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Últimas opiniões enviadas

  • Ericles Mendes.

    Me senti amplamente tocado por esse documentário, sua linguagem narrativa é tão suave e tão clara, a voz na narração da diretora, os vislumbres de sua vida pessoal...

    Vi que tem gente reclamando de imparcialidade, o que é uma bobagem, primeiro porque estritamente falando, não existe imparcialidade: Todo discurso é ideológico. Segundo porque ela nunca tenta se fazer de imparcial, ela se coloca naquela história, se mostra ali, relaciona seu passado, seu futuro com a história política do país, por isso não faz sentido falar de imparcialidade para alguém que nunca quis se fazer imparcial, acusem de imparciais os veículos que dizem o ser, mas não o são: Folha, Estadão, o Globo, a Veja...

    Tirando isso, justamente essa linguagem de identificação da diretora com a história política me fez ver coisas belíssimas: A contradição da família empreiteira, mas dos pais revolucionários, rebeldes; a conversa da mãe da diretora com a presidente Dilma.

    Interessantemente, no entanto, mesmo não sendo imparcial, julguei que ela tinha uns lampejos de julgamento estrito. Por exemplo quando fala do Lula na greve de 1979 (eu acho) e segue a sequência de propagandas políticas dele até sua decisão pela "conciliação" em 2002, sua eleição. Claro, uma boa parte das falas depois vem para justificar essa conciliação (Se Jesus viesse ao Brasil teria de fazer aliança até com Judas), mesmo assim, existiam algumas críticas veladas.

    "Hoje eu só temo a morte da democracia", a ex-presidente Dilma fala isso em seu pronunciamento na ocasião de sua defesa no Senado. "The most important right of a defendant is the right of a impartial judge", diz o advogado de Lula da ONU. É interessante ver como eles pareciam ver o futuro, com o golpe da Dilma seguiu-se a continuação do golpe, tendo profundos impactos nas eleições do ano passado, e graças a Glenn Greenwald, descobrimos que Sérgio Moro de imparcial não tem nada, toma parte sim, inclusive de vermes e conspiradores, tipo o recém eleito presidente da República.

    Fiquei extremamente tocado pelo discurso de Lula e pelos militantes tentarem não deixarem-no sair do sindicato para não se entregar a essa justiça tão mentirosa. Mas como marxista-leninista que sou, vi ali a capitulação de Lula e do PT frente ao capitalismo, a confiança na justiça burguesa, tão falsa e mentirosa, a recusa à necessidade da revolução. Além do retrato triste de mais um pouco da destruição de nossa democracia, vi também a conclusão de porque Lula e o PT falharam: Conciliação entre classes não funciona, e os ricos, por agora, estão ganhando.

    PS: Me surpreendeu a quantidade de comentários de minions aqui, que pena que tenhamos chegado nesse ponto.

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  • Ericles Mendes.

    Filme incrível em uma série de aspectos, demorei para assistir por pensar que era só mais um filme de assalto a banco, sendo que o filme é bem mais do que isso.

    Primeiro há um grande conflito e oposição que é simbolizado pelo "mainstream", pela mídia, pela polícia, pelas "f-words" que não devem ser ouvidas pelos ouvidos cristãos, e a contra-cultura, os "outcasts", a população marginalizada, LGBTQ. Esse é basicamente o motor principal do filme, os personagens se constrõem através disso, Sonny não esquece Attica e sua repercussão, pensa nas atitudes dos policiais tendo em vista a imagem que isso causará no público, assiste à televisão, fala com jornalistas, o Sal constantemente bate na tecla de ser hétero e que as notícias estão erradas.

    A visão dos personagens, mesmo estando em uma posição amplamente marginalizada e intrinsecamente indesejada e repugnada, é sempre construída em um diálogo com a mídia. E tem um ponto que a do próprio telespectador passa a ser, também, aprendemos sobre os personagens com relatos da mídia, a cena vez em quando é filmada como enquadramentos de reportagens, a câmera área remete, inclusive, a aqueles programas tipo Datena etc.

    O outro ponto é a contra-cultura, a aparição e apresentação das camadas marginalizadas, uma trans com seus problemas da transição, a homofobia clara, a dualidade da esposa e família tradicional contra o não tradicional, a cena com um grupo LGBT segurando cartazes e gritando em favor de Sonny fala muito sobre isso. De como essa comunidade sempre buscou seus heróis, teve suas lealdades, ainda que com enormes contradições vindas dos contrastes sociais e econômicos.

    Fiquei me perguntando como essa questão do filme foi compreendida e recebida pelo público da época, já que o filme faz existir uma empatia do que assiste para com Sonny, parece que somos quase presos em uma espécie de síndrome de Stockholm, assim como algumas cenas da dupla de assaltantes com as mulheres parece sugerir (no final o terço que Maria dá para Sal, ou Sonny ensinando exercícios de exército para uma das mulheres).

    Os diálogos são incríveis, a atuação do Al Pacino, ainda que conste com seus habituais over-actings, são super pertinentes e nem tão over assim. A transformação de um cara enérgico e cheio de adrenalina por causa do roubo para um cara pirado é óbvia e super bem interpretada.

    O filme é permeado de dualidades, a mídia de massa e os grupos minoritários, o cara que tem duas esposas, mas é sozinho no final, a vida e a morte, tudo em choque e em um diálogo sob 700 armas e alguns reféns.

    PS: Galera, supera essa de que o filme tem que ter 1:30hrs, cês tão assistindo filminho comercial ou série demais.

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  • Flávia
    Flávia

    Muito obg :D

  • Caroline Lourenço
    Caroline Lourenço

    ó, depois da vida do koreeda em torrent com legenda:

    kickass. to /after-life-wandâfuru-raifu-1998-t1244435. html
    opensubtitles. org /pt/ subtitles /3764881/ wandafuru-raifu-pb

    junte os espaços e divirta-se.

    Abs.

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