"Jogos Mortais" é um interessante filme que mistura cenas grotescas de mutilacão humana com uma história, que mesmo sendo muito absurda, acaba sendo também bem planejada e empolgante.
O segundo capítulo da quadrilogia "Piratas do Caribe" é recheado de idiotices, um roteiro nada coerente e sem explicações convincentes e piadas toscas que fazem o cinéfilo ter vontade de morrer ao escutá-las. O que salva o filme são os grandiosos efeitos especiais e a interpretação de Johnny Depp, que como sempre, é fabulosa e perfeita na pele do divertido pirata Jack Sparrow.
Piratas, uma trilha-sonora fantástica, uma belíssima fotografia, uma história muito empolgante e Johnny Depp em um papel inesquecível e divertido. "Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola-Negra" é um dos últimos filmes de aventura produzidos pela Disney que realmente prestaram e talvez o único da série que realmente presta. O filme consegue empolgar em sequências memoráveis, visualmente fantásticas, todas elas causadas pela atuação muito competente do Johnny Depp.
Não levei muita fé na frase "O Filme mais aterrorizante que você verá nesta vida!" quando a vi estampada em destaque no poster nacional de "A Morte do Demônio" (The Evil Dead), remake do clássico dos anos oitenta de mesmo nome. Achava que ia ser um bom remake (o trailer me animou de uma forma inexplicável!), mas não sabia que alguém seria capaz de estragar tanto uma obra-prima do terror como o diretor e roteirista Fede Alvarez fez. Tudo em "A Morte do Demônio" é errado. É muito mais do que errado: é péssimo. Mas talvez o pior de tudo é o fato de que o filme tinha tudo para dar certo (devido à excelente história do longa original de 1981) porém acaba indo exatamente pelo caminho oposto: caindo em clichês em vez de obter a mesma originalidade do primeiro, o filme apresenta péssimos momentos, poucos sustos, uma péssima maquiagem que de tão artificial não consegue causar impacto ou espanto e uma direção que parece ter medo de ousar diferente da muito ousada direção de Sam Raimi do longa original (1981). Poderia escrever linhas e linhas sobre o quão incompetente é a tentativa que o filme faz de dar medo. Lembro-me de ver um homem próximo à minha cadeira insistir para a namorada de que aquele era um filme de comédia e não terror. Não que este seja um dos ótimos "terri" (terror com risos) típicos do Sam Raimi, mas sim que as cenas que tem a intenção de serem assustadoras e causar impacto não causam absolutamente choque algum sob a platéia, nos fazendo nos perguntar porque droga só maiores de dezoito anos podem assistir ao longo nas salas de cinema. Uma tremenda decepção para os fãs do longa original e um péssimo e incompetente remake. Recomendo à todos que assista o antigo e deixe este de lado, porque a diferença é absolutamente enorme! Este filme não apenas me deixou com mais desconfiança em relação a remakes, como também abriu meus olhos para um fato que eu não estava querendo encarar: filme de terror americano, nos dias atuais, não presta e quem é amante do gênero tem que sobreviver do passado e se contentar em assistir e re-assistir clássicos como "O Exorcista". Triste.
O último filme de Kubrick, "De Olhos Bem", é uma obra-prima cinematográfica impressionante! Uma loucura psico-sexual alucinante! Um de seus melhores filmes! Uma obra absolutamente incompreendida por conta de sua complexidade (típico dos filmes do diretor). Incrivelmente bem dirigido e fotografado (o Kubrick tinha um talento para fotografia descomunal!), o filme apresenta a história de um casal que têm o casamento ameaçado após a noiva (Nicole Kidman) admitir ao marido (Tom Cruise) que tem desejos sexuais por outro homem e que estaria disposta a largar ele e a filha para fugir com o tal. O marido (que na realidade é um médico) após atender um paciente na mesma noite, resolve sair de casa para uma jornada noturna, onde passa em vários locais de Nova-York (numa maravilhosa fotografia!), enquanto não consegue tirar a imagem de sua esposa se agarrando com outro homem da sua cabeça. Esta jornada acaba levando o homem até uma festa absolutamente secreta e confidencial em uma mansão aos arredores da cidade, onde o mesmo descobre que está envolvido em uma orgia sem tamanhos, onde no final de tudo alguém acaba morrendo por sua culpa... Ou será que não? A partir daí, Kubrick faz o que ele faz de melhor: meche com a mente de seu personagem principal ao mesmo tempo que tortura a platéia psicologicamente, como ele já havia feito em alguns de seus filmes anteriores como "Laranja Mecânica" e "O Iluminado". Em todas as cenas do filme ele consegue causar um impacto grandioso à todos, desde as sequências de sexo muito explícito até as cenas como a da briga entre Cruise e Kidman no início do filme (antes dela admitir que sente atração por outro homem). E falando em ambos, as atuações deles revelam-se divergentes. Cruise atua incrivelmente bem (os críticos dizem que esta foi a melhor atuação de toda sua carreira!), conseguindo transmitir a tensão e a loucura que vai se apoderando aos poucos do Dr. Bill. Já Kidman tem alguns momentos bons (a maioria no final do filme), mas a sua interpretação em geral acaba provando-se forçada e fraca, em algumas cenas até ridículas quando por exemplo ela tenta, sem sucesso, passar-se por bêbada em uma festa. Porém, o conjunto de ambas atuações se tornam muito interessantes no final das contas e acabam funcionando com sucesso. Como eu já disse, a fotografia deste filme é espetacular! Me espanta ela não ter sido indicada ao Óscar. Tem momentos em que Kubrick consegue transmitir tensão apenas pelas cores da imagem e da espetacular trilha sonora, que com poucas notas de piano acaba deixando todos grudados nas cadeiras de tanto suspense e tensão. Já vi muitas pessoas e críticos se questionarem quanto à este filme, dizendo que a obra é muitíssimo inferior aos trabalhos anteriores de Kubrick. De certo modo eu compreendo, mas vamos combinar que nenhum humano conseguiria repetir o mesmo sucesso que "2001", "Laranja Mecânica" e "O Iluminado" fizeram. Porém, fico muitíssimo feliz que esta tenha sido a obra final deste grandioso diretor e não aquela coisa horrorosa dirigida pelo Spielberg "A.I. - Inteligência Artificial", que era inicialmente um projeto do Kubrick. Sinceramente, posso ser linchado ao dizer isto, mas para mim este filme é muito mais competente que outros filmes de Kubrick que são considerados clássicos, como "Nascido para Matar". Não há o que dizer, a não ser agradecer a este gênio da sétima arte por mais uma obra-prima cinematográfica. Obrigado, Kubrick.
Os irmãos Dardenne fazem de "O Garoto da Bicicleta" um filme absolutamente incrível para os amantes de cinema europeu. Como eu não fico de fora deste grupo, para mim "O Garoto da Bicicleta" foi um dos melhores filmes de 2011 e me deixa com extrema felicidade saber que ele foi o ganhador do Grande Prêmio do Juri no Festival de Cannes no mesmo ano. Contando com a interpretação surpreendentemente natural e antológica de Thomas Doret (Cyril: o garoto da bicicleta) e da fabulosa atriz veterana francesa Cécile de France (Samantha: a cabeleleira), o filme conta a história de um garoto (Doret) após ser abandonado pelo pai em um orfanato conhece uma cabelereira (De France) e rapidamente estabelece uma relação não muito definida com a moça, que se chama Samantha. De France interpreta com maestria neste filme, tornando sua personagem uma figura que exprime cansaso, bondade e paciência. Estas qualidades (ou defeitos) acabam sendo importantes para que a sua relação com o Cyril não desande e mesmo que alguns insistam em dizer que ela se torna uma personagem artificial por nunca se render ao jeito rebelde do garoto, em minha opinião é completamente ocontrário: sua personalidade não tende á agrecividade, mas sim à paciência de esperar que Cyril a veja como uma pessoa que se preocupa com ele. Para mim, esta é uma das grandes qualidades do filme. Uma outra qualidade é a direção muito boa dos irmãos Dardenne. Ambos investem na naturalidade extrema e num drama que não opta pelo pessimismo e sim pela esperânça. Além disto, trazem sequências e planos longos que prendem a atenção do espectador por conta das atitudes dos personagens e os diálogos acabam exercendo apenas a função de tornar este longa um filme não-mudo, uma vez que eles acabam não estabelecendo tensão alguma à narrativa. Esta direção segura e competente é talvez o que faça este filme ser tão bom e tão agradável de se assistir. Gostaria de ver mais obras-primas como esta e menos filmes de super-heróis e remakes hollywoodianos neste ano.
"Você não está sozinho" é um interessantíssimo drama alemão da década de oitenta. Aborda muito bem a transição entre a infância e a adolescência de um garoto chamado Kim e as suas novas descobertas desta nova fase. Repleto de belíssimas locações alemãs, o filme se desenrola de uma forma muito simplista e inocente.
"Procurando Nemo", um dos melhores filmes da Pixar, é emotivo, envolvente, engraçado e muito, mas muito bem escrito e desenvolvido. Se não encarado como uma animação para crianças, o filme poderia ser catalogado como um perverso drama: há sequências tão tristes que é quase impossível não deixar uma lágrima escorrer pelo rosto. Trazendo também momentos muito engraçados (a hilária peixinha Dory está presente em todos eles!), o filme acaba se tornando perfeito em todos os sentidos, nos envolvendo em sua narrativa fascinante e original: resultado do extremo cuidado tido somente pela Pixar.
Basta assistir "A Hospedeira" para saber que toda a criatividade da escritora Stephenie Meyer começou a florar com a produção desta obra, que tenho que dizer, dá de dez à zero na saga Crepúsculo (a sua obra anterior). Uma história interessante, que até mesmo com os clichês estilo crepúsculo (triângulo amoroso; inimigos sem graça; entre outros) consegue se desenvolver muito bem, até mesmo impressionando em alguns momentos dramáticos (como por exemplo o diálogo antes da "pré-morte" de Peg, na qual esta e a Melanie discutem uma com a outra em algumas falas muito interessantes). A história aqui consegue se desenvolver de maneira satisfatoriamente bem, nos fazendo se importar com os personagens (algo alcançado pela primeira vez pela Meyer, pois os personagens da saga Crepúsculo eram problemáticos, infantis e absurdos!). O relacionamento entre Peg (Wanderer) e Melanie são bem explorados também. Mas o filme traz também alguns problemas, típicos de Meyer e seu grupo. Há alguns diálogos meio bestas, há também ações desnecessárias e a presença dos clichês em filmes de ficção adolescente ao estilo "Crepúsculo". Além disto, o diretor e roteirista Andrew Niccol acaba mastigando demais a trama, causando a sensação de que o filme é mais infantil do que ele realmente é e afastando os que evitam filmes deste gênero, o que é uma pena, pois o material aqui é bom (não diria que é tão bom quanto "Jogos Vorazes" porque seria um insulto à série de Suzanne Collins, mas é bom). Mesmo com esses defeitos que já eram previsíveis desde o lançamento de seu teaser trailer, "A Hospedeira" está longe de ser um filme ruim. Até me surpreendeu, para a falar a verdade. Mas é só assistir à ele para entender que para conseguir alcançar grandes escritoras como J.K. Rowling e Suzanne Collins que fazem o mesmo tipo de literatura que a sua (me refiro ao gênero e não à qualidade), Stephenie Meyer precisa ainda comer muito feijão com arroz.
Divertido, fantasioso e assustador... "Poltergeist" traz muito bem o gênero "Terror de crianças", enquanto nos apresenta uma narrativa recheada de tensão e momentos assustadores, que parecem voltar para nos atormentar no instante em que apagamos a luz para dormir. Para sempre um clássico!
O diretor Ridley Scott, diretor de clássicos do gênero Sci-Fic como "Blade Runner"e "Alien - o oitavo passageiro", acerta e erra descaradamente em seu mais novo longa "Prometheus". Tendo uma história que nos primeiros minutos parece ser original e inteligente (Eu disse "nos primeiros minutos"!), o filme propõe ao telespectador a trocar ideias filosóficas sobre a verdadeira origem da humanidade, afirmando que tudo que existe no universo foi projetado por uma raça superior á todas as outras e que esta raça está hospedada em um planeta longícuo. Mas se essa raça é Deus, quem foi que inventou-a? Parte então a nave Prometheus e mais alguns tripulantes para a busca da resposta deste enigma incompreensível. Parece interessante, não?! Mas é ao longo do filme que fica quase imperceptível que o roteiro aqui é fraco... E como! Ridley Scott traz respostas e resolucões tão estúpidas e tão pouco criativas para estas perguntas e enigmas que as mesmas parecem ter sido brotadas da mente de uma criança de doze anos, e não da de um homem adulto. Em vez de buscar uma explicação mais competente para que a narrativa prossiga bem, o nosso querido diretor resolve investir em cenas de suspense, que apesar de dispensáveis se tornam muito boas e impactantes, tentando alcançar um público mais jovem ou mais interessados em efeitos especiais do que na própria história. Falando dos efeitos, seria impossível não admitir que eles não são bons. Há sequencias sensacionais (a maior parte no final da película), que trazem efeitos muito bem feitos e bem planejados. Não só os efeitos, como toda a linguagem visual do filme: Ridley Scott sempre mostrou um talento nato quando o assunto é impacto visual. Porém, é este mesmo diretor que acaba sendo o principal defeito do filme: sua direção, em muitos momentos infantil, faz com que o desenvolvimento do filme seja forçado e pouco criativo e, diferente do que sugeria o trailer, decepcionante. Mesmo não sendo uma catástrofe, "Prometheus" foi um dos filmes mais decepcionantes que já assisti em muito tempo. Os minutos finais são tão brochantes que logo me vi em pé, xingando Scott de todos os palavrões possíveis. E o mais irônico de tudo está localizado no próprio nome do filme: é, Scott "prometheus", mas não cumpriu.
Um dos únicos méritos de "Orações para Bobby" são as atuações. Mesmo sendo um filme feito para TV, o longa é infantil, têm uma direção besta, uma péssima montagem e uns momentos de risada involuntária tipo "Crepúsculo".
O documentário "Bully" reune imagens e relatos supreendentes sobre a violência verbal e não-verbal presente nas escolas americanas. Acompanhando alguns alunos ou famílias que sofreram ou ainda sofrem com a prática do Bullying, o filme se sai muitíssimo bem ao conseguir confirmar a falta de preparo que as escolas estadunidenses tem quanto a este grande problema, como também emocionar á todos ao acompanhar o drama das famílias que têm, ou tinham, filhos que sofrem bullying. A montagem do filme é fenomenal, fazendo com que em nenhum momento ele se torne chato ou cansativo. O diretor Lee Hirsch, uma vez ganhador do Festival de Sundance, mostra-se muito habilidoso na captura do drama real, sem torná-lo melodramático ou pouco emotivo. A forma com que ele explora a vulnerabilidade de seus personagens é encantadora, nos fazendo nos importar com eles quase como se fossemos seus pais. A falta de dados é aqui um mérito: em vez de encher a platéia de números e estatísticas, Hirsch vai direto ao ponto e acerta em cheio ao não desperdicar tempo, explorando o universo e drama de seus personagens com uma profundidade indescritível!
Influenciado por "Elefante", filme ganhador da Palma de Ouro em 2003, o diretor Murali K. Thalluri permanece em grande parte do seu filme "2:37" seguindo seus personagens pelas costas, enquanto os mesmos caminham pelos corredores de uma escola americana: todos eles, mesmo não aparentando, com a mente recheada de problemas. E são estes problemas, problemas nada pequenos para se falar a verdade, que irão fazer deste primeiro e único longa de Thalluri um filme em que a tensão que é gerada é extremamente alta e a dor sofrida por estes personagens tornam-se insuportáveis para o telespectador. "2:37" é um filme genial em diversos aspectos. Como já dito, a tensão que ele gera é descomunal: temos a impressão de que a qualquer momento, naquela escola que parece ser como outra qualquer, o pior dos problemas pode acontecer. Esta tensão gerada pela excepcional trilha sonora psicodélica que em nenhum momento para de tocar e pela fotografia escura e sombria, acabam transformando o filme em um drama muitíssimo depressivo e melancólico. A ideia da "mesma cena vista por ângulos diferentes e por personagens diferentes" usada primordialmente por Gus Van Sant em "Elefante", é muito bem usada e, como no filme de Sant, muito decisiva para a consequência final da narrativa. Absolutamente todas as atuações deste filme aqui são muito naturalistas e melancólicas. Há duas cenas (há inúmeras outras também), uma no clímax e outra no epílogo que causam um impacto tão grande que provavelmente deixará o telespectador em estado de choque. Tenho que admitir que este foi um dos filmes mais chocantes e mais dramáticos que assisti nestes últimos tempos.
Com uma história extremamente chata e que não trás nenhum tipo de sentimento ou sensação ao telespectador além do tédio, "Depois da Terra" é um filme chato, absolutamente infantil e principalmente muito pouco criativo. Contando com a mais ou menos boa escolha de lançar o filho de Will Smith, Jaden Smith, como o protagonista do filme, o longa fica entregue as atuações do garoto e as do pai, que pouco causam impacto e pouco emocionam. Até mesmo o que deveria ser bom aqui (aspectos técnicos) é extremamente ruim: cito a direção de arte muito mal feita (a confecção da nave parecia um cenário de A Turma do Didi), os efeitos que em muitas cenas eram grotescos e a própria fotografia do filme... Meu Deus, ainda não tenho ideia para aonde foram os 130 milhões de dólares gastos neste filme (provavelmente para os bolsos de Will Smith e seu filho!). E quem dirige este "espetáculo" não poderia ser outra pessoa que não fosse o M. Night's Shyamalan. Isto mesmo, Shyamalan, o diretor de "O Sexto Sentido". Mas considerando que o mais recente filme do diretor (eliminando este, é claro) foi o terrível, horroroso e 'impossível de ser pior' "O Último Mestre do Ar", então é quase que obrigatório todos nós darmos uma salva de palmas para ele: afinal, ser pior do que "O Último Mestre do Ar" é uma tarefa árdua, pois exige muita incompetência e falta de criatividade do diretor. Saber que 130 milhões de dólares foram investidos nesta porcaria é de doer o coração.
O que dizer sobre "O Silêncio dos Inocentes"?! Algumas poucas palavras sobre este clássico de serial-killer arrebatador e insuperável (o único da trilogia que é muito bom): Jodie Foster impecável! Anthony Hopkins... nem se fala! Um roteiro fantástico! E um filme assustador, aterrorizante, provocador e perfeito!
Difícil é se recuperar do estado de choque ao terminarde assistir "Seven - os sete crimes capitais", um dos filmes mais empolgantes e tenso de todos os tempos! Com as atuações nada menos que brilhantes dos veteranos Brad Pitt e Morgan Freeman, este impecável longa que aborda crimes cometidos por um serial-killer é, em minhas palavras, um aperfeicoamento da série Jogos Mortais (sem as mutilações baratas e as idiotices da série Saw) e um intenso estudo sobre a mente desses assassinos pscicopatas, mas dotados de grande sabedoria. É aqui que temos a prova da competencia descomunal do David Fincher: sua direção dinâmica nos envolve desde o início ao fim. Além disto, Fincher traz sequências visualmente fantásticas, nos impressionando com a sua habilidade de filmagem: ele é um diretor que sabe como filmar, escolhendo e explorando incríveis ângulos (há cenas em que o medo e o suspense predomina apenas pelo movimento da câmera). Não é atoa que muitas pessoas consideram este filme como um dos melhores e mais influentes do cinema contemporâneo. Sim, Seven é tudo isso e mais, com um dos mais impactantes e surpreendentes finais de todos!
"Melancholia" traz Lars Von Trier em uma das melhores direções de sua carreira! Este é um trabalho excepcional em todos os sentidos da palavra! Temos, como sempre, uma belíssima fotografia, com cenas em que as pessoas e as coisas se movem tão devagar que nos dá a ligeira impressão de estarem parando (algo que já é uma marca do Lars desde o seu último polêmico filme: Anticristo) e uma inesperada surpresa: a atriz Kirsten Dunst (Homem-Aranha) em uma performance tão excelente sobre uma mulher depressiva que tenta com um casamento se livrar da infelicidade, que pode ser definida como a melhor atuação de sua carreira! Melancholia é um fenômeno no cinema artístico contemporâneo e a sua beleza é algo indiscutível! A cena final é algo tão belo de se assistir que descrevê-la apenas com adjetivos seria uma injustiça à sua arte, sua competência e ao seu criador! Um filme inesquecível.
Kubrick em sua melhor forma fez o mais genial, mais influente e mais complexo filme de todos os tempos! "2001, uma odisseia no espaço" é um filme (filme não: obra de arte!) quase que indiscutível! Ele faz o que nenhuma obra jamais fez ou irá fazer: nos levar da nossa pré-história até o homem chegando ao fim do universo... E tudo isso em apenas duas horas! Tudo é perfeito aqui, principalmente o encaixo perfeito entre som e imagem, algo que "Laranja Mecânica" chega próximo, mas não executa com o mesmo sucesso que "2001". Temos sequências recheadas de efeitos especiais tão impressionante que até nos dias atuais convence... E muito! A genialidade do seu diretor reflete na do filme e quando chegamos ao epilogo não conseguimos acreditar que esta obra de arte foi feita nos anos sessenta, com a ausência de computação gráfica. Estamos falando aqui do melhor tipo de ficção científica, que é o de propor ideais a telespectador e fazer até mesmo o mais ignorante dos seres questionar sobre tudo que existe neste universo, principalmente sobre o comportamento humano e sua evolução. É uma obra maravilhosa, muitíssimo bem executada e única, como o seu realizador!
Mesmo não tendo absolutamente nada em comum com o livro de Stephen King, uma das melhores obras de Kubrick, "O Iluminado", é uma jornada horrorizante através de imagens extraídas de sonhos e cenas de gelar o sangue! Muito bem construído e dirigido, o filme se torna mais perfeito ainda com a inesquecível atuação de Jack Nicholson, que realmente acaba encarnando no Jack Torrance, seu personagem psicótico.
Jogos Mortais
3.7 1,6K Assista Agora"Jogos Mortais" é um interessante filme que mistura cenas grotescas de mutilacão humana com uma história, que mesmo sendo muito absurda, acaba sendo também bem planejada e empolgante.
Piratas do Caribe: O Baú da Morte
3.9 872 Assista AgoraO segundo capítulo da quadrilogia "Piratas do Caribe" é recheado de idiotices, um roteiro nada coerente e sem explicações convincentes e piadas toscas que fazem o cinéfilo ter vontade de morrer ao escutá-las. O que salva o filme são os grandiosos efeitos especiais e a interpretação de Johnny Depp, que como sempre, é fabulosa e perfeita na pele do divertido pirata Jack Sparrow.
Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra
4.1 1,1K Assista AgoraPiratas, uma trilha-sonora fantástica, uma belíssima fotografia, uma história muito empolgante e Johnny Depp em um papel inesquecível e divertido. "Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola-Negra" é um dos últimos filmes de aventura produzidos pela Disney que realmente prestaram e talvez o único da série que realmente presta. O filme consegue empolgar em sequências memoráveis, visualmente fantásticas, todas elas causadas pela atuação muito competente do Johnny Depp.
A Morte do Demônio
3.2 3,9K Assista AgoraNão levei muita fé na frase "O Filme mais aterrorizante que você verá nesta vida!" quando a vi estampada em destaque no poster nacional de "A Morte do Demônio" (The Evil Dead), remake do clássico dos anos oitenta de mesmo nome. Achava que ia ser um bom remake (o trailer me animou de uma forma inexplicável!), mas não sabia que alguém seria capaz de estragar tanto uma obra-prima do terror como o diretor e roteirista Fede Alvarez fez. Tudo em "A Morte do Demônio" é errado. É muito mais do que errado: é péssimo. Mas talvez o pior de tudo é o fato de que o filme tinha tudo para dar certo (devido à excelente história do longa original de 1981) porém acaba indo exatamente pelo caminho oposto: caindo em clichês em vez de obter a mesma originalidade do primeiro, o filme apresenta péssimos momentos, poucos sustos, uma péssima maquiagem que de tão artificial não consegue causar impacto ou espanto e uma direção que parece ter medo de ousar diferente da muito ousada direção de Sam Raimi do longa original (1981). Poderia escrever linhas e linhas sobre o quão incompetente é a tentativa que o filme faz de dar medo. Lembro-me de ver um homem próximo à minha cadeira insistir para a namorada de que aquele era um filme de comédia e não terror. Não que este seja um dos ótimos "terri" (terror com risos) típicos do Sam Raimi, mas sim que as cenas que tem a intenção de serem assustadoras e causar impacto não causam absolutamente choque algum sob a platéia, nos fazendo nos perguntar porque droga só maiores de dezoito anos podem assistir ao longo nas salas de cinema. Uma tremenda decepção para os fãs do longa original e um péssimo e incompetente remake. Recomendo à todos que assista o antigo e deixe este de lado, porque a diferença é absolutamente enorme! Este filme não apenas me deixou com mais desconfiança em relação a remakes, como também abriu meus olhos para um fato que eu não estava querendo encarar: filme de terror americano, nos dias atuais, não presta e quem é amante do gênero tem que sobreviver do passado e se contentar em assistir e re-assistir clássicos como "O Exorcista". Triste.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraO último filme de Kubrick, "De Olhos Bem", é uma obra-prima cinematográfica impressionante! Uma loucura psico-sexual alucinante! Um de seus melhores filmes! Uma obra absolutamente incompreendida por conta de sua complexidade (típico dos filmes do diretor). Incrivelmente bem dirigido e fotografado (o Kubrick tinha um talento para fotografia descomunal!), o filme apresenta a história de um casal que têm o casamento ameaçado após a noiva (Nicole Kidman) admitir ao marido (Tom Cruise) que tem desejos sexuais por outro homem e que estaria disposta a largar ele e a filha para fugir com o tal. O marido (que na realidade é um médico) após atender um paciente na mesma noite, resolve sair de casa para uma jornada noturna, onde passa em vários locais de Nova-York (numa maravilhosa fotografia!), enquanto não consegue tirar a imagem de sua esposa se agarrando com outro homem da sua cabeça. Esta jornada acaba levando o homem até uma festa absolutamente secreta e confidencial em uma mansão aos arredores da cidade, onde o mesmo descobre que está envolvido em uma orgia sem tamanhos, onde no final de tudo alguém acaba morrendo por sua culpa... Ou será que não? A partir daí, Kubrick faz o que ele faz de melhor: meche com a mente de seu personagem principal ao mesmo tempo que tortura a platéia psicologicamente, como ele já havia feito em alguns de seus filmes anteriores como "Laranja Mecânica" e "O Iluminado". Em todas as cenas do filme ele consegue causar um impacto grandioso à todos, desde as sequências de sexo muito explícito até as cenas como a da briga entre Cruise e Kidman no início do filme (antes dela admitir que sente atração por outro homem). E falando em ambos, as atuações deles revelam-se divergentes. Cruise atua incrivelmente bem (os críticos dizem que esta foi a melhor atuação de toda sua carreira!), conseguindo transmitir a tensão e a loucura que vai se apoderando aos poucos do Dr. Bill. Já Kidman tem alguns momentos bons (a maioria no final do filme), mas a sua interpretação em geral acaba provando-se forçada e fraca, em algumas cenas até ridículas quando por exemplo ela tenta, sem sucesso, passar-se por bêbada em uma festa. Porém, o conjunto de ambas atuações se tornam muito interessantes no final das contas e acabam funcionando com sucesso. Como eu já disse, a fotografia deste filme é espetacular! Me espanta ela não ter sido indicada ao Óscar. Tem momentos em que Kubrick consegue transmitir tensão apenas pelas cores da imagem e da espetacular trilha sonora, que com poucas notas de piano acaba deixando todos grudados nas cadeiras de tanto suspense e tensão. Já vi muitas pessoas e críticos se questionarem quanto à este filme, dizendo que a obra é muitíssimo inferior aos trabalhos anteriores de Kubrick. De certo modo eu compreendo, mas vamos combinar que nenhum humano conseguiria repetir o mesmo sucesso que "2001", "Laranja Mecânica" e "O Iluminado" fizeram. Porém, fico muitíssimo feliz que esta tenha sido a obra final deste grandioso diretor e não aquela coisa horrorosa dirigida pelo Spielberg "A.I. - Inteligência Artificial", que era inicialmente um projeto do Kubrick. Sinceramente, posso ser linchado ao dizer isto, mas para mim este filme é muito mais competente que outros filmes de Kubrick que são considerados clássicos, como "Nascido para Matar". Não há o que dizer, a não ser agradecer a este gênio da sétima arte por mais uma obra-prima cinematográfica. Obrigado, Kubrick.
O Garoto da Bicicleta
3.7 323Os irmãos Dardenne fazem de "O Garoto da Bicicleta" um filme absolutamente incrível para os amantes de cinema europeu. Como eu não fico de fora deste grupo, para mim "O Garoto da Bicicleta" foi um dos melhores filmes de 2011 e me deixa com extrema felicidade saber que ele foi o ganhador do Grande Prêmio do Juri no Festival de Cannes no mesmo ano. Contando com a interpretação surpreendentemente natural e antológica de Thomas Doret (Cyril: o garoto da bicicleta) e da fabulosa atriz veterana francesa Cécile de France (Samantha: a cabeleleira), o filme conta a história de um garoto (Doret) após ser abandonado pelo pai em um orfanato conhece uma cabelereira (De France) e rapidamente estabelece uma relação não muito definida com a moça, que se chama Samantha. De France interpreta com maestria neste filme, tornando sua personagem uma figura que exprime cansaso, bondade e paciência. Estas qualidades (ou defeitos) acabam sendo importantes para que a sua relação com o Cyril não desande e mesmo que alguns insistam em dizer que ela se torna uma personagem artificial por nunca se render ao jeito rebelde do garoto, em minha opinião é completamente ocontrário: sua personalidade não tende á agrecividade, mas sim à paciência de esperar que Cyril a veja como uma pessoa que se preocupa com ele. Para mim, esta é uma das grandes qualidades do filme. Uma outra qualidade é a direção muito boa dos irmãos Dardenne. Ambos investem na naturalidade extrema e num drama que não opta pelo pessimismo e sim pela esperânça. Além disto, trazem sequências e planos longos que prendem a atenção do espectador por conta das atitudes dos personagens e os diálogos acabam exercendo apenas a função de tornar este longa um filme não-mudo, uma vez que eles acabam não estabelecendo tensão alguma à narrativa. Esta direção segura e competente é talvez o que faça este filme ser tão bom e tão agradável de se assistir. Gostaria de ver mais obras-primas como esta e menos filmes de super-heróis e remakes hollywoodianos neste ano.
Você Não Está Sozinho
3.8 120"Você não está sozinho" é um interessantíssimo drama alemão da década de oitenta. Aborda muito bem a transição entre a infância e a adolescência de um garoto chamado Kim e as suas novas descobertas desta nova fase. Repleto de belíssimas locações alemãs, o filme se desenrola de uma forma muito simplista e inocente.
Procurando Nemo
4.2 1,9K Assista Agora"Procurando Nemo", um dos melhores filmes da Pixar, é emotivo, envolvente, engraçado e muito, mas muito bem escrito e desenvolvido. Se não encarado como uma animação para crianças, o filme poderia ser catalogado como um perverso drama: há sequências tão tristes que é quase impossível não deixar uma lágrima escorrer pelo rosto. Trazendo também momentos muito engraçados (a hilária peixinha Dory está presente em todos eles!), o filme acaba se tornando perfeito em todos os sentidos, nos envolvendo em sua narrativa fascinante e original: resultado do extremo cuidado tido somente pela Pixar.
A Hospedeira
3.2 2,2KBasta assistir "A Hospedeira" para saber que toda a criatividade da escritora Stephenie Meyer começou a florar com a produção desta obra, que tenho que dizer, dá de dez à zero na saga Crepúsculo (a sua obra anterior). Uma história interessante, que até mesmo com os clichês estilo crepúsculo (triângulo amoroso; inimigos sem graça; entre outros) consegue se desenvolver muito bem, até mesmo impressionando em alguns momentos dramáticos (como por exemplo o diálogo antes da "pré-morte" de Peg, na qual esta e a Melanie discutem uma com a outra em algumas falas muito interessantes). A história aqui consegue se desenvolver de maneira satisfatoriamente bem, nos fazendo se importar com os personagens (algo alcançado pela primeira vez pela Meyer, pois os personagens da saga Crepúsculo eram problemáticos, infantis e absurdos!). O relacionamento entre Peg (Wanderer) e Melanie são bem explorados também. Mas o filme traz também alguns problemas, típicos de Meyer e seu grupo. Há alguns diálogos meio bestas, há também ações desnecessárias e a presença dos clichês em filmes de ficção adolescente ao estilo "Crepúsculo". Além disto, o diretor e roteirista Andrew Niccol acaba mastigando demais a trama, causando a sensação de que o filme é mais infantil do que ele realmente é e afastando os que evitam filmes deste gênero, o que é uma pena, pois o material aqui é bom (não diria que é tão bom quanto "Jogos Vorazes" porque seria um insulto à série de Suzanne Collins, mas é bom). Mesmo com esses defeitos que já eram previsíveis desde o lançamento de seu teaser trailer, "A Hospedeira" está longe de ser um filme ruim. Até me surpreendeu, para a falar a verdade. Mas é só assistir à ele para entender que para conseguir alcançar grandes escritoras como J.K. Rowling e Suzanne Collins que fazem o mesmo tipo de literatura que a sua (me refiro ao gênero e não à qualidade), Stephenie Meyer precisa ainda comer muito feijão com arroz.
Poltergeist: O Fenômeno
3.5 1,1K Assista AgoraDivertido, fantasioso e assustador... "Poltergeist" traz muito bem o gênero "Terror de crianças", enquanto nos apresenta uma narrativa recheada de tensão e momentos assustadores, que parecem voltar para nos atormentar no instante em que apagamos a luz para dormir. Para sempre um clássico!
Prometheus
3.1 3,4K Assista AgoraO diretor Ridley Scott, diretor de clássicos do gênero Sci-Fic como "Blade Runner"e "Alien - o oitavo passageiro", acerta e erra descaradamente em seu mais novo longa "Prometheus". Tendo uma história que nos primeiros minutos parece ser original e inteligente (Eu disse "nos primeiros minutos"!), o filme propõe ao telespectador a trocar ideias filosóficas sobre a verdadeira origem da humanidade, afirmando que tudo que existe no universo foi projetado por uma raça superior á todas as outras e que esta raça está hospedada em um planeta longícuo. Mas se essa raça é Deus, quem foi que inventou-a? Parte então a nave Prometheus e mais alguns tripulantes para a busca da resposta deste enigma incompreensível. Parece interessante, não?! Mas é ao longo do filme que fica quase imperceptível que o roteiro aqui é fraco... E como! Ridley Scott traz respostas e resolucões tão estúpidas e tão pouco criativas para estas perguntas e enigmas que as mesmas parecem ter sido brotadas da mente de uma criança de doze anos, e não da de um homem adulto. Em vez de buscar uma explicação mais competente para que a narrativa prossiga bem, o nosso querido diretor resolve investir em cenas de suspense, que apesar de dispensáveis se tornam muito boas e impactantes, tentando alcançar um público mais jovem ou mais interessados em efeitos especiais do que na própria história. Falando dos efeitos, seria impossível não admitir que eles não são bons. Há sequencias sensacionais (a maior parte no final da película), que trazem efeitos muito bem feitos e bem planejados. Não só os efeitos, como toda a linguagem visual do filme: Ridley Scott sempre mostrou um talento nato quando o assunto é impacto visual. Porém, é este mesmo diretor que acaba sendo o principal defeito do filme: sua direção, em muitos momentos infantil, faz com que o desenvolvimento do filme seja forçado e pouco criativo e, diferente do que sugeria o trailer, decepcionante. Mesmo não sendo uma catástrofe, "Prometheus" foi um dos filmes mais decepcionantes que já assisti em muito tempo. Os minutos finais são tão brochantes que logo me vi em pé, xingando Scott de todos os palavrões possíveis. E o mais irônico de tudo está localizado no próprio nome do filme: é, Scott "prometheus", mas não cumpriu.
Orações para Bobby
4.4 1,4KUm dos únicos méritos de "Orações para Bobby" são as atuações. Mesmo sendo um filme feito para TV, o longa é infantil, têm uma direção besta, uma péssima montagem e uns momentos de risada involuntária tipo "Crepúsculo".
Bullying
4.2 112O documentário "Bully" reune imagens e relatos supreendentes sobre a violência verbal e não-verbal presente nas escolas americanas. Acompanhando alguns alunos ou famílias que sofreram ou ainda sofrem com a prática do Bullying, o filme se sai muitíssimo bem ao conseguir confirmar a falta de preparo que as escolas estadunidenses tem quanto a este grande problema, como também emocionar á todos ao acompanhar o drama das famílias que têm, ou tinham, filhos que sofrem bullying. A montagem do filme é fenomenal, fazendo com que em nenhum momento ele se torne chato ou cansativo. O diretor Lee Hirsch, uma vez ganhador do Festival de Sundance, mostra-se muito habilidoso na captura do drama real, sem torná-lo melodramático ou pouco emotivo. A forma com que ele explora a vulnerabilidade de seus personagens é encantadora, nos fazendo nos importar com eles quase como se fossemos seus pais. A falta de dados é aqui um mérito: em vez de encher a platéia de números e estatísticas, Hirsch vai direto ao ponto e acerta em cheio ao não desperdicar tempo, explorando o universo e drama de seus personagens com uma profundidade indescritível!
2h37: É Só Uma Questão de Tempo
3.8 245 Assista AgoraInfluenciado por "Elefante", filme ganhador da Palma de Ouro em 2003, o diretor Murali K. Thalluri permanece em grande parte do seu filme "2:37" seguindo seus personagens pelas costas, enquanto os mesmos caminham pelos corredores de uma escola americana: todos eles, mesmo não aparentando, com a mente recheada de problemas. E são estes problemas, problemas nada pequenos para se falar a verdade, que irão fazer deste primeiro e único longa de Thalluri um filme em que a tensão que é gerada é extremamente alta e a dor sofrida por estes personagens tornam-se insuportáveis para o telespectador. "2:37" é um filme genial em diversos aspectos. Como já dito, a tensão que ele gera é descomunal: temos a impressão de que a qualquer momento, naquela escola que parece ser como outra qualquer, o pior dos problemas pode acontecer. Esta tensão gerada pela excepcional trilha sonora psicodélica que em nenhum momento para de tocar e pela fotografia escura e sombria, acabam transformando o filme em um drama muitíssimo depressivo e melancólico. A ideia da "mesma cena vista por ângulos diferentes e por personagens diferentes" usada primordialmente por Gus Van Sant em "Elefante", é muito bem usada e, como no filme de Sant, muito decisiva para a consequência final da narrativa. Absolutamente todas as atuações deste filme aqui são muito naturalistas e melancólicas. Há duas cenas (há inúmeras outras também), uma no clímax e outra no epílogo que causam um impacto tão grande que provavelmente deixará o telespectador em estado de choque. Tenho que admitir que este foi um dos filmes mais chocantes e mais dramáticos que assisti nestes últimos tempos.
Depois da Terra
2.6 1,4K Assista AgoraCom uma história extremamente chata e que não trás nenhum tipo de sentimento ou sensação ao telespectador além do tédio, "Depois da Terra" é um filme chato, absolutamente infantil e principalmente muito pouco criativo. Contando com a mais ou menos boa escolha de lançar o filho de Will Smith, Jaden Smith, como o protagonista do filme, o longa fica entregue as atuações do garoto e as do pai, que pouco causam impacto e pouco emocionam. Até mesmo o que deveria ser bom aqui (aspectos técnicos) é extremamente ruim: cito a direção de arte muito mal feita (a confecção da nave parecia um cenário de A Turma do Didi), os efeitos que em muitas cenas eram grotescos e a própria fotografia do filme... Meu Deus, ainda não tenho ideia para aonde foram os 130 milhões de dólares gastos neste filme (provavelmente para os bolsos de Will Smith e seu filho!). E quem dirige este "espetáculo" não poderia ser outra pessoa que não fosse o M. Night's Shyamalan. Isto mesmo, Shyamalan, o diretor de "O Sexto Sentido". Mas considerando que o mais recente filme do diretor (eliminando este, é claro) foi o terrível, horroroso e 'impossível de ser pior' "O Último Mestre do Ar", então é quase que obrigatório todos nós darmos uma salva de palmas para ele: afinal, ser pior do que "O Último Mestre do Ar" é uma tarefa árdua, pois exige muita incompetência e falta de criatividade do diretor. Saber que 130 milhões de dólares foram investidos nesta porcaria é de doer o coração.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraO que dizer sobre "O Silêncio dos Inocentes"?! Algumas poucas palavras sobre este clássico de serial-killer arrebatador e insuperável (o único da trilogia que é muito bom): Jodie Foster impecável! Anthony Hopkins... nem se fala! Um roteiro fantástico! E um filme assustador, aterrorizante, provocador e perfeito!
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraDifícil é se recuperar do estado de choque ao terminarde assistir "Seven - os sete crimes capitais", um dos filmes mais empolgantes e tenso de todos os tempos! Com as atuações nada menos que brilhantes dos veteranos Brad Pitt e Morgan Freeman, este impecável longa que aborda crimes cometidos por um serial-killer é, em minhas palavras, um aperfeicoamento da série Jogos Mortais (sem as mutilações baratas e as idiotices da série Saw) e um intenso estudo sobre a mente desses assassinos pscicopatas, mas dotados de grande sabedoria. É aqui que temos a prova da competencia descomunal do David Fincher: sua direção dinâmica nos envolve desde o início ao fim. Além disto, Fincher traz sequências visualmente fantásticas, nos impressionando com a sua habilidade de filmagem: ele é um diretor que sabe como filmar, escolhendo e explorando incríveis ângulos (há cenas em que o medo e o suspense predomina apenas pelo movimento da câmera). Não é atoa que muitas pessoas consideram este filme como um dos melhores e mais influentes do cinema contemporâneo. Sim, Seven é tudo isso e mais, com um dos mais impactantes e surpreendentes finais de todos!
Melancolia
3.8 3,1K Assista Agora"Melancholia" traz Lars Von Trier em uma das melhores direções de sua carreira! Este é um trabalho excepcional em todos os sentidos da palavra! Temos, como sempre, uma belíssima fotografia, com cenas em que as pessoas e as coisas se movem tão devagar que nos dá a ligeira impressão de estarem parando (algo que já é uma marca do Lars desde o seu último polêmico filme: Anticristo) e uma inesperada surpresa: a atriz Kirsten Dunst (Homem-Aranha) em uma performance tão excelente sobre uma mulher depressiva que tenta com um casamento se livrar da infelicidade, que pode ser definida como a melhor atuação de sua carreira! Melancholia é um fenômeno no cinema artístico contemporâneo e a sua beleza é algo indiscutível! A cena final é algo tão belo de se assistir que descrevê-la apenas com adjetivos seria uma injustiça à sua arte, sua competência e ao seu criador! Um filme inesquecível.
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraKubrick em sua melhor forma fez o mais genial, mais influente e mais complexo filme de todos os tempos! "2001, uma odisseia no espaço" é um filme (filme não: obra de arte!) quase que indiscutível! Ele faz o que nenhuma obra jamais fez ou irá fazer: nos levar da nossa pré-história até o homem chegando ao fim do universo... E tudo isso em apenas duas horas! Tudo é perfeito aqui, principalmente o encaixo perfeito entre som e imagem, algo que "Laranja Mecânica" chega próximo, mas não executa com o mesmo sucesso que "2001". Temos sequências recheadas de efeitos especiais tão impressionante que até nos dias atuais convence... E muito! A genialidade do seu diretor reflete na do filme e quando chegamos ao epilogo não conseguimos acreditar que esta obra de arte foi feita nos anos sessenta, com a ausência de computação gráfica. Estamos falando aqui do melhor tipo de ficção científica, que é o de propor ideais a telespectador e fazer até mesmo o mais ignorante dos seres questionar sobre tudo que existe neste universo, principalmente sobre o comportamento humano e sua evolução.
É uma obra maravilhosa, muitíssimo bem executada e única, como o seu realizador!
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraMesmo não tendo absolutamente nada em comum com o livro de Stephen King, uma das melhores obras de Kubrick, "O Iluminado", é uma jornada horrorizante através de imagens extraídas de sonhos e cenas de gelar o sangue! Muito bem construído e dirigido, o filme se torna mais perfeito ainda com a inesquecível atuação de Jack Nicholson, que realmente acaba encarnando no Jack Torrance, seu personagem psicótico.
Laranja Mecânica
4.3 3,8K Assista AgoraViolento, bombástico, excêntrico, dramático e assustador! "Laranja Mecânica" é um dos melhores filmes de todos os tempos, não há o que discutir.