Por exemplo: enquanto uma caçada policial mediana se estabelece, conflitos de rua são provocados, desencadeando um perigo de retaliação que será resolvido por uma variedade de reviravoltas no final, despistando os agentes da lei. Além disso, "cozinharam" o Clay a temporada inteira sem que ao menos ele tivesse o ímpeto de continuar tentando prejudicar alguém para se sobressair. Vai contra tudo o que aprendemos sobre o personagem. Abandonaram o legado das drogas, que prometia ser a maior ameaça da série, e também as consequências do assassinato de Damon Pope, sugerindo que seria fácil matá-lo e ficar indefinidamente impune. Será mesmo que o anúncio de uma recompensa de 5 milhões de dólares vale menos que favores devidos a um investigador aposentado (Toric) e rixas internas entre arianos e negros? Já se matou por muito menos na série. Também é difícil de acreditar que o I.R.A, depois de ter tentado explodir a sede da Redwood com todo mundo dentro, aceitaria as imposições de Jax com palpáveis suspeitas de que ele armou todo aquele cenário.às custas de muitos cadáveres.
Com essas distrações, não consegui sentir o impacto do último episódio. A temporada até solidifica alguns desfechos e cria novos ganchos, mas a impressão que fica é que SOA não precisava de 7 temporadas para deixar sua história redonda.
O forte aqui não é a violência - a temporada é até descuidada nesse aspecto. Aumento generalizado de sangue não substitui a qualidade de um bom timming. Breaking Bad dá aula nisso - o choque, o impacto, o perigo têm hora certa para se materializar. Aqui, o espectador é bombardeado com diversos clímaces, o que diminui o impacto de cada um deles.
Opie retornando sem justificativas plausíveis só pra ir preso e morrer é um exemplo claro desse bombardeio. Não precisava ser assim.
No entanto, devo admitir que a resolução compensou esses deslizes. Além de atar muito bem os núcleos que estavam dispersos, tornou mais sólida a antijornada de Jax - o verdadeiro destaque da temporada. Se eu comecei a ficar putaço com ele, é um sinal de que SOA ainda reserva boas surpresas a revelar. Que continue fertilizando o seu terreno.
P.S.: Apesar de ter cultivado minhas dúvidas sobre a necessidade de manter o Clay vivo nessa sequência de episódios, eu preciso elogiar o INCRÍVEL trabalho do Ron Perlman. O que esse cara consegue fazer só com a linguagem corporal é algo de outro planeta.
A temporada mais icônica até agora, tanto no sentido técnico, como no narrativo. Me vi completamente hipnotizado em diversos momentos, algo que ainda não havia acontecido comigo. Atitudes, consequências, imprevisibilidade, calafrios. Sequência ideal para maratonar. Só não levou 5 estrelas por conta do ex-machina anticlimático no último episódio. Vamos ver como os roteiristas se viram daqui em diante.
Temporada madura. Poderia ter se arriscado em algumas decisões, mas fiquei contente e envolvido com o que vi. As ameaças estão ficando, pouco a pouco, mais sérias e os laços familiares, mais profundos. As críticas ao comportamento do Jax refletem algo positivo. É impossível que ele seja sensato o tempo todo. Ele é imaturo, machista, inexperiente - e um gângster. Carrega um remorso pelas tragédias que sofreu e um senso particular de justiça que o levam para muitas decisões ruins, também. Ao explorar essas fraquezas e personalidades controversas, a série faz o seu triunfo.
como o Opie ter simplesmente CAGADO para o que fizeram com Donna, resolvendo continuar a convivência com Clay e Tig numa boa, e também o fato de Weston e a filha de Zobelle terem decidido que era uma boa hora para se tatuar/comprar flores para o crush após terem escapado da morte por um fio. Honestly, espero que esse artifício de criar vilões não-tão-vilões deixe de ser uma opção para os novos desdobramentos da trama.
Eu gosto do desfecho, mas as trajetórias não foram todas bem trabalhadas como na temporada anterior. Existe uma lacuna presente em diversos momentos aqui, como no núcleo da Bonnie. Ele fica bastante deslocado na trama e os flashes que a personagem visualiza
não dão conta de mostrar a relevância daquela história. O drama da Renata, embora nos presenteie com uma cena catártica no final, também não traz tantas novidades para o roteiro
- a sua família nunca experimenta a falência, de fato, durante os novos episódios.
Também gostaria de ter me conectado melhor com o dilema da Madeline, mas infelizmente o Ed é um sujeito insuportável. Talvez fosse mais proveitoso para a série utilizar da relação dela com a Abigail para investigar os traumas pessoais da personagem. Acima da média, apenas, estão os núcleos da Celeste e da Jane, que conduzem a experiência desse ano 2 de Big Little Lies. Foi enriquecedor acompanhar os novos desafios que a chegada de Mary Louise trouxe, ainda que alguns "ex-machinas" tenha aparecendo no meio do caminho
(o passado do Perry e o vídeo da agressão, por exemplo).
Aliás, acredito que o grande destaque dessa temporada paira sobre a interação entre Meryl Streep, Nicole Kidman e Shailene Woodley. Em muitos momentos, me vi levando as mãos à boca pelo nível de constrangimento de algumas cenas de tensão familiar. Em resumo, é um bom entretenimento, mas tinha potencial para se manter excelente.
Uma das melhores séries que eu assisti na minha vida, e não tem UMA review em português no Youtube. Totalmente fora do radar! Já estou importunando todos os meus amigos pra assistir. Qualidade ABSURDA. Amazon, vamo caprichar melhor nesse marketing!
Sério? Se tiveram coragem de inventar dois assassinatos na temporada anterior, onde está essa mesma coragem de ir fundo nas consequências disso? E as armas encontradas no rio, a polícia simplesmente desistiu? Esse universo gira completamente em torno dos adolescentes, todos são subservientes a eles, o que é muito difícil de acreditar. O suspense criado pra essa temporada resulta em algo que a gente já sabe há 2 anos: o Clay tá surtado, ok. Mas e depois disso? Não há evolução nas amizades, nem momentos de felicidade sólida, nem problemas palpáveis, apenas os mesmos fantasmas e a desconfiança de sempre. Só o plot final fez jus à série, mas só valeria a pena se tivesse sido abordado antes, gradualmente. Resumo: encheção de linguiça. Amo os personagens, mas esse desfecho flopou. Ainda meteram uns resquícios de anarquia descontextualizada na Liberty pra ver se ganhavam a gente, mas não foi dessa vez. Too bad.
As tiradas e a interação única entre os brasileiros fez a jornada do Circle BR ser mais divertida e de fácil identificação com os personagens, mas o final do Circle FR deu um baile no nosso! Além das reações terem sido excepcionais (o que foi aquele encontro de finalistas?), faltava essa sacada de promover interação entre o cast inteiro, rever os melhores momentos juntos e
1) Há situações encaixadas sem razão aparente na história para aumentar nossas suspeitas sobre alguns personagens, como o Tyler e o Tony. Ex.: o Bryce ter visto a cena do Baile de Primavera e o Zach ter comunicado isso ao Tyler; o Monty ter insinuado que fez o que fez a mando do Bryce; o Tyler ter decidido se abrir primeiro com o Bryce do que com o Clay; e o sr. Walker ter denunciado a família do Tony mesmo sabendo que o mexicano testemunhou a favor da escola.
2) A humanização excessiva do Bryce. Desde as temporadas anteriores, a atuação incrível do Justin Prentice já havia deixado claro para mim que o jeito do vilão proteger os amigos em determinadas circunstâncias servia narrativamente para comunicar que um estuprador raramente é um monstro como as pessoas fazem parecer. Na maioria das vezes, é alguém próximo, um colega de classe, uma pessoa normal com quem convivemos. Essa temporada começa com uma proposta muito bacana de seguir explorando esse propósito, mas acaba extrapolando ao revelar que em praticamente TODOS os núcleos, o Bryce estava presente tentando fazer algo louvável por alguém com quem ele não tinha ligação visível. Rende momentos dramaticamente interessantes, mas é difícil acreditar que ele era tão bonzinho assim.
3) A inserção precipitada de uma protagonista que sabe de todos os segredos dos personagens sem, de fato, mostrar como ela conseguiu esse nível de confiança. Eu gostei bastante da personalidade da Ani, mas não concordo com a maneira como ela foi conduzida nessa temporada. Existia outra maneira de explorar, no roteiro, as funções que ela exerceu: colocar a Chloe para narrar os momentos que o Bryce foi legal e afetuoso com ela, e a Sheri para ser o interesse amoroso do Clay (onde ela foi parar, btw?).
4) O final. Primeiro, porque até o Homecoming, a Ani ainda estava se relacionando com o Bryce, então não havia motivos para ela encobrir o Alex nesse assassinato. E segundo, o desfecho "feel good movie". A temporada termina com todo mundo de boa vendo a exposição do Tyler, Justin e Jessica se reconciliando, Jessica ouvindo novamente a fita do Bryce sem sentir nenhum remorso... Enquanto isso, a cena do píer ainda ecoava na minha cabeça. Como alguém consegue ser tão sangue frio em provocar/ser cúmplice de um homicídio e conseguir ficar de boa escondendo isso? O Alex pra mim já era. Passou de um grande arco, na primeira temporada, a ser o número #1 no ranking de mais desprezível da série. Um crianção mimado da noite para o dia.
5) A morte de Monty e a prisão do Seth. Deus ex-machina dos roteiristas para não ter que lidar com os problemas que eles mesmos criaram ou uma ponta solta para a próxima temporada? Fica no ar, por enquanto.
Ainda assim, é foda o que eles conseguem construir aqui, mesmo tomando decisões não tão boas no meio do caminho.
1) O amadurecimento precoce do Clay e sua inabilidade social causados pelo peso que ele carrega por querer ajudar/salvar todos os amigos. A irmandade entre ele e o Justin se solidificando cada vez mais, assim como a amizade com o Tony. Tony passando a ser menos cabeça dura, aceitando que os amigos também podem ajudá-lo, e que não há necessidade de fazer tudo sozinho sempre.
2) Todo o arco do Tyler como sobrevivente, as sequelas físicas e psicológicas, a participação no HOE, a conscientização de que ele foi uma vítima e que a ajuda dos colegas foi fundamental na sua recuperação. A cena da confissão de tudo que ele sofreu, para o Clay, me arrancou lágrimas.
3) A jornada da Jess enquanto ativista pelos direitos das mulheres, a superação (ou não?) do trauma e o modo com que ela se posiciona como líder do grupo mesmo que não concorde com as decisões tomadas pelas integrantes, o discurso de empoderamento na quadra... Tudo ia perfeitamente bem, até o final torto.
4) A relação de Nora Walker com o filho. O vislumbre da recuperação de Olivia Baker, seus laços com Clay e Jessica e o telefonema para consolar Nora, ainda que de maneira formal.
5) Entre outras coisas, que mereciam mais tempo de tela: a Chloe após o trauma provocado pelos fanáticos religiosos em frente à clínica, a personalidade de Montgomery ao lidar com as consequências do que fez e com o dilema de sua sexualidade.
Ah, e menção honrosa para todo o suspense envolvendo o Homecoming. Fiquei extremamente curioso pra saber o que aconteceu naquele jogo, e igualmente satisfeito ao ter a resposta. Foi engraçado, grande e memorável. Fico pensando em como seria se ele tivesse sido filmado em 2:39:1, assim como os acontecimentos do tempo presente. Teria sido um evento cinemático.
No fim das contas, todos esses personagens foram tão bem construídos e desenvolvidos, que a Netflix poderia renovar por mais duas temporadas e eu ainda continuaria assistindo.
Gosto do potencial criativo da série em subverter o destino dos seus personagens ao longo da trama. O grande problema é a execução. Não há tempo suficiente para desenvolver as soluções propostas, então as decisões de roteiro acabam soando precipitadas.
A morte de Ezequiel, a bipolaridade de Silas, o dilema de André, a reaparição de Marco, o novo vínculo familiar de Marcela, e a chantagem da Michelle ao Maralto são exemplos muito latentes disso.
Some a falta de impacto à verborragia, ao excesso de teatralidade (os atores se expressam com muita intensidade o tempo inteiro) e aos abusos dos ângulos holandeses para causar estranheza no espectador e temos uma temporada bastante desarmoniosa. Permanece a sensação de que se levou a sério demais e que poderia ter sido muito melhor.
Tá na hora dos irmãos Duffer pararem de repetir o que já deu certo pra entrarem de cabeça nas causas da série. Não funciona mais um time aleatório de cientistas abrindo um portal que deve ser fechado sem ninguém estar discutindo isso. Amarraram todos os núcleos no final pra tudo continuar tão confuso quanto começou, e já é o 3º ano de Stranger Things. Tá parecendo que os showrunners não sabem o que fazer com mundo invertido a não ser ficar trazendo uma monstro diferente a cada temporada. Apesar disso, o amor pelos personagens continua, queria ter visto mais da puberdade deles.
S01E05: Gente, dois primeiros episódios hiper maravilhosos pra a partir daí só ter filler... Tô completamente sem paciência com a Amma e com a Adora. Nada contra desenvolvimento lento, até aprecio e muito, mas os acontecimentos não tão servido de nada pra a narrativa. Deveriam ter agilizado isso daí ou caprichado mais no background da Camille. Aparentemente tem muita coisa sobre a vida dela que a gente ainda não sabe. Espero que esses flashbacks rendam alguma coisa nos próximos capítulos.
É enfadonha, dá vontade de largar de cara, mas vai melhorando com o passar dos episódios. O ápice acontece quando o Daniel Rezende assume as rédeas da série e imprime aos últimos capítulos um refinamento cinematográfico inexistente até então. Dá claramente pra diferenciar esses momentos do restante do show, tanto em termos de exposição (a narração é mais comedida, diminuindo a mimetização de Tropa de Elite), quanto de fotografia - cada enquadramento e uso de iluminação tem uma função específica no tratamento dos personagens. No mais, é curioso e também cômico que um seriado sobre a Lava Jato tenha como figura mais carismática a do doleiro Youssef (Ibrahim). Rindo de nervoso.
Eu nunca vou me esquecer dessa cena. Da gargalhada megalomaníaca, do olhar aterrorizado da Skyler e do telefonema de socorro da Marie, ignorando toda a toca de coelho de violência e autodestruição em que Walter White colocara a família. Definitivamente, o momento mais tenso da série, lado a lado com a sequência do deserto em Ozymandias. Calafrios definem.
- apenas meros fantoches mudos pra engrandecer o personagem de Gus Fring, fillar o roteiro e deixar o Hank de molho por um tempo.
Felizmente, uma das cenas mais poéticas da série ganha corpo nos diálogos do episódio da Mosca, e os dois capítulos finais colocam nossos nervos à flor da pele para delinear um pouco da grande tragédia em que BrBa vai se converter nas próximas temporadas.
É curioso que eu tenha decidido revisitar Breaking Bad quase 5 anos após tê-la terminado, mesmo tendo considerado as primeiras temporadas monótonas. Ainda mais curioso pelo fato de eu só ter percebido agora o quanto a criação de Vince Gilligan foi milimetricamente esculpida desde o início, e que a dita monotonia vinha justamente da minha zona de conforto com um bombardeio de cliffhangers. BrBa não é isenta deles, claro, mas não precisa usá-los a todo custo. A densidade dos personagens é absurda, e nosso grau de envolvimento com aquele cotidiano fragmentado em mil pedaços já é suficiente para desejarmos saber de que jeito as coisas vão se desenrolar mais tarde. A forma como cada uma das subtramas acaba contribuindo para a trama principal é uma coisa linda de se ver. Drama, humor, tensão e camadas - tá aí uma mistura que não se vê tão bem feita hoje em dia.
Começou bem xoxo, amador, com alguns participantes bem calados e sem muito carisma. Mas no final, foi a única temporada desses realities de casal da MTV em que eu senti que as pessoas saíram do programa cultivando um carinho legítimo umas pelas outras, além de um aprendizado sobre olhar mais atentamente quem está do nosso lado. Gostei demais.
É muito triste ver a mulherada se matando pra manter um macho e os caras tacando o foda-se pra elas. Na segunda temporada, todo mundo já tinha mais ou menos consciência que ninguém era de ninguém.
O que mais me surpeendeu aqui, no entanto, foi a presença da Kerolayne ter me feito gostar alguma coisa da Gabi Prado. P.S.: André, prêmio de mais escroto do rolê, parabains.
Uma dissecação da sociedade americana através da máscara que ela mesma ajudou a forjar pra OJ Simpson, num dos casos mais macabros e escandalosos da história. Um trabalho monumental de apuração e montagem que torna toda a complexidade do contexto social numa linha de raciocínio eloquente e fluida em todas as quase oito horas de documentário. Um prato cheio pra comunicadores, ativistas, e profissionais/entusiastas do meio jurídico. Vai ecoar por muito tempo na minha cabeça.
resolveu repetir a resolução mirabolante do episódio "White Bear" S02E02, em que, na verdade, tudo é uma simulação pra provocar um "herói" cujas intenções são reveladas nos minutos finais.
Uma escolha que até funcionou lá, mas aqui, custou a força e a surpresa do roteiro que vinha sendo muito bem construído. Recomendo assistir antes da segunda temporada.
Sons of Anarchy (6ª Temporada)
4.6 439 Assista AgoraRepete a mesma estrutura do que já deu certo na série, o que a essa altura torna a experiência cansativa e um tanto previsível.
Por exemplo: enquanto uma caçada policial mediana se estabelece, conflitos de rua são provocados, desencadeando um perigo de retaliação que será resolvido por uma variedade de reviravoltas no final, despistando os agentes da lei. Além disso, "cozinharam" o Clay a temporada inteira sem que ao menos ele tivesse o ímpeto de continuar tentando prejudicar alguém para se sobressair. Vai contra tudo o que aprendemos sobre o personagem. Abandonaram o legado das drogas, que prometia ser a maior ameaça da série, e também as consequências do assassinato de Damon Pope, sugerindo que seria fácil matá-lo e ficar indefinidamente impune. Será mesmo que o anúncio de uma recompensa de 5 milhões de dólares vale menos que favores devidos a um investigador aposentado (Toric) e rixas internas entre arianos e negros? Já se matou por muito menos na série. Também é difícil de acreditar que o I.R.A, depois de ter tentado explodir a sede da Redwood com todo mundo dentro, aceitaria as imposições de Jax com palpáveis suspeitas de que ele armou todo aquele cenário.às custas de muitos cadáveres.
Sons of Anarchy (5ª Temporada)
4.6 345 Assista AgoraO forte aqui não é a violência - a temporada é até descuidada nesse aspecto. Aumento generalizado de sangue não substitui a qualidade de um bom timming. Breaking Bad dá aula nisso - o choque, o impacto, o perigo têm hora certa para se materializar. Aqui, o espectador é bombardeado com diversos clímaces, o que diminui o impacto de cada um deles.
Opie retornando sem justificativas plausíveis só pra ir preso e morrer é um exemplo claro desse bombardeio. Não precisava ser assim.
P.S.: Apesar de ter cultivado minhas dúvidas sobre a necessidade de manter o Clay vivo nessa sequência de episódios, eu preciso elogiar o INCRÍVEL trabalho do Ron Perlman. O que esse cara consegue fazer só com a linguagem corporal é algo de outro planeta.
Sons of Anarchy (4ª Temporada)
4.6 253 Assista AgoraA temporada mais icônica até agora, tanto no sentido técnico, como no narrativo. Me vi completamente hipnotizado em diversos momentos, algo que ainda não havia acontecido comigo. Atitudes, consequências, imprevisibilidade, calafrios. Sequência ideal para maratonar. Só não levou 5 estrelas por conta do ex-machina anticlimático no último episódio. Vamos ver como os roteiristas se viram daqui em diante.
Sons of Anarchy (3ª Temporada)
4.5 340 Assista AgoraTemporada madura. Poderia ter se arriscado em algumas decisões, mas fiquei contente e envolvido com o que vi. As ameaças estão ficando, pouco a pouco, mais sérias e os laços familiares, mais profundos. As críticas ao comportamento do Jax refletem algo positivo. É impossível que ele seja sensato o tempo todo. Ele é imaturo, machista, inexperiente - e um gângster. Carrega um remorso pelas tragédias que sofreu e um senso particular de justiça que o levam para muitas decisões ruins, também. Ao explorar essas fraquezas e personalidades controversas, a série faz o seu triunfo.
Sons of Anarchy (2ª Temporada)
4.6 276 Assista AgoraEstou adorando a série, mas me senti profundamente insultado com algumas conveniências de roteiro no final dessa temporada,
como o Opie ter simplesmente CAGADO para o que fizeram com Donna, resolvendo continuar a convivência com Clay e Tig numa boa, e também o fato de Weston e a filha de Zobelle terem decidido que era uma boa hora para se tatuar/comprar flores para o crush após terem escapado da morte por um fio. Honestly, espero que esse artifício de criar vilões não-tão-vilões deixe de ser uma opção para os novos desdobramentos da trama.
Big Little Lies (2ª Temporada)
4.2 480Eu gosto do desfecho, mas as trajetórias não foram todas bem trabalhadas como na temporada anterior. Existe uma lacuna presente em diversos momentos aqui, como no núcleo da Bonnie. Ele fica bastante deslocado na trama e os flashes que a personagem visualiza
da sua criação abusiva
- a sua família nunca experimenta a falência, de fato, durante os novos episódios.
(o passado do Perry e o vídeo da agressão, por exemplo).
ZeroZeroZero (1ª Temporada)
4.3 21 Assista AgoraUma das melhores séries que eu assisti na minha vida, e não tem UMA review em português no Youtube. Totalmente fora do radar! Já estou importunando todos os meus amigos pra assistir. Qualidade ABSURDA. Amazon, vamo caprichar melhor nesse marketing!
13 Reasons Why (4ª Temporada)
2.8 198 Assista AgoraSério? Se tiveram coragem de inventar dois assassinatos na temporada anterior, onde está essa mesma coragem de ir fundo nas consequências disso? E as armas encontradas no rio, a polícia simplesmente desistiu? Esse universo gira completamente em torno dos adolescentes, todos são subservientes a eles, o que é muito difícil de acreditar. O suspense criado pra essa temporada resulta em algo que a gente já sabe há 2 anos: o Clay tá surtado, ok. Mas e depois disso? Não há evolução nas amizades, nem momentos de felicidade sólida, nem problemas palpáveis, apenas os mesmos fantasmas e a desconfiança de sempre. Só o plot final fez jus à série, mas só valeria a pena se tivesse sido abordado antes, gradualmente. Resumo: encheção de linguiça. Amo os personagens, mas esse desfecho flopou. Ainda meteram uns resquícios de anarquia descontextualizada na Liberty pra ver se ganhavam a gente, mas não foi dessa vez. Too bad.
The Circle: França (1ª Temporada)
3.7 54 Assista AgoraAs tiradas e a interação única entre os brasileiros fez a jornada do Circle BR ser mais divertida e de fácil identificação com os personagens, mas o final do Circle FR deu um baile no nosso! Além das reações terem sido excepcionais (o que foi aquele encontro de finalistas?), faltava essa sacada de promover interação entre o cast inteiro, rever os melhores momentos juntos e
colocar os últimos eliminados para interferirem no ranking, pois muita gente se sobressaía manipulando as pessoas e ficava por isso mesmo.
Soltos em Floripa (1ª Temporada)
2.6 63Reality show de convivência com jovens fazendo merda em 1080p com qualidade cinematográfica: mim dê papai.
13 Reasons Why (3ª Temporada)
3.1 231 Assista AgoraA temporada tem sim, vários probleminhas. Para listar alguns:
1) Há situações encaixadas sem razão aparente na história para aumentar nossas suspeitas sobre alguns personagens, como o Tyler e o Tony. Ex.: o Bryce ter visto a cena do Baile de Primavera e o Zach ter comunicado isso ao Tyler; o Monty ter insinuado que fez o que fez a mando do Bryce; o Tyler ter decidido se abrir primeiro com o Bryce do que com o Clay; e o sr. Walker ter denunciado a família do Tony mesmo sabendo que o mexicano testemunhou a favor da escola.
2) A humanização excessiva do Bryce. Desde as temporadas anteriores, a atuação incrível do Justin Prentice já havia deixado claro para mim que o jeito do vilão proteger os amigos em determinadas circunstâncias servia narrativamente para comunicar que um estuprador raramente é um monstro como as pessoas fazem parecer. Na maioria das vezes, é alguém próximo, um colega de classe, uma pessoa normal com quem convivemos. Essa temporada começa com uma proposta muito bacana de seguir explorando esse propósito, mas acaba extrapolando ao revelar que em praticamente TODOS os núcleos, o Bryce estava presente tentando fazer algo louvável por alguém com quem ele não tinha ligação visível. Rende momentos dramaticamente interessantes, mas é difícil acreditar que ele era tão bonzinho assim.
3) A inserção precipitada de uma protagonista que sabe de todos os segredos dos personagens sem, de fato, mostrar como ela conseguiu esse nível de confiança. Eu gostei bastante da personalidade da Ani, mas não concordo com a maneira como ela foi conduzida nessa temporada. Existia outra maneira de explorar, no roteiro, as funções que ela exerceu: colocar a Chloe para narrar os momentos que o Bryce foi legal e afetuoso com ela, e a Sheri para ser o interesse amoroso do Clay (onde ela foi parar, btw?).
4) O final. Primeiro, porque até o Homecoming, a Ani ainda estava se relacionando com o Bryce, então não havia motivos para ela encobrir o Alex nesse assassinato. E segundo, o desfecho "feel good movie". A temporada termina com todo mundo de boa vendo a exposição do Tyler, Justin e Jessica se reconciliando, Jessica ouvindo novamente a fita do Bryce sem sentir nenhum remorso... Enquanto isso, a cena do píer ainda ecoava na minha cabeça. Como alguém consegue ser tão sangue frio em provocar/ser cúmplice de um homicídio e conseguir ficar de boa escondendo isso? O Alex pra mim já era. Passou de um grande arco, na primeira temporada, a ser o número #1 no ranking de mais desprezível da série. Um crianção mimado da noite para o dia.
5) A morte de Monty e a prisão do Seth. Deus ex-machina dos roteiristas para não ter que lidar com os problemas que eles mesmos criaram ou uma ponta solta para a próxima temporada? Fica no ar, por enquanto.
Ainda assim, é foda o que eles conseguem construir aqui, mesmo tomando decisões não tão boas no meio do caminho.
1) O amadurecimento precoce do Clay e sua inabilidade social causados pelo peso que ele carrega por querer ajudar/salvar todos os amigos. A irmandade entre ele e o Justin se solidificando cada vez mais, assim como a amizade com o Tony. Tony passando a ser menos cabeça dura, aceitando que os amigos também podem ajudá-lo, e que não há necessidade de fazer tudo sozinho sempre.
2) Todo o arco do Tyler como sobrevivente, as sequelas físicas e psicológicas, a participação no HOE, a conscientização de que ele foi uma vítima e que a ajuda dos colegas foi fundamental na sua recuperação. A cena da confissão de tudo que ele sofreu, para o Clay, me arrancou lágrimas.
3) A jornada da Jess enquanto ativista pelos direitos das mulheres, a superação (ou não?) do trauma e o modo com que ela se posiciona como líder do grupo mesmo que não concorde com as decisões tomadas pelas integrantes, o discurso de empoderamento na quadra... Tudo ia perfeitamente bem, até o final torto.
4) A relação de Nora Walker com o filho. O vislumbre da recuperação de Olivia Baker, seus laços com Clay e Jessica e o telefonema para consolar Nora, ainda que de maneira formal.
5) Entre outras coisas, que mereciam mais tempo de tela: a Chloe após o trauma provocado pelos fanáticos religiosos em frente à clínica, a personalidade de Montgomery ao lidar com as consequências do que fez e com o dilema de sua sexualidade.
Ah, e menção honrosa para todo o suspense envolvendo o Homecoming. Fiquei extremamente curioso pra saber o que aconteceu naquele jogo, e igualmente satisfeito ao ter a resposta. Foi engraçado, grande e memorável. Fico pensando em como seria se ele tivesse sido filmado em 2:39:1, assim como os acontecimentos do tempo presente. Teria sido um evento cinemático.
No fim das contas, todos esses personagens foram tão bem construídos e desenvolvidos, que a Netflix poderia renovar por mais duas temporadas e eu ainda continuaria assistindo.
Que venha a season finale!
3% (2ª Temporada)
3.8 273 Assista AgoraGosto do potencial criativo da série em subverter o destino dos seus personagens ao longo da trama. O grande problema é a execução. Não há tempo suficiente para desenvolver as soluções propostas, então as decisões de roteiro acabam soando precipitadas.
A morte de Ezequiel, a bipolaridade de Silas, o dilema de André, a reaparição de Marco, o novo vínculo familiar de Marcela, e a chantagem da Michelle ao Maralto são exemplos muito latentes disso.
Stranger Things (3ª Temporada)
4.2 1,3KTá na hora dos irmãos Duffer pararem de repetir o que já deu certo pra entrarem de cabeça nas causas da série. Não funciona mais um time aleatório de cientistas abrindo um portal que deve ser fechado sem ninguém estar discutindo isso. Amarraram todos os núcleos no final pra tudo continuar tão confuso quanto começou, e já é o 3º ano de Stranger Things. Tá parecendo que os showrunners não sabem o que fazer com mundo invertido a não ser ficar trazendo uma monstro diferente a cada temporada. Apesar disso, o amor pelos personagens continua, queria ter visto mais da puberdade deles.
Objetos Cortantes
4.3 833 Assista AgoraS01E05: Gente, dois primeiros episódios hiper maravilhosos pra a partir daí só ter filler... Tô completamente sem paciência com a Amma e com a Adora. Nada contra desenvolvimento lento, até aprecio e muito, mas os acontecimentos não tão servido de nada pra a narrativa. Deveriam ter agilizado isso daí ou caprichado mais no background da Camille. Aparentemente tem muita coisa sobre a vida dela que a gente ainda não sabe. Espero que esses flashbacks rendam alguma coisa nos próximos capítulos.
O Mecanismo (1ª Temporada)
3.5 526É enfadonha, dá vontade de largar de cara, mas vai melhorando com o passar dos episódios. O ápice acontece quando o Daniel Rezende assume as rédeas da série e imprime aos últimos capítulos um refinamento cinematográfico inexistente até então. Dá claramente pra diferenciar esses momentos do restante do show, tanto em termos de exposição (a narração é mais comedida, diminuindo a mimetização de Tropa de Elite), quanto de fotografia - cada enquadramento e uso de iluminação tem uma função específica no tratamento dos personagens. No mais, é curioso e também cômico que um seriado sobre a Lava Jato tenha como figura mais carismática a do doleiro Youssef (Ibrahim). Rindo de nervoso.
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraComo restaurar o psicológico massacrado por Vince Gilligan, Google pesquisar.
I guess I got what I deserve... ♫
Breaking Bad (4ª Temporada)
4.7 1,2K Assista Agora[4x11] Crawl Space:
"WHERE'S THE MONEY?"
Eu nunca vou me esquecer dessa cena. Da gargalhada megalomaníaca, do olhar aterrorizado da Skyler e do telefonema de socorro da Marie, ignorando toda a toca de coelho de violência e autodestruição em que Walter White colocara a família. Definitivamente, o momento mais tenso da série, lado a lado com a sequência do deserto em Ozymandias. Calafrios definem.
Breaking Bad (3ª Temporada)
4.6 840Senti falta da construção de arcos decentes pra os primos Salamanca. Achei um pouco patética a forma como eles foram tratados aqui
- apenas meros fantoches mudos pra engrandecer o personagem de Gus Fring, fillar o roteiro e deixar o Hank de molho por um tempo.
Breaking Bad (1ª Temporada)
4.5 1,4K Assista AgoraÉ curioso que eu tenha decidido revisitar Breaking Bad quase 5 anos após tê-la terminado, mesmo tendo considerado as primeiras temporadas monótonas. Ainda mais curioso pelo fato de eu só ter percebido agora o quanto a criação de Vince Gilligan foi milimetricamente esculpida desde o início, e que a dita monotonia vinha justamente da minha zona de conforto com um bombardeio de cliffhangers. BrBa não é isenta deles, claro, mas não precisa usá-los a todo custo. A densidade dos personagens é absurda, e nosso grau de envolvimento com aquele cotidiano fragmentado em mil pedaços já é suficiente para desejarmos saber de que jeito as coisas vão se desenrolar mais tarde. A forma como cada uma das subtramas acaba contribuindo para a trama principal é uma coisa linda de se ver. Drama, humor, tensão e camadas - tá aí uma mistura que não se vê tão bem feita hoje em dia.
Are You The One? Brasil (2ª temporada)
3.2 11Começou bem xoxo, amador, com alguns participantes bem calados e sem muito carisma. Mas no final, foi a única temporada desses realities de casal da MTV em que eu senti que as pessoas saíram do programa cultivando um carinho legítimo umas pelas outras, além de um aprendizado sobre olhar mais atentamente quem está do nosso lado. Gostei demais.
De Férias Com o Ex Brasil (1ª Temporada)
3.4 31É muito triste ver a mulherada se matando pra manter um macho e os caras tacando o foda-se pra elas. Na segunda temporada, todo mundo já tinha mais ou menos consciência que ninguém era de ninguém.
O que mais me surpeendeu aqui, no entanto, foi a presença da Kerolayne ter me feito gostar alguma coisa da Gabi Prado. P.S.: André, prêmio de mais escroto do rolê, parabains.
De Férias Com o Ex Brasil (2ª Temporada)
3.2 23Resumindo: ninguém presta
(e eu aqui assistindo)
O.J.: Made in America
4.7 122Uma dissecação da sociedade americana através da máscara que ela mesma ajudou a forjar pra OJ Simpson, num dos casos mais macabros e escandalosos da história. Um trabalho monumental de apuração e montagem que torna toda a complexidade do contexto social numa linha de raciocínio eloquente e fluida em todas as quase oito horas de documentário. Um prato cheio pra comunicadores, ativistas, e profissionais/entusiastas do meio jurídico. Vai ecoar por muito tempo na minha cabeça.
Black Mirror: White Christmas
4.5 452Tinha TUDO pra ser 5 estrelas, mas
resolveu repetir a resolução mirabolante do episódio "White Bear" S02E02, em que, na verdade, tudo é uma simulação pra provocar um "herói" cujas intenções são reveladas nos minutos finais.