Made of Splinters
3.5 21Quase 10 anos depois, a Ucrânia segue sendo território de guerras, mas o documentário, apesar de cansativo, traz uma perspectiva mais restrita e igualmente devastadora: os efeitos das invasões nas vidas das famílias e das crianças num orfanato.
"Nossa casa é feita de muita tristeza, mas a esperança ainda segue piscando por aqui. Cada criança deixa uma marca duradoura nas paredes esgotadas do abrigo, em nós e nos amigos que elas fazem aqui. Espero que isso signifique algo. Como o ditado diz: 'a esperança é a última que morre'."
Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft
3.9 68 Assista Agora"O sol veio e se foi entre rajadas de vento e nevascas que apagaram toda a vida. Neste mundo, vivia um fogo, e neste fogo dois amantes fizeram sua morada. Katia, eu e os vulcões... é uma história de amor."
Viver
3.3 76Sou muito burro por perceber só na última cena que isso aqui é praticamente um remake de Viver, do Kurosawa? De qualquer modo, essa versão é bem "ok" em tudo que se propõe, em um momento parece interminável.
Bill Nighy indicado pela cota dos v3lh0s brancos ingleses (pleonasmo, eu sei) na Academia. Nada mais, nada menos.
A Baleia
4.0 1,0K Assista Agora"Eu acho a Bíblia perturbadora", concordo. Mas também beira o perturbador como o diretor e o roteirista não seguiram o conselho da cena de abertura do filme: revisem seus textos! Porque isso aqui não foi nada persuasivo, mas claro até demais em um sensacionalismo apelativo de "apitos", uma trilha sonora somada a gritos de "Você vai morrer!", "Procure um hospital!", "Você é nojento!", "Deus pode te salvar!", e etc., toda vez que o protagonista está em dificuldades. Decerto que tudo pode ser encarado como "Nossa, isso é bem real...", mas "As pessoas são incríveis" me quebrou - não da forma positiva.
É quase um "Blonde" não-biográfico, com o personagem sendo guiado por uma redação-macguffin enquanto sofre, sofre e sofre numa via crucis de autoflagelos e autoindulgências, analogias, Moby Dicks e o "caminhar em direção à luz" de uma "Nova Vida" que fora levada pelo mar.
Brendan Fraser está muito bem, fico feliz por ele estar sendo aclamado novamente. Mas o filme não me tocou em nada, e Hong Chau também não. Indicação bem qualquer coisa. Mas ok, gosto dela, então vou aceitar.
Entre Mulheres
3.7 262Apesar de a Direção de Fotografia estar nas mãos de Zack Snyder em 70% do filme, roteiro, diálogos e atuações (um crime nenhuma delas ter sido indicada ao Oscar), aqui, são atemporais e mais potentes do que qualquer coisa.
"Sons. Vigas. Amor. Linguagem. Vento. Mulheres."