Alan Clarke opta por uma narrativa mínima e concisa pra contar uma história perturbadora e simples sobre o vício, sem o melodrama característico de produções de gênero
O SONHO MOLHADO de qualquer fã de cinema independente e filmes B em geral. Minha reação vendo Cecil B. Demented foi a mesma dos caras vendo o filme da Cherish e do rato no cinema. Simplesmente maravilhoso. Uma bíblia em forma de filme. Quem foi Orson Welles perto de John Waters, o maior diretor americano de todos os tempos? Puta merda
Primeiro filme de Abel Ferrara (que também protagoniza o longa). Uma mistura curiosa que nos mostra o quão tênue pode ser a linha que separa um splatter de baixo orçamento e péssimo gosto de um filme de arte imersivo e reflexivo. Aqui, Ferrara ainda pega emprestados elementos de Taxi Driver pra construir essa pequena crônica de paranoia urbana e descenso até a insanidade. Infelizmente, nem o enredo nem o protagonista são fortes e interessantes o suficiente e o filme, a despeito da duração curta, acaba se arrastando um pouco após os 60 minutos iniciais e o clímax portanto não impacta. Vale pelas mortes com furadeira (sempre bom)
Ninguém pode duvidar que James Gray é hoje um dos cineastas mais autorais e interessantes trabalhando, e há mais de duas décadas vem construindo uma filmografia sólida, apesar de não tão prolífica. Poucos anos atrás, o diretor atingiu novos altos em sua carreira com o belíssimo "The Immigrant", e agora seu novo projeto parecia ser outro triunfo indiscutível. Infelizmente, não foi bem assim o que se viu.
"Lost City of Z" alcança pontos altíssimos em aspectos técnicos, principalmente no que tange sua bela cinematografia, mas falha não apenas em pintar um retrato sólido da história que se propõe a contar, como também em seu próprio storytelling. As sequências retratando as explorações são porcamente editadas (um verdadeiro desastre), e a audiência nunca consegue ter uma noção de quanto tempo se passou e tampouco do perigo aos quais os protagonistas foram expostos. Afora isso, temos alguns diálogos expositivos pavorosamente mal escritos, e uma ridícula cena tentando forçar dentro da história ideias de igualdade de gênero dentro de um período histórico totalmente incabível para tal (o filme se passa no começo do século XX e contém um diálogo com nuances de terceira onda de feminismo, totalmente inaceitável e anacrônico). O ponto que mais me incomoda, no entanto, é o quão literalmente James Gray adota o estilo "saga do herói" para contar a história de Fawcett, e infelizmente acaba se perdendo na idealização do personagem como uma espécie de mártir incontestável. Totalmente irrealista e caindo dentro de convenções de biopics que francamente em pleno 2017 já são nauseantes de tão saturadas.
No fim das contas, era pra ser a grande tour de force de um dos mais talentosos nomes da indústria, e acabou caindo por terra por falhas pontuais que poderiam ter sido corrigidas com revisões no roteiro e um pouco mais de trabalho árduo na sala de edição. É uma pena, pois com gente tão boa por trás das câmeras e um elenco de indubitável qualidade, espera-se um resultado bem melhor do que esse
Humor corporativista estilo Office Space encontra 28 Days Later num dos filmes mais divertidos do ano. Do caralho ver esses cuzões morrendo brutalmente
Puta que o pariu, caralho. Não sei nem o que dizer. Puta merda, que filme do caralho
S. Craigh Zahler nos leva de volta a era de ouro do cinema grindhouse em um filme despretensioso, simples e de cair o queixo. A trama demora um pouco em se estabelecer mas após decorrida a primeira meia hora, o filme engata de um jeito incrível. É osso quebrado, crânio espatifado, cara amassada, puta merda, é um cardápio insano de violência extrema que deixa qualquer fã de cinema exploitation no mínimo empolgado.
Vince Vaughn esta simplesmente maravilhoso no papel do esperto e irônico Bradley Thomas, e entrega aqui os melhores one-liners do ano, na mesma moda de Charles Bronson ou Clint Eastwood em seus anos de glória. Só que aqui o protagonista é o mais filho da puta sedento por sangue que eu já vi na vida. Não que ele não tenha seus bons motivos, mas caralho, o cara é um puta sádico dos infernos, o que óbvio, me fez amar mais ainda seu personagem e a performance de Vaughn. Destaque também pra atuação filha da puta de Don Johnson como Warden Tuggs.
Eu não vou saber explicar aqui porque esse filme é bom. Não tem um motivo específico. É só que esse caralho de filme tem tudo que um filme precisa ter pra ser bom. Eu to inconformado com essa porra. O ideal seria que todos os filmes fossem assim. Caralho, bicho, puta que o pariu. To empolgado.
A única cena que faz valer passar por tudo essa epopéia interminável de Casey Affleck andando por aí com um lençol na cabeça é o monólogo niilista sobre como a gente vai morrer e nada tem importância, porque de resto, puta que o pariu, o filme é um absoluto nada
Porra, eu gosto de tortas assim como qualquer pessoa normal, na verdade eu diria que você teria dificuldade em achar alguém mais fã de tortas do que eu, mas porra, a gente realmente precisava ver a Rooney Mara comendo uma torta por 5 minutos (ou mais, sei lá, pareceu mais)? Caralho, puta merda. Nem eu que amo torta passo tanto tempo comendo torta. Porra, cacete, a Rooney Mara talvez goste mais de torta do que eu. Meu Deus do céu
Meio anticlimático ja que a personagem sofre todo tipo de atrocidade na primeira metade e sua vingança acaba sendo na verdade bem suave perto de tudo que ela passou. No mínimo as mortes deveriam ter sido mais brutais. Vale pelo pioneirismo, mas dentro do gênero mulher-muda-se-vingando-matando-todo-mundo Ms. 45 é um filme muito superior
Greta Gerwig combina todas as suas raízes vindas do movimento mumblecore com uma típica história estilo "coming of age", com elementos de óbvia influência de Noah Baumbach, e o resultado é absolutamente sublime. Lady Bird é de longe o melhor filme do gênero em um bom tempo
A dupla de protagonistas é talentosíssima, mas infelizmente mais uma vez o filme não entrega o que seu potencial prometia. O primeiro ainda é ligeiramente melhor por conter pelo menos o fator surpresa funcionando a seu favor
Dentre todas as teorias conspiratórias do mundo, uma das mais vis e cruéis é a que esse documentário trata (e, por vezes, parece endossar): a teoria que argumenta que Courtney Love teria assassinado Kurt Cobain. Esse "ponto de vista" sobre a morte de Kurt é tão sujo e maldoso, que conseguiu estragar a imagem pública da Courtney, uma das maiores estrelas do Rock alternativo dos anos 90, e ainda de quebra manteve milhares de pessoas mundo afora longe do excelente material que o Hole lançou em sua fase áurea. Esse documentário nada mais é do que um desserviço, cheio de desinformação. E, de quebra, consegue ser um filme chato sobre alguns dos meus músicos favoritos
Um dos mais fracos do diretor, amador demais até pros padrões de Mojica, a introdução é a única parte que vale a pena, depois temos mais um monólogo repetitivo de Zé do Caixão sobre o "tudo" e o "nada", e de resto um filme com uma premissa até interessante, mas que encalha suas pretensões em edição e montagem porquíssimas, sem contar as atuações e diálogos sofríveis. Destaque negativo pros hippies que passam metade do filme gritando "TODO MUNDO NU, OBA" em cena digna dos piores momentos da pornochanchada. Vale lembrar que, à época devido a diversos problemas pessoais e falta de tempo, Mojica deixou maior parte do filme a cargo de seu aluno, Marcelo Motta. Infelizmente, seu discípulo era até então um cineasta muito inexperiente e não deu conta do recado. O desfecho da história é o ponto alto, mas a não ser que você seja um absoluto aficionado pelo diretor, não vale a pena encarar os 78 minutos dessa bomba.
Ao fim da projeção desse filme incrível, não deve restar duvidas de que Mojica foi o cineasta mais transgressor desse país. O diretor desafia a terrível Censura e os intelectuais que à época estavam mais interessados em artistas mais eruditos com contos de canibalismo, sadismo e até necrofilia. Destaque absoluto para a segunda história "Tara", silenciosa e poética, quase uma versão necrófila de um conto de fadas da Disney. "Ideologia" chama atenção por ser um dos mais extremos e repulsivos trechos de sétima arte que eu ja vi, absolutamente nojento até para os padrões atuais, acostumados a banalização da violência visando apenas o choque momentâneo.
Rapidament Editevil 6 - A edição super-rápida Final é o supostamente último e super-veloz capítulo na saga decadente de Paul W.S. Anderson, e tem a intenção de ser a sequência direta de Resident CGIvil - CGIção, que queimou nossos olhos com um monte de CGI e Chroma Key em 2012 sendo coroado com méritos como um dos piores filmes já CGIzados pela humanidade. Esse, por sua vez, ja era a sequência de Slowdent Motionevil - Recomeço em slow motion, um filme com tanta câmera lenta que faz parecer que foi dirigido por Zack Snyder sob efeito de cogumelos e dezenas de outros psicotrópicos depressores.
Aqui nosso querido PWSA nos entrega um produto que parece ter vindo dos fundos da terra da sala de edição regada a cocaína e energéticos, afinal de contas tantos anos dirigindo filmes em cima de roteiros tão estúpidos que fariam Michael Bay parecer um intelectual só podem resultar em danos pesados no cérebro. Paul parece se esquecer que no seu sci-fi com ação ininterrupta e roteiro irrelevante, o que o público se propõe a assistir são as cenas de ação... Aparentemente, por qualquer motivo, o diretor tenta borrar todas as cenas com sequências eletrizantes, que seriam muito melhores se eu CONSEGUISSE VER QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO, mas não, Paul nos entrega um filme quase abstrato, o simples ato de apontar uma arma pra alguém requer 3 CORTES DIFERENTES, PORRA, fora a merda da câmera tremida que parece operada por uma pessoa com Parkinson sofrendo um ataque epilético causado por um episódio de Pokémon.
O filme parte "diretamente" de onde o último terminou, isto é, diretamente depois da parte que parecia empolgante mas que por algum motivo não quiseram que a gente visse (???), igual todos os filmes dessa saga desde o segundo, Resident Escurivil - Apocalipse dos Cenários Escuros que Não nos Deixam Ver Porra Nenhuma E Mal Aparecem os Zumbis, os roteiristas acharam por bem só nos jogar num contexto onde a batalha já terminou e Alice foi a única sobrevivente. Nossa querida protagonista então luta com um CGImonstroCGI gigante e voador que garante boas risadas diante do CGI que parece diretamente tirado de um filme do sci-fy channel, algo que a Troma faria bem melhor e mais divertido. Aqui, Paul nos faz o favor de acabar com a tensão de todo o filme, já que sua esposa sobrevive a uma explosão a três passos de distância: esta estabelecido um elemento chave no cinema do diretor, a infalibilidade do personagem principal, deixando até o papa da igreja católica com inveja. Tudo isso sem antes, claro, uma narração que conta pra gente RESIDENT EVIL - O INÍCIO, um monte de coisas irrelevantes que inventaram pra tentar dar um sentido a essa história desconexa. Bom pra nos relembrar de tudo que aconteceu na história nos últimos três extremamente esquecíveis filmes. O lado ruim é que nos faz lembrar da existência dessas merdas. Acho que o verdadeiro antagonista dessa franquia é a narração.
A partir daí, começa a sessão Reciclagem Evil de trazer de volta personagens de filmes anteriores dos quais não sentimos falta nenhuma, nesse caso eles nos trazem de volta Claire, a personagem dos games que você costumava adorar, lembra? Pois é, aqui mesmo com três filmes, os roteiristas retardados não conseguiram dar a personagem NENHUM TRAÇO OU CARACTERÍSTICA de personalidade, sendo impossível se identificar com uma personagem MAIS INÚTIL DO QUE UM VOTO EM BRANCO. Wow, parece que Claire arrumou um namoradinho-nulo-e-sem-personalidade, caralho, isso pode servir pra um bom PLOT TWIST depois, maneiro.
Ah, os plot twists, como eu senti falta dos plot twists de Revident Plotwistevil, seria uma pena se eles fossem contraditórios a absolutamente tudo que aconteceu nos filmes anteriores e não fizessem sentido nenhum, pense em um filme do Nolan com o triplo de plot twists, até pra coisas mais irrelevantes que a treta do bolacha-biscoito, nossa, o Paul W.S. Anderson deve ter se achado MUITO ESPERTO, "hahahahahaha eu to confundindo meu público com esses plot twits pontuais e minha edição ONFIRE com um corte por segundo". VAI TOMAR NO CU, PAUL W. S. ANDERSON. Seu filme me irrita, seu merda!
Dentro desse contexto, Resident Evil - O Corte Rápido Final nos entedia com mais de uma hora e quarenta de batalhas intermináveis regadas a CGI que parecem tirados diretamente de Birdemic: Shock And Terror e lembram cut-scenes do PS2 (o mais próximo que essa merda chegou de parecer com os jogos), e consegue ser MUITO pior que o show de ação descerebrada e CGI de Resident Evil - Retribuição (que já estava no meu top 10 piores filmes já cometidos), por mais impossível que isso pareça. Acho que isso é mais surpreendente e inusitado que o Leicester City ganhando a Premier League, mas ta aí, nosso herói conseguiu de novo.
O review ficou muito grande porque eu fiquei PUTO pra caralho com essa merda. Desculpem a exaltação e o chilique, mas eu to simplesmente PUTO porque esse filme é uma desgraça total, e pensar que a saga começou legal com aquele primeiro filme Resident Nada-a-ver-com-os-gamevil - O Roteiro-Original Maldito, que na verdade é um filme pequeno de terror bem cativante e com uma linha de história que da pra acompanhar, sendo que aqui o roteiro é tão aleatório e ridículo que parece escrito pelo Ed Wood sob efeito de benzedrina psicografando um fluxo de consciência da Virginia Woolf. Pau no cu de todo mundo que esteve envolvido nesse monte de BOSTA absurdo.
O novo filme de Ti West (um dos mais talentosos diretores da atualidade em minha opinião) é surpreendentemente um western, e na minha opinião seu melhor filme até aqui. Cheio de clichês que já vimos em filmes como 3:10 to Yuma, Josey Wales ou High Plains Drifter, In A Valley of Violence conquista logo de cara com sua cinematografia fantástica, estilo retrô, belíssima trilha original e o carisma e talento de Ethan Hawke. O roteiro segue cartilha de vingança simples (muito semelhante a John Wick em vários elementos) e o filme evita qualquer tipo de distrações, é bem direto e pouco faz pra tentar alongar sua projeção. O resultado é um longa enxuto, bem amarrado, simples mas eficaz. Ti West teve dificuldades anteriormente em progredir suas histórias de uma forma envolvente, mas dessa vez ele acertou em cheio, e tenho certeza que é um diretor que tem muito a evoluir. Estou empolgado pra ver pra qual direção ele levará sua carreira
Puta filme, um dos mais criativos dentro do gênero da atualidade, as referências aos clássicos são excelentes e o humor é bem afiado. A própria premissa do filme já deveria deixar os fãs do gênero comédia terror animados. Infelizmente tem uma média baixa aqui, aparentemente todo mundo prefere os velhos clichês de sempre. Dentre os novos filmes independentes de terror esse é sem dúvidas o mais inusitado
Em meu breve contato com o cinema de Guy Maddin até aqui, ainda não consegui absorver a completitude de seu estilo: O trabalho dele é de longe o pedaço mais avant-garde de cinema que já vi. Nesse documentário (??) de apenas 80 minutos, o diretor traz imagens perturbadoras e por vezes cômicas da cidade que tanto influenciou sua forma de pensar e seu cinema. Um misto de animações bizarras, narração saudosista e um pouco da história de Winnipeg, que resultam em um produto final bastante agradável, ainda que um pouco indigesto
Christine
3.9 1Alan Clarke opta por uma narrativa mínima e concisa pra contar uma história perturbadora e simples sobre o vício, sem o melodrama característico de produções de gênero
Cecil Bem Demente
3.8 91O SONHO MOLHADO de qualquer fã de cinema independente e filmes B em geral. Minha reação vendo Cecil B. Demented foi a mesma dos caras vendo o filme da Cherish e do rato no cinema. Simplesmente maravilhoso. Uma bíblia em forma de filme. Quem foi Orson Welles perto de John Waters, o maior diretor americano de todos os tempos? Puta merda
O Assassino da Furadeira
3.2 71 Assista AgoraPrimeiro filme de Abel Ferrara (que também protagoniza o longa). Uma mistura curiosa que nos mostra o quão tênue pode ser a linha que separa um splatter de baixo orçamento e péssimo gosto de um filme de arte imersivo e reflexivo. Aqui, Ferrara ainda pega emprestados elementos de Taxi Driver pra construir essa pequena crônica de paranoia urbana e descenso até a insanidade. Infelizmente, nem o enredo nem o protagonista são fortes e interessantes o suficiente e o filme, a despeito da duração curta, acaba se arrastando um pouco após os 60 minutos iniciais e o clímax portanto não impacta. Vale pelas mortes com furadeira (sempre bom)
Z: A Cidade Perdida
3.4 320 Assista AgoraNinguém pode duvidar que James Gray é hoje um dos cineastas mais autorais e interessantes trabalhando, e há mais de duas décadas vem construindo uma filmografia sólida, apesar de não tão prolífica. Poucos anos atrás, o diretor atingiu novos altos em sua carreira com o belíssimo "The Immigrant", e agora seu novo projeto parecia ser outro triunfo indiscutível. Infelizmente, não foi bem assim o que se viu.
"Lost City of Z" alcança pontos altíssimos em aspectos técnicos, principalmente no que tange sua bela cinematografia, mas falha não apenas em pintar um retrato sólido da história que se propõe a contar, como também em seu próprio storytelling. As sequências retratando as explorações são porcamente editadas (um verdadeiro desastre), e a audiência nunca consegue ter uma noção de quanto tempo se passou e tampouco do perigo aos quais os protagonistas foram expostos. Afora isso, temos alguns diálogos expositivos pavorosamente mal escritos, e uma ridícula cena tentando forçar dentro da história ideias de igualdade de gênero dentro de um período histórico totalmente incabível para tal (o filme se passa no começo do século XX e contém um diálogo com nuances de terceira onda de feminismo, totalmente inaceitável e anacrônico). O ponto que mais me incomoda, no entanto, é o quão literalmente James Gray adota o estilo "saga do herói" para contar a história de Fawcett, e infelizmente acaba se perdendo na idealização do personagem como uma espécie de mártir incontestável. Totalmente irrealista e caindo dentro de convenções de biopics que francamente em pleno 2017 já são nauseantes de tão saturadas.
No fim das contas, era pra ser a grande tour de force de um dos mais talentosos nomes da indústria, e acabou caindo por terra por falhas pontuais que poderiam ter sido corrigidas com revisões no roteiro e um pouco mais de trabalho árduo na sala de edição. É uma pena, pois com gente tão boa por trás das câmeras e um elenco de indubitável qualidade, espera-se um resultado bem melhor do que esse
Um Dia de Caos
3.0 121Humor corporativista estilo Office Space encontra 28 Days Later num dos filmes mais divertidos do ano. Do caralho ver esses cuzões morrendo brutalmente
Confronto no Pavilhão 99
3.7 217 Assista AgoraPuta que o pariu, caralho. Não sei nem o que dizer. Puta merda, que filme do caralho
S. Craigh Zahler nos leva de volta a era de ouro do cinema grindhouse em um filme despretensioso, simples e de cair o queixo. A trama demora um pouco em se estabelecer mas após decorrida a primeira meia hora, o filme engata de um jeito incrível. É osso quebrado, crânio espatifado, cara amassada, puta merda, é um cardápio insano de violência extrema que deixa qualquer fã de cinema exploitation no mínimo empolgado.
Vince Vaughn esta simplesmente maravilhoso no papel do esperto e irônico Bradley Thomas, e entrega aqui os melhores one-liners do ano, na mesma moda de Charles Bronson ou Clint Eastwood em seus anos de glória. Só que aqui o protagonista é o mais filho da puta sedento por sangue que eu já vi na vida. Não que ele não tenha seus bons motivos, mas caralho, o cara é um puta sádico dos infernos, o que óbvio, me fez amar mais ainda seu personagem e a performance de Vaughn. Destaque também pra atuação filha da puta de Don Johnson como Warden Tuggs.
Eu não vou saber explicar aqui porque esse filme é bom. Não tem um motivo específico. É só que esse caralho de filme tem tudo que um filme precisa ter pra ser bom. Eu to inconformado com essa porra. O ideal seria que todos os filmes fossem assim. Caralho, bicho, puta que o pariu. To empolgado.
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraA única cena que faz valer passar por tudo essa epopéia interminável de Casey Affleck andando por aí com um lençol na cabeça é o monólogo niilista sobre como a gente vai morrer e nada tem importância, porque de resto, puta que o pariu, o filme é um absoluto nada
Porra, eu gosto de tortas assim como qualquer pessoa normal, na verdade eu diria que você teria dificuldade em achar alguém mais fã de tortas do que eu, mas porra, a gente realmente precisava ver a Rooney Mara comendo uma torta por 5 minutos (ou mais, sei lá, pareceu mais)? Caralho, puta merda. Nem eu que amo torta passo tanto tempo comendo torta. Porra, cacete, a Rooney Mara talvez goste mais de torta do que eu. Meu Deus do céu
Thriller: Um Filme Cruel
3.7 257Meio anticlimático ja que a personagem sofre todo tipo de atrocidade na primeira metade e sua vingança acaba sendo na verdade bem suave perto de tudo que ela passou. No mínimo as mortes deveriam ter sido mais brutais. Vale pelo pioneirismo, mas dentro do gênero mulher-muda-se-vingando-matando-todo-mundo Ms. 45 é um filme muito superior
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraGreta Gerwig combina todas as suas raízes vindas do movimento mumblecore com uma típica história estilo "coming of age", com elementos de óbvia influência de Noah Baumbach, e o resultado é absolutamente sublime. Lady Bird é de longe o melhor filme do gênero em um bom tempo
Sedução e Vingança
3.7 151 Assista AgoraCaralho Abel Ferrara você é deus
P.S.: Matou foi pouco
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraTinha era que pegar o Darren Aronofsky e encher de porrada
Só digo isso
Creep 2
3.1 261A dupla de protagonistas é talentosíssima, mas infelizmente mais uma vez o filme não entrega o que seu potencial prometia. O primeiro ainda é ligeiramente melhor por conter pelo menos o fator surpresa funcionando a seu favor
Mãos Sujas
3.8 19 Assista AgoraÉ normal se identificar com o assassinato motivado por uma discussão Pelé x Zico?
Kurt & Courtney
2.7 77Dentre todas as teorias conspiratórias do mundo, uma das mais vis e cruéis é a que esse documentário trata (e, por vezes, parece endossar): a teoria que argumenta que Courtney Love teria assassinado Kurt Cobain. Esse "ponto de vista" sobre a morte de Kurt é tão sujo e maldoso, que conseguiu estragar a imagem pública da Courtney, uma das maiores estrelas do Rock alternativo dos anos 90, e ainda de quebra manteve milhares de pessoas mundo afora longe do excelente material que o Hole lançou em sua fase áurea. Esse documentário nada mais é do que um desserviço, cheio de desinformação. E, de quebra, consegue ser um filme chato sobre alguns dos meus músicos favoritos
End of the Line
3.4 58Eu nunca mais vou conseguir olhar pra cara do Tarantino sem lembrar de um dos antagonistas desse filme que é IDENTICO a ele
A Estranha Hospedaria dos Prazeres
2.9 27Um dos mais fracos do diretor, amador demais até pros padrões de Mojica, a introdução é a única parte que vale a pena, depois temos mais um monólogo repetitivo de Zé do Caixão sobre o "tudo" e o "nada", e de resto um filme com uma premissa até interessante, mas que encalha suas pretensões em edição e montagem porquíssimas, sem contar as atuações e diálogos sofríveis. Destaque negativo pros hippies que passam metade do filme gritando "TODO MUNDO NU, OBA" em cena digna dos piores momentos da pornochanchada. Vale lembrar que, à época devido a diversos problemas pessoais e falta de tempo, Mojica deixou maior parte do filme a cargo de seu aluno, Marcelo Motta. Infelizmente, seu discípulo era até então um cineasta muito inexperiente e não deu conta do recado. O desfecho da história é o ponto alto, mas a não ser que você seja um absoluto aficionado pelo diretor, não vale a pena encarar os 78 minutos dessa bomba.
O Estranho Mundo de Zé do Caixão
3.7 58Ao fim da projeção desse filme incrível, não deve restar duvidas de que Mojica foi o cineasta mais transgressor desse país. O diretor desafia a terrível Censura e os intelectuais que à época estavam mais interessados em artistas mais eruditos com contos de canibalismo, sadismo e até necrofilia. Destaque absoluto para a segunda história "Tara", silenciosa e poética, quase uma versão necrófila de um conto de fadas da Disney. "Ideologia" chama atenção por ser um dos mais extremos e repulsivos trechos de sétima arte que eu ja vi, absolutamente nojento até para os padrões atuais, acostumados a banalização da violência visando apenas o choque momentâneo.
Resumindo: Puta que pariu, caralho
Would You Rather
3.0 452Ponto negativo do filme fica por conta da
cena do olho mutilado ter sido offscreen
Dormindo Com As Outras Pessoas
3.3 53 Assista AgoraA melhor parte do filme foram os posteres de Weezer e American Football no quarto do Jake
Beautiful Noise
3.9 16O My Bloody Valentine é a maior banda de todos os tempos
Resident Evil 6: O Capítulo Final
3.0 952 Assista AgoraAi, caralho. Puta que pariu, bicho. Que merda.
Rapidament Editevil 6 - A edição super-rápida Final é o supostamente último e super-veloz capítulo na saga decadente de Paul W.S. Anderson, e tem a intenção de ser a sequência direta de Resident CGIvil - CGIção, que queimou nossos olhos com um monte de CGI e Chroma Key em 2012 sendo coroado com méritos como um dos piores filmes já CGIzados pela humanidade. Esse, por sua vez, ja era a sequência de Slowdent Motionevil - Recomeço em slow motion, um filme com tanta câmera lenta que faz parecer que foi dirigido por Zack Snyder sob efeito de cogumelos e dezenas de outros psicotrópicos depressores.
Aqui nosso querido PWSA nos entrega um produto que parece ter vindo dos fundos da terra da sala de edição regada a cocaína e energéticos, afinal de contas tantos anos dirigindo filmes em cima de roteiros tão estúpidos que fariam Michael Bay parecer um intelectual só podem resultar em danos pesados no cérebro. Paul parece se esquecer que no seu sci-fi com ação ininterrupta e roteiro irrelevante, o que o público se propõe a assistir são as cenas de ação... Aparentemente, por qualquer motivo, o diretor tenta borrar todas as cenas com sequências eletrizantes, que seriam muito melhores se eu CONSEGUISSE VER QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO, mas não, Paul nos entrega um filme quase abstrato, o simples ato de apontar uma arma pra alguém requer 3 CORTES DIFERENTES, PORRA, fora a merda da câmera tremida que parece operada por uma pessoa com Parkinson sofrendo um ataque epilético causado por um episódio de Pokémon.
O filme parte "diretamente" de onde o último terminou, isto é, diretamente depois da parte que parecia empolgante mas que por algum motivo não quiseram que a gente visse (???), igual todos os filmes dessa saga desde o segundo, Resident Escurivil - Apocalipse dos Cenários Escuros que Não nos Deixam Ver Porra Nenhuma E Mal Aparecem os Zumbis, os roteiristas acharam por bem só nos jogar num contexto onde a batalha já terminou e Alice foi a única sobrevivente. Nossa querida protagonista então luta com um CGImonstroCGI gigante e voador que garante boas risadas diante do CGI que parece diretamente tirado de um filme do sci-fy channel, algo que a Troma faria bem melhor e mais divertido. Aqui, Paul nos faz o favor de acabar com a tensão de todo o filme, já que sua esposa sobrevive a uma explosão a três passos de distância: esta estabelecido um elemento chave no cinema do diretor, a infalibilidade do personagem principal, deixando até o papa da igreja católica com inveja. Tudo isso sem antes, claro, uma narração que conta pra gente RESIDENT EVIL - O INÍCIO, um monte de coisas irrelevantes que inventaram pra tentar dar um sentido a essa história desconexa. Bom pra nos relembrar de tudo que aconteceu na história nos últimos três extremamente esquecíveis filmes. O lado ruim é que nos faz lembrar da existência dessas merdas. Acho que o verdadeiro antagonista dessa franquia é a narração.
A partir daí, começa a sessão Reciclagem Evil de trazer de volta personagens de filmes anteriores dos quais não sentimos falta nenhuma, nesse caso eles nos trazem de volta Claire, a personagem dos games que você costumava adorar, lembra? Pois é, aqui mesmo com três filmes, os roteiristas retardados não conseguiram dar a personagem NENHUM TRAÇO OU CARACTERÍSTICA de personalidade, sendo impossível se identificar com uma personagem MAIS INÚTIL DO QUE UM VOTO EM BRANCO. Wow, parece que Claire arrumou um namoradinho-nulo-e-sem-personalidade, caralho, isso pode servir pra um bom PLOT TWIST depois, maneiro.
Ah, os plot twists, como eu senti falta dos plot twists de Revident Plotwistevil, seria uma pena se eles fossem contraditórios a absolutamente tudo que aconteceu nos filmes anteriores e não fizessem sentido nenhum, pense em um filme do Nolan com o triplo de plot twists, até pra coisas mais irrelevantes que a treta do bolacha-biscoito, nossa, o Paul W.S. Anderson deve ter se achado MUITO ESPERTO, "hahahahahaha eu to confundindo meu público com esses plot twits pontuais e minha edição ONFIRE com um corte por segundo". VAI TOMAR NO CU, PAUL W. S. ANDERSON. Seu filme me irrita, seu merda!
Dentro desse contexto, Resident Evil - O Corte Rápido Final nos entedia com mais de uma hora e quarenta de batalhas intermináveis regadas a CGI que parecem tirados diretamente de Birdemic: Shock And Terror e lembram cut-scenes do PS2 (o mais próximo que essa merda chegou de parecer com os jogos), e consegue ser MUITO pior que o show de ação descerebrada e CGI de Resident Evil - Retribuição (que já estava no meu top 10 piores filmes já cometidos), por mais impossível que isso pareça. Acho que isso é mais surpreendente e inusitado que o Leicester City ganhando a Premier League, mas ta aí, nosso herói conseguiu de novo.
O review ficou muito grande porque eu fiquei PUTO pra caralho com essa merda. Desculpem a exaltação e o chilique, mas eu to simplesmente PUTO porque esse filme é uma desgraça total, e pensar que a saga começou legal com aquele primeiro filme Resident Nada-a-ver-com-os-gamevil - O Roteiro-Original Maldito, que na verdade é um filme pequeno de terror bem cativante e com uma linha de história que da pra acompanhar, sendo que aqui o roteiro é tão aleatório e ridículo que parece escrito pelo Ed Wood sob efeito de benzedrina psicografando um fluxo de consciência da Virginia Woolf. Pau no cu de todo mundo que esteve envolvido nesse monte de BOSTA absurdo.
Terra Violenta
3.0 137 Assista AgoraO novo filme de Ti West (um dos mais talentosos diretores da atualidade em minha opinião) é surpreendentemente um western, e na minha opinião seu melhor filme até aqui. Cheio de clichês que já vimos em filmes como 3:10 to Yuma, Josey Wales ou High Plains Drifter, In A Valley of Violence conquista logo de cara com sua cinematografia fantástica, estilo retrô, belíssima trilha original e o carisma e talento de Ethan Hawke. O roteiro segue cartilha de vingança simples (muito semelhante a John Wick em vários elementos) e o filme evita qualquer tipo de distrações, é bem direto e pouco faz pra tentar alongar sua projeção. O resultado é um longa enxuto, bem amarrado, simples mas eficaz. Ti West teve dificuldades anteriormente em progredir suas histórias de uma forma envolvente, mas dessa vez ele acertou em cheio, e tenho certeza que é um diretor que tem muito a evoluir. Estou empolgado pra ver pra qual direção ele levará sua carreira
Medo S.A
2.6 92Puta filme, um dos mais criativos dentro do gênero da atualidade, as referências aos clássicos são excelentes e o humor é bem afiado. A própria premissa do filme já deveria deixar os fãs do gênero comédia terror animados. Infelizmente tem uma média baixa aqui, aparentemente todo mundo prefere os velhos clichês de sempre. Dentre os novos filmes independentes de terror esse é sem dúvidas o mais inusitado
Meu Winnipeg
4.0 11Em meu breve contato com o cinema de Guy Maddin até aqui, ainda não consegui absorver a completitude de seu estilo: O trabalho dele é de longe o pedaço mais avant-garde de cinema que já vi. Nesse documentário (??) de apenas 80 minutos, o diretor traz imagens perturbadoras e por vezes cômicas da cidade que tanto influenciou sua forma de pensar e seu cinema. Um misto de animações bizarras, narração saudosista e um pouco da história de Winnipeg, que resultam em um produto final bastante agradável, ainda que um pouco indigesto